Bem, 400 kms depois creio que já posso fazer uma primeira análise à Carve.
Antes de mais devo referir que passei de um quadro roda 26 com geometria virada para um BTT recreativo para um quadro 29 com geometria XC. É óbvio que as melhorias são muitas e que não conseguirei apontar a verdadeira origem para algumas delas.
Nestes primeiros 400 kms fiz de tudo um pouco, desde 108 kms de estrada num ritmo descontraído, passando por uma maratona de 65 kms com um ritmo mais elevado, até às típicas voltas aqui pelos "quintais" de Sintra, Monsanto e Carregueira/Belas. Algo que me saltou claramente à vista foi o conforto. Sinto-me mt mais confortável em distâncias longas, em especial quando é necessário puxar um pouco mais já c algumas dezenas de kms no lombo. Tinha alguém receio que este quadro M (17,5) me ficasse algo grande em comparação com o M (17) da Rockhopper mas felizmente parece que foi feito à minha medida.
Outra melhoria clara que senti foi ao nível da agilidade. Apesar da roda ser maior, a verdade é q sinto que consigo serpentear pelos singles a uma velocidade superior à que estava habituado e curvar em velocidade com muito mais segurança. Ao contrário do que receava, o guiador 660mm que herdou da 26er não deixa a frente exageradamente nervosa e permite uma boa manobrabilidade em descida.
A rolar nem vale a pena dizer nada. É uma das grandes vantagens das 29er e, apesar de eu não ser grande apreciador de trajectos à base de estradões rolantes, o facto é q esta vantagem me permite chegar mais rápido aos trilhos, assim como regressar mais rápido a casa. Quando pedalo em Sintra a ida e volta representam sensivelmente 30 kms, enquanto que para Monsanto são cerca de 20 kms.
No que a subidas diz respeito, sejam elas mais longas e c pendentes mais moderadas ou aquelas pequenas paredes q assustam só de ver, a 29er n fica atrás da 26er. Tenho melhorado tempos numas subidas, noutras nem por isso, o que a meu ver depende mais do estado das pernas e do pulmão de que propriamente do tamanho da roda. Acredito que daqui a uns tempos possa dizer q a prestação em subida melhorou, em função duma maior habituação e adaptação à Carve.
Virando agulhas para a suspensão, a Reba Solo Air, apesar do pequeno barulho que referi anteriormente, imperceptível em andamento, foi aberta e não tem qlqr tipo de folga ou algo solto. Vou continuar a andar com ela e se daqui a uns tempos esse barulhinho se mantiver, poderei ponderar enviar para a garantia. O que é certo é q a Reba se comporta às mil maravilhas. Em termos gerais não difere muito da Epicon mas nas pequenas irregularidades, onde a Epicon podia ser melhor, mostra-se claramente superior. Agora até que ponto faz sentido comparar o comportamento de uma suspensão 26 e uma suspensão 29 isso não sei.
Relativamente às rodas, as B.O.R. XMD 333, são bastante leves, o que permite arranques e recuperações relativamente rápidas, e mostram tb ter uma boa rigidez, bastante perceptível em curvas mais rápidas.
Transmissão e travões são os mesmos que transitaram da 26er. A transmissão 2x10 com desviadores e shifters XT e pedaleira Deore com pratos Truvativ 38 dentes e SNV 25 dentes são sinónimo de qualidade e fiabilidade. O prato SNV no entanto já apresenta um grande desgaste pelo que nesta fase pondero a compra de uma pedaleira SLX 38/26 nova ou apenas a compra de um prato 26 para substituição do SNV. Provavelmente irei optar pela nova pedaleira SLX mas para já n é urgente.
Os travões SLX aliados aos discos SLX frontal e Avid G3 traseiro, ambos de 160mm, têm-se mostrado competentes a todos os níveis. Acabei por encomendar um disco Ashima de 180, que ainda não recebi, por ter algum receio do disco 160 não ser suficientemente eficiente à frente. Acho que talvez não fosse necessário mas já que comprei vou experimentar.
Em relação ao guiador, apesar do actual Pro Koryak 660 estar a cumprir, será para trocar, até por esteticamente preferir ver um guiador mais largo nas 29er. Tenho de tentar encontrar um que seja simpático quer em termos de peso como de preço... Será difícil mas talvez com paciência consiga algo.