Discussão interessante! Embora não seja um participante activo, vou lendo os tópicos que me interessam, este foi um deles.
De facto eu entendo o Joselias, por outro lado não entendo quem acha que isto é uma guerra. As discussões são boas e promovem o conhecimento e a pesquisa dos intervenientes.
É bastante interessante o ponto de vista dele, pois acabo por de certa forma o partilhar também. A andar de BTT desde o inicio dos anos 90, já de facto vimos tudo, sobretudo no que toca a modas e mortes anunciadas. Embora umas fossem realmente óbvias, como o caso do cantilever para o vbrake e depois para o disco ou o fim das cores berrantes (felizmente). Nas geometrias também houve ínfimas experimentações e tendências que pareciam ser para sempre e não foram. Curiosamente o marketing dos últimos 13/14 anos no mundo das bikes, para além de impulsionado pela internet e massificação das BTT, passou a tratar os seus clientes como drogados que precisava de alimentar. Por outro lado também reconheço que essa massificação não os tornou dependentes de apenas 3 ou 4 marcas. Antes de 99 o mercado era tão pequeno que as coisas tinham de durar mais ou menos inalteradas, o feedback do utilizador era (mais ou menos) importante, não havia grandes fundos e o desporto era considerado para excêntricos, para não falar de que as revistas eram poucas, as marcas ou eram muito más ou menos mainstream ou muito mainstream ou muito exóticas, mas todo o material era facilmente identificável pelas cores, logótipos, soluções, etc.
Hoje nada é assim, o mercado cresceu de um forma absurda, as coisas estão todas praticamente iguais, standardizadas, daí que quando um ou outro decide seguir uma tendência todos os outros vão atrás. O bom senso já não existe porque o utilizador deixou de representar uma opinião e passou a ser apenas mais um num universo que já não o trata como especial nem excêntrico. Dai que o futuro em números ainda é da 26, mas poderá fugir do controlo do utilizador, de quem acha que foi ou está a ser enganado por uma "manobra" de vendas. O que é certo, e não tendo experimentado nada extra 26, entendo facilmente que se por um lado a 26 estava e está consolidada, a 29 e a 27,5 ainda andam no "limbo", esgrimindo argumentos, dividindo utilizador e possíveis compradores, enquanto que a 26 não. Penso que esse factor pode ser uma vantagem crucial. Há milhares de casos na história de "enganos" que acabaram por fazer fabricantes voltar à forma inicial. A ver vamos.