ruiabreu said:
Existem coisas que sinceramente não compreendo.
Acho as Rush espetaculares e um amigo meu comprou a Rush 2 2008 (com as cores Team Replica). A estreia foi neste FDS num passeio que fizemos desde Braga até Santiago de Compostela pelos "Caminhos de Santigo". Bem, a bike ao vivo é :shock:. Louca mesmo!
Agora o que eu não compreendo é que quando fui olhar com pormenor os componentes, reparei que os travões são os Shimano XT mas de 2004!!! WTF?!?
Eu pensei (não lhe disse), bem deve ter sido "enganado"...algo se passou. Mas passei agora no site da Cannondale, nos componentes diz realmente Shimano XT, por isso quem fôr ver pensa que são os novos! Mas quando se aumenta a imagem dá para raparar que realmente os travões são os de 2004! Nota-se pelos discos e pelo formato da manete.
Só agora vi que ele não foi enganado!
Mas não compreendo e custa-me a compreender como isso acontece numa bike nova de 2008 e que custa 4600 euros.
Rui a questão do ano dos componentes é de menor importancia quando o que se pretende é um funcionamento exemplar, e nisso os japoneses da Shimano têm muito a aprender com os Holandeses, sim holandeses, porque os Americanos pensam no modo specialized e não no modo Cannondale Europe.
Nos modelos Europeus a Cannondale tem por hábito aproveitar componentes de sobreprodução das grandes marcas que tenham níveis de qualidade suficientes para tornar as bicicletas muito boas (por vezes até melhores) com a redução de custo proveniente de estar a montar componentes que o marqueting já não consegue vender. Se procurares nas análises de componentes nos sites da especialidade verás que ao longo dos anos as evoluções dos travões XT foram tão tenues que alem da estética desde 2004 para cá as melhorias são insignificantes, mais diria que antes disso os travões XT (quando produzidos pela Grimeca) traziam uma mais valia entretanto abandonada, que era a tubagem com malha metálica.
Efectivamente onde estas bicicletas fazem a diferença, que é muita, é nas partes desenvolvidas pela própria marca, componentes são segundo a Cannondale meros acessórios, pena que o modelo que tanta gente cobiça este ano tenha falta de um componente original da casa: A sua magnifica Lefty, Ainda hoje fui andar com a velhinha com Fatty DD60 e mesmo passados 10 anos continua a ser uma grande máquina, só sinto falta da distancia entre eixos e da Lefty nas descidas especialmente onde a pedra impera, atrevo-me a dizer que numa Cannondale a vantagem no desenvolvimento põe cada modelo 4 a 5 anos á frente do seu tempo, por isso a bicicleta com que saí hoje só está ultrapassada 5 ou 6 anos o que é o tempo de vida esperada da maioria das bicicletas de outras marcas, a Rush com 1 ano ainda está afrente do nosso tempo, tal como está a nova Scalpel.
Felizmente que a Cannondale substituiu a Scalpel, a anterior juntamente com os CAAD 5 mountain foram as vergonhas da casa (excluo a vergonha maior que foram as coisas produzidas pela divisão de veiculos motorizados) se as CAAD 5 de BTT envergonharam a cas mas foram trocadas porque os quadros partiam, as Scalpel de 2004 a 2007 foram a vergonha porque tinham uma flexão de triangulo traseiro abusiva, isso no entanto não era considerado um defeito de fabrico portanto não foi objecto de troca, nas novas Scalpel a ponte de aluminio e a nov a concepção das escoras inferiores parece vir resolver o problema, espero que o modelo Scalpel volte a ganhar o prestigio e a qualidade que teve no seu ano de lançamento!