Foi pena o adiamento da prova da Lousã, mas em Janeiro, lá estarão mais fortes que nunca!
Relativamente a Canha, vou fazer um report mais pormenorizado que o habitual, mas por enquanto, sem fotos.
A perspectiva não era animadora, por tudo o que de negativo li da edição passada e especialmente pelas condições meteorológicas que se anunciavam para este domingo.
No entanto, tudo correu pelo melhor: A organização da prova esteve bastante bem a todos os níveis (pelo menos nos 40 kms, pois parece que nos 100 houve outra vez gente perdida) e o S.Pedro não mandou uma pinga de água em toda a manhã e a que caíu nos últimos dias, acamou a areia, tornando o percurso bastante rolante. Só o vento, com rajadas fortíssimas, teimava em reduzir a média.
Como aqui foi dito pelo Speças, não havendo problemas técnicos ia tentar finalmente o famoso "próvão", aproveitando que a minha disponibilidade só dava para os 40 kms. Ia arriscar começar a abrir, coisa que normalmente nunca faço.
À boa moda da Trupe, tudo começou com um belo estágio no sábado (aproveitando o primeiro jantar de Natal da época) que durou até às 2 da matina.
Às 8h30, estava em Canha e depois de tudo preparado, ataquei as excelentes miniaturas que serviram no pequeno-almoço. Só comi umas sete
. Como a partida era só às 9h30, até deu para fazer um aquecimento à boa maneira dos prós
, mas que me relegou para o meio do pelotão na linha de partida.
Acabei por fazer novamente uma prova de trás para a frente (como se dizia no atletismo) e apenas uma vez fui ultrapassado, já novamente dentro de Canha, a menos de 1 km da chegada. Sem qualquer percalço e parando apenas nos postos de controlo (só havia um abastecimento de sólidos), consegui uma média de 25 km/h. Quando falo sem percalços refiro-me a algo que me tivesse feito parar, pois ainda que em andamento, dei comigo a gotejar sangue abundantemente para cima do quadro, que assim foi baptizado de uma forma algo dolorosa… Tudo aconteceu quando já nos últimos 10 kms, rolava em ritmo vivo com um grupo de mais 4. Aquilo parecia que se estava a pedalar para definir os 4 primeiros lugares da maratona e sinceramente, gostei da sensação. Era a filinha pirilau, eram os olhares para trás a controlar os restantes, era um que ganhava terreno numa zona mais técnica, mas esperava pelo grupo para não se desgastar sozinho… enfim. A certa altura, na tentativa de fugir a uma enorme poça, levo com um “tanganho” acima do nariz, abrindo um “lanho” que por minutos pensei que não pararia de sangrar. Ainda por cima os outros “pintavam a manta”, dizendo que aquilo parecia feio. Felizmente estancou.
Foi estranho, encontrar tão pouca gente na zona de meta, não esperar para lavar a bicicleta e encontrar um balneário com chuveiros que ainda não tinham sido abertos!
No final registei 44 km, em 1h45m (a pedalar), com 24,95 de média.
Curtinho, mas intenso.