The Standard is Back
Este fim-de-semana a prova era mais perto de casa, por isso tudo correu com mais calma e suavidade que nas etapas anteriores. Aproveitando a boleia do Pedro Augusto, cheguei a Castro Daire cedo, com tempo para preparar tudo. A pequena vila fervilhava de actividade e só se viam carros com bicicletas para onde quer que olhássemos!
Desta vez, como tudo foi publicitado a tempo e horas, toda a gente sabia com o que contava (ou quase...)! Seria uma prova ao verdadeiro estilo Inatel, com muito UP e bastante DOWN (e que down, veio-se mais tarde a reparar)!
Na última etapa levantamos aqui o problema de entrada nas boxes! Pois nesta já estava resolvido. Atrás do cartão de controlo estava a indicação da box. À entrada da mesma, o controlador virava o cartão, confirmava a box e assinava a nossa entrada! Problema realatado = Problema resolvido! Muito Bem!
Depois dos dois flops (Vouzela e Cantanhede), onde a mecânia me tinha pregado partidas, o objectivo era só um... começar o processo de volta à box 2. Realmente o que eu queria era acabar sem problemas, e depois sim, lutar pela classificação!
Dada a partida, iniciei a persecução desse objectivo, com cerca de 120 marmanjos/as à minha frente!...
A saída em estrada destinava-se a estender o pelotão mas provou não ser suficientemente longa para tal... Ainda que existisse aquela rampa bem inclinada, a descida que a precedia estava demasiado próxima e toda a gente ia muito junta ainda. Mas nada de muito preocupante, apenas mais cuidado a descer e abrir para deixar passar os mais rápidos...
Depois... bem depois é que coisa piava fino! Se pela análise do gráfico se podia pensar que só depois do km 20 é que a coisa inclinava, no terreno não era bem assim! A picada era indescritível... Primeiro pelo meio da aldeia e depois monte acima, parecia que nunca mais acabava e cada vez a inclinação aumentava mais.
Depois seguiam-se alguns trilhos espetaculares em termos de beleza, dureza e perigo. Calçadas e ST de fazer frente a Vouzela (e todos nós sabemos que Vouzela é a raínha dos ST e dos Caminhos com Pedra)...Por fim depois do reforço, ali estavam elas, as grandes subidas, que matavam pela extensão (excepto a da Vitoreira, que matava pela terra solta, onde não hava pneu que colasse)...
A história da minha participação é um bocado a história de todas as maratonas que faço... Se é a subir contem comigo, se é a descer, vão andando que eu depois vos apanho... À saída estava para cima do 100º classificado, no controlo 1 já ia em 70º, no abastecimento em 69º (depois dos ST espetaculares mas perigosos), e acho que acabei no 55º, ou seja, à portinha do meu objectivo! (box2 = 50 primeiros na etapa, porque subir para a box2 à geral vai custar mais!)
Desta vez não houve problemas com o espaço para banhos... agora a água é que era um bocadinho fria, mas eu até gosto. E tinha pressão!
Quanto ao almoço, a mim correu bem, mas ouvi críticas que não foi assim para todos, e que a entrada para acompanhantes e organização tinha sido vedada, o que me parece a maior estupidez que eu já alguma vez ouvi! Disseram que esta atitude partiu de um representante da autarquia o que ainda me parece mais despropositado!
Atitudes destas levaram de certeza a que cerca de 400 pessoas mais as suas familias não fiquem lá muito bem impressionados com Castro Daire... Se os atletas vão a Castro Daire, são os seus acompanhantes que gastam dinheiro no comércio local das pequenas vilas, que se deslocam pelas estradas até às aldeias para os ver passar, que dão outra vida a estas provas e sítios por onde ela passa! De certeza que não é todos os dias que Vila Seca recebe tanta gente de fora para ver passar 400 tipos de bicicleta (ou será que sou eu que estou a ver as coisas mal!?) A minha ideia é que, cada vez mais, pequenas vilas como Castro Daire, deverão apostar em desportos alternativos que movem gente de todo o país e de todas as classes sociais (e Castro Daire tem tanto, mas tanto, tanto potêncial...) e deixar de pensar pequenino!!!! ... (Desculpem o desabafo!)
Não posso é deixar de aqui expressar a minha gratidão ao pessoal do DáGás Clube de Mangualde, que fez o favor de tratar do meu abastecimento em prova! Maravilha! Fiquei fã!
E para finalizar gostava de deixar mais uma nota à Organização (INATEL): o standard está de volta! Assim é que temos Up and Down!
Por tudo isto... Venha a próxima!!!!
Pedro Oliveira