RuiPedaleiras
New Member
Boas a todos
Como prometi a alguns membros do fórum aqui estou a partilhar convosco a análise á minha nova máquina.
Adquida recentemente, pois não é o forte da Cannondale as entregas de encomendas muito cedo, (chegou dia 24 Março mas apenas a fui buscar dia 15 de Abril pois estive a aguardar alguns componentes) venho então apresentar as minhas sensações nas 3 primeiras saídas com esta bicicleta que anunciou a entrada num novo conceito: - o OverMountain.
Deixando o fabrico de ser realizado nos EUA e passando para a China ("Made in China" é o que diz por baixo da caixa do eixo pedaleiro) vejo que não perdeu a sua grandeza em termos de acabamentos e de pintura. Os mesmos são bons e incluem os cabos de mudanças pelo interior do quadro sem falhas de tinta e contornos bem desenhados. Segundo a marca, e como todos já devem ter lido por aí, todo o quadro é realizado em carbono Ballis Tec (carbono balístico de fabrico Japonês) com inserções de aluminio nas zonas do pedaleiro, caixa de direcção, apoio do basculante e pivôs. Possui eixo passante de 12mm na traseira e o basculante também é atravessado por eixos de 15mm garantindo uma rigidez elevada do triângulo traseiro. A caixa de direcção é a tipica 1,5 polgadas ao qual adquiri umas pernas novas com tubo de direcção cónico e tratamento Kashima para a suspensão Fox, tendo de levar um adaptador na parte superior para reduzir a 1"1/8.
O curso em ambas as rodas é de 150mm o que garante o faz quase tudo. Ajudada pelo amortecedor especifico Fox Dyad RT2 e pela suspensão Fox 32 Tallas consegue-se uma posição de subida realmente boa com uma tracção excelente e muito pouca perda de eficácia devido ao reduzido ou quase nulo bombeio. O manipulo do guiador permite reduzir o curso para 90mm sendo possível ajustar o retorno tanto no modo Elevate (90mm) e Flow (150mm). Eu próprio fiquei surpreendido com a sua capacidade de trepar e mesmo no modo Flow consegue-se subir muito bem pois o bombeio não é demasiado elevado. O ajuste do amortecedor é fácil sendo apenas necessário seguir as pressões inseridas numa tabela que está colada no próprio quadro e utilizando a bomba fornecida para o efeito. Não é possivel ajustar o Sag que pretendemos, como se realiza com amortecedores normais, apenas podemos seguir a tabela subindo um valor ou descendo conforme a utilização pretendida. Pode-se atribuir um ponto negativo a este senão mas eu considero-o irrelevante uma vez que é só nos guiar-mos pela tabela. Para a mesma a marca indica um Sag entre os 33 e os 40% das pressões apresentadas sabendo que o curso do amortecedor é de 50mm. Pode-se no entanto experimentar outras pressões e jogar com as mesmas nas câmaras negativa e positiva mas quanto a mim não percam tempo pois eu perdi a fazer esse ensaio e não vale a pena. Está tudo muito bem estudado e a bicicleta tem um comportamento digno da publicidade que lhe foi feita.
Seguindo no sentido descendente e soltanto o manipulo para a posição Flow eis mais uma surpresa. Devora as pedras, as irregularidades e saltos com avontade permanecendo colada ao chão não fazendo "mola" quando afunda a suspensão mesmo tendo o retorno na posição mais rápida nem dá esticões na corrente. A traseira e a frente funcionam equilibradas na absorção das irregularidades dando confiança e vontade de largar os travões. Em repouso pareceu-me que o retorno do amortecedor era lento após o comprimir, com o rebound na recuperação mais rápida, mas no trilho apercebemo-nos que tal não acontece. Possívelmente o amortecedor terá algum tipo de plataforma, como por exemplo o propedal, a limitar o bombear em movimentos de baixa velocidade. Se tem não sei o que é certo é que funciona bem.
É uma bicicleta que proporciona um bom conforto e segundo a montagem que se fizer tanto serve para rivalizar uma bike de XC como para fazer um pouco de FreeRide Light. A minha montagem baseou-se numa linha o mais polivalente possível, não tendo componentes muito leves nem muito robustos e pesados. Possui um avanço de 90mm e um guiador de 66cm ambos FSA SL-K, a montagem de fábrica trás um de 75mm e de 68cm respectivamente sendo mais vocacionada para descer, eu procurei um melhor compromisso.
Falando da bicicleta em si, pois os componentes fazem sempre diferença, posso dizer que a Cannondale cumpre o seu prometido ao criar esta máquina de pura diversão em qualquer prova que se realize, excepto o DownHill como é óbvio. É uma verdadeira 2 em 1 cumprindo o prometido. Resta aguardar a fiabilidade do conjunto em termos de folgas e do amortecedor. O quadro de aluminio, segundo sei, apenas pesa mais cerca de 200gr que o de carbono perdendo apenas em estética não trazendo os cabos no interior e notando-se as soldaduras pelo que o bom desempenho também estará assegurado. O de carbono, segundo a marca, pesa cerca de 2600gr já com o amortecedor tendo o mesmo 580gr.
Passando aos componentes que equipam a minha versão pois apenas aproveitei o quadro, os punhos e o desviador da frente do modelo Hi-Mod 2 de cor cinza e preto, começo pelos travões. Após várias análises, inclusivé aqui pelo fórum, escolhi uns Hope Tech X2. Excelentes em potencia de travagem e doseamento. Possuem ajuste da manete e curso do toque de travagem sem ferramentas e têm um "look" muito bonito principalmente estes que receberam uns "upgrades". Infelizmente e por incrivel que pareça ainda não tirei fotos á bike, mas as mesmas irão ser colocadas logo tenha oportunidade. Dos travões apenas tenho a indicar um senão: - fazem imensa chiadeira quando estão molhados, mas não perdem a sua eficácia. Estão montados com discos flutuantes e depois de secarem tornam-se novamente silenciosos.
A suspensão, apesar de ser a mesma, sofreu melhorias. Foram colocadas umas pernas novas com o tratamento Cashima Coat da Fox, como referi já anteriormente, com tubo de direcção cónico, o de origem é de 1,5 polegadas. O modelo é o 32 Tallas RL FIT ao qual ajusta o curso de 150mm para 120mm rodando 1/4 de volta o manipulo da perna esquerda e fazendo o bloqueio na perna direita. Funciona muito bem e a sensibilidade é óptima em ambas configurações. Nota-se que existe de facto menos fricção das pernas com o tratamento especifico e dá-lhe outra vista. Estou a aguardar pelo novo cartuxo RLC que fará o "upgrade" final e que vai permitir regular a compressão de baixa velocidade bem como a força exercida para desbloquear a suspensão num impacto onde a mesma se encontre bloqueada. Regulações que dão jeito pois por vezes esquecemo-nos de desbloquear após uma subida ou estradão provocando danos na suspensão.
A transmissão foi "entregue" á SRAM com o grupo XO ficando apenas o desviador da frente de origem (X7) pois não havia disponível com o tipo de fixação necessário e não quis esperar mais. É um upgrade a fazer pois por vezes falha na mudança de pratos que são os comuns 3 com relações 22, 33, 44. Devo informar que raramente utilizo o prato mínimo pois dou mais uso á cassete 11-36t (Shimano XT) ajudado pelo baixo peso e eficácia da bike. De resto, como seria de esperar, as mudanças entram nítidas e rápidas.
Para ajudar ao comportamento polivalente da montagem dotei-a de um espigão telescópico. A escolha recaiu no novo Rock Shox Reverb. Excelente de actuar com comando no guiador, trás regulação da velocidade de recuperação, a meu ver de pouca utilidade, com acabamentos muito bons e com guia do tubo hidraulico (Sim, este não utiliza cabo). Apenas um senão é que após estas saídas começa-se a notar uma folga, não na lateral como é costume noutros do mesmo tipo, mas sim pra frente e pra trás. Aguardo a saber se necessita de um aperto interno ou se irá ser alvo da cobertura por parte da garantia. De qualquer modo não é muito notório e funciona na perfeição.
A nível de rodas escolhi as novas Fulcrum Red Metal 3. Eram das poucas que têm disponivel o cubo para eixo de 12mm na traseira. Não fiquei com as originais Sun Ringlé apenas por questão estética pois observando-as pareceram-me robustas e com boa qualidade de construção. Estas já são Tubeless, são bonitas, leves, rolam bem e ainda não empenaram que é o que interessa. Pesei-as antes de serem aplicadas e apresentam 1695gr já com as válvulas o que é muito bom tendo em conta a qualidade e o preço (de tabela 465€).
Quanto a pneus fui para os que vieram a equipar a bike, apenas em medidas diferentes. São eles os Schwalbe Nobby Nic Evo Pace Star Tubeless ready 2.35 na frente e 2.25 na traseira. São leves, têm boa aderência e não oferecem muita resistência a rolar. O senão é que têm a carcassa muito fina e o da frente já tive que por câmara porque de raspar numa pedra ficou com um pequeno furo na lateral. Para condições mais agressivas é melhor escolher outra gama deste modelo ou os Snake Skin ou os UST.
O selim, como não gostei do Cannondale que a vinha equipar, coloquei um Selle Italia SLR que estava lá na loja e que ficou a condizer. É leve sim senhor mas a nível de conforto não é dos melhores devido ao baixo acolchoamento que possui apesar de ser Gel. Já estou mais habituado mas no ínicio acabava as voltas (cerca de 40Km) com o rabo bastante mal tratado. É bom para provas de 2 horas mas para passeios de 4 não aconselho. Se não me habituar mais será algo a trocar daqui a uns tempos. Apesar disso torna-se bom para FreeRide uma vez que é estreito e arredondado facilitando o entra e sai do selim.
Os pedais são uns Ritchey V5 Pro Paradigm. Modelo que saíu este ano. Até agora têm-se portado muito bem, sem folgas, com entrada e saída nítidos e uma regulação de mola boa. Tanto se apertam que custa a sair como pode-se colocar a tensão no mínimo que até saem sem querer. Funcionam muito bem com os cleats Shimano (SPD) que é o que estou a usar pois os novos ainda estão guardados. Pesam apenas 260gr e há 2 cores á escolha - preto e vermelho.
Ficam então as minhas primeiras impressões desta excelente proposta para quem quer a bike ideal do "faz de tudo" como eu procurei. Estava indeciso entre esta e a Trek Remedy mas não me arrependi nada em ter esperado e adquirido. Sem dúvida que sobe melhor e a descer não perde nada para a sua ríval para não falar que á custa do "Made in China" os preços são mais simpáticos que a concorrente também americana.
A Cannondale brindou-nos com mais um dos seus desenvolvimentos tecnológicos, continua a pecar por não dar resposta a tanta procura. As bicicletas chegaram tarde ás lojas e quem encomendar agora possívelmente não irá arranjar ou terá de esperar quase até ao fim do ano. Na loja que a adquiri as de aluminio ainda não chegaram e temos que ter em conta que o lojista já as encomendou em Agosto do ano passado.
Aguardo os vossos comentários e dúvidas que responderei se souber, claro. E já agora quem tiver uma que me corrija nalgum ponto que tenha falhado ou não concorde.
Dentro em breve colocarei fotos da montada e vou comentando um ou outro pormenor relevante
Claro que todos querem saber e já me esquecia pesa 12,3 Kg com pedais mas sem a grade do bidão. Não é nenhum peso recordista mas é muito bom tendo em conta que só o espigão pesa mais de 500gr e o que permite fazer pelos montes a baixo... e acima!!
Abraço a todos e boas pedaladas
Como prometi a alguns membros do fórum aqui estou a partilhar convosco a análise á minha nova máquina.
Adquida recentemente, pois não é o forte da Cannondale as entregas de encomendas muito cedo, (chegou dia 24 Março mas apenas a fui buscar dia 15 de Abril pois estive a aguardar alguns componentes) venho então apresentar as minhas sensações nas 3 primeiras saídas com esta bicicleta que anunciou a entrada num novo conceito: - o OverMountain.
Deixando o fabrico de ser realizado nos EUA e passando para a China ("Made in China" é o que diz por baixo da caixa do eixo pedaleiro) vejo que não perdeu a sua grandeza em termos de acabamentos e de pintura. Os mesmos são bons e incluem os cabos de mudanças pelo interior do quadro sem falhas de tinta e contornos bem desenhados. Segundo a marca, e como todos já devem ter lido por aí, todo o quadro é realizado em carbono Ballis Tec (carbono balístico de fabrico Japonês) com inserções de aluminio nas zonas do pedaleiro, caixa de direcção, apoio do basculante e pivôs. Possui eixo passante de 12mm na traseira e o basculante também é atravessado por eixos de 15mm garantindo uma rigidez elevada do triângulo traseiro. A caixa de direcção é a tipica 1,5 polgadas ao qual adquiri umas pernas novas com tubo de direcção cónico e tratamento Kashima para a suspensão Fox, tendo de levar um adaptador na parte superior para reduzir a 1"1/8.
O curso em ambas as rodas é de 150mm o que garante o faz quase tudo. Ajudada pelo amortecedor especifico Fox Dyad RT2 e pela suspensão Fox 32 Tallas consegue-se uma posição de subida realmente boa com uma tracção excelente e muito pouca perda de eficácia devido ao reduzido ou quase nulo bombeio. O manipulo do guiador permite reduzir o curso para 90mm sendo possível ajustar o retorno tanto no modo Elevate (90mm) e Flow (150mm). Eu próprio fiquei surpreendido com a sua capacidade de trepar e mesmo no modo Flow consegue-se subir muito bem pois o bombeio não é demasiado elevado. O ajuste do amortecedor é fácil sendo apenas necessário seguir as pressões inseridas numa tabela que está colada no próprio quadro e utilizando a bomba fornecida para o efeito. Não é possivel ajustar o Sag que pretendemos, como se realiza com amortecedores normais, apenas podemos seguir a tabela subindo um valor ou descendo conforme a utilização pretendida. Pode-se atribuir um ponto negativo a este senão mas eu considero-o irrelevante uma vez que é só nos guiar-mos pela tabela. Para a mesma a marca indica um Sag entre os 33 e os 40% das pressões apresentadas sabendo que o curso do amortecedor é de 50mm. Pode-se no entanto experimentar outras pressões e jogar com as mesmas nas câmaras negativa e positiva mas quanto a mim não percam tempo pois eu perdi a fazer esse ensaio e não vale a pena. Está tudo muito bem estudado e a bicicleta tem um comportamento digno da publicidade que lhe foi feita.
Seguindo no sentido descendente e soltanto o manipulo para a posição Flow eis mais uma surpresa. Devora as pedras, as irregularidades e saltos com avontade permanecendo colada ao chão não fazendo "mola" quando afunda a suspensão mesmo tendo o retorno na posição mais rápida nem dá esticões na corrente. A traseira e a frente funcionam equilibradas na absorção das irregularidades dando confiança e vontade de largar os travões. Em repouso pareceu-me que o retorno do amortecedor era lento após o comprimir, com o rebound na recuperação mais rápida, mas no trilho apercebemo-nos que tal não acontece. Possívelmente o amortecedor terá algum tipo de plataforma, como por exemplo o propedal, a limitar o bombear em movimentos de baixa velocidade. Se tem não sei o que é certo é que funciona bem.
É uma bicicleta que proporciona um bom conforto e segundo a montagem que se fizer tanto serve para rivalizar uma bike de XC como para fazer um pouco de FreeRide Light. A minha montagem baseou-se numa linha o mais polivalente possível, não tendo componentes muito leves nem muito robustos e pesados. Possui um avanço de 90mm e um guiador de 66cm ambos FSA SL-K, a montagem de fábrica trás um de 75mm e de 68cm respectivamente sendo mais vocacionada para descer, eu procurei um melhor compromisso.
Falando da bicicleta em si, pois os componentes fazem sempre diferença, posso dizer que a Cannondale cumpre o seu prometido ao criar esta máquina de pura diversão em qualquer prova que se realize, excepto o DownHill como é óbvio. É uma verdadeira 2 em 1 cumprindo o prometido. Resta aguardar a fiabilidade do conjunto em termos de folgas e do amortecedor. O quadro de aluminio, segundo sei, apenas pesa mais cerca de 200gr que o de carbono perdendo apenas em estética não trazendo os cabos no interior e notando-se as soldaduras pelo que o bom desempenho também estará assegurado. O de carbono, segundo a marca, pesa cerca de 2600gr já com o amortecedor tendo o mesmo 580gr.
Passando aos componentes que equipam a minha versão pois apenas aproveitei o quadro, os punhos e o desviador da frente do modelo Hi-Mod 2 de cor cinza e preto, começo pelos travões. Após várias análises, inclusivé aqui pelo fórum, escolhi uns Hope Tech X2. Excelentes em potencia de travagem e doseamento. Possuem ajuste da manete e curso do toque de travagem sem ferramentas e têm um "look" muito bonito principalmente estes que receberam uns "upgrades". Infelizmente e por incrivel que pareça ainda não tirei fotos á bike, mas as mesmas irão ser colocadas logo tenha oportunidade. Dos travões apenas tenho a indicar um senão: - fazem imensa chiadeira quando estão molhados, mas não perdem a sua eficácia. Estão montados com discos flutuantes e depois de secarem tornam-se novamente silenciosos.
A suspensão, apesar de ser a mesma, sofreu melhorias. Foram colocadas umas pernas novas com o tratamento Cashima Coat da Fox, como referi já anteriormente, com tubo de direcção cónico, o de origem é de 1,5 polegadas. O modelo é o 32 Tallas RL FIT ao qual ajusta o curso de 150mm para 120mm rodando 1/4 de volta o manipulo da perna esquerda e fazendo o bloqueio na perna direita. Funciona muito bem e a sensibilidade é óptima em ambas configurações. Nota-se que existe de facto menos fricção das pernas com o tratamento especifico e dá-lhe outra vista. Estou a aguardar pelo novo cartuxo RLC que fará o "upgrade" final e que vai permitir regular a compressão de baixa velocidade bem como a força exercida para desbloquear a suspensão num impacto onde a mesma se encontre bloqueada. Regulações que dão jeito pois por vezes esquecemo-nos de desbloquear após uma subida ou estradão provocando danos na suspensão.
A transmissão foi "entregue" á SRAM com o grupo XO ficando apenas o desviador da frente de origem (X7) pois não havia disponível com o tipo de fixação necessário e não quis esperar mais. É um upgrade a fazer pois por vezes falha na mudança de pratos que são os comuns 3 com relações 22, 33, 44. Devo informar que raramente utilizo o prato mínimo pois dou mais uso á cassete 11-36t (Shimano XT) ajudado pelo baixo peso e eficácia da bike. De resto, como seria de esperar, as mudanças entram nítidas e rápidas.
Para ajudar ao comportamento polivalente da montagem dotei-a de um espigão telescópico. A escolha recaiu no novo Rock Shox Reverb. Excelente de actuar com comando no guiador, trás regulação da velocidade de recuperação, a meu ver de pouca utilidade, com acabamentos muito bons e com guia do tubo hidraulico (Sim, este não utiliza cabo). Apenas um senão é que após estas saídas começa-se a notar uma folga, não na lateral como é costume noutros do mesmo tipo, mas sim pra frente e pra trás. Aguardo a saber se necessita de um aperto interno ou se irá ser alvo da cobertura por parte da garantia. De qualquer modo não é muito notório e funciona na perfeição.
A nível de rodas escolhi as novas Fulcrum Red Metal 3. Eram das poucas que têm disponivel o cubo para eixo de 12mm na traseira. Não fiquei com as originais Sun Ringlé apenas por questão estética pois observando-as pareceram-me robustas e com boa qualidade de construção. Estas já são Tubeless, são bonitas, leves, rolam bem e ainda não empenaram que é o que interessa. Pesei-as antes de serem aplicadas e apresentam 1695gr já com as válvulas o que é muito bom tendo em conta a qualidade e o preço (de tabela 465€).
Quanto a pneus fui para os que vieram a equipar a bike, apenas em medidas diferentes. São eles os Schwalbe Nobby Nic Evo Pace Star Tubeless ready 2.35 na frente e 2.25 na traseira. São leves, têm boa aderência e não oferecem muita resistência a rolar. O senão é que têm a carcassa muito fina e o da frente já tive que por câmara porque de raspar numa pedra ficou com um pequeno furo na lateral. Para condições mais agressivas é melhor escolher outra gama deste modelo ou os Snake Skin ou os UST.
O selim, como não gostei do Cannondale que a vinha equipar, coloquei um Selle Italia SLR que estava lá na loja e que ficou a condizer. É leve sim senhor mas a nível de conforto não é dos melhores devido ao baixo acolchoamento que possui apesar de ser Gel. Já estou mais habituado mas no ínicio acabava as voltas (cerca de 40Km) com o rabo bastante mal tratado. É bom para provas de 2 horas mas para passeios de 4 não aconselho. Se não me habituar mais será algo a trocar daqui a uns tempos. Apesar disso torna-se bom para FreeRide uma vez que é estreito e arredondado facilitando o entra e sai do selim.
Os pedais são uns Ritchey V5 Pro Paradigm. Modelo que saíu este ano. Até agora têm-se portado muito bem, sem folgas, com entrada e saída nítidos e uma regulação de mola boa. Tanto se apertam que custa a sair como pode-se colocar a tensão no mínimo que até saem sem querer. Funcionam muito bem com os cleats Shimano (SPD) que é o que estou a usar pois os novos ainda estão guardados. Pesam apenas 260gr e há 2 cores á escolha - preto e vermelho.
Ficam então as minhas primeiras impressões desta excelente proposta para quem quer a bike ideal do "faz de tudo" como eu procurei. Estava indeciso entre esta e a Trek Remedy mas não me arrependi nada em ter esperado e adquirido. Sem dúvida que sobe melhor e a descer não perde nada para a sua ríval para não falar que á custa do "Made in China" os preços são mais simpáticos que a concorrente também americana.
A Cannondale brindou-nos com mais um dos seus desenvolvimentos tecnológicos, continua a pecar por não dar resposta a tanta procura. As bicicletas chegaram tarde ás lojas e quem encomendar agora possívelmente não irá arranjar ou terá de esperar quase até ao fim do ano. Na loja que a adquiri as de aluminio ainda não chegaram e temos que ter em conta que o lojista já as encomendou em Agosto do ano passado.
Aguardo os vossos comentários e dúvidas que responderei se souber, claro. E já agora quem tiver uma que me corrija nalgum ponto que tenha falhado ou não concorde.
Dentro em breve colocarei fotos da montada e vou comentando um ou outro pormenor relevante
Claro que todos querem saber e já me esquecia pesa 12,3 Kg com pedais mas sem a grade do bidão. Não é nenhum peso recordista mas é muito bom tendo em conta que só o espigão pesa mais de 500gr e o que permite fazer pelos montes a baixo... e acima!!
Abraço a todos e boas pedaladas