PNSAC-Percursos no Reino da Pedra

rodd

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Estive no passado domingo na zona de Porto de Mós a convite dum amigo. A paisagem é fenomenal e com trilhos bem divertidos, mas muito perigosos dadas a condições que se encontravam.
A pedra estava muito molhada e propicio a quedas (ia caindo umas quantas vezes)... :p Também fomos subir o Patelo. Pela pedra molhada e solta não consegui subí-lo sem colocar o pé no chão...

Mais tarde terei de lá ir novamente, mas com o piso seco... :)
 

zribeiro

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Alguém aí arranja um track de uma volta a passar no famoso single do Vale Garcia? De preferência uma volta até aos 30km's :eek:
 

rodd

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Se calhar até lá passei, mas não sei os nomes dos single's... Pessoal que tenha track's daí, por favor, parti-lhe... Assim, quando aí regressar já temos algo para nos guiarmos. :)

Abraço
 
06 de janeiro de 2013 -Alcanede-" dobrar a Fórnea"-short version

Depois de, de 4 meses “hibernado” do BTT, e de, praticamente, 6 meses afastado dos trilhos do PNSAC, voltei aos mesmos a pedido de “várias famílias” por forma a mostrar alguns dos melhores trilhos e paisagens do Parque.
Devido à minha menor forma atual, (não que alguma vez fosse uma “grande forma, mas adiante…) e ainda devido ao facto de que, 12 dos 15 participantes nunca haviam pedalado nos trilhos que levam à Fórnea, ou pela Costa de Alvados, congeminei um percurso que fosse até ao Cabeço da Fórnea mas do modo mais linear possível, embora evitando o alcatrão ao máximo.

Assim, saímos de Alcanede, sensivelmente pelas 8h, com 0.º C mas com a perspetiva de rapidamente aquecermos, pois sabíamos que saíamos dos cerca de 80 metros de altitude ao quilómetro zero e que seria quase sempre 18 km em trajeto ascendente até ao ponto mais elevado de todo o percurso, na Atalaia, com 590 metros.

Depois de descermos o estradão da Atalaia, divergimos para o interior dos labirínticos e ziguezagueantes trilhos entre os muros apertados e erigidos com a pedra aproveitada da zona, começámos depois a descer o trilho com a “arrepiante” e vertigosa cratera da Fórnea ao nosso lado direito.
Aqui fizemos a paragem mais prolongada, tirámos fotos para memória futura e como o sol, tinha decidido, de novo, esconder-se, deixando a temperatura baixar, despedimo-nos do Cabeço da Fórnea e saímos em direção a Cabeço das Pias.
De aí a pouco divergimos para os trilhos sobranceiros à Costa de Alvados onde se nos depararam os trilhos mais técnicos deste percurso, muito em parte devido ao estreito single track que percorre toda a vertiginosa e arrepiante vertente acrescido do facto de, embora, não tendo chovido, as pedras espalhadas pelo trilho apresentavam-se "suadas" pela humidade o que levava a alguns resvalamentos da rodas.
Nem por isso, deixam de ser este trilho, um abuloso e um autêntico orgasmo betetístico!!! É o que melhor se pode dizer para ilustrar o momento.
Percorremos assim 4 quilómetros da Costa de Alvados desde a entrada da “diagonal” até ao Patelo.

A partir de aqui foi pedalar até à Barreira da Junqueira e depois começar a descer em estradões muito rápidos pela Encosta de Vale de Carneiros passando de raspão pela Pia Carneira e Pia Junqueira.
Impelidos pela descendente, fomos pedalando em ritmo necessariamente rápido, passando por Vale Florido, Cortiçal , Casais de Além e Vale da Trave e a seguir a esta localidade ultrapassar os 50 km/hora a descer o Vale do Pedreirinho em direção a Alqueidão do Mato onde chegámos com a adrenalina no máximo.

De aí a Alcanede, já pouco faltava e chegámos com 45 km realizados e 980 metros de acumulado.

O track GPS do percurso pode ser Downloadizado aqui:
Alcanede-" dobrar a Fórnea"-short version

Algumas fotos tiradas durante o percurso.

castelo de Alcanede sobressaindo na neblina matinal.


pausa na ascendente para retirar os apetrechos mais quentes. ;)


Ziguezagueando entre muros e muretes e chousas e lapiás


estradão da Atalaia.


estradão da Atalaia. foto de grupo no ponto mais elevado do percurso; 590 metros


Ziguezagueando entre muros a caminho do Cabeço da Fórnea


Cabeço da Fórnea




Costa de Alvados
 
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hugo_frade

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Mais um excelente relato! Dá gosto ler e ver estas imagens!
Obrigado pela partilha!!!

Tenho de começar a explorar mais esse lado do PNSAC ;)
 

salgado52

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Parabéns Paulo e "sus muchachos" o PNSAC no seu melhor,obrigado pela partilha do track,brevemente irá ser feito!!!!!!!!

Abraço
 

ferra

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Foi excelente! Ainda não conhecia este pedaço da Serra, e devo confessar que fiquei apaixonado!
Penso que de todos os passeios que já lá fiz com o Paulo, este foi o meu favorito até agora. As fotos não fazem juz à paisagem, estão bonitas, mas acreditem que vale bem a pena ir lá visitar e ver ao vivo!
 
"A dobrar a Fórnea" Fotos 06 de janeiro de 2013

Estradão da Atalaia


Costa de Alvados
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ferra

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1ª parte do single da Costa de Alvados antes da zona dos "degraus"[video=youtube;urkDK0DvCgM]http://www.youtube.com/watch?v=urkDK0DvCgM&feature=player_embedded[/video]
 

santos-23

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este passeio foi talvez um dos melhores que fiz ate hoje , com trilhos fantasticos ,tem tudo o que se gosta no btt foi um domingo altamente , e aquela ultima descida ate alcanede cum catano foi a fundo
 

Rui Marçal

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este passeio foi talvez um dos melhores que fiz ate hoje , com trilhos fantasticos ,tem tudo o que se gosta no btt foi um domingo altamente , e aquela ultima descida ate alcanede cum catano foi a fundo

Boas,

O PNSAC é a melhor serra onde já pedalei, e conheço algumas...Tem muito mais trilhos do que aqueles que fizeram e igualmente excelentes. Cola-te ao Paulo que ele apresenta-tos todos, ele é uma espécie de perdigueiro do PNSAC.

Daqui a uns séculos, há-de haver no PNSAC além das pegadas dos dinossauros também as marcas de pneus do Paulo Gonçalves, lol...

Para teu azar e pelo que me apercebi apanharam alguma humidade nas pedras, é pena, porque sem humidade vais muito mais à vontade, mais rápido e com outra segurança. Ir para lá, convém ser sempre com tempo seco.
 

ferra

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...rastos de Hutchinson portanto Rui ;)

2ª parte:

[video=youtube_share;kElCtTFySa8]http://youtu.be/kElCtTFySa8[/video]
 
Rasto de Hutchinson

É verdade, os Hutchinson ; sejam o modelo "Cobra" ou o "python" são os pneus que privilegio há muitos anos.
Dizem-me - há anos- que estes são modelos mais dedicados para rolar e com pouco grip para a pedra e que há melhores e esta e aquela marca- " assim e assado " e patati patatá.
Ainda agora na pedra "suada" voltei a não me dar mal com eles. Podem até "varejar" um bocadinho mas isso até aumenta a dose de emoção. :):)

Talvez na próxima muda de pneus mude de marca, mas, a mim, se estou satisfeito com o que tenho, custa-me sempre mudar para algo que desconheço.
A ver vamos.
 
Last edited:

CANSADO

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Parabens pelo tópico. Sempre com belas reportagens. Tenho utilizado alguns tracks vossos,
daí a minha vinda aqui agradecer o vosso trabalho. Até porque se não o fizermos pode ficar
a sensação que o vosso tópico não tem muito acompanhamento. Mais uma vez parabens.
 
10 de fevereiro de 2013 -Olhos d´Água-" Pela Serra de Santo António"-short version

Chegados ao inicio do percurso, no parque de estacionamento olhos de água/Nascentes do Alviela, ao confirmar o material, noto que o capacete tinha ficado em casa.
Andar em trilhos quase sempre de pedra, agora tornada ainda mais escorregadia pela humidade e pelos chuviscos e humidade, não aconselhava a que se começasse o percurso sem aquela proteção mas, entre, abortar uma volta no seu começo por falta de proteção e o vício do PNSAC, mandei a precaução às figas. Just this once.


Mais uma vez, tracei um percurso ao meu gosto, subindo tudo o que se tem a subir, no início e deixar os últimos quilómetros apenas para descer.

E assim, lá fomos, paulatinamente, subindo, até aos 23 quilómetros, passando por Monsanto, Algar do barão, depois entre muros e muretes até Carvalheiro e Paiã. Em Chousas de Baixo junto à localidade de Serra de Santo António, visitámos o poço cársico e repusemos as calorias.
Seguimos depois por Telhados Grandes, subimos até ao patelo e descemos para a Costa do Vale da Canada que percorremos até ao Covão do Passarinho.

Chegados à cota mais alta, chegou a chuva,o nevoeiro e o vento o que se traduziu na descida e abrupta da temperatura.
Existiu uma altura em que o vento só nos batia na face direita o que nos deixou a cara numa espécie de semi-frio, com as duas faces com temperaturas distintas.
Fomos percorrendo a Costa de Mira e a Costa de Minde e olhando lá em baixo a polje de Minde que a pluviosidade elevada, este ano, mais uma vez, transformou a em lagoa,

Descemos o arrepiante single track dos Grutos que rodeia a Cabeça Gorda e nos deixa no parque de merendas de Covão Formoso e depois foi descer os singles tracks e estradões dispersos pelo Vale da Azinheira, Vale da Picollheira, Vale escuro e Vale Longo e de aí a nada estávamos a atravessar a escorregadia ponte de lajes que atravessa o Alviela junto à quinta com o mesmo nome.

Terminámos percorrendo o single track que segue paralelo ao rio e que nos deixa nos olhos de Água.

Track de GPS, pode ser descarregado aqui:
Pela Serra de Santo António-Short version
 

tinric

Super Moderador
Ia para dizer o mesmo :) esse "capacete" protege muito bem do frio... mas numa zona com tanta coisa macia e com algumas quinas... coisa essa que até dá o nome a este tópico... é melhor não facilitar...
 

Rui Marçal

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Mas o Paulo conhece melhor o PNSAC que qualquer um de Nós, por isso ele já domina a arte da queda. Se tiver de cair, há-de encontrar durante a queda um local bem fofinho de relva...
 
Sem capacete

Como escrevi no primeiro parágrafo do texto; só quando chegámos aos olhos de água, notei que me faltava o capacete.:mad:
Ora, ficando o local onde moramos- Vale de Santarém- a cerca de 45 km do local onde começámos o track, retornar a ir buscar o capacete era abortar a execução do percurso. O vício do PNSAC falou mais alto.:rolleyes:
Para agravar, quando começámos a fase de "descensão", é que começou a chuviscar e a pedra a ficar, ainda, mais molhada e os pneus, em algumas ocasiões sem tração devido à lama acumulada. Foi um aumentar de adrenalina que se tornou em momentos inesquecíveis.

Rui Marçal, não sei se conheço assim tão bem o PNSAC, ainda neste percurso, "descobri" mais uns trilhos que desconhecia. Já quanto a cair; das vezes que tenho caído, e como tenho a sorte de me conseguir levantar em condições, a minha preocupação imediata é logo com o estado da bicicleta.:cool:
 
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