De forma a melhor esclarecer os utilizadores do forum relativamente a esta situação coloco aqui a resposta que obtive por parte da FPCUB, informo da veracidade do caso aqui apresentado por me ter sido facultado o relatório de acidente para poder comprovar a informação e mais informo que se alguem quiser receber as condições da apólice de seguro que as tenho digitalizadas e posso enviar por email bastando que me enviem PM com o endereço de correio dos interessados.
Caro amigo,
Conforme solicitado junto enviamos as condições da apólice de Acidentes Pessoais da FPCUB onde pode analisar a existência de poucas exclusões para a generalidade de quem anda de bicicleta numa prática não competitiva, de lazer e manutenção. Recorde-se, contrariamente a outros seguros que conhecemos que têm franquias elevadas logo à cabeça, que o da FPCUB por seu lado não as tem, quer nos Acidentes Pessoais quer na Responsabilidade civil.
É preciso entender que o nosso seguro cobre associados desde os 3 a mais de 90 anos, e que toda e qualquer doença ja adquirida ao longo da vida não pode ser imputada a uma queda de bicicleta qualquer. Por exemplo, se tivermos um resfriamento e como consequência uma pneumonia ao andar de bicicleta, estamos a contrair uma doença sem haver qualquer acidente, como é também o caso de esforços continuados que possam conduzir a lesões que não foram adquiridas em consequência de um acidente de bicicleta.
Como se pode verificar na seguinte citação, retirada de um artigo no google :
“Muitos problemas musculares devem-se ao esforço excessivo ou movimentações bruscas. Os mais comuns são: cãimbras, cansaço muscular, distensões e roturas”, que vêm citados nas exclusões na alinea F, Folha anexa Nº 1.
Verifique por exemplo a participação do nosso associado que na sequência de uma queda de bicicleta fez uma entorse no joelho e cotovelo (conforme participação escrita pelo seu punho que se envia em anexo), veio a ser operado mais tarde nas clinicas da MAPFRE no Funchal, do qual se justifica com o pagamento de 4.987,59 euros.
A situação está clara para a companhia, que o associado em questão teve uma queda de bicicleta, que originou as lesões e o levaram a ser operado.
Em relação à discussão no ForúmBtt, o caso das Protéses (implantes) está fora de questão, sendo apenas a segunda vez em 25 anos, tendo sido as duas em 2009.
Têm sido sempre pagas as reparações de dentes, na sequência de queda.
Ainda recentemente no Barreiro, região do Fábio, num jovem com menos idade do que ele, foram-lhe reparados os dentes, não se tratando de proteses/implantes.
Convém, quando as pessoas se inscrevem na Federação, sendo de todo o interesse, indicarem quais são as mazelas que possuem. Porque temos associados sem um braço/perna, cegos, com óculos especiais e que na sequência de uma queda, estes factores lhes podem vir a trazer complicações.
Em relação ao problema do Fábio, ele não pode ignorar, dado que recebe no clube a que pertence um boletim da FPCUB e que também se encontra disponível na internet para todos os associados, as indicações sobre o que fazer em caso de sinistro.
Convém referir que para um jovem de 18 anos, este é o 3º acidente grave envolvendo automóveis. A primeira coisa a fazer é chamar o 112, como é referido nos meios supracitados, ou se possivel ser transportado por quem provocou o acidente (ou está directamente envolvido) para um Serviço de Urgência Hospitalar Público a fim de receber os primeiros socorros. Torna-se também muito importante obter os dados correctos sobre o acidente e os envolvidos neste, porque no caso em questão, o que foi transmitido no primeiro contacto que o Fábio fez com a FPCUB, foi que o condutor seguia no meio das duas vias (fora de mão) e que lhe deu uma pancada na roda traseira, o que significa que o Fábio, segundo o que disse, já se encontrava para lá do eixo da via. Ao não querer fornecer os dados, de que é obrigado para preencher a participação, pois tem sempre que identificar quem lhe bateu independentemente de quem fôr a culpa do acidente, o associado nunca pode assumir-se culpado baseando-se apenas no seu ponto de vista.
Tendo o Fábio um cartão vermelho da MAPFRE - 24horas, uma das vantagens de que usufrui ao ser associado da FPCUB, este deveria ter entrado em contacto de imediato para este número a fim de ser visto por um médico MAPFRE, antes de consultar o seu dentista privado, pois o Fábio, através do seu seguro de acidentes pessoais, teria direito a toda a assistência clinica, excepto às proteses, necessárias neste caso em particular. Portanto, este e qualque associado em caso de acidente, não pode tomar decisões por si e imputar à FPCUB esta falha grave no seguro, porque infelizmente para nós todos, a sinistralidade é grande. Contudo ao longo de 25 anos muitos têm beneficiado desde seguro, várias familias por morte e vários associados por acidentes muito graves, não achando a FPCUB e todos os que diáriamentes se unem em defesa e promoção do uso da bicicleta, justo, que alguém imponha um código de conduta por onde nos devemos reger todos, conforme a sua vontade.
Esta Federação é composta por gente solidária que já ajudou por exemplo o Paulo Pedro (não associado da FPCUB) a conseguir tratar do seu problema em Cuba, e muitos outros associados a deslocarem-se ao estrangeiro porque o capital se esgotou e não era certamente neste caso que não iria ajudar o Fábio, uma vez que temos conhecimento das suas dificuldades económicas. Agora, conduzir os assuntos da forma como foram expostos no ForúmBTT, criou um mau-estar que nos fez vestir a pele do diabo, a nosso ver injustamente, e por isso deixamos à consideração dos outros a análise deste comportamento.