Ora vamos lá apresentar esta minha última aventura.
Tinha em "dívida" uma ida a Fátima... já tinha adiado duas vezes devido ao conhecimento da minha baixa forma física... mas agora com o novo charuto, pensei... que se lixe... vamos lá.
Como tinha uns dias de férias esta semana, deixei para 4ª por ser o dia com as melhores condições climatéricas... era suposto o vento ser pouco e fraco, mas não foi bem assim.
Mas dificuldades à parte vamos lá.
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A saída da última vez foi ainda antes do sol nascer... desta vez pensei que mais valia chegar a casa mais tarde, se necessário... e ir já de dia.
Então pouco antes das 7 da manhã, com algum receio pois na noite anterior tinha andado a substituir o avanço, e principalmente os travões, que me obrigaram a desmontar meia bicicleta para o conseguir com menor dificuldade.
Já se sabe que quando é tudo a correr e à última da hora, é meio caminho andado para alguma coisa correr mal... mas não... tudo impéc.
Então, mochila às costas, e siga...
Os primeiros 20 kms foram para chegar à serra (nada de muito interessante)
Chegado lá acima,
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Aqui ainda tudo pelo que tinha planeado..
e aqui
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Belas vistas que se têm daqui...
Depois, daqui para a frente foi assim... chegado a uns moinhos onde costumo descer por estradão, olho para o lado e vejo uma entrada para um trilho... passo por ele e paro... não... volta para trás... vamos ver onde isto vai dar.. e pronto.. daí até Fátima, foi sempre a inventar/descobrir caminho...
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Costumava dizer que as cabras são as nossas melhores amigas dos trilhos... mas olhem que as vacas não lhes ficam nada atrás... tirando o tamanho dos "dejectos" que deixam no chão... são muito melhores... limpam mais trilho, e o chão fica que parece que andaram lá a varrer...
Então foi seguir rasto de vacas e cabras...
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Chegando ao Patelo, estava na dúvida... desço o Patelo, desço os Alvados!??! ... não, nada disso... segundo o Nozes, desci o Castelejo... e que bem fiz eu...
Olhem para estas vistas
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Siga... bora ver onde isto vai dar...
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Singles e mais singles, ... a descer, a subir, com pedra, com mais pedra
impéc... mesmo...
Até que me vejo junto às grutas de Santo António, mesmo nas traseiras... tinha lá ido há uns 20 e tal 30 anos... tinha uma vaga e errada impressão que estaria mais perto de Fátima... então vá de subir uma serra até umas antenas... vejo uma aldeia/vila (um aglomerado de casas) que não reconheci... (era Mira de Aire) ... vi a volta que tinha que dar em sentido contrário para chegar a Fátima e achei melhor não...
Então voltei direito às grutas... e vejo uma tableta que indicava a direção para Porto de Mós... e fiquei meio intrigado... mas estaria eu ainda tão longe de Fátima... sigo, até um café... e vejo a encosta dos Alvados... aí tenho ideia que metade das minhas forças cairam, fugiram, desapareceram... estava muito mais longe que o que pensava e ainda sabia de 2 ou 3 paredes antes de lá chegar....
Ok, meio desorientado perguntei a um sr. que lá estava, para que lado era melhor e mais perto para Fátima... um café e um pastel de nata... dado já passar do meio dia, e pelo menos 1 hora ainda me esperaria...
Aqui virei direito ao Covão da Carvalha onde descobri ainda por ali uns trilhos fantasticos... mas forças já só para descer e mesmo assim...
Parei uma beca, sentei-me no chão, comi uma barra de cereais, uma magnesona que as cabras das caimbras já começavam a avisar... e siga... mas a descer todos os santos ajudam...
Até que cheguei novamente ao meu risco... já na Pia do Urso... (isto para dizer que desde que me meti a inventar... andei sempre de 1 a 3 kms do risco,... sem saber muito bem onde andava)...
Depois há uma subida macaca que vai ter a uns moinhos... a pé... chegado ao moinho, tem um muro arredondado por cima... mas foi mesmo ali... umas vigas verticais que seriam para fixar uma rede ou assim, ... deitei-me no muro... tal era o cansaço que até achava e tinha... sono... mesmo num muro com uns 20/30 cm de largura e arredondado por cima, mochila debaixo da cabeça, e pés levantados na viga para deixar o sangue voltar um pouco para a cabeça... sabia bem o sol a bater... fechei os olhos... e apaguei... tenho ideia que uns segundos... mas "dormi" mesmo... acordei com a sensação de vertigem/desequilibro...
Mas foi um refresh que me permitiu seguir ... antes disso por vezes queria meter força nas pernas, e nem o cérebro conseguia mandar, nem elas obedeciam... não havia...
Cheguei a Fátima já passava das 13:30... uma mega bifana no sitio do costume, com direito a tudo, até ovo estrelado...
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O almoço fez milagres... assim como a pausa de 30/40 minutos para o almoço...
Arranco depois de almoço, convencido que estava como novo... logo na primeira apertadela... tau... uma caibra... e vi logo o que me esperava... nada de abusos... o que vale é que era a descer uns bons kms... e pronto foi penar até a casa.