Re: Adeus Scott Scale 50 2007... Olá Trek Fuel EX 9 2008!
8)
Os primeiros 1000 km cantaram no final do mês. Um pouco atrasada é certo mas cá vai uma análise actualizada.
Um bocadinho mais tarde do que esperava - umas lesõezecas desportivas fizeram-me estar de molho tempo demais - atrasaram a chegada dos primeiros mil. Mas lá ocorreram e sem sobressaltos. Então mas e a "menina" como se tem portado?
Bem a menina no global porta-se muito bem. Tem trilhado por esses campos fora, quer faça chuva, quer faça sol, sempre bem martirizada pela lama, barro, pedras e areia que abunda nos nossos trilhos, não sendo poupada a esforços.
Mas vamos por partes.
Guiador/Direcção:
Uma das grandes mais valias desta bike. Muito informativa perdoa os erros mais crassos sem sobressaltos ou nervosismos. Onde antes curvava com alguma incerteza, curvo hoje no limite, sem resvalanços, muito devido também aos Larsen. Onde antes guinava para evitar, passo hoje a direito sem quaisqueres tremelicanços. As vibrações mais agressivas para os punhos são facilmente absorvidas quer pela suspensão, quer pelo carbono do guiador, evitando as tradicionais dores.
Suspensão:
Um dos principais motivos de escolha deste modelo da EX, revelou-se uma aposta acertada. A subir os 90 mm estão lá no sitio certo, movendo o centro da gravidade, evitando o costumado levantar da testa da bike ao trepar as paredes mais inclinadas, sem nunca perder tracção ou direcção. Já os 130 mm permitem "brincar" pelas encostas abaixo sem medos nem temores, mantendo a bike no seu lugar, tornando-me num cada vez maior "apreciador" de descidas adrenalinicas.
Amortecedor: Outra boa surpresa. Aqui não há bombeios nem perdas de tracção. No Propedal ele está lá e actua se necessário, mas mantendo uma rigidez do quadro que até parece que estou numa HT. Já Aberto torna-se extremanente confortável sem bombeios excessivos e se por um acaso numa trepadela de parede te esqueçes dele nesta posição, ele mantém aquela roda traseira bem pregada ao chão sem perdas algumas na tracção, mesmo se levantar o rabinho. Também aqui os Larsen e o sistema ABP tem alguma culpa no cartório.
Travões: São Avid e para mim chega. Estão lá sempre, mesmo molhados, sujos ou cheios de areias. E nas descidas mais agrestes ainda não se manifestaram esponjosos ou ausentes quando mais abusados. E aquela rodinha vermelha faz milagres quando queremos obter uma resposta mais rápida na manete, sem termos que desmontar e afinar.
Transmissão: Outra novidade para mim e das boas. Os shifters SRAM são diferentes, mais secos mas muito mais directos e mais bonitos. Poderão perder alguns adeptos porque não têm indicadores de mudança engrenada. Serão necessários? O desviador dianteiro cumpre a sua função sem quaisqueres problemas ou desvios até ao momento. O desviador traseiro é mais rápido e muito mais silencioso na hora de engrenar. Aliado a isso tem um design fantástico. O conjunto pedaleiro prima pela sua beleza e robustez, sem empenos ou folgas.
Selim e Pintura: Bem são talvez os componentes que podem acusar desgaste, sobretudo o selim. Embora não seja o de origem, começam a surgir perdas de cor nalguns pontos em que o rabinho mais roça. A pintura tem alguma têndencia para os riscos fáceis, pelo que as protecções foram uma boa opção - a verdade é que eu também não a poupo, não evitando algumas situações que sei de antemão que poderão fazer mossas ou riscos.
Apreciação global:
Quadro bonito e muito bem conseguido em termos de design e dinâmica. Bike bem informativa, capaz de fazer a diferença na progressão em descidas mais acentuadas, sem perdas de tracção em subidas mais exigentes. Transmissão muito eficiente e fiável. Excelente conjunto de suspensão e amortecedor. Travões eficientes e silenciosos. Uma bike para mais uns milhares!...
Mais algumas fotos: