Ragedolphin
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Boas.
Agora que a minha Cube Elite HPT está prestes a passar a barreira dos 1000 kms chegou o momento de lhe fazer uma análise.
A primeira saída
Comecemos pelo equipamento (com alguns dos pesos verificados por mim):
Quadro:
Extremamente ágil e confortável, absorvendo muito bem as pancadas secas provenientes da roda de trás quando comparado com o meu antigo quadro de alumínio (Merida Matts Speed Disc). A qualidade de construção é exemplar, com umas soldaduras muito cuidadas e com uns pormenores de acabamento no mínimo deliciosos, como é o caso da barra que une as duas escoras superiores. O único aspecto negativo que encontrei até ao momento é a qualidade da pintura (que pela sua textura e toque mais parece ser uma película de vinil) que sofre imenso com as partículas projectadas pelas rodas.
Suspensão:
Passei de uma Reba Race de 100mm na Merida para a Sid Race na Cube e a diferença entre elas é notória, com a Sid a ter uma leitura mais eficiente do terreno. Até agora tem funcionado às mil maravilhas.
Travões:
São muito eficientes a desempanhar a sua função. Nas primeiras voltas andava com um pouco de receio pois não estava habituado a tanta potência. Depois de me habituar a eles é como se desde sempre tivesse a lidar com eles. Têm boa resistência à fadiga.
Transmissão:
Passei de uma transmissão full XT na Merida para um misto de XT e X0. A principal diferença que notei foi nas passagens de mudança. Passei de uma suavidade extrema dos XT para um toque mais bruto do X0. Até agora só foi necessário ajustar a tensão do cabo por volta dos 100 kms. Desde então a precisão tem sido espectacular, com passagens de mudança extremamente rápidas e sem indecisões.
Pedais:
São uns pedais razoáveis, mas estava à espera que se comportassem melhor. Não são tão intuitivos no encaixe comparados com os Shimano M520. Nestes é necessário ter uma precisão muito grande de modo a que o encaixe se consiga à primeira. Quando se tem de caminhar um pouco em pisos húmidos ou barrentos a situação piora, tornando o encaixe um suplício devido aos detritos que ficam alojados entre o cleat e o sapato, diminuindo ainda mais a pouca flutuação que os pedais apresentam
Rodas e Pneus:
As DT Swiss XPW 1600 são umas rodas OEM. Tenho-as convertidas para tubeless (utilizei unicamente fita power tape e válvulas prestas para as converter). Já as usei por todo o tipo de terrenos (pedras, raízes, regos de água) e até agora têm-se portado muito bem, sem sinais de qualquer tipo de empeno. Os rolamentos também se encontram em bom estado.
Os pneus são da Schwalbe, Rocket Ron Evo 2.25 à frente e Racing Ralph Evo 2.25 atrás. O Racing Ralph já é um pneu meu conhecido, pois equipava as duas rodas da Merida mas na medida 2.1, confirmando o que eu já previa dele numa medida mais larga, com uma aderência fenomenal em todos os tipos de piso. Já o Rocket Ron, aparentemente um pneu mais indicado para a roda da frente, ainda não me satisfez por completo, pois acho-o mais imprevisível que o Racing Ralph a que estava habituado. Aos poucos tenho-me adaptado a ele mas ainda não cheguei ao mesmo nível de confiança.
Direcção:
É aqui que tenho a maior dor de cabeça, não pela qualidade do material em si, que é excelente, mas pelo formato do guiador (com 9º de backsweep) que em conjunto com os punhos rotativos deixa muito pouco espaço disponível para arrumar convenientemente os restantes componentes, ficando tudo muito concentrado nas pontas do guiador e depois sobra um imenso espaço vazio ao centro que não dá para ser aproveitado devido ao backsweep do guiador.
Espigão de selim e selim:
O espigão de selim tem um curioso sistema de ajuste do ângulo de inclinação do selim que através de uma "roda" levanta ou baixa a ponta do selim. Depois é só apertar o parafuso para terminar a afinação. Só que o sistema não é muito prático. Obriga a muitas afinações até chegar à inclinação desejada, pois quando se aperta o parafuso de bloqueio a ponta do selim tem tendência em se elevar mais do que o que pretendiamos.
O selim, Fizik Tundra MG, é confortavel mas que requer uma certa habituação, principalmente naquelas descidas de se fazer quase sentados em cima da roda de trás, devido ao seu formato.
Só espero continuar a divertir-me tanto como nestes primeiros 1000 kms.
Espero que gostem do resultado final. Se não gostarem, paciência. Eu gosto e isso é que interessa :twisted:
Depois dos 100 kms do Challenge da Tomada dos Fortes
Boas pedaladas,
Paulo Santos
Agora que a minha Cube Elite HPT está prestes a passar a barreira dos 1000 kms chegou o momento de lhe fazer uma análise.
A primeira saída
Comecemos pelo equipamento (com alguns dos pesos verificados por mim):
Quadro:
Extremamente ágil e confortável, absorvendo muito bem as pancadas secas provenientes da roda de trás quando comparado com o meu antigo quadro de alumínio (Merida Matts Speed Disc). A qualidade de construção é exemplar, com umas soldaduras muito cuidadas e com uns pormenores de acabamento no mínimo deliciosos, como é o caso da barra que une as duas escoras superiores. O único aspecto negativo que encontrei até ao momento é a qualidade da pintura (que pela sua textura e toque mais parece ser uma película de vinil) que sofre imenso com as partículas projectadas pelas rodas.
Suspensão:
Passei de uma Reba Race de 100mm na Merida para a Sid Race na Cube e a diferença entre elas é notória, com a Sid a ter uma leitura mais eficiente do terreno. Até agora tem funcionado às mil maravilhas.
Travões:
São muito eficientes a desempanhar a sua função. Nas primeiras voltas andava com um pouco de receio pois não estava habituado a tanta potência. Depois de me habituar a eles é como se desde sempre tivesse a lidar com eles. Têm boa resistência à fadiga.
Transmissão:
Passei de uma transmissão full XT na Merida para um misto de XT e X0. A principal diferença que notei foi nas passagens de mudança. Passei de uma suavidade extrema dos XT para um toque mais bruto do X0. Até agora só foi necessário ajustar a tensão do cabo por volta dos 100 kms. Desde então a precisão tem sido espectacular, com passagens de mudança extremamente rápidas e sem indecisões.
Pedais:
São uns pedais razoáveis, mas estava à espera que se comportassem melhor. Não são tão intuitivos no encaixe comparados com os Shimano M520. Nestes é necessário ter uma precisão muito grande de modo a que o encaixe se consiga à primeira. Quando se tem de caminhar um pouco em pisos húmidos ou barrentos a situação piora, tornando o encaixe um suplício devido aos detritos que ficam alojados entre o cleat e o sapato, diminuindo ainda mais a pouca flutuação que os pedais apresentam
Rodas e Pneus:
As DT Swiss XPW 1600 são umas rodas OEM. Tenho-as convertidas para tubeless (utilizei unicamente fita power tape e válvulas prestas para as converter). Já as usei por todo o tipo de terrenos (pedras, raízes, regos de água) e até agora têm-se portado muito bem, sem sinais de qualquer tipo de empeno. Os rolamentos também se encontram em bom estado.
Os pneus são da Schwalbe, Rocket Ron Evo 2.25 à frente e Racing Ralph Evo 2.25 atrás. O Racing Ralph já é um pneu meu conhecido, pois equipava as duas rodas da Merida mas na medida 2.1, confirmando o que eu já previa dele numa medida mais larga, com uma aderência fenomenal em todos os tipos de piso. Já o Rocket Ron, aparentemente um pneu mais indicado para a roda da frente, ainda não me satisfez por completo, pois acho-o mais imprevisível que o Racing Ralph a que estava habituado. Aos poucos tenho-me adaptado a ele mas ainda não cheguei ao mesmo nível de confiança.
Direcção:
É aqui que tenho a maior dor de cabeça, não pela qualidade do material em si, que é excelente, mas pelo formato do guiador (com 9º de backsweep) que em conjunto com os punhos rotativos deixa muito pouco espaço disponível para arrumar convenientemente os restantes componentes, ficando tudo muito concentrado nas pontas do guiador e depois sobra um imenso espaço vazio ao centro que não dá para ser aproveitado devido ao backsweep do guiador.
Espigão de selim e selim:
O espigão de selim tem um curioso sistema de ajuste do ângulo de inclinação do selim que através de uma "roda" levanta ou baixa a ponta do selim. Depois é só apertar o parafuso para terminar a afinação. Só que o sistema não é muito prático. Obriga a muitas afinações até chegar à inclinação desejada, pois quando se aperta o parafuso de bloqueio a ponta do selim tem tendência em se elevar mais do que o que pretendiamos.
O selim, Fizik Tundra MG, é confortavel mas que requer uma certa habituação, principalmente naquelas descidas de se fazer quase sentados em cima da roda de trás, devido ao seu formato.
Só espero continuar a divertir-me tanto como nestes primeiros 1000 kms.
Espero que gostem do resultado final. Se não gostarem, paciência. Eu gosto e isso é que interessa :twisted:
Depois dos 100 kms do Challenge da Tomada dos Fortes
Boas pedaladas,
Paulo Santos
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