24 Abril (23:00h)
Mochila – ok
Bicicleta – ok
Transporte para Stª comba Dão – ok
Ansiedade – ok
Vontade de pedalar – ok
Dormir – Not ok
25 Abril (06:00h) Stª Comba Dão- Ribolhos (95km)
O GRANDE DIA
A alvorada foi pelas 06:00 com um pequeno-almoço que mais parecia almoço, seguindo-se então o embarque para Stª Comba Dão. O trajecto entre Palmela e Stª Comba foi feito numa viatura cedida ao nosso grupo de BTT pela MGP e conduzida pelo nosso driver Marco.
Chegados a Stª Comba Dão pelas 10h, começamos a nossa peregrinação começando por percorrer a fantástica Ecovia do Dão, que liga a Stª Comba Dão a Viseu.
Chegados a Farminhão por volta das 12:30h toca a procurar a primeira seta que nos indicasse o nosso destino Santiago de Compostela.
Primeira dúvida do dia; seguir pelo caminho de Santiago original ou seguir pela Ecovia até Viseu. Dúvida retirada opta-mos por seguir pela Ecovia, pelo que entramos no Caminho português do Interior na Sé de Viseu.
Posso vos dizer que aqui começou a dureza de todo o Caminho foi um Sobe e desce constante até ao nosso objetivo do dia, o Albergue de Ribolhos
Nos cerca de 45km que nos separava de Ribolhos, percorremos muitos estradões e alguns singles.
Ultrapassada a primeira adversidade do dia, lá retomamos o percurso, passando por diversas aldeias isoladas uma das quais nos despertou a curiosidade
Cabrum, uma ladeia Hippy onde a sua população vive principalmente do que a terra dá.
Por voltas 19h a fome apertava e para onde olhávamos estava tudo fechado ou não fosse o 25 de Abril até que chegados a Mões deparamos com um oásis, uma pequena mercearia aberta, onde as minis e as sandes de presunto começaram a voar. Foi aqui também que compramos os ingredientes para o jantar a ser confecionado no albergue.
A chegada ao albergue de Ribolhos foi por voltas 20:30h.
Info dia:
Ecopista do Dão sentido Stª Comba Dão- Viseu é sempre ligeiramente a subir o que provocou algum desgaste ao pessoal.
Elevado acumulado entre Viseu e Ribolhos.
Boas marcações do Caminho
26 Abril Ribolhos-vila Real (+/-80km)
Alvorada pelas 07:15h onde se tomou o pequeno-almoço no albergue e siga o Caminho.
A passagem pelo rio Paiva foi espetacular em beleza e aventura isto porque a aderência dos sapatos de BTT em pedra lisa é quase nula.
A primeira paragem foi para tomar uma dose de cafeina onde fomos bastante motivados por um nativo da região ao qual perguntamos o caminho a tomar para lamego pelo que nos disse “ soube um pouco depois é Sempre Sempre a descer até Lamego” e vai um de nós “ mas queremos ir pelos Caminhos de Santiago” pelo que o nativo nos diz em grosso modo “ OHH Pá Tão Fodidos” … a gargalhada foi geral
Chegados a Lamego a fome era geral … destino bombeiros Voluntários de Lamego onde a receção foi do melhor bem como o repasto.
A partir de Lamego e já no Douro Vinhateiro a chuva deu algumas tréguas e as paredes surgiram.
Na Régua a paragem foi obrigatória e a compra dos caramelos da Régua na Dª Maria.
Por volta das 20h surge a dúvida isto ainda a 25km do objetivo do dia, seguir pela nacional ou pelo Caminho até Vila Real. Dúvida desfeita e siga pelo Caminho, (foi por
isso que viemos).
Este dia teve direito a prova noturna e tudo pelo que chegamos a Vila Real por volta das 22:30h.
Chegados ao nosso destino o Regimento de Infantaria nº13 fomos super bem recebidos pelos camaradas de serviço.
Como a hora ia adiantada só ouve tempo para encomendar umas pizas, e dormir o tempo que nos restava para o próximo dia.
Info dia:
Más marcações em Santa Marta de Penaguião
Subida de Relvas para Vila real pelas 22:00h do pior que houve
Etapa mais dura de todo o Caminho
27 Abril Vila Real - Chaves (74km)
Alvorada pelas 06.00h e despedidas aos camaradas feitas e siga o caminho.
Em vila Real entramos na antiga via-férrea do Corgo até Vila Pouca de Aguiar pelo meio existem uns pequenos desvios que nos levam por um antigo caminho romano.
De notar que a paisagem muda completamente.
Não podia faltar o belo do doping …
O almoço foi num supermercado em Vila Pouca de Aguiar, onde o frango de churrasco não podia faltar.
De Vila Pouca a Vimioso o caminho leva-nos por estradões onde a lama era uma constante.
Ao entrar no conselho de Chaves a sinalização muda para melhor mas temos de ter atenção, pois existem algumas setas que indicam mal o Caminho. (Algum engraçadinho que andou a brincar com sinalização).
A chegada a Chaves foi feita pelas 18h, onde mais uma vez fomos bem recebidos pelos camaradas do Regimento de Infantaria Nº19.
Foi tomar banho e desta vez deu para ir dar uma volta lá fora...
Pormenor dos Sapatinhos da Malta (baptizados por sapatinho espalha *****)
28 Abril Chaves-Ourense (106km)
Alvorada pelas 06:00h, pequeno-almoço tomado e doping distribuído.
De Chaves a Verin foi um saltinho, e ai optamos pela variante de Laza.
Á saída de Verin encontra-mos o primeiro peregrino a pé, uma Australiana que já caminha á 39 dias iniciando a via da prata em Sevilha e dormindo onde calhava pois transportava tenda. (Ganda maluca).
A subida para Albergaria onde está o famoso rincon del peregrino das vieiras foi algo de muita dureza foi quase dos 50m (?) aos 800m em apenas +/-5km.
O almoço foi no famoso local das vieiras; chouriço, queijo, pão e cerveja.
Para sobremesa tivemos uma fantástica descida logo na saída de Albergaria.
O cansaço já se ia acumulando e começam a surgir os pequenos stresses entre a malta, nada que uma pequena pausa e 2 dedos de conversa não resolvesse.
O dia era para terminar no albergue de Cea, mas tivemos de ficar por Ourense e a boa hora o fizemos.
A janta foi improvisada no albergue, Massa e Piza não faltaram e claro uma reserva espanhola que nem para vinagre servia.
Info dia:
Boas marcações á exceção na saída de Verin
Rio Tâmega acompanha-nos em grande parte do percurso
Quem optar por ficar em no albergue de Ourense (bicicletas ficam na rua) pode deixar a bicicleta na garagem do café Acuapulco(?!) por 1€ ficando este a cerca de 5m do albergue.
Dia 29 Abril Ourense-Outeiro (Vedra) (96km)
A alvorada mais uma vez foi pelas 06:00h pequeno-almoço tomado e siga o Caminho.
Na saída de Ourense a primeira dificuldade, uma parede com cerca de 4km e 19% d inclinação.
Parede superada e os quilómetros iam-se acumulando.
Nesta etapa optamos pela variante de Oseira pelo que já sabíamos que era a mais difícil mas a mais bonita.
O imponente Mosteiro de Oseira surge no fundo do vale aproveitamos ai para repor energias num café perto do mosteiro.
Mais uma vez o Chouriço, Queijo, Pão e Cerveja não faltaram.
De Oseira até ao fim do dia foi um Martírio para as pernas prás nalgas pro psicológico, para tudo, sendo que a maioria do caminho é feito por uma estrada romana em muito mau estado e claro a subida á saída de Oseira é qualquer coisa.
Numa das descidas aconteceu o segundo e ultimo azar do grupo o balizas foi ao tapete.
A história:
“ Balizas inicia a descida e deparasse com regos feitos pela água da chuva no meio do estradão, olha meio segundo para trás para avisar a malta e diz:
-Pessoal cuidado aquiiiiiiiiiiiii … Brummmm pum ctrapummmmm….
Balizas cai com alguma violência no chão raspando com o capacete no chão.
Pessoal que seguia atrás para todo em auxílio ao Balizas.
- Balizas estas bem?
Balizas ainda abananado responde:
- Acho que não consigo mexer o braço (ao mesmo tempo efetua a rotação do braço que se queixava)
Apesar do aparato a risada foi total...
O dia era para terminar em Santiago de Compostela, mas as pernas as lesões e o psicológico da malta diziam que não opta-mos por ficar a cerca de 25km de Santiago.
Chegados a Silleda com a noite quase a cair e ainda com alguns quilómetros pela frente optamos por seguir pela nacional 525 até ao albergue de Outeiro onde chegamos por volta das 21h.
Mais uma vez a janta foi improvisada no albergue.
Info dia:
Mosteiro de Oseira a visitar
Grande dificuldade em progredir na estrada romana a seguir a Oseira
O Cansaço começou a apoderar-se da malta
Dia 30 Outeiro (Vedra) – Santiago de Compostela (25Km)
Como a etapa ia ser curta a alvorada foi pelas 07:00h.
Para esta curta etapa não há muito a contar pois queríamos era chegar a Santiago de Compostela.
A chegada á catedral foi pelas 10:00h com a habitual foto da praxe.
Após visita á Catedral foi rumar á oficina do peregrino para levantar a compostelana, comprar uns recuerdos e apanhar o comboio para Vigo onde nos esperava uma carrinha para Amarante.
A noite foi passada em casa da família do Fonkas em Amarante, onde o tratamento foi de Vip.
Info dia:
Chega a santiago é sempre algo mágico
A descoberta do santo gral do COPOD3 BTT Club.......:fpalm:
Dia 31
Foi dia de regressar ao quotidiano, o regresso a Lisboa foi feito de autocarro entre Amarante e Oriente.
Info Caminho:
479km percorridos
Beleza do Caminho compensa a dureza do mesmo