Vivam,
Parabéns a todos os participantes, em especial aos vencedores. Parabéns à organização e a todos os elementos, da GNR, da Polícia, dos Bombeiros, etc., que permitiram mais de 10 horas de segurança e apoio na estrada e nos trilhos.
A maratona de PTG não desculpa faltas de treinos, nem se compadece com constipações ou recuperações de entorses, pelo que me espetou em último lugar, sem apelo nem agravo (e ainda dei graças a Deus e aos elementos da organização, na meta, por terem esperado mais uns minutos depois das 19:00H...)
De qualquer forma achei a maratona mais dura - com mais altimetria, mais rompe-pernas (depois de Soverete +- Km 70), menos trilhos rolantes (para descansar um pouco) e mais trilhos técnicos (as descidas depois da ZA1) que mesmo sendo cicláveis tornaram tudo mais duro e com menos zonas para descontrair ou descansar.
Claro que isto são opiniões pessoais e muito condicionadas pela falta de forma e de saúde (era mais acertado não ter ido, mas é muito difícil falhar uma partida nesta grande maratona quando estamos inscritos e mentalizados para a fazer desde Dezembro do ano anterior...). E sobretudo não são opiniões consensuais - muitos vão querer mais descidas técnicas ou mais declive a subir...
Assim, e com o único objectivo de dar um, por mais pequeno que seja, contributo para manter esta maratona no topo da popularidade em Portugal, aqui deixo umas opiniões, suponho, mais consensuais e objectivas:
1º Criar alternativas para uma inscrição mais barata - sem cortar na segurança, meios de evacuação, elementos no corte de estradas, sinalização, abastecimentos, etc. Provavelmente, poderão estabelecer uma inscrição mais barata com alternativas / pacotes mais simples - como já foi defendido neste fórum.
2º Diversificar (ainda) mais os percursos de ano para ano - parece-me que, nos últimos 3 anos, têm mantido 40 a 60% dos percursos de um ano para o outro (incluindo as inversões de sentido nos trilhos, como, este ano, em grande parte das subidas às antenas / cruzamento para as antenas). Depois de 11 edições e de, provavelmente, mais de 400 Kms de trilhos diferentes, poucos devem de ter conselhos para vos dar em termos de diversificação de trilhos em S.Mamede, desde a Rabaça até à Portagem, desde Besteiros até Portalegre.
3º Tentar evitar a inclusão de trilhos dificilmente cicláveis. Para isso temos meia dúzia de provas da Taça de Portugal, abertas a federados e não federados e muitas outras provas mais ou menos especializadas em areia, lama, singles técnicos, etc. Estou certo que a dureza e a diversidade de trilhos desta maratona são factores de atracção para muitos, mas terão que ponderar qual o patamar técnico máximo a que poderão chegar antes de tornarem o PTG demasiado exclusivo para 4 ou 5.000 participantes (ou o PTG 100 demasiado exclusivo para mais de 500 ou 600 participantes / ano).
4º Apesar de desejar um limite ao crescendo de dificuldades técnicas / físicas, não me parece razoável transformar o PTG num Passeio ou num Raide. Todos temos a imagem do PTG como uma maratona pura e dura. Neste sentido e como prémio (relativo e discutível mas instituído em quase todas as maratonas) estou de acordo com o mestre Marco Mestre na atribuição de um pódium aos primeiros classificados, numa merecida cerimónia de consagração.
Aproveito para deixar um abraço ao Gonçalo Guedes Rodrigues, pela sua companhia e pela sua perseverança, apesar da injusta adversidade mecânica - parabéns pelo teu espírito.
Votos de rápidas melhoras para os acidentados.
Cumprimentos
Rui Graça