Gostei muito da tua análise e da forma como a escreveste; faz-nos sentir em cima da bicicleta. Quanto ao formato, é sempre dificil organizar uma análise. Optaste por um indice organizado pelas condições do terreno: a subir; a rolar; a descer ... Gostei mas, entre outros, ainda falta reportar em pormenor o comportamento em subidas fortes e de relevo acidentado. É uma situação em que a cumplicidade do sistema de amortecimento traseiro com a suspensão da frente é determinante na eficiência da pedalada. Mas claro que continuo à espera de mais capítulos ...
Mas, para já, tenho algumas dúvidas. Antes de as expôr explico o meu interesse: tenho uma Stumpjumper FSR Carbono e hoje questiono o interesse dos brain. Ou seja, não discordo do interesse, mas gostava que fosse mais bem fundamentado. É que, no fim de contas, não consegues ter o brain (no meu caso os brains – 3 a contar com o meu) regulado para todas as condições que vais encontrar ao longo do teu percurso. Ainda por cima o(s) brain(s) está longe do alcance para ser reajustado em andamento. Para mim, o verdadeiro brain surjirá quando o controle estiver à mão (já agora electrónico :ideia:...).
Agora as dúvidas:
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O triângulo traseiro da Epic 2009 (incluindo a posição do amortecedor) é diferente do da Epic 2008, pelo que a força exercida nos pedais se transmite de maneira diferente ao amortecedor. Por isso é de esperar que a resposta dinâmica do sistema de amortecimento traseiro às variações da força exercida nos pedais seja efectivamente diferente. Mas o brain é exatamente igual ao anterior? (já procurei mas não encontrei resposta), isto é, as diferenças que apontas são apenas devidas ao novo desenho do triângulo traseiro?
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Estarás tu a dizer que se consegue isso com uma suspensão independente (não FutureShock)?! Isso é um “tiro” no sistema TSI...
5.
No fim, só acrescento uma opinião pessoal fftopic::
Parabéns pela bicicleta, muitas e boas voltas. Continua a actualizar a análise com bons relatos.
Mas, para já, tenho algumas dúvidas. Antes de as expôr explico o meu interesse: tenho uma Stumpjumper FSR Carbono e hoje questiono o interesse dos brain. Ou seja, não discordo do interesse, mas gostava que fosse mais bem fundamentado. É que, no fim de contas, não consegues ter o brain (no meu caso os brains – 3 a contar com o meu) regulado para todas as condições que vais encontrar ao longo do teu percurso. Ainda por cima o(s) brain(s) está longe do alcance para ser reajustado em andamento. Para mim, o verdadeiro brain surjirá quando o controle estiver à mão (já agora electrónico :ideia:...).
Agora as dúvidas:
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O triângulo traseiro da Epic 2009 (incluindo a posição do amortecedor) é diferente do da Epic 2008, pelo que a força exercida nos pedais se transmite de maneira diferente ao amortecedor. Por isso é de esperar que a resposta dinâmica do sistema de amortecimento traseiro às variações da força exercida nos pedais seja efectivamente diferente. Mas o brain é exatamente igual ao anterior? (já procurei mas não encontrei resposta), isto é, as diferenças que apontas são apenas devidas ao novo desenho do triângulo traseiro?
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Não percebo: a nova Epic não responde a variações rápidas da força excercida nos pedais? Ou queres dizer que é menos sensível do que a de 2008? Se sim, será devido ao novo desenho do triângulo? (é a única explicação que encontro).Mikka Salo said:epic 2009 - a bike lê e "interpreta" quase por completo as forças exercidas pelo rider - forças superiores, não abrindo o amortecedor. Ou seja, qualquer input diferenciado de força nos crenques não tem qualquer influencia no amortecedor! Actua tal e qual como uma semi-rigida!
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Mas o brain não responde a forças superiores a uma determinada?Mikka Salo said:... Sempre que tem um impacto inferior, a válvula dispara e compensa de imediato o primeiro impacto. Em pé comporta-se da mesma maneira!
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Isto é o que a Specialized reclama ter conseguido ao integrar a FutureShock com o amortecedor traseiro no sistema TSI (Total Suspension Integration). Cada um pode ser regulado por forma a se igualarem as curvas de reposta (Força versus curso): Note how the front and rear suspension respond almost identically to bumps. This is not a coincidence. Spring and damping rates are matched to one another, giving the rider the control and confidence of an integrated bike with that connected “feel”.Mikka Salo said:É que a velocidade de leitura da frente é exactamente igual à velocidade da leitura da traseira, o que faz com que esta se apresente completamente neutra em qualquer situação!
Estarás tu a dizer que se consegue isso com uma suspensão independente (não FutureShock)?! Isso é um “tiro” no sistema TSI...
5.
Mas a curva de amortecimento dada pela Specialized (ver abaixo) mostra uma resposta quase-linear com um gradiente pequeno ao longo da maior parte do curso, excepto no inicio e no fim do curso. Ou seja, o curso aproxima-se rapidamente do fim e só aí é que o gradiente da curva aumenta drásticamente. Por outras palavras: aproxima-se mais de uma rígida no inicio e no fim do curso; no resto (maior parte) do curso é muito “elástica”.Mikka Salo said:É uma bicicleta que não se intimida de fazer linhas de trialeira a direito, porque apresenta uma curva de progressividade muito acentuada, o que a impede de se fechar e "engolir" por completo os 100 mm de curso!
No fim, só acrescento uma opinião pessoal fftopic::
A maior parte dos consumidores de BTT (sobretudo os de maior poder de compra) não fazem competição, só fazem recreio. Se desaconselhas a Epic a esses, a Specialized vai falir ...Mikka Salo said:É uma bike feita para ser efectiva e ser abusada - para andar a fundo! Não a recomendo propriamente para alguém que faça um passeio recreacional de vez em quando! Existem outras opções bem mais em conta no mercado! Desculpem-me a sinceridade! :wink:
Parabéns pela bicicleta, muitas e boas voltas. Continua a actualizar a análise com bons relatos.