Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.
Finalmente parece que quebrei o enguiço.
Foi uma semana dificil: segunda um prato da pedaleira dobrado, terça dois raios partidos...não andei no resto da semana... Sábado o carro avariou e no Domingo com 10 km do TransMixões percorridos parti um linguete do cepo que não deixava a bicicleta andar em roda livre.
Resolvi, por isso, dar por terminado o meu Transmixões de que tanto estava a gostar.
Voltei para o carro pela estrada e, eis que o cepo decide funcionar de novo.
Toca de dar corda ás sapatilhas e esperem em Mixões amigos que eu já lá vou ter
Até Mixões haviam umas subidas bem duras intercaladas por uma descida em calçada romana fabulosa.
O ambiente da romaria de Mixões da Serra é impar. Só por isso vale a pena fazer este carismático desafio.
Os meus amigos esperavam por mim. Daniel, Rui Novo e Neiva obrigado.
Daniel adorei como sempre o teu relato, continua companheiro.
Se a primeira parte do percurso foi boa a segunda manteve a fasquia e apesar de ser predominantemente a descer manteve a dureza da parte inicial.
Passámos por locais e trilhos de rara beleza e que apelavam a bastante técnica e a algum bom senso.
Gostei muito do TransMixões, pelo percurso excelente, pela festa sem igual e pela camaradagem entre os participantes e não choveu
Agora algumas considerações, minhas, sobre o espirito do circuito NGPS.
Estes eventos são organizados por um punhado de amantes do btt que querem dar a conhecer os seus "quintais" aos amigos.
Não há e penso que nunca irá haver qualquer tipo de classificação. Não é esse o espirito.
Tentamos na medida das nossas possibilidades manter sobre olho os participantes providenciando para que caso alguem necessite lhe seja prestada ajuda. Há elementos que vão a fechar o percurso.
Nem sempre conseguem controlar todos, pois uns ficam num café a almoçar, outros desviam-se do percurso por qualquer motivo, outros ficam mais um tempo a ver a romaria...
Existem organizações de eventos que são de grupos mais numerosos e outras que são mais produções próprias que contam com menos elementos. No caso do TransMixões toda a responsabilidade cai nos ombros de uma pessoa que tem que tratar do percurso, das inscrições, dos dorsais, das autorizaçoes, dos banhos, do seguro e no próprio dia da entrega dos dorsais e do controlo do percurso e dos participantes....acreditem que não é facil e que é preciso muita coragem, muita dedicação e muito altruismo para organizar um evento destes.
Aos participantes, os amigos que atrás falei, pede-se que apreciem o percurso em segurança, que tenham cosnciência das suas capacidades, que se divirtam e que tenham espirito de entreajuda ajudando quem estiver em dificuldades.
Há estradões fáceis, há singles dificeis, há areia, há pedra, há lama, há chuva, há giestas... mas tudo isso faz parte do btt e quem anda nisto por gosto tem que saber adaptar-se ás condições que a natureza nos põe ao dispor nesse dia.
Obrigado Luis por me dares a conhecer trilhos fabulosos e a festa tão singular e continua pois o TransMixões é já um clássico.
P.S. Na Primavera costumo andar com uma tesoura de poda no Camelback, resolvo assim o problema da exuberância da Natureza querer tomar conta dos nossos trilhos. Pode ser uma ideia...