Há muitas maneiras de celebrar o S.Martinho. Nada impede que o façamos a pedalar.
Ainda por cima com as condições meteorológicas que estranhamente persistem em manter-se. Bom para o BTT, mas complicado para o país…
Ainda com a memória de um célebre passeio no ano passado, em Sintra, nesta mesma data, e do belo bolinho de chocolate de então (Miguel, sentimos a tua falta :twisted…, este ano resolvemos fazer uma volta na margem sul, correspondendo à sugestão do Pedro F. – ir de Palmela a Alcácer do Sal com regresso por Tróia. Para variar.
É uma volta grande, com quase 130km, mas apenas com 700m de desnível acumulado.
Não se pense, porém, que foi fácil….
Para já, porque o “guia” nos tem habituado à sua grande capacidade de improviso :wink: (eu, por acaso, até gosto de andar perdido…), depois porque 128km sempre são 128km, e ainda porque o piso arenoso (muito solto devido à falta de chuva) existente em boa parte do percurso e as zonas com muita pedra solta, ou os “trilhos” improvisados junto a uma linha de caminho de ferro, numa espécie de singletrack marado , contribuíram para algum desgaste físico ao longo do dia.
Algumas zonas têm também, devido às circunstâncias descritas, alguma dificuldade técnica , pondo por vezes em causa a própria progressão em cima da bicicleta (especialmente para alguns tipos para quem o btt é mais “força bruta” -private joke :twisted: :lol. Aí está a razão para o nome atribuído a esta volta. Houve quem se divertisse imenso com essas dificuldades (eu, p.ex.) mas também houve quem não achasse piada nenhuma (escuso de mencionar, para quem conhece… 8)).
*partida em Palmela com algum fresquinho matinal*
É uma boa volta para quem queira fazer uns quilómetros e esteja disposto a enfrentar , com espírito aberto, algumas situações “fora do comum”.
Tem bastante alcatrão : um pouco mais de 50%, mas, para os que conheçam a zona de Palmela, há alternativas off-road na parte inicial. Nessas zonas asfaltadas aproveitámos – particularmente nas rectas entre Alcácer e Tróia, onde fora da estrada é quase impossível progredir – para “dar gás” trabalhando ao estilo de contra-relógio de equipas e ganhando assim algum tempo, pois agora já escurece cedo e queríamos “chegar a horas” a Palmela, já que ninguém levava luzes…
Serviu também para compensar a falta de subidas e repor a boa disposição no pessoal “da força”.
Se “não batem bem da bola” e estão a pensar em fazer este passeio, há que começar cedo, ou levar material iluminante, ou então deixar a coisa lá mais para a primavera.
*entrada na zona do Parque Natural do Estuário do Sado*
As paisagens são bastante agradáveis : saliento a lindíssima zona da Reserva Natural do Estuário do Sado, as quintas e o Centro de Interpretação do Zambujalinho, junto a uma ponte encerrada ao trânsito (mas dá para passar com a bicla), o fantástico montado de sobro antes de Alcácer (terra bem bonita, também), o famoso Cais Palafítico da Carrasqueira e, claro, a travessia do Sado em ferry (2,70€ cada ciclista mais a bina, grandes vígaros!!!!), ao pôr do sol, avistando a Serra da Arrábida, magnífica!
À chegada a Setúbal, ainda deu para umas sandes de choco frito e umas imperiais, antes da subida final para Palmela.
Ficam aqui algumas fotos (Pedro F. e Pedro M., como de costume); há mais no site habitual. Fica também o track GPS.
Pedro, arranja aí outra aventura destas, fáxavori! :wink:
Palmela à vista....