Boas.
Após 7 meses e cerca de 2300 Km’s de utilização, abro este tópico para apresentar e analisar a bicicleta que comprei em Junho de 2012, para me iniciar no BTT.
Depois de muita pesquisa, a escolha recaiu sobre a Merida Matts TFS 900-D. Pretendia comprar uma bicicleta em loja física, já com material com alguma qualidade, e que aguentasse um bom tempo sem começar a pensar em upgrades. Esta Merida pareceu-me a melhor opção.
COMPONENTES
Quadro: Matts TFS Pro-D Single (tamanho 16”)
Forqueta: Manitou Minute TS 100 Remote
Desviador frente: Shimano SLX
Desviador trás: Shimano Deore XT-10
Shifters: Shimano SLX Rapidfire
Travões: Shimano M446 180/160
Pedaleiro: Shimano M552-10 42-32-24
Corrente: KMC X10 10s
Cassete: Shimano CS-HG62-10 11-36
Rodas: Aros Merida Pro D (Alexrims) + cubos Shimano M435
Pneus: Schwalbe Rocket Ron / Racing Ralph 2.10
Guiador: Merida Pro OS 640 R25
Avanço: Merida Pro OS
Caixa de direcção: BB-410 Neck
Espigão de selim: Merida Pro 2 31.6
Selim: Merida Pro (Velo)
Pedais: XC Alloy
Peso anunciado pelo fabricante: 12.8 Kg
De certeza que pesaria mais que isso, ainda mais que lhe coloquei logo câmaras de gel, o que acabou por aumentar o peso das rodas.
Era este o aspecto da bicicleta quando a comprei:
Após alguns quilómetros comecei a pensar em alterar alguns componentes com vista a melhorar o conforto. Troquei selim e punhos, sendo as escolhas o Specialized Avatar Gel e os ESI Grips Chunky (ambos em preto).
Como disse, o objectivo foi melhorar o conforto, mas acabei por reduzir também algum peso, pelo menos na troca dos punhos, já que o selim não é dos mais leves do mercado.
Mais recentemente decidi alterar os pedais (para encaixe), acabando por escolher uns Shimano PD-M540. Escolhi Shimano pela resistência, pouca manutenção que necessitam e o preço mais baixo do que os concorrentes.
Neste momento está com 12.78 Kg.
É este o aspecto:
ANÁLISE
Quadro e periféricos:
Esta bicicleta tem uma posição de condução bastante confortável graças ao avanço curto e ao guiador elevado de 640mm. No final das voltas, mesmo as longas (ex.: 110 Km em estrada), não sinto grande cansaço ao nível das costas e braços. O conforto melhorou ainda mais com a alteração dos punhos e do selim. O Avatar, apesar de não ser o supra-sumo do peso, acaba por ser confortável, cumprindo assim o objectivo que tinha quando o comprei.
Gosto bastante da geometris do quadro e dos acabamentos das soldas. O formato do tubo superior (parte superior plana) também lhe dá alguma graça. Quanto às cores, os gostos não se discutem, mas acho que a combinação preto, branco e verde ficam muito bem.Quando comprei tinha a opção antracite, mas este quadro era de longe o mais bonito.
Suspensão:
Apesar de não ser uma suspensão de topo, a Manitou Minute TS 100 acaba por ter um bom comportamento (na minha opinião), absorvendo bem as irregularidades do terreno, o que ajuda bastante no controlo da bike, compensando a instabilidade da traseira, normal nas hardtail. Inicialmente achei-a um pouco dura, mas acabou por melhorar bastante depois de reduzir a pressão para os 50 bar e ajustar o rebound (que estava no máximo). Os 50 bar acabam por ficar ligeiramente abaixo da pressão mínima recomendada pela Manitou, mas para o meu peso (62 Kg), creio que é o ideal. Neste momento o SAG está em 25% (um pouco acima dos 15-20% que normalmente se recomenda), mas até ao momento nunca esgotei o curso da suspensão, por isso para já ficará assim. Habituei-me a “trabalhar” com o bloqueio da suspensão (muito útil em subida), e por isso neste momento não dispenso o bloqueio no guiador.
Transmissão
Relativamente à transmissão, creio que cumpre bem a sua função. Os desviadores são bastante precisos, principalmente o traseiro (Deore-XT). As passagens são suaves (nos carretos do meio algumas passagens nem se notam), e nunca necessitou de qualquer afinação. O SLX da frente cumpre sem grandes problemas as passagens entre pratos. Já necessitou de algumas afinações devido ao roçar na corrente, mas nada de grave. Tenho o cuidado de prever atempadamente as mudanças de relação para não ter que fazer passagens em esforço, sendo talvez essa a razão para o bom funcionamento da transmissão. No que diz respeito à cassete e ao pedaleiro, habituei-me bem às 10v e neste momento adaptam-se bem à minha condução e aos trilhos que faço habitualmente. Quando tiver que trocar cassete e pratos, não penso alterar as relações.
Rodas:
Ao nível das rodas sinceramente não sei o que dizer. Claramente não são rodas de gama alta, no entanto têm-se portado bem, e nunca me deram qualquer problema. No que diz respeito aos pneus, também não há muito a dizer, a dupla RoRo/RaRa não precisa de qualquer apresentação. Pena o Racing Ralph já estar a entregar a alma ao criador, o que inclusivamente já me tem custado algumas quedas devido à perda de tracção em subida (e ser novato nos pedais de encaixe). Quando comprar pneus novos, certamente irei manter esta dupla.
Travões:
São o componente da bike que mais dores de cabeça me tem dado. A nível de travagem acabam por ser minimamente eficazes , creio que mais pelo tamanho dos discos (180/160) e pelo peso do rider, do que pela própria qualidade.
O que me irrita mais são as desafinações constantes, não a nível de travagem, mas sim ao nível das distâncias disco/pastilhas. Se há coisa que me irrita profundamente é ir a pedalar e a ouvir o ruído das pastilhas a roçar nos discos. O tempo que eu perco a afinar os travões antes de cada saída… Creio que o tamanho dos discos também não ajuda. Um dia quando trocar o sistema de travagem talvez opte por uns 160/140, que para o meu peso devem ser mais que suficientes.
Quanto à análise da bicicleta, creio que não tenho mais nada a dizer, pelo menos por agora. Estou bastante satisfeito com ela, e ainda não tive qualquer problema de avaria nos componentes. No entanto há sempre o que melhorar, e ideias não faltam.
Aquilo que tenho pensado:
. Conversão das rodas para tubeless – vou pensar nisso quando trocar o pneu de trás, que me parece estar para breve. Apesar de não ter grandes queixas a nível de furos (até agora só tive um), com a conversão acabo por garantir fiabilidade, reduzir qualquer coisa no peso e aumentar o conforto.
. Alteração dos periféricos guiador, avanço e espigão – quero experimentar uma posição de condução mais “racing” por isso talvez altere em primeiro lugar o guiador. Depois penso alterar o avanço e no fim o espigão. Naturalmente que aproveitarei para reduzir o peso da bike (mas sem reduzir muito o peso da carteira porque também fui entroikado).
. Alteração da transmissão para XT – esta é uma alteração que penso fazer gradualmente, e conforme for desgastando os actuais componentes. Em primeiro lugar penso alterar a cassete e corrente logo que precise de substituir estas peças de desgaste. Depois disso penso alterar o desviador da frente, o pedaleiro e por fim os shifters.
. Travões – como já disse em cima, não sou grande fã dos que tenho actualmente, por isso logo que tenha oportunidade será um dos componentes a alterar.
. Rodas – alteração para rodas tubeless, e se fosse neste momento a escolha eram as Shimano XT. Provavelmente este será um dos últimos componentes a alterar.
Claro que há muito por onde melhorar, mas neste momento o dinheiro não abunda e por isso todas estas alterações serão feitas gradualmente, e sempre depois de muito bem ponderadas.
Fica aqui então a apresentação da minha bike. Comentários e sugestões serão sempre bem-vindos.
Abraço,
Após 7 meses e cerca de 2300 Km’s de utilização, abro este tópico para apresentar e analisar a bicicleta que comprei em Junho de 2012, para me iniciar no BTT.
Depois de muita pesquisa, a escolha recaiu sobre a Merida Matts TFS 900-D. Pretendia comprar uma bicicleta em loja física, já com material com alguma qualidade, e que aguentasse um bom tempo sem começar a pensar em upgrades. Esta Merida pareceu-me a melhor opção.
COMPONENTES
Quadro: Matts TFS Pro-D Single (tamanho 16”)
Forqueta: Manitou Minute TS 100 Remote
Desviador frente: Shimano SLX
Desviador trás: Shimano Deore XT-10
Shifters: Shimano SLX Rapidfire
Travões: Shimano M446 180/160
Pedaleiro: Shimano M552-10 42-32-24
Corrente: KMC X10 10s
Cassete: Shimano CS-HG62-10 11-36
Rodas: Aros Merida Pro D (Alexrims) + cubos Shimano M435
Pneus: Schwalbe Rocket Ron / Racing Ralph 2.10
Guiador: Merida Pro OS 640 R25
Avanço: Merida Pro OS
Caixa de direcção: BB-410 Neck
Espigão de selim: Merida Pro 2 31.6
Selim: Merida Pro (Velo)
Pedais: XC Alloy
Peso anunciado pelo fabricante: 12.8 Kg
De certeza que pesaria mais que isso, ainda mais que lhe coloquei logo câmaras de gel, o que acabou por aumentar o peso das rodas.
Era este o aspecto da bicicleta quando a comprei:
Após alguns quilómetros comecei a pensar em alterar alguns componentes com vista a melhorar o conforto. Troquei selim e punhos, sendo as escolhas o Specialized Avatar Gel e os ESI Grips Chunky (ambos em preto).
Como disse, o objectivo foi melhorar o conforto, mas acabei por reduzir também algum peso, pelo menos na troca dos punhos, já que o selim não é dos mais leves do mercado.
Mais recentemente decidi alterar os pedais (para encaixe), acabando por escolher uns Shimano PD-M540. Escolhi Shimano pela resistência, pouca manutenção que necessitam e o preço mais baixo do que os concorrentes.
Neste momento está com 12.78 Kg.
É este o aspecto:
ANÁLISE
Quadro e periféricos:
Esta bicicleta tem uma posição de condução bastante confortável graças ao avanço curto e ao guiador elevado de 640mm. No final das voltas, mesmo as longas (ex.: 110 Km em estrada), não sinto grande cansaço ao nível das costas e braços. O conforto melhorou ainda mais com a alteração dos punhos e do selim. O Avatar, apesar de não ser o supra-sumo do peso, acaba por ser confortável, cumprindo assim o objectivo que tinha quando o comprei.
Gosto bastante da geometris do quadro e dos acabamentos das soldas. O formato do tubo superior (parte superior plana) também lhe dá alguma graça. Quanto às cores, os gostos não se discutem, mas acho que a combinação preto, branco e verde ficam muito bem.Quando comprei tinha a opção antracite, mas este quadro era de longe o mais bonito.
Suspensão:
Apesar de não ser uma suspensão de topo, a Manitou Minute TS 100 acaba por ter um bom comportamento (na minha opinião), absorvendo bem as irregularidades do terreno, o que ajuda bastante no controlo da bike, compensando a instabilidade da traseira, normal nas hardtail. Inicialmente achei-a um pouco dura, mas acabou por melhorar bastante depois de reduzir a pressão para os 50 bar e ajustar o rebound (que estava no máximo). Os 50 bar acabam por ficar ligeiramente abaixo da pressão mínima recomendada pela Manitou, mas para o meu peso (62 Kg), creio que é o ideal. Neste momento o SAG está em 25% (um pouco acima dos 15-20% que normalmente se recomenda), mas até ao momento nunca esgotei o curso da suspensão, por isso para já ficará assim. Habituei-me a “trabalhar” com o bloqueio da suspensão (muito útil em subida), e por isso neste momento não dispenso o bloqueio no guiador.
Transmissão
Relativamente à transmissão, creio que cumpre bem a sua função. Os desviadores são bastante precisos, principalmente o traseiro (Deore-XT). As passagens são suaves (nos carretos do meio algumas passagens nem se notam), e nunca necessitou de qualquer afinação. O SLX da frente cumpre sem grandes problemas as passagens entre pratos. Já necessitou de algumas afinações devido ao roçar na corrente, mas nada de grave. Tenho o cuidado de prever atempadamente as mudanças de relação para não ter que fazer passagens em esforço, sendo talvez essa a razão para o bom funcionamento da transmissão. No que diz respeito à cassete e ao pedaleiro, habituei-me bem às 10v e neste momento adaptam-se bem à minha condução e aos trilhos que faço habitualmente. Quando tiver que trocar cassete e pratos, não penso alterar as relações.
Rodas:
Ao nível das rodas sinceramente não sei o que dizer. Claramente não são rodas de gama alta, no entanto têm-se portado bem, e nunca me deram qualquer problema. No que diz respeito aos pneus, também não há muito a dizer, a dupla RoRo/RaRa não precisa de qualquer apresentação. Pena o Racing Ralph já estar a entregar a alma ao criador, o que inclusivamente já me tem custado algumas quedas devido à perda de tracção em subida (e ser novato nos pedais de encaixe). Quando comprar pneus novos, certamente irei manter esta dupla.
Travões:
São o componente da bike que mais dores de cabeça me tem dado. A nível de travagem acabam por ser minimamente eficazes , creio que mais pelo tamanho dos discos (180/160) e pelo peso do rider, do que pela própria qualidade.
O que me irrita mais são as desafinações constantes, não a nível de travagem, mas sim ao nível das distâncias disco/pastilhas. Se há coisa que me irrita profundamente é ir a pedalar e a ouvir o ruído das pastilhas a roçar nos discos. O tempo que eu perco a afinar os travões antes de cada saída… Creio que o tamanho dos discos também não ajuda. Um dia quando trocar o sistema de travagem talvez opte por uns 160/140, que para o meu peso devem ser mais que suficientes.
Quanto à análise da bicicleta, creio que não tenho mais nada a dizer, pelo menos por agora. Estou bastante satisfeito com ela, e ainda não tive qualquer problema de avaria nos componentes. No entanto há sempre o que melhorar, e ideias não faltam.
Aquilo que tenho pensado:
. Conversão das rodas para tubeless – vou pensar nisso quando trocar o pneu de trás, que me parece estar para breve. Apesar de não ter grandes queixas a nível de furos (até agora só tive um), com a conversão acabo por garantir fiabilidade, reduzir qualquer coisa no peso e aumentar o conforto.
. Alteração dos periféricos guiador, avanço e espigão – quero experimentar uma posição de condução mais “racing” por isso talvez altere em primeiro lugar o guiador. Depois penso alterar o avanço e no fim o espigão. Naturalmente que aproveitarei para reduzir o peso da bike (mas sem reduzir muito o peso da carteira porque também fui entroikado).
. Alteração da transmissão para XT – esta é uma alteração que penso fazer gradualmente, e conforme for desgastando os actuais componentes. Em primeiro lugar penso alterar a cassete e corrente logo que precise de substituir estas peças de desgaste. Depois disso penso alterar o desviador da frente, o pedaleiro e por fim os shifters.
. Travões – como já disse em cima, não sou grande fã dos que tenho actualmente, por isso logo que tenha oportunidade será um dos componentes a alterar.
. Rodas – alteração para rodas tubeless, e se fosse neste momento a escolha eram as Shimano XT. Provavelmente este será um dos últimos componentes a alterar.
Claro que há muito por onde melhorar, mas neste momento o dinheiro não abunda e por isso todas estas alterações serão feitas gradualmente, e sempre depois de muito bem ponderadas.
Fica aqui então a apresentação da minha bike. Comentários e sugestões serão sempre bem-vindos.
Abraço,
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