Boas!
No domingo passado foi assim:
1h24m disto,subir 27km com 1000m de acumulado...
mais 20m disto,descer 9km e os mesmos 1000m...
...e mais 2h09m disto,6 voltas a um percurso de 3,8km com qualquer coisa como 200m de acumulado por volta,o que dá 1200m em 23km :shock:
E é desta última parte que tratamos aqui,já que este é o tópico da Kona Four Deluxe.
O Tribike 2012 foi para mim uma das mais antecipadas provas dos últimos anos,e que me fez recuperar aquela ansiedade típica dos primeiros anos de competição. Já não encontro muitas provas assim,depois de passarem 19 anos e quase 300 provas de btt pelas minhas pernas.
Fiz desde fins de Outubro uns 1400km,o que para mim é muito,andando de 3 em 3 dias,e chegando o dia,sentia-me preparado. Não para fazer um pódio,mas para não sofrer demasiado nos 60km e 2200m de acumulado deste grande teste.
Depois de uma subida "conservadora" e de uma descida sem grandes riscos para não comprometer,cheguei ao xc com a intenção de recuperar alguns lugares,acreditando que muitos dos que rodavam à minha frente pagariam o preço de ter "apertado" demais na subida. Assim foi,e no meu ritmo,a gerir as poucas forças que me restavam e sempre com bastante atenção à hidratação e alimentação,consegui subir alguns lugares e não quebrar,fazendo as 6 voltas com muitos poucos segundos de diferença entre cada uma.
Num percurso que se adivinhava (ou melhor recordava do ano anterior) tão duro e com partes enlameadas,escolhi para a roda de trás o Bontrager Mud-X e revelou-se uma excelente escolha,nunca faltando tracção,conseguindo inclusivé subir uma secção em que não vi mais ninguém subir,bastante enlameada e com pedra solta. Nas descidas mais inclinadas o controlo é também superior,as míticas raízes da Lousã não estiveram em grande força este ano
mas não havia neste percurso mais que uns 300m para respirar à vontade.
Já que se fala hoje tanto sobre as relações de transmissão,não tenho problemas em dizer que usei muitas vezes o 22-32 e ainda assim tive de apear numa das subidas,para não forçar as pernas e acelerar a chegada das câimbras...coisas de quem já levava mais de 3h e uma grande tareia na espinha! :s
É a transmissão ideal para mim,aliás como é todo o resto da bike,que funcionou como um relógio.Usei o Propedal do amortecedor na parte de subida (o percurso era basicamente uma subida de 2km e uma descida de 1,8km),e usei a suspensão com um pouco mais de pressão do que o habitual,uma diferença mínima de menos de 10psi mas que ajudou neste percurso a não "afocinhar" tanto nas travagens. Como as descidas deste percurso são bastante inclinadas,foi uma escolha acertada. Não pelo medo de saír por cima do guiador,mas para manter a estabilidade.
Ajustar pressões das suspensões ou mesmo apenas dos pneus são coisas pequenas que por vezes fazem grandes diferenças. Não há como experimentar.
Consegui acabar o Tribike em 3h53m,o que me valeu o 14º lugar na categoria a solo,em cerca de 50 inscritos,e em 6º nos Veteranos A. Sinto-me satisfeito,com vontade de o ano que vem chegar mais além...mas agora tenho de me livrar destas dores primeiro!
Próxima prova,regional XC de Santarém,em Erra (Coruche),dia 12 de Fevereiro.