Por lapso ainda não coloquei o meu pequeno vídeo da meia maratona, nem as fotos acho que postei, mas aqui vai.
Não o consegui postar no tópico do rescaldo, parece estar fechado, assim as pessoas que lá responderam ficariam notificadas para o ver.
Paciência... fica neste e para as pessoas que estão a seguir este tópico.
Fica a abertura com as pantufas e a cara da Gaija para começar.
Fiquei com pena de saber só hoje que se realizou um evento "particular".
Carlos vais levar com o pau na roda quando te ver na Quinta em Belas.
Ainda há jersey´s dos Borliú para mim?
08 de Maio de 2010.
Sexta-feira, saída para a aventura e a meio da viagem durante a noite, chuva, muita chuva durante quase uma hora e eu a ver a coisa feia para o dia seguinte.
Chegado ao local, um passeio pela zona do evento a ver como a coisa estava montada e ver as listas, no dia seguinte teria que levantar o dorsal.
No dia de prova esta, começou logo mal aos primeiros metros.
A corrente estava a saltar a cada pedalada e ainda pensei que seria alguma mudança mal colocada e ao fim de duzentos metros ainda não tinha resolvido a questão, aliás, não ia dar mais, pois começamos logo a descer, só dava para voltar a ver isso dois quilómetros mais à frente. Até lá mais um problema ao descer para a calçada... travava muito mal atrás e à frente não ia experimentar ali naquela maralha toda e muito menos com o piso de pedra molhado.
Parti a cerca de 30 metros da frente e por causa dos travões fiquei na segunda partida, que foi feita antes da ponte, já no fim da calçada a cerca de 50 metros da frente. Iria agora experimentar novamente as mudanças e os travões após a 2ª partida, desta vez a sério.
As mudanças voltavam a saltar... ou seria a corrente? já não sabia ao certo o que era, só sabia que a cada pedalada que dava a corrente saltava, chegando até mesmo a saltar de carreto e ia perdendo velocidade com isto e o pessoal ia-me passando.
Fui assim dois quilometros e não conseguia acertar com uma mudança atrás ou à frente que evita-se aquilo e estava já completamente desmoralizado.
Ainda nem tinha começado algo que já estava à espera há dois meses e teria de telefonar para a minha maria me vir bucar.
Uns 300 metros antes de entrar no primeiro trilho, havia uma casa de campo, onde tinha uma porta aberta para o terreno, parei e entrei lá para dentro e encostei-a ao muro, pois na estrada não dava para parar por não haver berma. Ai dentro lembrei-me numa de ultima razão tentar tirar dois elos à corrente por pensar que estaria muito larga.
Com a pressa enfiei um elo onde não devia e aquela tanga teimou em não querer sair para emendar a coisa, mas depois de alguma insistência lá consegui e lá montei aquilo e ia a torcer para que resulta-se, para piorar estava todo encharcado, tinha começado a chover a potes. Tudo a correr pelo pior.
Saltei então para a estrada e qual não é o meu espanto que ao olhar para a esquerda e para a direita não vi ninguém... fechei os olhos e disse para comigo... bom, vais passear e tirar fotos.
Ao montar a coisa continuava, mas a minha raiva e frustração era maior que a teimosia da corrente e continuei com aquela porcaria toda aos estalos e dizia para comigo " se rebentar rebentou, mas hei-de ir até onde der, nem que a leve à mão."
Apanhei pouco depois de ter entrado no trilho os últimos, (cerca de cinco minutos depois de começar a andar) e começei a apanhar os primeiros empatas que param porque a terra tem pedras, tem um pau no caminho, uma silva a atravessar o chão... enfim, ora monta ora desmonta e leva à mão que o pessoal não anda.
Dali a pouco já tinha passado uns 20 e vejo o Fura-Bastos, que pelo que percebi ia ali porque este ano decidiu aliàr-se à organização, fui um bocado com ele e com aquele para arranca até à separação para os 100 Km,onde ele seguiu e eu fui para os meus 50 com aquilo tudo aos saltos.
A partir daqui consegui perceber que aquilo só funcionava na talega e a cassete na maior ou na mais pequena e que só saltava às vezes se a cassete estivesse com a corrente a meio.
Fui assim 80% do percurso. Subidas na talega e cassete pequena com a corrente toda torcida e a direito com a cassete na maior ou a meio a saltar por todo o lado. O pessoal por quem eu passava a rasgar até diziam asneiras de parvas que estavam ao ver aquele espectáculo. Deviam de pensar que o animal que estava a dar aquela saúde ao material não percebia nada daquilo ou estava maluco. Sim eu ia maluco, maluco para recuperar os lugares perdidos e para chegar ao fim, nem queria saber de mais nada.
Nas subidas partia-me um bocado com aquele peso todo, até que não sei se da lama ou da corrente ter finalmente cedido à minha luta resolveu dar o ar de sua graça e quase já não saltava na cassete a meio e acabei por constatar que a avózinha já funcionana, mas na cassete mais pequena, constatar que a avózinha entrava com a cassete maior, o que me salvou o dia, pois quando passei a ribeira de Idanha-a-Velha ela foi precisa muitas vezes e poupou-me o esforço nas pernas e joelhos.
A calçada ainda subi os primeiros 50 ou 100 metros, mas depois decidi levá-la à mão, até que mais ou menos a meio, junto a uma fonte do lado direito resolvi montar nela e subi aquilo até à meta. Foi puxadote, para o ano vamos ver se lá voltar, se a subo, mas depois de 100 km, só a sobem alguns e se voltar a fazer nessa altura metade, já não é mau.
No final fiquei em 250 com o tempo oficial de 03H28m e passei cerca de 140 bikes.
Tendo em conta o meu azar, até correu bem para quem se partiu todo a puxar aquela mula, ela não se ter partido ao meio com tanta pancada e no fim ter chegado à meta melhor do que tinha ido, foi uma sorte, até já travava e tudo, no fim ao chegar à meta, já me ria sózinho.
Já depois de passar a meta, comecei a pensar... e se ela não tivesse com problemas na trasmissão? e se na descida ela travasse bem? e se não tivesse perdido uns 10 ou 15 minutos a tirar os elos e se não tivesse parado para as fotos e filmado? e se não tivesse parado para ajudar um que não conseguia tirar os elos da corrente para colocar um elo rápido? (não,... este eu parava, temos de nos ajudar e quem não sabe fica a aprender...), se calhar talvez consegui-se melhor...
Abraços.
A Corina (Maniacos de Pedal) - Gaija
Crocks Specialized de encaixe duplo. Modelo de teste.
Secretariado com elemento Inglês. Internacionalização do evento.
A Ema toda contente, não só pelo evento, mas por estrear a sua Jersey.
O Filippus e o Fura Bastos.
A partida e eu a cerca de 30 metros da frente. Nada mau... em 20 minutos do nada chegou ali.
O Valério que papa tudo o que há e não há. È presidente do BikeZone55 em Torres Novas. Apesar de ser fofinho, anda que nem um animal.
As animações de rua.
Bom, tinha de ser... fotos durante a prova para me atrasar como sempre. È que não dá mesmo... tem que ser assim, não há hipótese é o meu doping.
Monsanto lá ao fundo.
Entrada em Idanha a Velha.
A ribeira da praxe em Idanha a Velha
O carro vassoura ali à espera para amontoar os atrasados. Assim de certeza que eles dão ao pedal.
O lago da barragem Marechal Carmona.
A barragem.
Chegada.
Lavagem das bikes nos bombeiros.
Zona do almoço.