Roda 26, qual o seu futuro?

balkaum

Member
No entanto, pelo que vejo hoje em que as suspensões são a norma incontestável, o fazer Btt de bike rígida começa a ser considerado não uma forma inferior de Btt, mas simplesmente uma outra forma de o fazer e de experimentar novas sensações.

Olha que nunca será para todos (nem para mim é), ter de reduzir a velocidade num descida acentuada com uma rígida é bastante complicado, a roda da frente sempre a resvalar ao mais pequeno toque de travão e a de trás a bloquear constantemente. Há descidas que se tornam mais obstáculos de trial do que outra coisa.
 

2stupid

Member
Viva!

Tenho uma SS totalmente rígida de BTT, roda 26, v-brake - e desde passeios pela Arrábida à p.e. maratona de Santarém faz de tudo. Digo-vos é um espetáculo.
Uma de estrada também SS e de aço (até já vendi a com mudanças) - todas as semanas anda, o ano passado foi a Sagres e este já está marcado novamente. E digo-vos, é um espetáculo.
Uma suspensão total com 140mm de curso e roda 26, para quando apetece descer e/ou quando as pernas pedem mudanças - Adivinhem... é um espetáculo.
29 já tive... troquei por uma "lambreta" - era um espetáculo (confesso, nunca tanto como qq uma das outras)

1 x 11, kashima, 29, carbono, etc... Tudo interessante, não excluo nem me agonia nada disso. Trocar apenas porque sim, nem pensar. Se amanhã estiver comprador é só pesar prós e contras.
Mas dos usados que vou vendo

Aqui pelo fórum dá mesmo gosto é....



...as fotos do Schpytzyo. Grandes paisagens e companheiros com força.

Peace
2stupid
 

Rui Marçal

New Member
Já viram como este tópico voltou a ter conversas interessantes e com a malta a respeitar a opinião de todos?

Medroso, confesso que gostava de ter um kit de unhas muito melhor, gostava mesmo. Também como Tu, só ando quando me apetece e também não faço treinos, se bem que atrás de tipos como o Nozes ou o Vicente, ou Marco Louro acabo por aprender muito, pois muitas vezes nem há caminho, inventa-se, lol...

Orange, também tive uma coisa com 18V, já vai há tanto tempo que até me esqueci. Mas essa "morreu" contra uma parece, partiu o quadro, lol...

Boas balkaum,

Acho interessante a malta de rígida, ou, tal como o Nozes, que tem uma Kona com uns anos bons, com material de topo, sub 9,5kgs e é um luxo olhar para aqueles componentes com mais de uma década a funcionar afinadinhos.

Andar com uma rígida em trilhos para bikes com suspensão é duro.

Nas bikes, estão a começar a aparecer clássicos com mais de 10 anos. Por exemplo, já se começam a ver muitas pasteleiras, lembram-se da marca Ye-Ye? Há por aí, em Porto de Mós, é um dos casos, em que há concentração dessas máquinas do passado. Ou seja, para quando uma prova/passeio de Btt só com clássicos? Fica a ideia.

2stupid,

Ganda garagem, lol...e também grandes pernas para puxar por tanto ferro, lol...

E a ***** da chuva que não pára. Aqui por Santarém já há singles que é só regos. Vou olhar para o catálogo das big foot, lol...
 

Joseelias

Well-Known Member
Olha que nunca será para todos (nem para mim é), ter de reduzir a velocidade num descida acentuada com uma rígida é bastante complicado, a roda da frente sempre a resvalar ao mais pequeno toque de travão e a de trás a bloquear constantemente. Há descidas que se tornam mais obstáculos de trial do que outra coisa.

Sim, claro que não será para todos e para todas as situações e o tacto que se ganha nos travões é importante, tal como o tipo de pneu e pressão que se usa na frente e a deslocação do peso na bicicleta. Mas também depende de onde se andar com mais frequência.

A questão de se tornar um pouco em trial é verdade, e é aí que reside muito do interesse. Até porque a frente fica muito leve. Haviam forquetas, como a Kona Project 2, que em CR-MO pesavam cerca de 700g.

Como disse, era algo que se considerava como Btt ultrapassado e que hoje há quem encare como uma alternativa válida baseada simplesmente no divertimento. Se assim não fosse não existiam marcas a produzir novas forquetas rigidas como a Ritchey, a Salsa, a On-One ou até bikes 29" a virem rígidas de origem.
 

2stupid

Member
Viva!

As pernas não são grande coisa, quando não vai montado vai a pé... mas o gozo ninguém me tira.
Ferro só a de estrada.
Mas mais facilmente acrescentava uma 26 de titânio ao barraco do que uma 29. Atenção, sempre ponderado pelos euros, pelo menos os meus são poucos e caros.

Peace
2stupid
 

FMCurto

Active Member
Joseelias said:
O que para mim é interessante é que quando a maioria das bicicletas eram rígidas, as suspensões eram a evolução e toda a gente sonhava em ter uma. E à medida que as suspensões foram sendo mais dominantes olhava-se de soslaio para as rígidas.

Isto é ciclico e há nichos que volta e meia re-aparecem e marcas dispostos a explora-los, talvez a principal razão por qual a 26" parece ter um futuro risonho, ora vejamos uma das "novas modas", o Klunk:
Da Transition, que não é propriamente uma marca qualquer criada à pressa:

Bike_Main_Klunker.jpg


A própria Transition anuncia:
We are proud to offer the Klunker, which represents a giant leap backwards in mountain bike technology.
:#1:

Tem todos os atributos: Chromoly, 26", guiador BMX , coaster brakes

E é só ver os videos (pesquisar: Klunk ) para perceber que tb pode ser divertido deixar todas as "mariquices" para trás.

[video=vimeo;87062244]http://vimeo.com/87062244[/video]

E recomendo este da Pinkbike tb: http://www.pinkbike.com/news/do-you-even-klunk-bro-video-2014.html
 

Joseelias

Well-Known Member
Há por aí às vezes uns quadros em titânio à venda.

É um metal nobre e interessante para uma bike.

Até ao maior desenvolvimento que o carbono teve nos últimos anos, o titânio era o material de sonho para a maioria dos quadros. E apesar do carbono continua a não estar ultrapassado.

O aço partilha muitas das características desse material como a absorção das vibrações e a inexistência de fadiga do material que parte muitos quadros de alumínio.

E apesar do peso ser superior, em 1996 a Kona tinha um quadro de aço de 1500g no tamanho 18". A corrosão do aço é uma realidade quando comparado com o titânio, mas se for de qualidade tem tratamentos que previnem em muito a oxidação. E um pouco de cuidado também ajuda... O aço tem a vantagem de ser muito mais barato e de ser facilmente reparado.

No entanto é preciso ver que há titânio e titânio. As bicicletas feitas neste material são caras não pela raridade do metal (é o 4º mais comum) mas porque a purificação é extremamente difícil e porque a soldadura é tudo menos fácil e ao alcance de qualquer um. Isto é, exige material de altíssima qualidade e soldadores do mesmo nível.

Lembro-me que na segunda metade dos anos 90 começaram a surgir muitos quadros de titânio por preços loucos quando comparados com os Merlin, Moots, etc. Mas a qualidade era muito suspeita porque tinha como origem o desmantelamento dos misseis nucleares e de aviões de combate da URSS na sequência dos acordos de desarmamento com os USA.

E convínhamos, desde que cumprisse o seu objectivo não me parece que os russos investissem muito na purificação do titânio num objecto como um míssil balístico cujo objectivo era mandar tudo pelos ares... :D

Segundo me lembro haviam muitos a falhar quando comparados com os de marcas especializadas. E depois a reparação... não estava ao alcance de qualquer um.
 

Joseelias

Well-Known Member
Essas Klunker são muito engraçadas, embora exijam técnica que não tenho e possivelmente nunca terei.

São claramente inspiradas nas klunkers que o Gary Fisher, Tom Ritchey e companhia tinham nos anos 70. Aliás o Fisher ainda tem uma das bikes originais do primórdio do Btt.

Há um tópico muito interessante no Retrobike em que um membro pegou num quadro de uma Cruiser Schwinn dos anos 30 ou 40, semelhante ao usado pelo Fischer, para reconstruir uma réplica quase exacta dessa "primeira" Btt. Do que me recordo a maior diferença é que a klunker do Fischer tinha um punho castanho e outro verde, e a réplica tinha os dois em transparente que era a côr original dos punhos da mota Honda de onde vieram.
 

abelha2

Active Member
Rui, a pressão ao certo não sei mas não acho que seja disso.

Os pneus que usava eram uns black jack 2.1 de arame, e agora uso uns nobby nic 2.25 de triplo composto todos xpto que vinham na bike.

Eu acho que é mais por na outra andar sempre devagar... Nesta ando obviamente mais rápido em molhado, apenas sinto que a diferença seco vs molhado é maior.
 

abelha2

Active Member
Eu também tive uma bike com aros vuelta. Aquela merd*a pelo menos comparado com o que tinha antes era rijo como tudo, abusava naquilo e não empenavam
 

FMCurto

Active Member
Joseelias said:
Essas Klunker são muito engraçadas

Curiosamente não andam muito longe de um projecto que tinha, mas a disponibiliad€ é que não é muita :)

Ainda tenho esperança de conseguir fazer, passava por um quadro e forqueta em Chro-mo roda 26" e single-speed com coaster brakes, mas com um truque: usar o cubo da SRAM Automatix.Tem é que ser com dropouts horizontais, mas o ter manutenção quase zero e sem cabos é muito muito bom.
Espero que as 27.5" e 29" ganhem muita,mas mesmo muito popularidade pq tornam os meus sonhos de 26" mais acessíveis :)
 

Rui Marçal

New Member
Boas abelha,

Pela diferença de pneus para melhor penso que não será por aí. Com pneus com essa largura podes perfeitamente andar com pressões na frente de 1,8, isto se pesares mais ou menos 80 kgs...

Se achas que não é psicológico pode ser da suspensão. O que tinhas antes e o que tens agora? Quais as pressões? Tens o SAG correto?

Joseelias,

Grandes clássicos...
 

Rui Marçal

New Member
Boas gost13,

Conheço 1, o rider Gonçalo Pereira que correu além fronteira pela seleção nacional de BTT, comprou uma Merida 29' e detesta aquilo. Arrependeu-se de se ter livrado da sua 26', mas era o que a marca lhe disponibilizava...

Também conheço outros que compraram 29', e já as trocaram mais de 1 vez, lol...não sei se será dinheiro a mais ou falta de jeito, lol...o que é certo é que nunca estão satisfeitos com o que tem.
 
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