Já estava alinhavado o percurso, o empurrão final foi dado pelas previsões do AEMet - Agencia Estatal de Meteorología (Espanha), para o dia 9 de Janeiro.
De Famalicão a partida foi dada pelas 7h30, e com uns frescos -1 ºC, o que exigiu cautela na condução automóvel.
O café à entrada do Lindoso foi escolhido para reunir as tropas, e partir daí em coluna, até à aldeia de Galez (Entrimo), local para inicio do percurso.
A baixa temperatura desafiava o engenho para fazer frente ao frio, no entanto como a parte inicial, é quase toda ela a subir, à partida estava garantido algum aquecimento.
Saímos de “Feira Vella” por alcatrão, e logo alguns metros à frente já subíamos em terra batida em direcção à capela de S. Bieito (S. Bento – português), local onde um secular carvalhal faz companhia à pequena capela, onde uma pequena fonte sacia os viajantes, e já utilizada por nós em vários passeios.
À medida que o pelotão ia subindo iam sendo avistados vários locais já percorridos em outros passeios. “Vejam ali em frente estão os Cornos da Fonte Fria, mais à direita a Portela do Homem, ainda mais à direita, primeiro o emissor de Santa Eufémia (RTVE), e no outro monte o emissor do Muro (Serra Amarela)”.
Era hora de fazer uma pausa, foi escolhida uma encosta protegida do vento, pelo relevo, e um muro de giestas, era hora de retemperar forças, e para surpresa de alguns participantes, que viram o acampamento a ser montado, saindo café quente, e doces, finalizando com vinho do porto, para quem quis.
Continuando a subir, avistava-se agora a Barragem das Conchas (Rio Lima), e apareciam, aqui, e ali, algumas pitadas brancas de neve e gelo. À medida que a cota de altitude subia, descia a temperatura e aumentava o gelo, até que chegamos à cota de 1200m, junto à linha de fronteira, onde uma pequena construção em ruínas, junto ao marco fronteiriço nº34, talvez antigo posto da “guarda civil espanhola” testemunho de histórias de outros tempos, relacionados com contrabando e passagens a salto.
A partir daqui foi rolar, tentando contornar as armadilhas naturais provocadas pela neve e gelo, originando pequenas represas, e tapando os sulcos do terreno, de vez em quando originando os “otb”, e onde o objectivo principal era manter os pés enxutos.
Chegados a Castro Laboreiro, os raios de sol invernal, já aqueciam pouco, e as trevas já ameaçavam, com bom senso foi decidido não demorar muito, deixando a segunda parte do percurso para dias maiores, e descendo rapidamente por alcatrão, para regressar aos carros em Entrimo.
Aqui chegados rumamos para desfrutar dos prazeres das águas quentes, para relaxar e aquecer os corpos enregelados pela montanha. Não nos livramos foi dos efeitos secundários do "choque térmico", causado pela água quente afectou a nossa visão, e todos julgaram ver contornos e curvas femininas, no meio do nevoeiro, ou será que foi mesmo verdade?
O Alves Júnior terminou 5 estrelas, demonstrou já ter pedal suficiente para acompanhar a velhada do alto dos seus 13 anos, e ter muito mais juízo que o pai.
O dia acabou à mesa, as espetadinhas de lula, e os cogumelos, regados com aquelas "canhas" estavam divinais.
Ainda bem que não levamos mais gente, este tipo de passeios não comportam muitas pessoas, e são dos que eu mais gosto. Sem dúvida um dos passeios mais "extreme" que fizemos, acho que nunca tinha pedalado com temperatura tão baixa, pois a água dos cantis ficou sólida.
Um bom grupo, e um dia bem passado.
JMoniz
De Famalicão a partida foi dada pelas 7h30, e com uns frescos -1 ºC, o que exigiu cautela na condução automóvel.
O café à entrada do Lindoso foi escolhido para reunir as tropas, e partir daí em coluna, até à aldeia de Galez (Entrimo), local para inicio do percurso.
A baixa temperatura desafiava o engenho para fazer frente ao frio, no entanto como a parte inicial, é quase toda ela a subir, à partida estava garantido algum aquecimento.
Saímos de “Feira Vella” por alcatrão, e logo alguns metros à frente já subíamos em terra batida em direcção à capela de S. Bieito (S. Bento – português), local onde um secular carvalhal faz companhia à pequena capela, onde uma pequena fonte sacia os viajantes, e já utilizada por nós em vários passeios.
À medida que o pelotão ia subindo iam sendo avistados vários locais já percorridos em outros passeios. “Vejam ali em frente estão os Cornos da Fonte Fria, mais à direita a Portela do Homem, ainda mais à direita, primeiro o emissor de Santa Eufémia (RTVE), e no outro monte o emissor do Muro (Serra Amarela)”.
Era hora de fazer uma pausa, foi escolhida uma encosta protegida do vento, pelo relevo, e um muro de giestas, era hora de retemperar forças, e para surpresa de alguns participantes, que viram o acampamento a ser montado, saindo café quente, e doces, finalizando com vinho do porto, para quem quis.
Continuando a subir, avistava-se agora a Barragem das Conchas (Rio Lima), e apareciam, aqui, e ali, algumas pitadas brancas de neve e gelo. À medida que a cota de altitude subia, descia a temperatura e aumentava o gelo, até que chegamos à cota de 1200m, junto à linha de fronteira, onde uma pequena construção em ruínas, junto ao marco fronteiriço nº34, talvez antigo posto da “guarda civil espanhola” testemunho de histórias de outros tempos, relacionados com contrabando e passagens a salto.
A partir daqui foi rolar, tentando contornar as armadilhas naturais provocadas pela neve e gelo, originando pequenas represas, e tapando os sulcos do terreno, de vez em quando originando os “otb”, e onde o objectivo principal era manter os pés enxutos.
Chegados a Castro Laboreiro, os raios de sol invernal, já aqueciam pouco, e as trevas já ameaçavam, com bom senso foi decidido não demorar muito, deixando a segunda parte do percurso para dias maiores, e descendo rapidamente por alcatrão, para regressar aos carros em Entrimo.
Aqui chegados rumamos para desfrutar dos prazeres das águas quentes, para relaxar e aquecer os corpos enregelados pela montanha. Não nos livramos foi dos efeitos secundários do "choque térmico", causado pela água quente afectou a nossa visão, e todos julgaram ver contornos e curvas femininas, no meio do nevoeiro, ou será que foi mesmo verdade?
O Alves Júnior terminou 5 estrelas, demonstrou já ter pedal suficiente para acompanhar a velhada do alto dos seus 13 anos, e ter muito mais juízo que o pai.
O dia acabou à mesa, as espetadinhas de lula, e os cogumelos, regados com aquelas "canhas" estavam divinais.
Ainda bem que não levamos mais gente, este tipo de passeios não comportam muitas pessoas, e são dos que eu mais gosto. Sem dúvida um dos passeios mais "extreme" que fizemos, acho que nunca tinha pedalado com temperatura tão baixa, pois a água dos cantis ficou sólida.
Um bom grupo, e um dia bem passado.
JMoniz
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