E que para aqui vai.
Faço parte da equipa que preza pelos Caminhos de Santiago,no concelho de Barcelos,já fiz umas quantas vezes os Caminhos,e penso que anda aqui uma ideia errado,do que são verdadeiramente os Caminhos.
Cabe a cada um sentir da forma,que faz o caminho,por Fé,comprimento de promessa,busca de calma pessoal e espiritual,ou até porque está na moda,para fazer os Caminhos não é preciso ter relegião,ou fé.
Não existem mais, nem menos peregrinos,existe respeito,e aqui sim é o que infelizmente cada vez se vê menos no Caminho,pois para muitos grupos o Caminho tornou-se uma autentica pista de treinos,onde grupos enormes fazem dos Caminhos de Santiago,autenticas maratonas,não respeitando quem vai com sacrífio,principalmente quem vai a pé.
Como em tudo na vida,os nossos semelhantes,mereçem-nos respeito,seja nos Caminhos de Santiago,ou numa estrada qualquer,e penso que se passar por pessoas que caminham ao longo de muitos dias,e que de repente levam com grupos de ciclistas em cima sem qualquer tipo de civismo,muitas vezes pondo a sua condição fisíca em risco.
E penso que é a estes grupos que o nosso companheiro se quer referir.
Como em tudo na vida há regras,e nos Caminhos de Santiago não é diferente,as regras são mais que claras,os peregrinos apeados tem total prioridade sobre os demais,depois da hora marcada pelo albergue tem prioridade os peregrinos em bicicleta de autonomia,e só depois os restantes.
O que se tem visto é que grupos enormes,mandam o metorista há frente,meter os sacos camas a marcar lugar,e quando chegam os peregrinos a pé,ficam há rasca,já por várias vezes este acto foi detido no albergue de Barcelos,e dado prioridade a quem realmente a tem.
Infelizmente,nem todos os albergues tem condições para ter sempre um hospitaleiro,que consiga controlar este facto.
As regras,dos albergues,que são claras,e podem ser consultadas no Portal do Peregrino,indicam que grupos organizados com mais de 5 pessoas,tem que escolher dormidas alternativas,que aliás já há vários sítios pelo Caminho que tem locais já pensados para este efeito.
Aqui não se trata de fé,trata-se de respeito e de regras,um grupo grande que viaja com carrinhas de apoio,não pode simplesmente tirar a vez,a quem não tem qualquer tipo de ajuda,e aqui nem sequer é um tema de debate,mas sim de compreenção.
O Caminho é mesmo isto,o respeito,o encontro de culturas,o encontro com a história,a entreajuda,tudo menos,uma pista de treinos para muitos onde não se respeita nada nem ninguém.