Adoro a serra da Gardunha e por essa razão, quando reparei numa maratona intitulada “III Maratona BTTGardunha”, assumi que a mesma iria decorrer maioritariamente na amada serra, mas não foi bem assim.
O início, com DUAS partidas foi pouco prometedor e garantiu pó em abundância nos primeiros trilhos. Não conhecendo previamente a zona do Fundão, não imaginava que aí existissem trilhos tão rolantes como os que iriam constituir a maior parte da maratona.
Chegados à Gardunha, surgiram as zonas fisicamente mais exigentes, compensadas pela magnífica paisagem e pelos esplêndidos trilhos, sobretudo os que se seguiram imediatamente à separação da meia para a maratona.
Após a pedregosa descida, retomaram-se os estradões rolantes até ao Fundão (alguns algo monótonos).
De Gardunha soube a pouco…
Em termos organizativos, o balanço fica pelo razoável. Faltaram indicações para os participantes que chegavam ao Fundão e se dirigiam ao secretariado, mas as marcações da maratona foram geralmente boas (excepto no Fundão), embora duvide que algumas setas pintadas no chão continuassem visíveis para os últimos concorrentes.
Abastecimentos geralmente bons, e mesmo muito bom, no caso do primeiro. Mau no último da maratona: só havia garrafões de água ou isotónico (o que é uma boa prática) mas não havia copos suficientes, pelo que os participantes ou não bebiam, ou bebiam todos dos mesmos copos, sem que o pessoal presente nesse abastecimento avisasse da situação.
Almoço lentíssimo relativamente ao limitado número de participantes, e prato saboroso, mas espartano: febras, arroz, pão e bebidas. Nem sopa, salada, fruta ou sobremesa?!
Para concluir, em termos organizativos, a organização só fará bem em rever as falhas aqui apontadas (talvez pedindo alguns conselhos aos vizinhos de Paul). Quanto ao percurso será sempre uma opção entre os trilhos rolantes mais acessíveis e a bela, mas mais exigente Gardunha. Uma interrogação para 2011.