Back to black: on one 456

PedroTenreiro

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Umas chapas numa voltinha curtinha que serviu sobretudo para testar os diferentes modos de filmagem da camara e que deu direito a molha, queda e roda da frente empenada. Mas nada de grave... digo eu.

 

PedroTenreiro

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Nestas últimas 3 semanas algumas coisas foram alteradas. Nada funcionava mal, mas resolvi dar um passo em frente, render-me ao "progresso" a juntar aos bons negócios que fui apanhando aqui e ali...
Pois bem, em primeiro lugar saíram:
Desviador XTR 9v
Dual control XTR
Cassete SLX respectiva corrente, tudo 9v.
Este material funcionava bem e, na minha opinião, o sistema dual control era um mimo. No entanto é um produto que foi (infelizmente) descontinuado pela Shimano há uns 4 anos. Ou seja, se um dia danificasse um manipulo, por ex, teria de trocar todo o sistema... teria de trocar, se tivesse a sorte de conseguir arranjar um conjunto equivalente "perdido" por aí. Isso começou a martelar-me a cabeça e tomei a decisão de me desfazer do conjunto enquanto as 9v ainda têm alguma procura. Cedo arranjaram outro dono. A ideia de trocar estes componentes, foi enfatizada por um bom negócio que encontrei numa loja do norte (que usa o olx como meio de promover as suas vendas) para um conjunto de manípulos e desviador traseiro. Tudo material novo, embalado e com garantia... e uma vez que ia mudar, convinha ir para as 10v. Encomenda feita e passado uns dias tinha o material em casa.
Assim, entraram:
- Desviador traseiro XT shadow, caixa longa
- Manípulos SLX 3/2x10
- Cassete e corrente deore 10v

Em termos de gamas, foi um claro downgrade, principalmente nos manípulos. No entanto convém manter sempre presente o facto de distarem 4 anos de evolução entre o meu antigo material e este. Não sinto qualquer diferença em termos de funcionamento do desviador em relação ao XTR. Mesmo os manípulos funcionam de forma exemplar, principalmente o manípulo da frente que tem um cabo revestido com teflon. O de trás tem um cabo normal, comprado na loja da esquina, super grosso e sem qualquer revestimento. Funciona bem, mas nota-se maior aspereza no tacto em relação ao da frente. É algo a ser mudado mas sem pressa. A cassete e a corrente, são... uma cassete e uma corrente. Não noto diferenças embora fosse benvinda uma cassete com aranha, como era o caso da antiga SLX. No entanto a diferença de preço pedido por uma SLX em relação a uma deore, não me justificava ir para aquela.

Mas se os dual control juntavam manípulos e travões... tinha de arranjar uns travões. Socorri-me novamente do mercado de usados e, lá consegui outro negócio apetecível... Depois de pedir aconselhamento, ler algumas opiniões decidi por um dos candidatos que tinha alinhado à partida e vieram uns formula RX, branquinhos e com pormenores vermelhos. Estes sim, fazem jus ao nome do "sítio" onde foram adquiridos pois são usados. No entanto, funcionam sem qualquer problema e em termos de marcas estéticas, estão praticamente imaculados. Tem algumas (poucas) marcas nas pinças que é normal estarem mais sujeitas a impactos mas estas encontram-se na parte posterior e não se notam. As manetes, estão imaculadas.
Em termos de funcionamento, como disse, funcionam muito bem. Mantive o diâmetro do disco atrás (160) mas diminuí o diâmetro da frente para 160. Em comparação com os XTR, creio estarem ao mesmo nível de potência. Travam muito bem mas os discos da formula não me convencem. Também serão mudados no futuro por uns HS1, em principio. Em termos de feeling, os XTR tinham mais modulação do que estes. Estes são mais bruscos e mais do tipo "on/off". Mas não me posso queixar até ver.
Em termos de custo, estas mudanças ficaram quase "ela por ela"... quase, portanto posso dizer que foi tudo feito com conta peso e medida.

E estava tudo...pensava eu. Pois bem, há coisas do caraças e há coisa de 15 dias voltou-me a aparecer outra oportunidade que não me deixou indiferente.
Indiferente é mesmo a palavra... alguns dos que lêem o tópico, saberão certamente que fiquei extremamente impressionado com a R7. Por outro lado, lembrar-se-ão também que a 32RLC defraudou um bocadinho as minhas expectativas. Não que seja uma má suspensão. Longe disso. Mas em termos de leitura do terreno pareceu-me um retrocesso face aquilo que tinha antes. A fox é muito porreira, fiável, um autêntico tanque em termos de robustez mas... faltou-lhe sempre qlq coisa. Qualquer coisa que a R7 tinha e esta não e que tem a ver com a sensibilidade. Se calhar a culpa até foi minha por ter ido para a Fox com as expectativas demasiado altas, mas o facto é que nunca me convenceu a 100%. A R7, desde o início se revelou uma surpresa, no bom sentido e considero-a uma das suspensões mais subestimadas no mercado.
Este paleio todo para quê? Já se está mesmo a ver... A fox encontrou um novo dono e eu encontrei uma nova suspensão. Qual? Isso mesmo...

Sai Fox 32 RLC
Entra Manitou R7 pro 2013

Resta dizer que a Manitou também não é nova... mas é como se fosse. Tem ainda quase 2 anos de garantia e está em EXCELENTE estado praticamente sem marcas de uso (tinha umas coisitas na coroa que foram prontamente disfarçadas com retoque branco e só se notam se soubermos que lá estão. Eu sei e mesmo assim às vezes vejo-me à nora para os encontrar.

A minha anterior experiência com a R7 podia ter sido um feliz acaso... podia, mas não foi. O raio da suspensão é mesmo um espectáculo. Tem uma leitura de terreno excepcional, superior à da fox, sem dúvida. E o facto de podermos jogar com o bloqueio e as várias posições entre totalmente aberto, totalmente fechado ou posições intermédias é uma mais valia. Assim como a fox, suporta 650b e isso é um ponto que eu considero bastante, embora a fox nesse campo não tenha praticamente concorrentes. Talvez um pneu 2.25 nesta manitou seja exagerado, enquanto que na fox passa sem problemas.

Para compor o ramalhete, chegou ontem mais uma alteração que parecia mais ligeira do que se revelou "a final". O guiador...
Tinha o KCNC SC Bone low rize, OS, com 640mm. Vim de um guiador recto de carbono como 580mm e a passagem para o KCNC foi uma das alterações que mais se fez sentir e sentiu-se principalmente em termos de controlo e até de conforto. Nunca pensei que um ligeiro aumento na largura tivesse tanta influência, mas teve. Andou por cá na saudosa Mission e por cá continuou até ontem ao final da tarde... Isto porque uma HT, ainda por cima uma HT como a Whippet merece um guiador recto. Assim, o KCNC também já tem novo dono e vai andar aqui por perto e a Whippet tem um novo guiador, vindo directamente das mãos do meste Tinric. Pois é...

Sai
KCNC SC Bone Lowrize 640mm
Entra
MT Zoom flat 640mm

Evidentemente que mantive a largura mas a altura foi reduzida. Também aqui notei diferenças que se resumem a uma frente mais ágil, e um carácter mais trepador e nervoso. Em termos de conforto, manteve-se em muito devido ao carbono. Ao inicio, estranhei um bocado a passagem para uma posição mais baixa mas bastaram-me algumas centenas de metros para me adaptar e hj parece que sempre o utilizei. Como disse, a subir ganhei uma nova posição que surpreendentemente não me esforça tanto as costas e a descer, não perdi... Esse era o meu maior "medo" mas já fiz algumas que costumava fazer com o kcnc e... sem problemas a registar.

E por aqui me fico com a descrição que já vai (muito) longa.
Last but not the least, algumas fotos para dar outro ar à coisa:








(esta última para mostrar um dos pormenores que mais gosto neste quadro: o efeito do reflexo da luz no carbono, visível principalmente na zona da junção do top tube com o tubo do espigão).
Ufffaaa!!!
 

kik

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Atenção á passagem do tubo do travão dianteiro,quando a suspensão comprime ao máximo deve ficar bem dobrado...
 
Em tempos tive uma r7 e não poderia estar mais de acordo contigo. É uma óptima suspensão, o único defeito que lhe apontava era o facto de a sentir torcer um pouco quando pedalava em pé.

Dás-te bem com o guiador nessa posição? Dá a sensação que tens as pontas a apontar para o chão.
 

PedroTenreiro

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Eu não sinto sequer isso. Não que dizer que não haja torção, que deve haver mais que na fox por esta ter as pernas mais finas mas não é nada que seja notório ou que diminua sequer qualquer aspecto do funcionamento da suspensão.
Dou-me bem. No entanto vou dar uma vista de olhos e estar atento a esse pormenor.
 
Last edited:

tinric

Super Moderador
Sim, ia dizer isso mesmo agora ao ver as fotos... tens que rodar isso um bocadinho pois assim tens o "backsweep" para baixo e assim não faz o efeito dele, além de ficar menos bonito (para não dizer feio.. )

transferir.jpg


transferir2.jpg



De resto... brutal...

Sendo suspeito, só trocava a R7 por uma Magura :D mas se gostas tanto dela... é mesmo isso. Está no ponto.

Quanto ao quadro!?
Acha-lo confortável, rijo, assim assim?! :D Que tal?
 

PedroTenreiro

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A magura está lá nos píncaros. Sem nunca ter experimentado nenhuma, é o que dizem e eu acredito. A desvantagem da magura, é ser alérgica ás 650b. Vou manter-me fiel às 26 mas quero ter um conjunto preparado de modo a que, se trocar, troque somente rodas e pneus. Excluindo a durin, sobre a qual a única opinião que tenho é a que vou lendo, das suspensões que tive a R7 é sem dúvida a melhor ou pelo menos é a melhor naquilo que eu valorizo numa suspensão... e é compatível com 650b.

O whippet, não é confortável (no sentido que normalmente se dá ao conforto) pelo menos para mim que vim de um sofá. Mas nem esperava que fosse, sento um HT. Mas sendo carbono filtra sempre qualquer coisa de vibrações. Se calhar se fizesse a transição do cooma para este tivesse opinião diferente. É provável que sim. No entanto, não posso dizer que seja intolerável. Muito pelo contrário. Em termos de quadros e conforto acho que nada melhor do que um quadro que se adeqúe ao ciclista. Isso é mais do que meio caminho andado. Quando troquei o mission por este, tive a curiosidade de analisar o esuqema da geometria. O whippet tem basicamente os mesmos ângulos que o mission e difere apenas no comprimento dos tubos horizontal e de espigão e que são, respectivamente mais longo e curto que os da merida. Não estranhei quase nada a transição de um para o outro; há diferenças mas habituei-me a elas rapidamente. A testa é bem mais pequena neste, mas como tenho uma caixa de direcção em cone e uso mais anilhas neste, esse aspecto foi diluído.
De resto, é um espectáculo em todos os sentidos, e nem a descer perdi muito.
 

PedroTenreiro

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Como referi anteriormente, tinha um cabo na manete traseira que era um autêntico burgesso. Grosso como o raio e sem banho de teflon. Nos primeiros tempos, funcionava bem, mas com o uso chegou a um ponto em que causava tanto atrito que atrofiava as mudanças todas, principalmente quando queria passar para as mais pesadas. Ontem comprei dois cabos como deve ser e como, quando cortei o que tinha na frente, se começou a desfiar, resolvi troca-lo também, embora este funcionasse bem (este tinha um cabo decente). Como ia colocar cabos novos, não fazia sentido manter as espirais usadas. Assim, apliquei-lhe umas brancas que em tempos tinha comprado para a merida mas nunca cheguei a montar.
Tudo bem que há desviadores e desviadores, manípulos e manípulos mas uns bons cabos e umas boas espirais, fazem uma diferença do caraças e muitas vezes são subestimados. Parece manteiga e agora funciona sem falhas.
Baixei também a posição de condução e substituí as anilhas por umas em carbono que por aqui tinha arrumadas. Tirei 10 psi à R7 e se antes funcionava muito bem (mesmo com 100psi, pressão exagerada para o meu peso) agora... ui!!! Faz grande parte do curso e fica a uns 2cm de esgotar.
O wolverine tinha tanto desgaste que tinha muito pouca tracção e chegava a ser traiçoeiro nas descidas. Foi substituído pelo aspen que se tem revelado muito, muito porreiro. Com boa tracção apesar do que o piso "escasso" deixava antever. Tem muito poucas falhas de tracção mesmo em piso seco e medianamente solto. É pena é ser kevlar e não TLR ou UST.
Fiquei também a saber pela primeira vez o que é ficar sem travões por sobreaquecimento. Mas por estupidez minha que ia dando mau resultado. Felizmente não passou do susto e serviu de lição.
Duas piclas da voltinha de hoje que começou seca e acabou molhada.

 

STIG_73

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E pronto... voltaste a montar a suspensão ao contrário!!!
E continua a ser branca, o que a meu ver destoa do resto do conjunto.
Para quando umas rodas 650b?
 

PedroTenreiro

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As 650b só virão se se ocorrerem 3 coisas:
1 - as XT derem o berro;
2 - os fabricantes de pneus deixarem de produzir em 26;
3 - as duas situações.

Até lá... 26 FTW. Mas gosto de saber que a mudança para 650b basta-se com as rodas.
 

AntónioSouza

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Bela montagem!
Meti um exiwolf 2.1 tcs na minha à 1 mês e estou a gostar bastante mas na traseira uso o larsen tt 2.0. Algum reparo ao exi mais negativo?
 

PedroTenreiro

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Viva.
Não é um exi, mas sim um weir UST. Tive um par de weirwolf e por alturas da Páscoa troquei o de trás, que já estava muito gasto, por um wolverine 1.95. Este foi trocado muito recentemente pelo maxxis que lá mora porque também já estava praticamente slick.
Nunca experimentei o exiwolf mas da minha experiência com a WTB só tenho a dizer bem, especialmente dos weirwolf. O único contra, é que são pneus extremamente pesados, pelo menos em UST que foi a versão que usei mas em compensação são excelentes em tudo o resto.Vá, a longevidade do wolverine podia ter sido melhor também. Se arranjasse outros weir ao mesmo preço que arranjei estes, não pensava duas vezes.
 

AntónioSouza

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Boas. Realmente vi mal... Também andei a ver os weirwolf mas para a frente resolvi experimentar o exi e não me arrependi (até agora). Parece que o Exiwolf foi descontinuado mas quando voltar a precisar de um pneu para trás vou considerar os weirwolf sem dúvida.
 

PedroTenreiro

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Aqui está a prova que faltava:




Pode parecer que há pouco espaço em termos de largura, mas é apenas efeito da foto. Cabe um dedo entre o pneu e a suspensão. Aliás, o meu Wwolf é capaz de ser (ligeiramente) mais largo que o ron. Isto é, a variação do espaço que sobra entre o pneu e a suspensão, em termos de largura, com o ron 27,5 x 2.1 e aquela que se verifica com o Wolf 26 x 2.1, é praticamente inexistente
 

jv-

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Que fixe, acho que nunca tinha visto uma dessas, tem óptimo aspecto!

Tem ar de descer mesmo bem, a ver se fazemos uma passeata de on-ones em Folgosinho.

Deixo uma foto da minha, como te tinha referido.

Abraco
 

PedroTenreiro

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Há alguns exemplares por aqui. Pelo menos com o mesmo quadro. Na planet x acho que ainda estão disponíveis mas achoq eu já não há em "raw".
É uma cabra do mato, muito ágil mas nem toda a gente se adapta à geometria (principalmente em relação ao tamanho dos tubos vertical e de espigão) e em termos de dureza, praticamente não se notam diferenças para uma de alumínio. Mas sim, desce bem e sobe melhor.

Quanto à tua... queres trocar? eheh. E a kona? Mantiveste ou foi de vela?

Esse selim não é o que tinhas na de estrada?
 

jv-

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Trocamos quando fomos andar : ) Sim, a Kona continua, ainda que pouco, esta rígida é demasiado rápida a descer hihih O selim sim, ainda está por decidir qual delas fica com ele.

Porque falas do tamanho do tubo vertical? Julgo que a 456 ainda tem mais toptube (a minha também é 16"). As on-one de carbono têm fama de serem pouco confortáveis (pelo menos a 456, que ha carb, aco e ti), no entanto há coisas que se podem mexer de forma a atenuar este problema.
Eu, na minha, ainda que seja de Ti, procurei ajustar cada componente para ajudar ao conforto (vertical compliance). Pneu traseiro de grande volume associado a aro com largura interior generosa (2.4 e 25.5mm). Aro e cubo de baixo perfil, para ter raios mais compridos. Seatstays com piggytail, que são menois rigidas overall. Espigão reverb (com o sistema hidráulico há sempre alguma flexão da baínha), e selim de pele.

Acho que essa bike nunca vai ser uma craque a descer, mas a verdade é que não se pode ter tudo e ela tem ar de que voa a subir. Se te fartares, suspa de 120mm nisso e pneus grandes, concerteza vai mudar drásticamente a bike.
 
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