O capitalismo não pode ser tido como um sistema ideológico, quanto a mim. O capitalismo anda de mãos dadas com a Democracia, é verdade. Eu não sou contra o capitalismo nem o poderia ser. É a base da economia de mercado e é pelo capitalismo que os estados se auto-regulam.
No entanto, sou contra o capitalismo selvagem; e parece ser complicado perceber que foi esses mesmo capitalismo selvagem que afundou o barco. Como já referi, basicamente, dominado pelo sistema bancário mundial. Só com a queda de fraudes como o sistema Madoff, o mundo percebeu que o dinheiro que circulava em números digitais nos computadores dos bancos, NÃO EXISTIA. Não passavam de números.
Os próprios bancos acreditavam nesses números. Querem então dizer-me que a culpa do endividamento é de famílias com escolaridade básica abaixo da média europeia, muitas delas iletradas?
@Oliana,
Sim, em traços gerais, concordo com o que dizes.
@jfreitas,
Soluções há tantas - coragem é que há pouca; aliás, a vergonha de qualquer votante neste partido deveria ser a contradição entre aquilo que o actual governo PROMETEU e aquilo que realmente tem feito.
Mas eu tomo a liberdade de te dar as tais sugestões:
- cancelar unilateralmente todas as parcerias público-privadas que acarretem despesa para o Estado, superior àquela que o Estado teria auto-suficiente;
- eliminar toda a frota de veículos colocados à disposição dos ministérios, desde "almeidas" a acessores - excluem-se as viaturas oficiais dos MINISTROS apenas por serem os representantes máximos de cada um dos sectores respectivos; também sou funcionário do estado e nunca tive carro de serviço nem ajudas de custo;
- acabar imediatamente com as reformas diferenciadas de deputados e autarcas e as subvenções vitalícias; no mínimo os 40 anos que exigem ao comum dos mortais;
- alterar o sistema de embaixadas internacionais portuguesas, cortando nas regalias, ajudas de custo e plafonds dos cartões de crédito dos familiares dos embaixadores (sabiam, por exemplo, que a esposa de um embaixador, tem, em média, um plafond de 30000€ só para despesas de representação, onde se incluem jantares, roupa e idas ao cinema com as amigas?); acabar com os acordos com as embaixadas estrangeiras em Portugal, as tais cortesias do principio da reciprocidade (sabiam, por exemplo, que a embaixada de Inglaterra tinha um acordo com o estado, baseado no tal principio, em que apenas pagava o preço da matéria prima dos combustíveis, ou seja, até há poucas semanas, pagavam cerca de 80 CÊNTIMOS por litro de GASOLINA) - entretanto, por contenção de custos de Londres, deixamos de ter embaixador Inglês e passamos a ter apenas um adido, um representante);
- alterar a Lei da imigração, fechando desde já as portas a quadros não-especializados e instituindo a deportação em casos de qualquer delito, maior ou menor (sabem quantos estrangeiros estão nas prisões portuguesas, às nossas custas?)
Isto só para aquecer, pois há muito mais sugestões viáveis. Mas a pergunta que deixo é: quem, nos actuais sistemas partidários, conhecem, que conseguisse levar a cabo tal revolução?