Olá rapaziada!
Tirei aqui uns minutos para mostrar mais um pouco da Remedy,hoje destaco o posto de pilotagem,ou cockpit para quem não está familiarizado com o português
A Remedy trazia de origem,como todas as Trek,componentes Bontrager.Guiador,punhos,avanço,espigão e selim. Aproveitando que as peças eram novas,troquei tudo para componentes mais do meu agrado.Não que que tenha algo contra a Bontrager,mas com as trocas que fiz poupei uns gramas e adaptei a bike mais ao meu gosto.
Os pontos de contacto são da máxima importância no conforto de uma bicicleta. Selim,punhos,mas também manetes de travão,de mudanças e até pedais. Se todos estes componentes cumprirem bem a sua função e forem ergonómicos é meio caminho andado para pedalarmos com um sorriso na cara.
Então por partes:
:arrow: Guiador: KCNC Bear Bone 711mm.
A ideia inicial nem era montar este guiador,e sinceramente já nem me lembro qual era.O certo é que me tenho dado bem com a medida e os ângulos do KCNC,assim como a excelente rigidez. 711mm pode parecer muito para quem está habituado a bikes de xc,mas neste tipo de bikes é praticamente o mínimo aceitável,para haver estabilidade em situações técnicamente complicadas e a alta velocidade. Apenas senti necessidade de mais uns centímetros em ocasiões pontuais,como por exemplo durante a Avalanche da Lousã,nas partes em que se atingiam cerca de 50km/h em cima de pedras soltas...de resto é uma medida boa para quase tudo.
:arrow: Punhos: ESI Racer's Edge.
Tinha de experimentar,não é? Toda a gente falava nestes punhos,aliás antes de serem comercializados por cá já tinha lido muito boas opiniões acerca deles em revistas e sites estrangeiros. Como tenho as mãos algo pequenas,os Racer's Edge são a escolha acertada,e são muito confortáveis.Sem luvas e com as mãos suadas escorregam um pouco,mas nada demais. Foram colocados com recurso a ar comprimido de um compressor e nunca rodaram. Acho que o maior problema destes punhos são os contactos com silvas,em que ficam claramente a perder...mas antes eles que as minhas mãos.
:arrow: Avanço: PRO FR-S 70mm.
A Remedy trazia um avanço branco.Não sou de embirrar com cores,mas nunca gostei de ver branco em avanços,guiadores ou espigões de selim.Este avanço é uma das maiores pechinchas do mercado,custa pouco mais que 10€,é leve,rígido e a qualidade é o que esperamos de material Shimano (para quem não sabe,a PRO é a marca de componentes da Shimano). 70mm é uma medida que me permite ter um bom compromisso entre subida e descida,por alturas do Enduro da Figueira coloquei um avanço Thomson de 50mm para ter uma posição de condução mais colocada sobre a traseira,e para a frente ficar um pouco mais àgil nos singletracks serpenteantes da Boa Viagem.
:arrow: Espigão: Na foto ainda o KCNC Ti Pro Lite,entretanto trocado pelo KS Supernatural.
Espigões KCNC já toda a gente viu. No caso deste,foi comprado usado,e foi uma bela maneira de tirar bastante peso ao conjunto. Quanto ao KS,quando tirar umas fotos mais ao pormenor posto aqui para explicar o que é aquilo e para que serve afinal
:arrow: Selim: WTB Silverado.
Depois de várias épocas a usar um Silverado na bike de downhill,optei também por colocar um na Remedy. Numa bike de AM/Enduro,o selim tem de preencher requisitos ligeiramente diferentes de uma bike de xc. Este selim é comprido e estreito,permitindo várias posições,mais sentado atrás ou mais na ponta,para compensar em subidas mais inclinadas em que estas bikes têem tendência a levantar mais a frente. Ao ser estreito,é fácil movimentarmo-nos para trás do selim e voltar à frente sem ficar com os calções presos (sim,porque a malta usa calções largos,e às vezes pode acontecer).Os reforços laterais poupam também o selim a rasgões em
eventuais quedas. Os rails são de cromoly,que aguentam muita porrada,e o peso é muito bom para um selim destas características,cerca de 220 gramas.
Ah,e é confortável,também :lol:
Para finalizar por hoje,que já devem estar fartos de palha,deixo uma curiosidade que me aconteceu durante o reconhecimento do percurso do Raid de Minde:
Descia eu a última parte da "cascalheira" que é a descida do alto da serra d'Aire para o Vale Alto,quando a roda da frente levanta uma das milhentas pedras e me acerta em cheio na canela.
Por sorte a canela é um sítio que dói pouco,e mandei um berro que deve ter ecoado por todo o vale com a dor,e só passado 2 ou 3 segundos é que que me apercebi que a roda de trás estava travada...
Depois de parar e olhar para o sangue a correr da canela,olhei para a bike e deparei-me com esta situação: A pedra deu não sei quantas voltas e ficou entalada entre nada mais nada menos que 4 pontos: A escora do quadro,o pneu,o crank e o desviador da frente :shock:
E não pensem que saíu dali facilmente,tal estava entalada que nem a roda nem o crank mexiam,e só torcendo bastante o desviador a consegui tirar...
Por isso,muito cuidado com as pedras do PNSAC,miudagem...elas mordem!