350plus said:Ao contrário de algumas opiniões anteriores, não acho negativo que a Shimano esteja a desenvolver o próximo XTR com 10 velocidades. Um grupo ao nível do XTR é optimizado para competição e para competidores, logo apenas se deve preocupar em peso e eficiência. Os ganhos de performance podem ser extremamente pequenos e até cair fortememente na zona negra da lei dos rendimentos decrescentes mas quem compra sabe que está a comprar o melhor que a tecnologia actual pode oferecer. Os desviadores são a solução mais leve e eficiente que existe para construir uma transmissão de bicicleta. Não há previsões que alguma tecnologia os possa vir a suplantar como a solução para bicicletas de competição.
No entanto, concordo que há uma confusão enorme no mercado causada pelo marketing e pela mentalidade dos compradores. Para o utilizador normal, componentes específicos para competição são completamente desadequados. Mas vendem por causa da sua associação à velocidade dos competidores de topo.
O buraco está realmente nas gamas inferiores-médias onde fazem falta opções robustas e duráveis. Produtos para quem quer fazer milhares de quilómetros por ano sem necessidade de qualquer tipo de manutenção. A Shimano já mostrou que consegue fazer bons produtos como o Alfine a preços decentes. Penso que agora o mercado está cada vez a crescer mais para esse tipo de produtos, há cada vez mais utilizadores conscientes da importancia da fiabilidade e será apenas uma questão de tempo até termos uma divisão completa das ofertas de mercado dos grandes fabricantes de modo a atender a estes dois grupos.
Aposto que as vendas internacionais do Alfine (que era só para bikes de cidade) estão a abrir os olhos a muita gente nas chefias da Shimano
Àcerca de dizeres que o XTR está virado exclusivamente para a competição não concordo. Basta ver que a primeira cassete com 11-34 saiu para o XTR... e com 22(da pedaleira XTR)-34(da cassete XTR) temos uma relação espectacular para os empenados, não para quem faz competição. O grupo XTR é adequado para competição e a Shimano projecta-o e renova-o, tambem, em função disso. No entanto, como todos os produtos, tem que dar lucros, e, para isso, não bastam as vendas aos verdadeiros pros. Exemplo:
MJCT said:Pois, é como eu dizia, para os prós não adianta nada :lol: mas para os outros ter 29 à frente só se for com 34 ou 36 atrás. E não me venham com histórias de que sobem tudo com 29/32 porque eu conheço meia dúzia de subidas que a maioria das pessoas não faz, mais que não seja por falta de tracção a pedalar em pé o que abriga a sentar... e sentado com 29/32 naquelas subidas é preciso ser muito bom. Também há os que dizem "quando não poder subir, salto fora". Tudo bem, cada um na sua, eu cá só salto quando as pulsações vão a 208 e a língua a arrastar no chão e o corpo desiste antes do cérebro. Mas gostos são gostos!
...
Essa "divisão completa" não me parece bem... Fiabilidade, durabilidade, simplicidade e peso contido(sem extremismos) são boas qualidades quer para competição, quer para uso lúdico. Ninguem quer peças pesadíssimas que durem uma vida inteira na bicicleta que usa para ir para o trabalho, assim como nenhum pro quer cassetes de alumínio(ou outras peças do género) que durem 100km. Se a Shimano separasse ainda mais as gamas baixas/médias das de competição ficávamos, nas gamas baixas, com peças do género do horrível conjunto manetes/manípulos numa só peça do grupo acera, ou dos manípulos alivio, que são enormes.
"Boca" para o tkul: :mrgreen:
Tu, que não gostas do Hammerschmidt, ou lá como aquilo se chama, porque tem atrito e pode dar chatices nalguns quadros/sistemas de suspensão, vens agora defender transmissões internas e automatizadas :?: :shock: Essas coisas têm um atrito brutal e, por mais voltas que se dê aos designs, hão-de ter sempre problemas de compatibilidade e eficiência.
Esse cubo, por exemplo não é muito famoso no que toca a eficiência, e do peso é melhor nem falar...
Só vejo uma solução:
Revoltemo-nos!
:twisted:Singlespeed ao poder! :twisted: