Concordo com a opinião de que mudar apenas a pintura, autocolantes e por vezes alterar ligeiramente o quadro, e chamar-lhe modelo novo, seja mesmo apenas para ganhar mais uns €€.
A Mondraker, sendo uma marca com centro de Desenvolvimento e Investigação próprio (Em Alicante - Espanha) bem como sendo das poucas que mantém esse mesmo fabrico "próprio", reúne as condições para ir inovando.
O sistema "zero" tem os seus defensores e os seus "críticos" mas no geral parece que a a opinião é bastante positiva.
O design "stealth" também foi muito criticado a quado do seu lançamento, e hoje pelo que vejo aqui e noutros fóruns, todos gostam das foxy e factor.
Fizeram a mais leve bike de DH com produção de série (abaixo dos 16kgs) e parece que continua a ser uma referência nessa área, etc...
Os quadros de Alumínio (com Scandium) continuam a ser dos mais leves em alumínio, mas alguns também partem às semelhança dos quadros de outras marcas.
A inovação tem sempre factores positivos e negativos, mas haverá sempre os críticos.
Algumas ideias resultam melhor que outras, mas sem tentar nunca se saberá.
Há que dar valor às marcas que pensam "ou of the box" e tentam fazer algo de novo:
- novo design da direcção / avanço (pois o design "stealth" já existe na marca há alguns anos
- redução de peso num quadro de carbono
tamanho L já pintado (menos de 1000grs)
- nova forma de fabrico de quadros de carbono patenteada que permite o aumento de rigidez para um quadro tão leve
- sistema de limite do ângulo de viragem da direcção para não danificar o quadro em caso de queda. Esperemos é que em pancadas mais fortes, esse limite/travão não vá danificar a caixa da direcção.
Isto tudo numa pequena empresa com pouco mais de 10 anos de existência, que como não tem ambições de produzir em série para as massas (como outras fazem), tem a ousadia de investir e apostar em produtos diferentes, sem grandes exageros de preço e tentando a todo o custo que as suas bikes não sejam apenas mais uma no meio de outra tantas todas "iguais".
Não quero com isto dizer que por haver tantas iguais de outras marcas não sejam boas, mas essa visibilidade global de algumas marcas diminui a visibilidade individual que alguns pretendem ao adquirir uma bike.
Só o tempo dirá se esta nova Podium de carbono vingará, e até pode ser um fiasco, mas pelo menos vai dar muito que falar pelos motivos certos no BTT:
-avanços tecnológicos que permitam ter mais rendimento da máquina e do bttista, em vez de se andar a discutir apenas as novas pinturas ou autocolantes.
Outras marcas (além da Mondraker) continuam a brindar-nos com novas tecnologias (Mais ou menos testadas em competição) mas só assim é que isto avança, senão fosse assim, hoje ainda andaríamos a pedalar em bikes com tecnologia da década de 50.
A questão do avanço julgo que é facilmente solucionada pela marca, disponibilizando 3 ou 4 avanços com inclinações diferentes.
A Ritchey e outras marcas que fabricam espigões, avanços e guiadores é que não devem gostar muito que esta ideia pegue, lá se vai mais um queda nas vendas.
Se este design e avanço colocam a bike apenas apta para XC puro, então é para isso que deve ser utilizada, quem pretender uma bike mais versátil nunca deverá ir para uma rígida de XC com quadro de carbono pois os ângulos de ataque são tudo menos versáteis. Eu digo-o pois tenho uma Podium de Carbono de 2011 e estou super satisfeito com ela. A subir e em acelerações puras é mesmo uma máquina diabólica que ganha velocidade muito rapidamente. A descer é que a coisa fica mais trabalhosa.
Subir-lhe o avanço/guiador para aumentar apenas o conforto vai retirar-lhe a vantagem do ângulo de ataque nas subidas mais inclinadas, mas são opiniões.
Viva a inovação!
Abraço e boas pedaladas (com ou sem avanço integrado)