Boas,
Lanço aqui este tópico para interessados em viagens em cima da bicla.
A ideia é o pessoal ir lançando bitaites para que a coisa fique realmente completa e um possível viajante não se esqueça de nada no planeamento da sua epopeia.
Guia de Travessias em (semi)autonomia para totós
Planear percurso
Tipo de terreno (raramente temos apenas um, mas pode haver um predominante)
Pedra solta, areia solta, lama, estrada, estradões, muitos singletracks...
Uma boa política para quem usa GPS é dividir o track da viagem em tracks diários que terminem nos locais de pernoita.
Ajuda a controlar o dia (quanto já se fez, quanto falta, noção da altimetria) e evitam correr o risco de passar o local de pernoita por distração e ter que voltar para trás ou alterar planos, etc.
Altimetria
Rolante, muito sobe e desce
Meteorologia
Condiciona as distâncias ou até a viabilidade da travessia.
Pode alterar as condições do terreno (muito sobe e desce com muito calor custa mais; muita lama também).
Distâncias
Distâncias que, dependendo do tipo de terreno, meteorologia e respetiva altimetria estamos dispostos a fazer por dia
Pernoitas e distâncias entre Pernoitas (partindo do principio que descansamos durante a noite)
É sempre bom um banho ao final do dia e um sono minimamente confortável.
Bombeiros, parques campismo, hotéis, hostels, pensões, couchsurfing, casas de amigos, campismo "selvagem", etc.
É possível, dentro do percurso/distância pretendidos ter um mínimo de condições minimas de pernoita a que estamos dispostos?
Bicicleta
A que temos é adequada? Temos várias? E qual a mais adequada?
Permite levar alforges?
O suporte para bagagem/alforges permite distribuir peso pela bicicleta e menos pelas costas, rins e cóxis(?) - o que se torna muito útil ao fim de uns km's.
Muito peso às costas pode dar origem a muitos problemas fisicos (hérnias, por exemplo).
O controle da bicicleta vai mudar:
- Peso demais à frente torna a direção mais pesada - menos ágil.
- Peso demais atrás vai colar a roda traseira ao chão.
- Muito peso nas costas também nos dificulta no controle do nosso corpo em cima da bicicleta.
Configurações:
Rígidas - Sem qualquer suspensão. São mais fiáveis e também mais desconfortáveis.
Semi-rigidas - Apenas suspensão frontal para conforto e nos ajudar com o controlo da bicicleta. As mais comuns.
Suspensão total - Ligeiramente mais pesadas que as semi-rigidas, mas também mais confortáveis. A fixação dos alforges pode ficar comprometida, limitando-nos a porta-alforges com fixação apenas no espigão de selim.
Materiais Quadros:
Alumínio, Escândio - Os mais comuns e a melhor relação preço/leveza (referência <400€ por aprox 1600gr em quadros rígidos), mas quanto mais leve mais rígido (desconfortável).
Aço, CromoMobdilênio - Mais pesados que os Alumínio (aprox 2200gr em quadros rígidos) mas mais confortáveis. Geralmente menos responsivos nas acelerações, mas absorvem melhor as vibrações e as pancadas.
Titânio - O metal mais nobre e que menos sofre com a fadiga, os mais desejados pela sua durabilidade/fiabilidade. Mais confortáveis que aço, peso semelhante ao alumínio. São também os quadros mais caros.
Fibra de Carbono - Geralmente são os quadros mais leves, utilizados em competição, mas a sua composição semelhante a plástico é a mais fácil de danificar com quedas ou impactos de objectos com arestas (pedras?). Dependendo da forma como o fabricante modele as telas de carbono, podem ser mais leves, pesados, rígidos na zona do pedaleiro, confortáveis nas escoras traseiras, etc. Em média são mais baratos que os titânio e mais caros que aluminio e aço.
Mistos - São configurações já pouco comuns, mas há fabricantes que combinam materiais diferentes (ex: triangulo principal em aluminio e escoras traseiras em carbono) para encontrar formas modelar o comportamento ou o preço dos quadros.
Dicas de um bikepacker, froids
Pneus:
Não usar pneus velhos que possam comprometer a travessia.
Evitar pneus nunca testados e que não conhecemos o comportamento.
Pneus muito estreitos podem rolar melhor, mas teremos de usar pressões maiores, o que ao fim de muitos km’s pode ser uma causa de desconforto enquanto que pneus muito largos podem oferecer conforto e aderência extra, mas comprometem o rolar. O truque é um meio termo, dependendo do tipo de percurso predominante ou dependendo de fases cruciais da travessia.
Rasto a gosto conforme as necessidades:
- Tacos uniformes e muito juntos podem rolar melhor, mas podem comprometer a tração em situações de lama, onde o escoamento pode ser dificultado.
- Tacos separados podem comprometer o rolar, mas podem escoar melhor a lama.
Há muitos guias online e existem avaliação de pneus mediante comportamento nas páginas dos fabricantes.
Encontrem um equilibrio entre conforto, rolar e segurança nos pisos que vão percorrer.
O conforto é importante porque as pequenas vibrações cansam ao fim de algumas horas, o rolar é importante porque se vão cansar menos e a segurança é importante porque querem chegar ao fim do percurso.
Dicas de um bikepacker, froids
O que levar?
Sobrevivência
Documentos pessoais, dinheiro, cartão multibanco, cartão com contactos úteis.
Comida/hidratação até ao próximo ponto de abastecimento (se houver) e backup para mais um dia, se acharem conveniente:
- Hidratos de carbono
- Cereais
- Fruta / Frutos secos
- Isotónicos
- Açucar
Talheres compactos/faca
Recipiente para comer
Fogão compacto e tacho ou supermercados e/ou restaurantes?
Kit 1ºs socorros
Manta sobrevivência
apito para sinalização audível, preso na asa da mochila e ficar acessível
espelho para sinalização visual
Comprimidos para aliviar dores (aspirina, ben-u-ron) ou anti-inflamatórios
Seguro FPCUB ou semelhante?
Pernoitas
Saco cama caso soluções tipo acampamento - compacto, leve e de acordo com as temperaturas previstas para a noite
Esteira para o saco-cama. Pode representar gramas extra, mas vale pelo conforto e para nos proteger da descida de temperatura do solo durante a noite.
Tenda:
- Leve e compacta
- Minimamente adequada às condições climatéricas - neve é diferente de praia no verão
- Fácil de montar e transportar. Com possibilidade de dividir componentes entre alforges e mochila.
Uma esteira pode ser útil para adicionar conforto no saco cama (temperatura e piso), mas também pode ser peso/volume extra e desnecessário.
Cuidados pessoais
Pomadas assaduras
Pó de talco (assaduras, dias sem banho, gordura do cabelo)
Detergente “multifunções” para banho, roupa e loiça
Escova/Pasta de dentes
Protetor solar
Vestuário
Óculos para proteger do sol e de pedras, ramos, etc
Uma muda de roupa casual
Toalha para banho (ex: toalhas microfibras de natação por serem compactas)
Chinelos para banho caso se usem balneários
Vestuário extra para pedalar - 1 ou 2 dias:
- Mesmo que se lave a roupa ao final do dia, pode não estar seca no dia seguinte
- Podemos cair e rasgar umas calças, sempre temos backup
Ferramentas e afins
Chave tipo canivete suiço (sextavadas, chave philips, chave de fendas, etc)
Chave corrente
Elos de corrente e/ou links rápidos extra
Dropout
Cabos de mudanças e travões (caso sejam mecânicos)
Pastilhas/Calços de travão - Com o peso extra da bagagem, vão gastar muito mais.
Câmeras de ar / Remendos
Raios para rodas, caso a travessia seja prolongada e por zonas remotas
Cadeados para roda frente , trás e tenda
Fita-cola - nunca se sabe quando algo se parte ou é necessário fixar algo.
Abraçadeiras de plástico - fixar objectos ou alguma solução mecânica
Fio de nilon e agulha - pode dar jeito para coser algo.
Navegação/Comunicação
Bússola
Mapas
GPS com pilhas/bateria extra
Pen com tracks e software do GPS - backup
Telemóvel com saldo, carregador e powerbank
Registo
Bloco de notas e caneta/lápis
Máquina fotográfica (com possibilidade de filmar?) - uma máquina reflex pode fazer boas fotos em mais situações, mas representa no mínimo 500g extra e não a vamos querer estragar com uma queda. Sugiro uma action camera ou uma máquina compacta a pilhas.
Pilhas/Baterias, Cartões de memória extra.
Mochila
1º Ultimas coisas a ser usadas (Ex: saco cama)
2º Coisas pesadas para equilibrar o centro de massa da mochila
3º Restantes coisas e acesso rápido
Evitar peso além dos 5kg e levar apenas o essencial para terminar o percurso.
Evitar coisas que possam ser desnecessárias na mochila e alforges.
Levar objectos que não queremos molhar dentro de sacos do lixo na mochila e/ou alforges. Nunca se sabe quando chove ou caímos numa ribeira e há coisas que vamos mesmo querer manter secas (telemóvel, meias, saco-cama, etc.).
Máximo recomendado de 25L - Cabe muita coisa, se usados todos os pequenos espaços livres.
Uma mochila de campismo pode permitir um reservatório de água (tipo camelbak) e apertos no final das costas e no peito, deixando as alças dos ombros mais laças para poupar as costas.
Contactos
Podem adicionar contactos úteis às primeiras entradas visíveis no telemovel (Ex: AAA Mãe)
Contactos úteis:
- Bombeiros
- Alojamentos
- Pontos de passagem
- Pessoas que possam ser uteis nos locais ou "em casa"
- Etc
Informação a deixar aos que ficam
Track gps / mapas
Info de alojamentos, possíveis encontros e pontos de passagem
Dias/horas de passagem previstos por cada local
Dicas extra:
- Tentem lavar a roupa, evitando levar uma muda para cada dia (caso a travessia tenha mais de 2 ou 3 dias). Vão poupar em peso.
- Truques tipo cada pessoa leva uma peça da tenda e outra o camping gas, dividindo e levando apenas um peças que podem partilhar e que não precisam redundância (ex: cameras de ar)
- Enrolando um componente da tenda ao saco cama ou à roupa pode ajudar a poupar volume.
- Caso fiquem em sítios pagos para alojamento, confirmem antes se estão abertos, se os serviços disponibilizados se encontrem disponíveis para o momento em que vão lá estar e se é possível guardar as bicicicletas.
- Alimentem-se e hidratem-se sempre um um pouco antes de terem fome ou sede, assim o corpo não vai entrar em descompensação e é sempre melhor ir alimentando que recuperar de uma quebra.
- Curtam o percurso e façam nas calmas se levarem peso extra.
Venham os bitaites, criticas e afins
Abraço,
p.sanches
Lanço aqui este tópico para interessados em viagens em cima da bicla.
A ideia é o pessoal ir lançando bitaites para que a coisa fique realmente completa e um possível viajante não se esqueça de nada no planeamento da sua epopeia.
Guia de Travessias em (semi)autonomia para totós
Planear percurso
Tipo de terreno (raramente temos apenas um, mas pode haver um predominante)
Pedra solta, areia solta, lama, estrada, estradões, muitos singletracks...
Uma boa política para quem usa GPS é dividir o track da viagem em tracks diários que terminem nos locais de pernoita.
Ajuda a controlar o dia (quanto já se fez, quanto falta, noção da altimetria) e evitam correr o risco de passar o local de pernoita por distração e ter que voltar para trás ou alterar planos, etc.
Altimetria
Rolante, muito sobe e desce
Meteorologia
Condiciona as distâncias ou até a viabilidade da travessia.
Pode alterar as condições do terreno (muito sobe e desce com muito calor custa mais; muita lama também).
Distâncias
Distâncias que, dependendo do tipo de terreno, meteorologia e respetiva altimetria estamos dispostos a fazer por dia
Pernoitas e distâncias entre Pernoitas (partindo do principio que descansamos durante a noite)
É sempre bom um banho ao final do dia e um sono minimamente confortável.
Bombeiros, parques campismo, hotéis, hostels, pensões, couchsurfing, casas de amigos, campismo "selvagem", etc.
É possível, dentro do percurso/distância pretendidos ter um mínimo de condições minimas de pernoita a que estamos dispostos?
Bicicleta
A que temos é adequada? Temos várias? E qual a mais adequada?
Permite levar alforges?
O suporte para bagagem/alforges permite distribuir peso pela bicicleta e menos pelas costas, rins e cóxis(?) - o que se torna muito útil ao fim de uns km's.
Muito peso às costas pode dar origem a muitos problemas fisicos (hérnias, por exemplo).
O controle da bicicleta vai mudar:
- Peso demais à frente torna a direção mais pesada - menos ágil.
- Peso demais atrás vai colar a roda traseira ao chão.
- Muito peso nas costas também nos dificulta no controle do nosso corpo em cima da bicicleta.
Configurações:
Rígidas - Sem qualquer suspensão. São mais fiáveis e também mais desconfortáveis.
Semi-rigidas - Apenas suspensão frontal para conforto e nos ajudar com o controlo da bicicleta. As mais comuns.
Suspensão total - Ligeiramente mais pesadas que as semi-rigidas, mas também mais confortáveis. A fixação dos alforges pode ficar comprometida, limitando-nos a porta-alforges com fixação apenas no espigão de selim.
Materiais Quadros:
Alumínio, Escândio - Os mais comuns e a melhor relação preço/leveza (referência <400€ por aprox 1600gr em quadros rígidos), mas quanto mais leve mais rígido (desconfortável).
Aço, CromoMobdilênio - Mais pesados que os Alumínio (aprox 2200gr em quadros rígidos) mas mais confortáveis. Geralmente menos responsivos nas acelerações, mas absorvem melhor as vibrações e as pancadas.
Titânio - O metal mais nobre e que menos sofre com a fadiga, os mais desejados pela sua durabilidade/fiabilidade. Mais confortáveis que aço, peso semelhante ao alumínio. São também os quadros mais caros.
Fibra de Carbono - Geralmente são os quadros mais leves, utilizados em competição, mas a sua composição semelhante a plástico é a mais fácil de danificar com quedas ou impactos de objectos com arestas (pedras?). Dependendo da forma como o fabricante modele as telas de carbono, podem ser mais leves, pesados, rígidos na zona do pedaleiro, confortáveis nas escoras traseiras, etc. Em média são mais baratos que os titânio e mais caros que aluminio e aço.
Mistos - São configurações já pouco comuns, mas há fabricantes que combinam materiais diferentes (ex: triangulo principal em aluminio e escoras traseiras em carbono) para encontrar formas modelar o comportamento ou o preço dos quadros.
Dicas de um bikepacker, froids
A contrário do senso-comum, prefiro uma bike rigida para as travessias "comuns", tipo travessias mais no conceito do ciclo-turismo e/ou com menores troços de trialeiras e poucos trilhos com tecnicidade média/alta envolvidos. Travessias do genero Caminhos de Santiago, etc, em que a quantidade de trilhos mais exigentes que se encontra não superam os estradoes, caminhos de bom piso ou estradas asfaltadas.
Permitem maior capacidade de carga por nao se ter que lidar com SAGs de amortecedores e limitações de espaço por eles criados.
Menos sujeitas a problemas, especialmente nos pivots de rotação e por consequente mais fiáveis quando longe de casa.
Para travessias maioritariamente exigentes, quer pelo tipo de caminhos, quer pela tecnicidade dos mesmos, uma suspensão total pode ser uma boa aposta.
No entanto, podemos contar com menos capacidade de carga e ter em mente que a disposição da mesma está condicionada à geometria do quadro e esçaço utilizado pelo amortecedor. Mais peças móveis originando maior hipotese de avarias graves.
Na minha opinião, e de uma forma geral, bikes rígidas (HT), de aço ou titanio são a melhor escolha. Mas todos os outros materiais servem de igual maneira.
A opção de montar forqueta ou suspensao na frente também pode ser equacionado, optando pela primeira em travessias de ciclo-turismo. Eu pessoalmente prefiro com suspensao.
Pneus:
Não usar pneus velhos que possam comprometer a travessia.
Evitar pneus nunca testados e que não conhecemos o comportamento.
Pneus muito estreitos podem rolar melhor, mas teremos de usar pressões maiores, o que ao fim de muitos km’s pode ser uma causa de desconforto enquanto que pneus muito largos podem oferecer conforto e aderência extra, mas comprometem o rolar. O truque é um meio termo, dependendo do tipo de percurso predominante ou dependendo de fases cruciais da travessia.
Rasto a gosto conforme as necessidades:
- Tacos uniformes e muito juntos podem rolar melhor, mas podem comprometer a tração em situações de lama, onde o escoamento pode ser dificultado.
- Tacos separados podem comprometer o rolar, mas podem escoar melhor a lama.
Há muitos guias online e existem avaliação de pneus mediante comportamento nas páginas dos fabricantes.
Encontrem um equilibrio entre conforto, rolar e segurança nos pisos que vão percorrer.
O conforto é importante porque as pequenas vibrações cansam ao fim de algumas horas, o rolar é importante porque se vão cansar menos e a segurança é importante porque querem chegar ao fim do percurso.
Dicas de um bikepacker, froids
Pneus com laterais robustas que não rasguem com facilidade em trilhos mais exigentes (pedras, etc). Não têm que ser de arame, podem ser de kevlar, mas desde que as paredes nao sejam tipo folha de papel, normalmente conhecidos como "Light". Esse tipo de pneu é bom para a corrida de domingo ou para meter na balança. Para andar descansado longe de casa, optem por pneus "hardskin" ou semelhantes.
Tubeless, preferencialmente. Camaras com liquido caso o tubless nao seja possivel.
O que levar?
Sobrevivência
Documentos pessoais, dinheiro, cartão multibanco, cartão com contactos úteis.
Comida/hidratação até ao próximo ponto de abastecimento (se houver) e backup para mais um dia, se acharem conveniente:
- Hidratos de carbono
- Cereais
- Fruta / Frutos secos
- Isotónicos
- Açucar
Talheres compactos/faca
Recipiente para comer
Fogão compacto e tacho ou supermercados e/ou restaurantes?
Kit 1ºs socorros
Manta sobrevivência
apito para sinalização audível, preso na asa da mochila e ficar acessível
espelho para sinalização visual
Comprimidos para aliviar dores (aspirina, ben-u-ron) ou anti-inflamatórios
Seguro FPCUB ou semelhante?
Pernoitas
Saco cama caso soluções tipo acampamento - compacto, leve e de acordo com as temperaturas previstas para a noite
Esteira para o saco-cama. Pode representar gramas extra, mas vale pelo conforto e para nos proteger da descida de temperatura do solo durante a noite.
Tenda:
- Leve e compacta
- Minimamente adequada às condições climatéricas - neve é diferente de praia no verão
- Fácil de montar e transportar. Com possibilidade de dividir componentes entre alforges e mochila.
Uma esteira pode ser útil para adicionar conforto no saco cama (temperatura e piso), mas também pode ser peso/volume extra e desnecessário.
Cuidados pessoais
Pomadas assaduras
Pó de talco (assaduras, dias sem banho, gordura do cabelo)
Detergente “multifunções” para banho, roupa e loiça
Escova/Pasta de dentes
Protetor solar
Vestuário
Óculos para proteger do sol e de pedras, ramos, etc
Uma muda de roupa casual
Toalha para banho (ex: toalhas microfibras de natação por serem compactas)
Chinelos para banho caso se usem balneários
Vestuário extra para pedalar - 1 ou 2 dias:
- Mesmo que se lave a roupa ao final do dia, pode não estar seca no dia seguinte
- Podemos cair e rasgar umas calças, sempre temos backup
Ferramentas e afins
Chave tipo canivete suiço (sextavadas, chave philips, chave de fendas, etc)
Chave corrente
Elos de corrente e/ou links rápidos extra
Dropout
Cabos de mudanças e travões (caso sejam mecânicos)
Pastilhas/Calços de travão - Com o peso extra da bagagem, vão gastar muito mais.
Câmeras de ar / Remendos
Raios para rodas, caso a travessia seja prolongada e por zonas remotas
Cadeados para roda frente , trás e tenda
Fita-cola - nunca se sabe quando algo se parte ou é necessário fixar algo.
Abraçadeiras de plástico - fixar objectos ou alguma solução mecânica
Fio de nilon e agulha - pode dar jeito para coser algo.
Navegação/Comunicação
Bússola
Mapas
GPS com pilhas/bateria extra
Pen com tracks e software do GPS - backup
Telemóvel com saldo, carregador e powerbank
Registo
Bloco de notas e caneta/lápis
Máquina fotográfica (com possibilidade de filmar?) - uma máquina reflex pode fazer boas fotos em mais situações, mas representa no mínimo 500g extra e não a vamos querer estragar com uma queda. Sugiro uma action camera ou uma máquina compacta a pilhas.
Pilhas/Baterias, Cartões de memória extra.
Mochila
1º Ultimas coisas a ser usadas (Ex: saco cama)
2º Coisas pesadas para equilibrar o centro de massa da mochila
3º Restantes coisas e acesso rápido
Evitar peso além dos 5kg e levar apenas o essencial para terminar o percurso.
Evitar coisas que possam ser desnecessárias na mochila e alforges.
Levar objectos que não queremos molhar dentro de sacos do lixo na mochila e/ou alforges. Nunca se sabe quando chove ou caímos numa ribeira e há coisas que vamos mesmo querer manter secas (telemóvel, meias, saco-cama, etc.).
Máximo recomendado de 25L - Cabe muita coisa, se usados todos os pequenos espaços livres.
Uma mochila de campismo pode permitir um reservatório de água (tipo camelbak) e apertos no final das costas e no peito, deixando as alças dos ombros mais laças para poupar as costas.
Contactos
Podem adicionar contactos úteis às primeiras entradas visíveis no telemovel (Ex: AAA Mãe)
Contactos úteis:
- Bombeiros
- Alojamentos
- Pontos de passagem
- Pessoas que possam ser uteis nos locais ou "em casa"
- Etc
Informação a deixar aos que ficam
Track gps / mapas
Info de alojamentos, possíveis encontros e pontos de passagem
Dias/horas de passagem previstos por cada local
Dicas extra:
- Tentem lavar a roupa, evitando levar uma muda para cada dia (caso a travessia tenha mais de 2 ou 3 dias). Vão poupar em peso.
- Truques tipo cada pessoa leva uma peça da tenda e outra o camping gas, dividindo e levando apenas um peças que podem partilhar e que não precisam redundância (ex: cameras de ar)
- Enrolando um componente da tenda ao saco cama ou à roupa pode ajudar a poupar volume.
- Caso fiquem em sítios pagos para alojamento, confirmem antes se estão abertos, se os serviços disponibilizados se encontrem disponíveis para o momento em que vão lá estar e se é possível guardar as bicicicletas.
- Alimentem-se e hidratem-se sempre um um pouco antes de terem fome ou sede, assim o corpo não vai entrar em descompensação e é sempre melhor ir alimentando que recuperar de uma quebra.
- Curtam o percurso e façam nas calmas se levarem peso extra.
Venham os bitaites, criticas e afins
Abraço,
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