PSD Ganhou e agora ? o que dizer disto?

miguelcarromeu

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TheTraveler,

Mas também respondi a isso: o sistema bancário mundial e a sua ruptura foi "apenas" a culpa que tiveram. A crise foi uma crise do sector da banca e que arrastou, consequentemente, as famílias - não foi o contrário ;)
 

Mach 4

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Ofereçam antes este tópico á Troika.
Se na sexta-feira, os administradores deste forum, enviarem toda a escrita que se fez aqui, se calhar os membros do Conselho de Estado até clarificavam melhor e mais rápidamente as suas idéias.

Olhem o que o povo dize de 2 dos elementos que lá vão estar :
 

oliana

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"In extremis" das minhas palavras por aqui, queria apenas, e ao contrário das ultimas opiniões, aconselhar a entrega do tópico a quem está constantemente a contradizer-se. Não me parece que seja o Mach. Afinal são esses que ainda não têm as ideias no lugar. Concerteza que aos poucos vamos tirando conclusões acerca das opniões duns e doutros. Daí eu arredar pé! Não me parece racional discutir uma ideologia quando afinal nem os próprios defensores estão de acordo com ela. Estão sujeitos ás marés sem ter bem a certeza para onde remar. Assim andam ás voltas. Mais vale estar quieto e esperar pelas modas como o grande poeta Manuel Maria Barbosa Du Bocage, da minha terra adoptiva, imortalizado na estátua da praça com o seu nome.
Esta discussão faz-me lembrar uma anedota contada na minha terra natural, Montemor-o-Novo.

Um alentejano tinha um cão que era extremamente inteligente. Quando o dono lhe perguntava: -Vens ou ficas? O inteligente do animal ía ou ficava!
Que sabedoria. Não são como muitos que não sabem bem o que querem!
 
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jfreitas

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Oliana disse: "Não me parece racional discutir uma ideologia quando afinal nem os próprios defensores estão de acordo com ela. Estão sujeitos ás marés sem ter bem a certeza para onde remar. Assim andam ás voltas."

Eu acho que as ideologias devem ser discutidas sim... Há aqui muita gente que, ainda de forma tácita, reconhece que é defensora do capitalismo (eu sou um deles, no meu caso é expressamente). Não são é defensores acríticos e cegos, têm dúvidas como toda a gente tem sobre tudo. Não há modelos perfeitos.

Já os que defendem o contra-modelo, esses parecem ter a certeza de tudo e no entanto não há um país no mundo que tenha seguido esse modelo e que seja um país decente, sem desigualdades, com bom nível de vida, com liberdade de expressão, de opinião, com democracia, etc... Ou estarei enganado?

Não me parece que "Andar às voltas" seja assim tão mau. É um meio para ir corrigindo erros, para ir aperfeiçoando ideiais.
Preocupa-me mais é a imutabilidade de opiniões.
Vocês que são críticos do sistema actual, do capitalismo, do governo, do rumo, das medidas de austeridade, da subserviência de Portugal ao estrangeiro, no geral de todas as medidas que se tomam digam-nos então: QUAL É A SOLUÇÃO QUE DEFENDEM? COMO É QUE O PAÍS SAI DESTA SITUAÇÃO? Actos concretos, conseguem dizer? e já agora a quem deveremos entregar o poder de nos governar?

Pode ser que assim as minhas ideias e ideais se aperfeiçoem e possam ter mais algum defensor do caminho por que lutam.
 

oliana

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"In extremis" outra vez só para responder ao miguelcarromeu; estamos nítidamente a defender o mesmo, por isso eu nunca fui adepto deste capitalismo. Quando o sistema é quebrado são os mais desfavorecidos a sentirem primeiro. Não é justo, mas é assim! Não estou a passar ao lado da crise. Tenho um emprego estável (da minha esposa não posso dizer o mesmo) e isso é muito importante. No entanto tenho de ter a clareza suficiente para analisar a vida que levei e aquilo que fiz com este capitalismo. As coisas erradas que esta ideologia tem acabaram por levar muita gente á ilusão. O mal não foram as pessoas, mas o sistema. E isso não cabe na cabeça de muitos.
Por ultimo queria dizer uma coisa que vai desagradar a muitos:

Meus amigos, isto daqui por uns tempos vai voltar ao mesmo. Aos mesmos "vícios, que agora muitos rejeitam. As mesmas formas de vida que agora criticam. É aquilo que defendem e votam. Por isso, não defendendo outra forma de vida com o voto, vamos entrar nos mesmos carris daquilo que agora parece errado.
Não há soluções milagrosas em nenhuma ideologia, e por isso defendo as virtudes de várias em conjunto. Não discuto nenhuma porque ao que parece aqui só se conhece uma. E muito mal.
Vale a pena pensar nisso.
 
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oliana

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Esta malta vota na ***** e depois querem que seja tipos com escolaridade média como eu a dar soluções! Que tal voltarmos a fazer aquilo que sabemos; Agricultura e pescas.

Quantos países capitalistas têm uma Reforma Agrária semelhante aquela que vigorou em Portugal após o 25 de abril 74. Apesar dos alicerces mal estruturados, inegavelmente deu emprego a muita gente, incluindo malta nova acabadinha de sair da escola. Conseguiu sobreviver até aos anos 2000 apesar da perseguição dos governantes. Criticada por ignorantes. Ainda restam alguns residuos curiosamente. Foi arrasada cegamente. Políticas completamente erradas da CEE, apoiadas príncipalmente pelo actual PR destruiram toda a nossa agricultura. Por isso amigos, o que não faltam é ideias. Basta alargar o colete de forças onde actualmente estamos.

Adeus e boa sorte a todos no futuro1!
 

Mach 4

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Hoje, quando me ausentei do escritório para ir almoçar, o meu telémovel tocou ás 13h30 em ponto. Era uma senhora, com voz de sereia, da CGD a pedir uns minutos da minha atenção. Era para me "informar" que tinham uma nova modalidade de cobertura aos meus cartões, que no caso de perda ou roubo iria cobrir na totalidade toda a renovação de todos os documentos, sem custos (!!??)
Mas afinal no fim disse-me que havia um custo...57,00eur anuais. Mas o pior é que antes de ouvir a minha resposta a "sereia" passou logo ao ataque com a seguinte frase :

- "Posso então subscrever esta cobertura, que irá ser paga com o seu cartão de crédito?"

Bem...eu já estava passado com esta "lenga lenga" neste tópico, então foi mesmo ela (e o senhor que estava a escutar e a sussurrar ao lado) que tiveram de me ouvir :

Respondi-lhe assim :

"Menina ****, diga-me só uma coisa - esta conversa vai ser gravada?
- "Se assim o desejar..."

- "Não desejo...QUERO mesmo p.f!!
O cartão de crédito, que diz que TEM de ser o cartão a pagar essa "cobertura", foi-me literalmente impigido pela vossa instituíção bancária. Tenho mais 2 guardados em minha casa a apanhar pó, humildemente cedidos por outro banco, vosso concorrente. Não acha que vocês estão a fazer promoções a mais?? - Não acham que este tipo de adesões, que SÓ podem ser feitos via telefone, sem dar ás pessoas a chance de nem sequer usar uma lupa para ler os vossos contratos, são um pouco faliciosas devido á pressão que estão a querer incutir nas decisões das pessoas?

A minha resposta é NÃO!! - Já atingi o meu tecto de plafond para seguros. Aliás, já não vos chega as centenas de euros que eu vos pago anualmente? - estou-me a referir aos seguros de vida que TIVE de fazer, para mim e para a minha esposa, de forma a me baixarem o "spread", ao seguro multi-riscos da minha fracção, ao seguro de saúde que fiz para o meu filho da "Multicare" que também é uma empresa vossa, ao seguro do meu carro...de uma empresa que a CGD também adquiriu. Não acham que já chega??"

A "sereia" lá teve de ouvir e o man ao lado (o mentor) lá teve de engolir o que despejei nos 6 minutos que me tinham pedido emprestados.

Isto é só para verem aonde chega a "poupança" do Capitalismo e a tal ganância dos bancos. Como o Oliana referiu aqui á uns posts atrás servem-se destas artimanhas súbtis para encherem os seus cofres mais um bocado. Mas o povo está a deixar de ser ignorante e muitas contas andam a ser encerradas nos bancos, de tal maneira que no outro dia um funcionário me falou em "off-record" que as notas de 200 e 500eur estavam a desaparecer...é verdade, essas notas andam escondidas...debaixo de muito colchão de muitas familias. Imaginem irem levantar 3.000eur e entregarem-vos todo o montante em notas de 10, 20 e 50eur.

Os analistas já tinham alertado este país, e outros parecidos, para a tempestade que vinha aí...á mais de 5 anos que falavam que ou a politica mudava radicalmente (e os que teimam não entender o que aqui se escreve aconselho a que vão procurar o significado de "radicalmente") ou então as coisas acabariam, por elas próprias, sofrerem uma "implosão" (já que estão com a mão no dicionário...).
 

miguelcarromeu

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O capitalismo não pode ser tido como um sistema ideológico, quanto a mim. O capitalismo anda de mãos dadas com a Democracia, é verdade. Eu não sou contra o capitalismo nem o poderia ser. É a base da economia de mercado e é pelo capitalismo que os estados se auto-regulam.

No entanto, sou contra o capitalismo selvagem; e parece ser complicado perceber que foi esses mesmo capitalismo selvagem que afundou o barco. Como já referi, basicamente, dominado pelo sistema bancário mundial. Só com a queda de fraudes como o sistema Madoff, o mundo percebeu que o dinheiro que circulava em números digitais nos computadores dos bancos, NÃO EXISTIA. Não passavam de números.

Os próprios bancos acreditavam nesses números. Querem então dizer-me que a culpa do endividamento é de famílias com escolaridade básica abaixo da média europeia, muitas delas iletradas?

@Oliana,

Sim, em traços gerais, concordo com o que dizes.

@jfreitas,

Soluções há tantas - coragem é que há pouca; aliás, a vergonha de qualquer votante neste partido deveria ser a contradição entre aquilo que o actual governo PROMETEU e aquilo que realmente tem feito.

Mas eu tomo a liberdade de te dar as tais sugestões:

- cancelar unilateralmente todas as parcerias público-privadas que acarretem despesa para o Estado, superior àquela que o Estado teria auto-suficiente;

- eliminar toda a frota de veículos colocados à disposição dos ministérios, desde "almeidas" a acessores - excluem-se as viaturas oficiais dos MINISTROS apenas por serem os representantes máximos de cada um dos sectores respectivos; também sou funcionário do estado e nunca tive carro de serviço nem ajudas de custo;

- acabar imediatamente com as reformas diferenciadas de deputados e autarcas e as subvenções vitalícias; no mínimo os 40 anos que exigem ao comum dos mortais;

- alterar o sistema de embaixadas internacionais portuguesas, cortando nas regalias, ajudas de custo e plafonds dos cartões de crédito dos familiares dos embaixadores (sabiam, por exemplo, que a esposa de um embaixador, tem, em média, um plafond de 30000€ só para despesas de representação, onde se incluem jantares, roupa e idas ao cinema com as amigas?); acabar com os acordos com as embaixadas estrangeiras em Portugal, as tais cortesias do principio da reciprocidade (sabiam, por exemplo, que a embaixada de Inglaterra tinha um acordo com o estado, baseado no tal principio, em que apenas pagava o preço da matéria prima dos combustíveis, ou seja, até há poucas semanas, pagavam cerca de 80 CÊNTIMOS por litro de GASOLINA) - entretanto, por contenção de custos de Londres, deixamos de ter embaixador Inglês e passamos a ter apenas um adido, um representante);

- alterar a Lei da imigração, fechando desde já as portas a quadros não-especializados e instituindo a deportação em casos de qualquer delito, maior ou menor (sabem quantos estrangeiros estão nas prisões portuguesas, às nossas custas?)

Isto só para aquecer, pois há muito mais sugestões viáveis. Mas a pergunta que deixo é: quem, nos actuais sistemas partidários, conhecem, que conseguisse levar a cabo tal revolução?
 

jfreitas

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Miguelcarromeu:

Todos sabemos, temos de saber, que promessas pré-eleitorais não são para ser levadas a sério. Não podem ser levadas a sério. Se aparecesse alguém a dizer que ia aumentar impostos (que qualquer candidato sabia que teria de ser feito) nunca ganharia.
Se eu fosse candidato e tivesse um programa para melhorar o país, não importava por passar por mentiroso para chegar lá e fazer aquilo que achava que podia fazer e impedir que outros em quem não confio chegassem lá.

A situação do país, os dados que estavam disponíveis para a opinião pública, só podiam estar completamente encapotados. Aliás, acredito que muito buraco ainda há-de ser descoberto...

PPP - cancelar como miguel (desculpa o tratamento pelo nome)?
Contratámos uma empresa para fazer uma obra. Ela cobrou X. Nós dissemos que pagávamos uma renda anual como contrapartida. A obra é feita. E agora dizemos que não pagamos mais nada? Isso não é assim... As empresas que fizeram a obra não podem ficar dependentes da nossa vontade de pagar porque estamos com dificuldades.
Se não pagarmos o que acontece é que eles põem o Estado em Tribunal por violação do Direito Comunitário e em vez de pagarmos o que era suposto pagamos isso mais uma indemnização.

Negociar, que é o que está a ser feito (ainda hoje foi anunciado), é a única forma viável no mundo real.
E não venham dizer que suspender obras programadas não é cortar na despesa como se tem ouvido... Se estavam programadas iriam ser pagas no futuro. Se não se fazem não vão ser pagas.

Acho que podia haver mais agressividade nas negociações mas acredito que a margem não é a que as pessoas pensam. Se fizermos o que sugeres nunca mais nenhum consórcio europeu nos empresta "um tusto" para fazer uma obra seja ela qual for.

Veículos do Estado

Calculo que eles estejam já pagos. Por isso é um custo.
Moralmente concordo com a posição que defendes.
A nível prático, com impacto no orçamento, que diferença é que isso faz? Deverá ser uma diferença ínfima... Mas tudo bem, dou de barato essa.
E podes crer que esta tensão social vai contribuir para que essas medidas venham a ser tomadas em breve.
Depois quero ver quem as aplaudirá. Ninguém que é o costume. Dirão que é pouco, que não serviu para nada, que é para inglês ver.

Quanto às reformas e embaixadas, nada a dizer. Subscrevo. Embora as missões diplomáticas sejam importantes e não nos possamos esquecer que toda uma família é recolocada no estrangeiro, por isso alguma compensação terá de haver.

Quanto à lei da imigração, restrições acho que deveria haver algumas e a deportação de quem pratica crimes poderia ajudar. Mas para que é que queremos quadros especializados se não temos economia? Para ficarmos com desempregados qualificados?

Muita gente que aqui fala/escreve recusa-se a ver a dificuldade de tomar decisões seja a propósito do que for. Tudo tem um reverso da medalha. O que a maioria das pessoas faz é limitar-se a deitar abaixo tudo o que se faz sem sequer equacionar se não existirão pontos positivos.
Já disse ao Mach4 (pessoalmente) e continuo a achar até prova em contrário, somos um país ingovernável enquanto a mentalidade das pessoas não mudar e não se limitarem a seguir a manada, a criticar sem querer ver nem ouvir.
 

Mach 4

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Não será a mentalidade dos nossos governantes que tem de mudar??
Só digo isto porque é o que tenho lido em todo o lado...palavras do povo, ao qual tu pertences.

O engraçado é estares a falares em manadas quando temos sido conduzidos, em manada, durante 30 anos, por uns bois ceguetas.
 

miguelcarromeu

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jfreitas,

Podes tratar-me pelo nome à vontade; nem eu esperava outra coisa ;)

Se eu fosse candidato e tivesse um programa para melhorar o país, não importava por passar por mentiroso para chegar lá e fazer aquilo que achava que podia fazer e impedir que outros em quem não confio chegassem lá.

Eu era incapaz, ou, pelo menos, se me visse impossibilitado de fazer aquilo que julgava ser capaz, não vinha à televisão dizer que "durmo descansado"; mesmo tendo a consciência tranquila, não sei como alguém é capaz de dormir bem à noite e vir promulgá-lo, sabendo que as medidas que tomam deixam, todos os dias 200 famílias sem comida na mesa.

Não acredito nesse "encapotamento" sombrio que agora falam. Algumas migalhas estariam debaixo do tapete, sempre houve; mas as grandes fatias tinham de estar à vista.

Contratámos uma empresa para fazer uma obra. Ela cobrou X. Nós dissemos que pagávamos uma renda anual como contrapartida. A obra é feita. E agora dizemos que não pagamos mais nada? Isso não é assim... As empresas que fizeram a obra não podem ficar dependentes da nossa vontade de pagar porque estamos com dificuldades.
Se não pagarmos o que acontece é que eles põem o Estado em Tribunal por violação do Direito Comunitário e em vez de pagarmos o que era suposto pagamos isso mais uma indemnização.

Essa é fácil - da mesma forma que cancelam contrato comigo, se quiserem e nem me pagam indemnização ;) Mas, será mais fácil ainda - basta pegar num dos contratos e ver os abusos e atropelos aos interesses do país, para arranjar automaticamente argumentação de ruptura.

E não venham dizer que suspender obras programadas não é cortar na despesa como se tem ouvido... Se estavam programadas iriam ser pagas no futuro. Se não se fazem não vão ser pagas.

É um lado da medalha; o outro é a quantidade de emprego directo que se perde.


A nível prático, com impacto no orçamento, que diferença é que isso faz? Deverá ser uma diferença ínfima... Mas tudo bem, dou de barato essa.
E podes crer que esta tensão social vai contribuir para que essas medidas venham a ser tomadas em breve.

Acredita que tem um impacto gigantesco a nível orçamental; os contratos são a Leasing, na sua grande maioria. E, não me quero alongar muito para não me comprometer, mas acredita que quem "decide" qual o modelo e marca de carro a comprar, não o faz porque conseguiu o melhor "contrato" para o estado; terá sim, outras contra-partidas - fiz-me perceber? ;) Tudo isto virá ao de cima qualquer dia e todos saberão como as coisas funcionam nos bastidores.

Mas para que é que queremos quadros especializados se não temos economia? Para ficarmos com desempregados qualificados?

Pelo principio da reciprocidade; não podemos recusar imigrantes qualificados, sabendo à partida que é o que mais exportamos neste momento. Se fechares as portas a este tipo de imigrantes, vais receber o troco na mesma moeda.


O que a maioria das pessoas faz é limitar-se a deitar abaixo tudo o que se faz sem sequer equacionar se não existirão pontos positivos.
Já disse ao Mach4 (pessoalmente) e continuo a achar até prova em contrário, somos um país ingovernável enquanto a mentalidade das pessoas não mudar e não se limitarem a seguir a manada, a criticar sem querer ver nem ouvir.

Isso é verdade; temos uma mentalidade muito mesquinha e somos incapazes de debater opiniões até à exaustão sem nos zangarmos e partirmos para "culpabilizações" ridículas ou comparações "bipolares". O nosso povo nunca souber debater: quer "porque sim"; recusa "porque não".

É a falta da cultura do diálogo, do debate e o desinvestimento na educação não ajuda. Mas isto estende-se ao mais alto nível e basta assistir a um debate quinzenal ou mensal do parlamento para perceber a génese: depressa a crítica construtiva passa para a crítica destrutiva e pessoal: "foi o doutor que no seu governo assinou; foi o engenheiro que provocou", etc.
 

rodd

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Mach 4

Há bem pouco tempo também fui assediado a subscrever esse mesmo seguro, da CGD, que descreveu. Sem muito esclarecimento, de um momento para o outro, já estava a perguntar se aceitava subscrever o dito seguro. Uma vergonha, na minha opinião, este tipo de vendas e da forma como são feitas! Não acedo a qualquer tipo de vendas deste género, mas pode haver quem o faça, dado as imensas "vantagens" que são dadas a conhecer. O grande problema são as enormissímas desvantagens que estão omissas.
 

rodda

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jfreitas e miguelcarromeu, dá gosto ler os vossos comentários.

Match4
E da próxima vez que num centro comercial me apareça uma daquelas meninas a perguntar se eu estou interessado num cartão de crédito ou um gajo a apregoar as vantagens em abrir uma nova conta no seu banco eu vou responder :
se não aceitares o cartão, és esperto. Se o aceitares a culpa é da menina que o vende.

Já no outro dia comprei uns chocolates no Modelo que me fizeram caganeira, a culpa é do belmiro que mos vendeu.
 

Mach 4

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rodda,

O problema não está em teres comprado os chocolates mas sim COMO os compraste.

Eu até o podia aceitar o cartão, por ter condições para tal, mas nem estava a ser esperto mas sim sensato - "Posso, mas não preciso". Mas como deves saber nem toda a gente é esperta ou sensata, como tu, eu e muitos outros. E é dessas "vitimas" fáceis que eles andam á procura. Não achas que já existem demasiados bancos com porta aberta para alguém abrir uma conta, ou para alguém que estiver interessado num cartão de débito/crédito? É aqui, nesta guerra da constante procura de novos clientes, que reside a força do chamado capitalismo financeiro.

A idéia que eu estou a tentar transmitir é que os centros comerciais não deviam permitir que nos seus corredores andasse alguém a servir-se da técnica do engôdo + anzol, assim como nos telefonarem a querer dar "informações vantajosas" sobre uma promoção de tempo de adesão limitada, como que a dizer - "Toca a aderir já e agora, senão não há nada para ninguém".

Mas todos nós também percebemos porque o fazem - alguém com o seu primeiro (ou novo) cartão de crédito, dentro de um centro comercial, epá é de aproveitar...e o shopping ainda ganha dinheiro com o aluguer do espaço cedido ao "City Bank". Maravilha, fica toda a gente a ganhar. Será mesmo assim??

Faz-me lembrar essas bestas que se dizem humanas, que vão tocar á porta daqueles velhinhos que vivem mais para o interior, e que com um fato, gravata e meia de conversa conseguem-lhes sacar os seus "pé-de-meia" que juntaram durante anos e anos...com muito e esforço e suór a trabalhar nos campos. Consegues saber que não é bem a mesma coisa, mas eu vejo muitas semelhanças no tipo de abordagem que se faz.

No tempo dos teus avós não vias nada disto de certeza, quem tinha era porque poupava ou não tinha muito onde gastar o dinheiro, hoje em dia a fera do capitalismo financeiro virou um monstro de 7 cabeças onde tens muito onde gastar, muito artigo disponivel para comprar e muito dinheiro de plástico, o tal dinheiro virtual onde não se pode cheirar as notas ou sentir as moedas na mão.

Perigoso, muito perigoso esse jogo que os bancos fazem, mas de uma forma implácavel, sem escrúpulos nenhuns, sem remorsos...sem culpa.

Quanto á caganeira - volta á loja do Belmiro que ele também vende toalhetes húmidos de limpeza...e leva o cartão.
 
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rodda

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O problema não está em teres comprado os chocolates mas sim COMO os compraste.
paguei com cartão de débito que me custa 7euros por ano. É o unico cartão bancário que possuo.

Eu, como já deu para perceber, sou contra opiniões extremistas, e tanto o Match como o Traveler têm opiniões de extremos, um está no polo norte e outro no polo sul (direita ou esquerda, como quizerem). Para mim a virtude está mais ao meio...

Mach, o que não falta por ai são empresas de todo o tipo a tentar governar a vida com
engôdo + anzol
. Cabe a cada um decidir se quer morder o anzol. Ninguem é obrigado a aderir ao MEO, nem ao MOCHE da tmn, nem a seguradora LOGO, nem a tantas outras que aparecem em corredores de shopings com
engôdo + anzol
.

A minha opinião sobre os bancos é simples; se não fosse o banco não tinha construido casa, vejo-o como alguem que me ajudou quando precisei, fui eu que fui ao banco pedir ajuda. Custa-me pagar as mensalidades, mas não é nada que eu não sabia ANTES de lhes pedir dinheiro.
Por várias vezes quizeram que aderisse a cartões com plaffons, seguros, e até creditos para viagens, sempre disse que não, não quero. SIMPLES


Agora para o miguelcarromeu e para o jfreitas:
A nível prático, com impacto no orçamento, que diferença é que isso faz? Deverá ser uma diferença ínfima... Mas tudo bem, dou de barato essa.
E podes crer que esta tensão social vai contribuir para que essas medidas venham a ser tomadas em breve.
Acredita que tem um impacto gigantesco a nível orçamental;

Sobre a redução de custos na frota automóvel; o maior impacto seria na opinião publica, é injusto andarem os politicos montados em carros novos de 150mil euros quando nos pedem tantos sacrificios. Outra medida que seria do agrado de todos seria reduzir o salário dos politicos em 50% e acabar com algumas ajudas de custo.
 

narsyl

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rodd, leu bem as condições do mesmo?

Eu achei a protecção muito boa, tendo em conta o custo anual, benefícios e as omissas. Mas só depois de ler a informação com mais atenção.
Um produto as vezes é realmente bom, mas o vendedor não quer 'vender' o produto, quer ganhar as comissões, ai é que está o problema...
 

TheTraveler

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rodda said:
Eu, como já deu para perceber, sou contra opiniões extremistas, e tanto o Match como o Traveler têm opiniões de extremos, um está no polo norte e outro no polo sul (direita ou esquerda, como quizerem). Para mim a virtude está mais ao meio...

Também me considero do centro, gosto de coisas de ambos os quadrantes da política.
Nós por cá estamos há anos com a ideia fixa Socialista/esquerdista de acabar com os ricos "porque são uns chulos capitalistas", quando devíamos estar era preocupados em acabar com os pobres. Não se cria riqueza penalizando a riqueza!... Digo eu... Em Portugal e com a nossa mentalidade mesquinha, reclamamos que eles pagam pouco. Rendimentos de ordenados acima dos 100.000€ pagam 46,5% de IRS, mais uma taxa de julgo que 2,5% no que for acima disso, e mais 11% de segurança social... Dizer que alguém que paga 60% do que ganha em imposto é pouco, é, ou falta de inteligência, ou mesquinhez. A resposta de muita gente para fugir ao assunto é que tomaram eles ter a chatice de pagar 60% daquele rendimento. Incapazes sempre de admitir que 60% directamente para o estado não é afinal o tão pouco que apregoavam. O que eu digo a quem paga 60% de imposto é: Obrigado! O que vejo os outros dizerem é: Chulos!...
A mim, não me faz comichão absolutamente nenhuma o que eles ganham, o que se tem que lutar é para o nosso salário subir. Infelizmente, o que lutamos é sempre para o salário do outro descer... Só como exemplo, veem-se todos os dias no Facebook mensagens a pedir para baixar o salário dos deputados, enquanto é raro ver mensagens a pedir que os nossos salários subam. Somos assim. Mesquinhos. Faz sempre comichão do que o outro ganha. E isso é muito mais importante do que aquilo que nós próprios ganhamos... Há muitos anos atrás o Miguel Sousa Tavares disse em entrevista que por muito que discordasse dos Americanos, havia uma coisa a que lhes dava todo o valor. Americano que veja o vizinho ficar rico, diz: Vou lutar para ter o mesmo que ele. Português que veja o vizinho ficar rico: Ainda hás-de caír e voltar cá abaixo outra vez...
Isso, e a culpa é sempre do outro. É do tal cabr** que não pagou o tal imposto, nunca é nossa que quisemos o arranjo do carro sem factura para ser mais barato. Ainda dizemos que o gajo da oficina é culpado, porque a parte que nós fugimos "epá, a mim dava-me jeito pagar aquilo a menos pá"... O outro é que é o mau... sempre...

Um dia, no auge do seu fervor revolucionário, Otelo Saraiva de Carvalho disse a Olaf Palme, o antigo líder social-democrata sueco: ‘em Portugal, queremos acabar com os ricos’. Respondeu Palme, ‘na Suécia, queremos acabar com os pobres’.

http://atlantico.blogs.sapo.pt/1527344.html
 
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