Bom dia,
Antes desta minha exposição, gostaria de lembrar que estamos pura e simplesmente aqui a debater umas ideias, a trocar umas impressões, nada mais! Imaginem que estamos num café, num final de tarde, a beber uma mini ou uma outra bebida qualquer e em amena cavaqueira como nos acontece tantas vezes entre amigos.
É de senso comum, para os praticantes de btt, que quando por exemplo temos uma subida e se por ventura na cassete da bicicleta temos engrenado o pinhão maior e se colocarmos na pedaleira o prato pequeno teremos um esforço físico menor do que se aplicarmos quer o prato intermédio, quer o prato maior. É por isso que conseguimos subir c/ menor esforço! É evidente que quem tem “melhor perna”, para as mesmas velocidades engrenadas vai subir com menos esforço. Estou a levar ao extremo esta comparação para falar de algo que todos nós aplicamos cada vez que andámos de bicicleta. Evidentemente que, como é sabido, não se deve aplicar o pinhão grande da cassete c/ o prato intermédio ou c/ o prato maior da roda pedaleira (evitar cruzamentos de corrente).
Como já foi dito, da Fisica, temos de facto, que : M (momento)= r (raio) x F (força exercida), mas esta expressão só pode ser aplicada à roda pedaleira (isoládamente). Neste caso temos um mesmo eixo com 3 pratos concêntricos. Para um mesmo momento (M) , os raios (r) variam consoante o diâmetro do prato e por conseguinte as forças aplicadas (F) em cada prato serão diferentes. É verdade que para o mesmo momento, a força aplicada no prato maior será menor do que a força aplicada no prato menor.
C/ o prato grande temos M1= r1 x F1
C/ o prato pequeno temos M2= r2 x F2
Para M1=M2
Temos que r1(prato grande) > r2 (prato pequeno) Logo F1 < F2
No caso de uma bicicleta temos uma roda pedaleira a puxar um pinhão de uma cassete. Temos uma transmissão. Na prática, quando colocamos as velocidades prato pequeno c/ pinhão grande, estámos a usar a menor relação de transmissão possível (ou seja faremos um menor esforço para pedalar e portanto menos força aplicada ) para efectuarmos as nossas subidas. A relação de transmissão obtem-se fazendo a divisão do nº de dentes da roda motora (ou o respectivo diâmetro) pelo nº de dentes do pinhão da cassete (ou o respectivo diâmetro). Fácilmente se concluí que c/ menores relações de transmissão, faremos menos esforço a pedalar e por conseguinte aplicaremos uma força menor em cada pedalada.
Se estivessemos num café a conversar, esta troca de ideias fazia-se em meia dúzia de palavras; como é por escrito demora um bocado mais...
Cumprimentos.