Giant Anthem X1 2009

Nozes

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Grande estudo!

Penso que a tua conclusão está certa,o que a Giant tentou foi mesmo aproximar ao máximo a Anthem da XTC.
Ainda falta aqui um elemento importante e que influi tanto como estes ângulos,que é a distancia ao solo do pedaleiro. Em todo o caso,comparar ângulos estáticos é uma coisa,mas se pensares que numa FS terás de contar com o sag do amortecedor para o ângulo "real",não se pode comparar a 100% com uma rígida.

É na geometria que está o maior segredo da minha Kona Four: Ângulo de direcção de 68.8º (!),angulo do tubo de selim 73.3º,escoras 43.1cm,altura do BB 33cm. Bastante diferente do normal,mas resulta (para mim) a 100%.

Força aí no resto da análise,está a ser um gosto ler.

Boas pedaladas!
 

Joel O.

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Continuação

Na minha cabeça, sim faz. Sempre andei de rígida, e aquilo que esperava da minha nova bicicleta era com um quadro de suspensão total, que não me fugisse muito às medidas a que vinha habituado, gostava, e se adequava ao que fazia, com a mais valia do amortecedor a trás.
Dá para ver que a giant percebeu que houve mercado que não apreciou tanto a medida, e aproximou um pouco o modelo de 2011 aos concorrentes, mas não em demasia para o desvirtuar. Desta forma, temos uma bicicleta de suspensão total que permite a passagem harmoniosa de uma rígida da FS, e se comporta melhor que estas em qualquer terreno, pendente ou desafio. O tubo de direção é curtíssimo, e nem a utilização da capa em carbono que vem de série para as anilhas de direção prejudica a sua capacidade em subidas mais obscenas, e sempre é mais uma coisa que brilha aos olhos das miúdas.
Consigo compreender o argumento de que assim, nem se usufrui de uma bicicleta rígida agressiva de XC, leve e reativa, nem de um quadro FS de 100 mm que potencia um mundo de radicalidade num registo de 100mm, mas a verdade é que gosto da minha bicicleta assim, confortável, ágil, capaz de negociar as melhores inclinações do mundo, dizer olá a um drop com a naturalidade possível do rider que a comanda, ou percorrer os trilhos empedrados da nossa serra preferida, sem nunca perder a tração que os nossos pneus permitem.

PS

Nozes - Vou tentar dizer qualquer coisa de jeito na afinação das suspensões, e já tinha qualquer coisa alinhavada, mas agora vou mesmo aproveitar o primeiro dia de folga, e compensar o meu incrível bronze de ciclista.
 
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Joel O.

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Rodas

Neste momento conto ainda com as teimosas mavic crossride que considero ser o negócio mais válido e sincero do mercado neste registo. São basicamente tudo o que se precisa num par de rodas desta gama, um compromisso entre preço, qualidade, fiabilidade, aspeto competente e segurança. Em nenhum momento foram avançadas como a promessa de resultados incríveis, mas não é disso que se espera delas. Destoam do conjunto, e pesam bastante na balança, e embora sonhe há bom tempo com um outro par montado por mim, na falta de capacidade, vou rolando seguro com estas. Retirei os autocolantes do aros, porque já acusavam algumas pedradas, e o sol começou a tirar o brilho, já para não dizer que detestava a parolice do lettering.
Os raios são espalmados, e já conto com uma boa meia dúzia deles empenados, endireitados por mim há boa maneira do desenrasque, com uma pequena afinação de tenção. Uma ou outra situação tive mesmo a certeza que se utilizasse um par de rodas mais ligeiro, comprometia a saúde de alguns.

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O cepo é o calcanhar de aquiles deste conjunto. O sistema de apoio do cepo ao cubo, é uma pequena manga circular em plástico que apoia diretamente, e faz com que este se desgaste, o que é normal, mas que provoca um desgaste notório também no apoio do próprio cubo, em metal. Isto faz com que a espessura do apoio do cepo fique com um espessura maior na parte de fora, e qualquer kit de substituição não fique solidário como de origem. Este problema é de tal forma expressivo neste momento que se agarrar no carreto maior da cassete, e o abanar, percebemos alguma oscilação da cassete.
Numa ocasião, e quando já sabia da manha desta manga, a mesma partiu-se em andamento, o que é normal. Eu é que desgastei mesmo até à última. A solução que arranjei com o meu pai, também para compensar o custo excessivo do kit de substituição, foi a construção de uma nova num torneiro, num material um pouco mais mole. Perde-se em durabilidade, mas ganha-se em suavidade e erosão no próprio cubo. O problema da oscilação fica minorado, mas nunca solucionado, uma vez que o cepo, e a próprio manga tem de entrar por fora, e depois assentar na parte com desgaste.

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Nesta imagem, quando o problema não estava em fase avançada, percebemos que já há algum desgaste na superfície entre o sítio dos linguetes e o próprio cubo. De momento, o cepo já acusa a necessidade de ser novamente revisto, e de receber novo apoio.
Este é um problema que de resto assiste a outros modelos da mavic, contemporâneos deste modelo, e que a marca acabou por solucionar. Nunca me esforcei muito a pesquisar na net o que outros utilizadores fizeram para solucionar o problema, e em conversa com um amigo com problema igual numas sl, já pensamos em formas alternativas, mas ganha neste momento a solução mais simples.
Os rolamentos, são em medidas standard, e facilmente adquiríveis em qualquer casa da especialidade, a preços mais competitivos.

Ao nível das borrachas, fica para outro altura, já que são os meus componentes preferidos. :)
 
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Joel O.

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O selim

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Dito de forma simples: sabemos que o nosso é o melhor selim do mundo quando fazemos uma prova de 24 horas e o traseiro é o menor dos nossos problemas.

Escolhi este selim porque era na altura a opção de muitos riders americanos de longas distâncias, e do Brian Lopes que também o usava, o que por si só não diz muito, mas um homem tem sempre vontade de se aproximar dos seus Deuses. Acontece que os acabamentos deste selim são de muito boa qualidade, todo em pele de aparente robustez, símbolo bordado a branco, e reforço nas laterais para evitar chatices naquelas quedas parvas que todos damos, e quando encostamos na parede sem cuidado. O bastante para prometer uma opção válida para as nossas bicicletas nos próximos anos, sem termos de pensar muito nele.
A forma também é da minha preferência. Superfície quase plana, achatada na parte traseira do selim, só com uma pequena inclinação na ponta. As abas acompanham a tendência excepto no momento em que se confrontam com a perna, em que descaem de forma a acompanhar o movimento sem desconforto nem perdas de circulação. Mede cerca de 280mm de comprimento o que o torna um selim consideravelmente comprido, e 135mm de largura, estreito, mas sem comprometer.

O que faz deste selim a coisa confortável que é?
A superfície plana permite que um ciclista irrequieto em cima do selim como eu, consiga encontrar várias posições confortáveis, sem o problema da pequena protuberância central que acompanha a todo o comprimento. A ponta descaída faz com que este se torne um selim bastante confortável e capaz nas subidas mais inclinadas, e permite que me mantenha longos momentos sentado na ponta mais adiante do selim sem problemas. A descer, não compromete de todo, já que a sua largura permite uma excelente liberdade de movimentos, e a parte traseira do selim que é bastante arredondada nunca nos traz o problema de agarrar os calções, mesmo os largos que volta e meia uso nos passeios mais descontraídos.

Com dois anos de uso, o selim ainda se encontra quase imaculado, com excepção das letras que perderam, o que atesta as suspeitas iniciais de durabilidade. Se por algum azar, tivesse que comprar outro selim, não exitava de todo.

Encontrei algumas análises na net com desempenhos medíocres, pelo que acredito que este seja mais uma daquelas coisas em que ou se ama, ou se odeia profundamente. Tal como as melhores coisas da vida de resto.
 

essence_s

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Acabei agora de debulhar todo o topico e fiquei maravilhado!
Parabens pela paixão e algum conhecimento do que escreves, que conseguem prender bem a atenção aos leitores sedentos de informação!
Além disso, somos praticamente vizinhos e se calhar até conheço esse colega que teve o mesmo problema nas rodas SL, enfim este mundo é mesmo pequeno.
 

Joel O.

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Olá essence_s,

obrigado pelas palavras. Tento escrever alguma coisa de jeito, mas não sou a pessoa mais dedicada do mundo, nem com mais paciência. Um pecador.
Já me tinha dado a ideia de seres daqui da zona, mas mais que isso não sei. O amigo em questão foi o Martinho.
Eu faço a minha vida em Aveiro, mas vivo na Palhaça.

Deixo um pequeno registo da volta higiénica do dia, em Vale da Mó.

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Cumprimento
 

Nozes

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Se todas as análises fossem assim...sonhar não custa! :)
Mais uma vez parabéns e obrigado pela partilha.

Pude observar recentemente umas rodas Mavic Crossmax ST de um amigo que sofreram do mesmo problema que as tuas,o desgaste do cepo...também ele minorou o problema com novos blocos de nylon feitos num torneiro,mas penso que será um erro de construção para que um componente em que se pede durabilidade acuse desgaste não-remediável ao fim de algum tempo,e no caso das ST estamos a falar de rodas quase topo de gama.

Quanto ao selim,tenho 2 semelhantes,ambos com rails de cromoly.O que uso há mais tempo está na bike de DH,e foi escolhido por ter todas as características que referes: Ser estreito,longo,durável e relativamente confortável. É comum no downhill estragarem-se selins em quedas ou erros que causem caír com todo o peso do corpo sobre o selim,dobrando os rails,mas o Silverado tem aguentado tudo sem problemas até à data.
Na bike de All Mountain não tive dúvidas que o Silverado seria o selim de eleição,e tem resultado também muito bem,embora por alguma razão ultimamente ande desconfiado que o mesmo endureceu,por alguma razão.Não deixei a bike ao sol nem nada que explique este fenómeno,a não ser talvez o natural envelhecer da borracha que serve de amortecimento do selim.
Estou tentado a experimentar um PRO Turnix em breve,parece ser um concorrente à altura do Silverado.
 

Joel O.

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Espigão

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Já o havia escrito. Troquei recentemente o espigão que vinha de série com este quadro, o famoso Race Face Evolve XC.
A principal razão para a sua troca foi o facto da configuração de conforto para as minhas pernas estar perto de esgotar o limite máximo permitido por este, e o quadro não ser famoso pela sua resistência naquela zona.

Ainda assim, havia algumas coisas que não me agradavam naquele selim.
Sou um ciclista bastante irrequieto em cima do selim, e apesar de não ser muito pesado, convém que esteja preso da forma mais solidária possível ao espigão. O sistema de carris e afinação que a Race Face produziu é muito giro e prático na configuração da inclinação, mas padece de alguns defeitos crónicos. A primeira coisa que salta a vista, é a quantidade de pecinhas, mecanismos e encruzilhadas que existem naquela zona, precisamente a que está mais exposta à violência do nosso corpo, o que é sempre um grande candidato a produtor de barulhos parasitas, e folgas prematuras. Nunca aconteceu nenhum dos dois, mas tive sempre o cuidado de limpar muito bem esta área, e lubrificar os pontos de contacto mais críticos.

http://serenachdesign.com/object_vr_4.html

O segundo grande problema está bem perceptível nesta representação engraçada que encontrei na net.
Os rails do selim são abraçados, de lado, e não acomodados por um berço, como a grande maioria dos espigões, o que faz com que este sistema não seja muito rígido, e para conseguir segurar bem o selim, era obrigado a um aperto considerável. A piorar, a superfície de aperto dos rails parecia-me curta, cerca de 400 mm, o que sobrecarregava ainda mais o berço num espaço reduzido, potenciando os ruídos. Aqui tive mesmo de intervir, e coloquei uma tira de duct tape nos rails para os proteger, e acrescentei com isso mais uma coisa à lista dos usos possíveis da duct tape.

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Montei na bicicleta um mui básico espigão Turner, que nem sequer sabia existir. Parece-me ser um espigão de marca branca, que a Turner personalizou para montar nos seus quadros, e teve necessidade de os escoar. Uma pechincha para o que oferece, e uma cópia muito próxima de um Thomson, até no peso, que resolveu todos os problemas do Race Face: comprimento, sistema de aperto, berço, e largura do berço. Não é pála deste espigão que vou entrar na discoteca da moda, mas pelo menos vou dormir descansado ao lado da miúda mais gira lá de dentro. :)
 

Joel O.

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Nozes.
O meu também tem os rails em cromoly. Sou capaz de concordar contigo, e o meu esteve exposto.
Também me parece que tenha endurecido um pouco, mas como o uso frequentemente acabo por não me aperceber da diferença. Por outro lado, ele está tão feito a mim, que lhe perdoo facilmente.

Não consigo precisar a ordem cronológica, mas têm surgido um série de selins muito próximos a este. O Pro se seguir a linha do resto dos componentes, pode ser mesmo uma boa aposta. Gostava de experimentar o Specialized Henge ou o Fizik, mas o preço...
 

essence_s

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Pois, confirma-se, temos o mesmo amigo em comum, e infelizmente já tenho outro colega com o mesmo problema no cepo de umas SLR de 2008!
Esses espigões race face nunca fui muito á bola com eles precisamente pelas razões que inumeraste, já esses Turner têm muito bom aspecto, cores bonitas, bom peso e custo reduzido!
 

Joel O.

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essence_s.
O custo não é reduzido, é ridículo. :)

Visita de médico porque também tenho vontade de me indignar.

Troquei há pouco mais de um mês quase toda a transmissão, e coloquei uns rolamentos de pedaleiro da prototype que o meu pai havia comprado há uns tempos para uma urgência. Não sou muito fã deste tipo de marcas que surgem do nada, e apresentam um catálogo monstruoso com todo o tipo de peças. Ainda para mais num sítio crítico como é o caso, mas não fazia de todo sentido estar a deixar de parte um par de rolamentos na gaveta e montei-os. Esta coisa:

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Acontece que com cerca de 600 km feitos, os rolamentos já estão feitos em papa, e protagonizam uma filarmónica competente ao ritmo da minha cadência. Uma espécie de potenciómetro de pedalada, já que quando o faço e não há barulho, é porque não estou a aplicar força nenhuma.
As subidas que exigem da minha pessoa um levantamento de rabo, é o climax wagneriano do ciclismo tal é o débito de ruído que dali sai.

Fora de brincadeira, estou realmente lixado com esta marca, e pior que isso, com a loja que vendeu isto. Não é difícil encontrar morais de lamentação protagonizados por alguns lojistas sob a ameaça do comércio online, mas a verdade é que uma das vantagens que devem ser exploradas no comércio do ciclismo nem sequer é assegurado: a simples confiança de uma compra. Não faz qualquer tipo de sentido na minha cabeça um lojista vender uma peça que saiba dar barraca prematuramente. Enfim.
Claro que este não é um exercício de generalização, até porque tenho bons amigos que trabalham na área, e sempre que tiver oportunidade, vou ser casmurro e dar a oportunidade ao comércio tradicional. Fica o desabafo.


Os pedais

dsc03081wz.jpg


Os pedais que uso são os shimano pd m505, a articulação de metal com mais mau feitio que conheço, que pesa quase tanto como a referência.
Comprei este par de pedais há mais de cinco anos, como um conjunto provisório, em que assim que se estragassem, colocaria o par que me agradasse. No entanto, não há maneira deles cederem, e até à data, não apresentam sinais disso, o que me deixa a crer que a troca não esteja para breve.
São um autêntico cronho no conjunto, e não são especialmente bons em nada, a não ser no preço e durabilidade, o que faz deles uma compra de excelência para os utilizadores menos exigentes.

A imagem regista uma passagem cómica protagonizada pelos pedais.
Setembro de 2010, meio da tarde, e eu estava feito um cadáver que participava na DBR, até que passo um PA. Atiro-me para o chão, e um mecânico agarra-me na bicicleta, mordomia a que não estou habituado:
-"Uma sid das antigas, isto é só fazer revisão e está a andar" diz o mecânico num momento em que eu devia ser o último ciclista que lhe ia passar no stand;
-" " não disse nada. Estava fatigado
-"Tchi, uns pedais destes. Isto é indestrutível!"
-"Espero bem que não" retorqui.

Dois anos depois, a profecia mantém-se.
 

Joel O.

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Olá

Este é o aspeto atual da máquina

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Estou prestes a reformar o pneu que me acompanhou nos últimos meses: o Specialized Fast Track 26x2.00 (51-559)

O pneu pesa cerca de 580 gr se não estou em erro, e mede exatamente 50mm de largura e 47mm de altura. Usei-o sempre atrás, e rolou com 35 psi.

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Para um pneu 2.00 faz um balão generoso, o que me agrada. Menos que isto, e dificilmente rola na minha bicicleta. Montei na minha bicicleta quando já tinha algum uso, e um pequeno corte lateral que foi reparado. Apesar de ser em kevlar, é escusado pensar que vamos conseguir montá-lo como tubless.
O cardado central do pneu é baixo, e agora que gasto, é ainda mais. Consegue assim ser um pneu rolador, o que aliado ao perfil moderado/alto não compromete em terrenos mais sinuosos já que absorve bastante.
A tração a subir não é um espanto, mas como rola com pressões moderadas, ele deforma um pouco, e assenta com mais cardado no chão. Ora, subida menos inclinadas, em que até temos a tendência de nos por em pé, é melhor pensá-lo antes, porque é capaz de fugir, em saibre sobretudo. Mas quando alinhamos em percentagens maiores, não temos grandes problemas: o pneu deforma-se bastante, e até garante boa tração. Como é alto, podemos atirar-nos a degraus com alguma violência que não há risco de trilhar.
A descer, basicamente, é fixe. Gosto de um pneu escorregadio atrás, e não preciso de carregar muito no travão para ele me atravessar. Mais uma vez, não há grande perigo de me trilhar, mesmo com câmara. Em curva também não compromete, e se sim, mais uma vez é fixe porque apimenta a descida.

A rigidez lateral do pneu não surpreende. Como não é tubless, se usar pressões próximas de 30psi, sinto o pneu a fletir quando por exemplo em saída de curva carrego com mais força no pedal, sinto a traseira a dar-se. Para isso tenho de acrescentar mais uns bofes com a bomba de ar para compensar, mas o problema está sempre lá. Ainda assim, perdoa-se facilmente.
A resistência aos furos não espanta: em cerca de seis meses, não me livrei de usar três remendos.
Usar o pneu à frente é parvoíce. Estou um pouco preguiçoso, por isso deixo aqui um gráfico de resumo. Coloquei as rubricas que entendi serem de maior interesse.

specializedfasttrak.jpg


Este já pode descansar em paz, porque já rolou mais que a sua conta. Um homem gosta de coisas fixes.
 
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essence_s

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Esse movimento era caso para uma garantia, pois isso n é kilometragem aceitavel para qq movimento novo!
Se gostas de pneus com cardado baixo e bom balao experimenta o kenda smb8, n esperes é milagres com tempo de chuva...
 

Joel O.

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Quanto ao movimento, parece que vai ter um desfecho feliz. Não me quero adiantar muito para já.
Já experimentei o small block 8, e gostei bastante. Mais, gosto imenso da kenda, e fartei-me de fazer quilómetros com dois karmas. Daqueles que foram descontinuados.
O pneu de trás já foi substituído, por um maxxis crossmark tubless. À frente ainda alinho numa conversão com pneus não tubless, porque há menos probabilidade de rasgar, mas atrás nem por isso. No entanto já boas centenas de km's nessas condições, com um pneu bastante improvável.
 

Joel O.

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Olá

Reformei de uma assentada dois pneus, e mais umas coisinhas vão no mesmo caminho.

Desta feita, é o fiel Schwalbe Racing Ralph que vai seguir boa viagem para o caixote do lixo, consciente e tranquilo de que entregou ao seu dono mais do que as horas de prazer que lhe eram devidas.
Sem cuidar muita atenção ao que li, como de resto é meu apanágio, fiz deste pneu aquilo que não se espera de um outro de camião, e quase sempre dele recebi aquilo que esperava: um bocado redondo de borracha bem pensado e melhor construído para tirar da nossa bicicleta e pernas o melhor que conseguirmos dar.

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Antes de o tirar, esqueci-me de tirar fotos bonitas das medidas reais deste pneu, mas fiando no que encontrei em cinco segundos no google, ao nível da formusura lateral temos pneu para 54,66mm. Da altura, não consegui não encontrar a medida, mas era um pouco mais alto que o anterior SPZ. O peso também não fugia muito, cerca de 580gr, mas já encontrei registos muito amplos, a tocar os 640gr, e mesmo 540gr. A virtude claro está, é comigo, e o meu pneu ficou a meio da bitola.
Usei este pneu atrás e à frente, tempo suficiente para tirar ilações suficientes, e mais algumas. Se porventura, o leitor achar que eu não disse muito sobre este pneu no fim deste texto, cuide o próprio concluir que eu sou um preguiçoso e guardei para mim tamanhas reservas de sapiência.

É conhecida a fragilidade das laterais deste pneu, especialmente quando encaixado no aro sem câmara, pelo que foi exatamente isso que fiz desde início na minha roda de trás. O maior por lá se aguentou sem alguma vez se queixar, muitos meses, e algumas centenas de km's, comendo pelo meio umas etapas do transportugal, muita serra, muito alcatrão, e muito passadiço de praia. Toda a gente sabe que o último é especialmente perigoso em período estival.
É muito facilmente o melhor pneu que já utilizei atrás, e como é óbvio, não vou garantir que é um pneu para usar sem reservas atrás nesta versão, mas se a versão tubless ready for um pouco mais competente na resistência das paredes, temos aqui o derradeiro recurso traseiro para tudo aquilo que se quer. Tração à bruta a subir, altura suficiente para lidar com os degraus mais afiados, tacos para curvar em grande estilo, e borracha capaz de aguentar alguns milhares de quilómetros.

A incursão na traseira da minha bicicleta, acabou numa fatídica descida da serra da estrela, em que o herói que aqui escreve, descia desalmadamente num estradão repleto de pedra solta, até sentir o desfecho óbvio. Um corte monstruoso na parede lateral obrigou-me a usar uma câmara até ao final, e tive oportunidade de fazer uma experiência engraçada. Remendei com um amigo profissional da área a lateral deste pneu, com uma borracha e cola próprias, e experimentei-o outra vez como tubless, mas desta feita à frente. Ainda consegui aguentá-lo nestas condições cerca de dois meses, até que um milimétrico rasgão comprometeu novamente a sua segurança, e lá recorri a uma câmara para o aguentar no sítio. Esta configuração durou mais um milharzito de quilómetros. A sua performance, era um pouco aquilo que esperava. A altura do pneu permitiu lidar com toda a pancada que lhe mandei sem nunca trilhar, e o rasto algo plano deixou-me atingir registos de velocidade em plano a que não estava habituado desde o kenda karma, até superiores diga-se. A curvar, até se aguenta bem, mas se o terreno for mais sinuoso, ou apertar com mais força o travão, sinto-o a deslizar um pouco. Mas eu abuso um bocado. Não há milagres, sobretudo quando este substitui o supra-sumo Nobby Nic 2.25, o melhor pneu do universo. No entanto, se as minhas intenções fossem a competição de maratona, XC ou resistência, muito provavelmente era este pneu nesta medida que usaria, já que nunca me senti comprometido, bem pelo contrário.
De resto, é um pneu traseiro popular, e a medida 2.25 da schwalbe é a medida ideal para aquilo que faço da minha bicicleta. A schwalbe conseguiu aqui criar um registo de competência, e um benchmark, pelo que todos os pneus que utilizar serão analisados sob esta bitola, bem alta. Não é por acaso, que muito boa marca, alemã sobretudo, equipa as suas bicicletas com pneus desta medida nos seus modelos de xc.
 

Joel O.

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Para dar mais um pouco de encanto a este tópico, deixo uma fotografia tirada na última incursão à serra da Freita. Sítio de onde de resto, nunca saí com menos que uma combinação bizarra entre empeno monstruoso e sorriso parvo.

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Está para muito breve, a montagem de uma peça que há muito desejo, pelo que se espera novos incrementos de beleza linda.

Por último, descontando o hype, justo acredito, que existe em volta dos punhos esi, que mais soluções incríveis nos propõe o mercado neste importante componente? Já experimentei estes punhos, e tudo o que se dizem deles é verdade, mas investir 20e nuns punhos que dificilmente me durem mais de meio ano, é no mínimo chato.
 

Nozes

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E pensava eu que era um entusiasta dos pneus! :)

Acho que ainda poucas pessoas deram conta que uma troca de pneus pode mudar toda a experiência e a relação com a bike. Se tudo correr como previsto,são eles a nossa ligação ao solo,e têem de responder a todo o tipo de exigências: Rendimento,aderência,resistência,é pedir muito a 1kg e tal de borracha.
Já experimentei alguns pneus Schwalbe,e acho que o que se destaca acima de tudo é a qualidade da borracha,com uma boa relação entre aderência,desgaste e peso (nas minhas mãos).

Quanto aos punhos,só os tenho na bike que uso menos,daí não observar desgaste apreciável até à data,mas em termos de conforto recomendo vivamente. Quem não gosta mesmo deles são as silvas,mas a não ser que tenhas previsto alguma travessia da Amazónia (e se é que há lá silvas),não são uns riscos que os vão estragar.
Acredito que quem aponta desgaste acelerado nestes punhos use luvas lavadas à máquina,que deixam facilmente a pele (das luvas) seca e áspera...é uma conjectura minha.

Continuação de boa dissertação,é um prazer acompanhar! ;)
 

Ming@s

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Boa mini review que fizes-te ao racing Ralph, eu adorei usar o meu a trás tambem, mas acho que vou testar o small block.

Já usas.te??

Boas fotos.

Cumps.
 

Joel O.

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Olá a todos
obrigado pelos comentários. :) É sempre um prazer ver o tópico tão bem frequentado.

Concordo totalmente com a opinião sobre os pneus, e por isso presto sempre especial atenção.
Entretanto vou escrever qualquer coisa sobre outro velho companheiro que assumiu recentemente as despesas da roda da frente com uma dignidade assinalável.

Já usei durante alguns km's o small block, numa tirada longa, sem grande acidentes de percurso.
Gostei muito mesmo do pneu, e aprecio sobretudo a sinceridade da marca no lançamento deste modelo em específico. Foi pensado para ser um pneu rápido para piso seco, e não quer ser mais que isso. A verdade é que o consegue, sobretudo na traseira, onde percebi sempre até onde conseguia ir com ele, e as suas limitações.
Não sei qual o tipo de utilização que lhe pretendes dar, e o que fazes da bicicleta, mas se perguntares noutro tópico qualquer vão te certamente desaconselhar a compra do mesmo, já que os dias foleiros aproximam-se (chuva). Têm razão, mas a verdade é que quantos de nós são exigentes com a bicicleta ao ponto de se sentirem limitados por um pneu que não é apropriado para essa estação? A resposta é: muitos, eu incluído, mas tendo em conta o bom negócio que é o pneu em casa, faz na minha cabeça sentido a sua compra.
Resumindo, se o interesse é colocar atrás um bom pneu a bom preço, e não te sentes condicionado ao ponto de exigir um pneu dedicado à estação, a resposta é go for it. O user Marreiros, bastante experimentado e popular nestas lides, creio que usou um o ano passado até muito tarde, e não foi por causa disso que não andou de mota como de costume.

Entretanto fiz o upgrade da semana, do mês, do ano e do universo. Um upgrade que põe em causa uma afirmação que reforcei no início deste mesmo texto. Vou só deixar este lamiré, que será garantidamente suficiente para os mais entendidos: VR-3 Test.
Por último, perdi a cabeça e enveredei pelo caminho dos componentes de orientação duvidosa.
Mais informações e umas fotos brevemente.

Cumprimentos
 
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