AFP70
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No Gerês, quando sobe, sobe e quando desce, desce…
Quem vier pedalar para o Gerês e pensar o contrário, está perfeitamente equivocado, e o melhor que tem a fazer é regressar à Terra Madre evitando desta forma muitos dissabores.
Tal como prometido nas anteriores crónicas, desloquei-me ao Gerês (moro mesmo ao lado, ehehehe…) com vista a participar na 2ª Maratona, neste caso ½ maratona +/- 40 kms.
Ainda antes do regresso a Portugal já tinha combinado com dois queridos amigos, um que conheço há mais de 40 anos (Pereira de nome) e outro (JAndrade ou se preferirem Salgado52), que conheci desde que me deslocalizei por intermédio das Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas.
Confesso que troquei várias PMs no Fórum BTT com o JAndrade e tinha um certo feeling quando à pessoa, eheheh… Acreditem que a encomenda saiu melhor do que o desejado, pois este revelou-se um autêntico Gentleman do BTT, sempre bem-disposto, com aquele olhar de quem sabe muito bem o que quer, sempre pronto a ajudar, sempre a indicar o caminho, qual timoneiro e sobretudo com uma humildade que muito aprecio.
Quanto ao Pereira e porque a nossa relação já é de longa data, por mais que rebusque, nunca encontrarei epítetos à altura. Homens como ele já não se fabricam, são os últimos de uma geração cujos valores foram forjados à custa de experiências de vida.
Como já devem ter depreendido quando inicio uma volta, o fator tempo é algo a que não ligo a mínima, isto é, tiro o dia para realizar o percurso, sem stress, sem tempo, sem pressão de classificação, etc…, aproveitando todos os momentos para saborear a plenitude dos locais por onde vou passando.
Sorte a minha pois os meus dois companheiros, acreditam e defendem o mesmo credo.
Andar no Gerês não é novidade para os Bravos do Pelotão, aliás, temos na nossa página cerca de 11 voltas catalogadas (tracks, fotos e altimetrias online), das quais destacava as voltas nº07, 14 e 46, uma vez que passam em algumas zonas desta 2ª Maratona do Gerês.
Sendo um dos meus terrenos de eleição sempre que rolo em Portugal, sabia de antemão o que me aguardava, pelo que acumulados de +/- 1.800 mts em 40 kms não me faziam “mossa”; aliás e só para aguçar o apetite, posso-vos adiantar que uma das próximas crónicas a postar, relatará uma aventura em que em apenas 22 kms realizei perto de 1.900 mts de acumulado de subida (como sempre, vale o que vale).
Claro que como trepador tenho uma apetência maior pela subida (adoro a sensação de sofrimento), mas como digo, isso sou eu…
Quando analisei o “roadbook” e vi o sentido de deslocação das 2 provas, percebi logo que a subida desde a ponte do Rio Caldo até à estrada que dá acesso ao caminho (+/- 6 kms) que nos conduziria à Pedra Bela iria ser mortal, uma vez que nas voltas que efetuo nessa zona (volta 14 e 46), costumo efetuar esse trilho a descer, mas é como em tudo na vida, “estamos sempre a aprender” e sendo um ávido de saber, deixei-me conduzir “with no more worries”.
Ao longo das diferentes subidas fui vendo muita gente a maldizer tudo e todos, mas aqui, nesta zona e porque o calor não perdoava, a grande maioria dos betetistas ia ao lado da bicla. Mal sabiam eles o que os aguardava (Pedra Bela rules). Nesta zona a única escapatória era a estrada que nos conduzia ao Gerês. Acredito que muita boa gente “à bout de forces et de nerfs” acabou por desistir aqui e não chegou a provar a “cherry on top of the cake”, ou seja a subida para a Pedra Bela, eheheh…
Desta estrada até à outra que dá acesso ao miradouro da Pedra Bela, temos de percorrer cerca de 3 kms para um desnível de 350 mts. Como veem é coisa pouca, mas no final de uma prova, isto foi a gota de água para muitos.
Para os amantes de downhill e se porventura aguentaram este desafio, logo após a chegada à Pedra Bela, era-lhes oferecido um super single, digno de algumas provas (mesmo para marados, eheheh…).
Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº032).
“Os três da Vigairada”. Pereira (595), JAndrade (501) e o “Je” (596).
Uma das primeiras descidas (longa Q.B) e no final como não podia deixar de ser, uma bela de uma subida. Dizer que a partida ficou além na vila do Gerês e que no final, teríamos de subir até à Pedra Bela (Topo das montanhas do lado direito da foto).
Deste miradouro é possível ver outros trilhos possíveis a altitudes menores. O dia estava um espetáculo e sabíamos que o calor não ia dar tréguas, aliás iria ser o nosso pior inimigo em parceria com a desidratação.
Algumas das voltas do cardápio dos Bravos do Pelotão (volta Nº07 e Nº46), passam exatamente nestes trilhos aqui documentados.
Aqui uma pequena amostra do que nos aguardava. Acreditem que o pior estava para vir, nada a que não esteja habituado, eheheh…
Já perdi a conta às vezes em que fui feliz naquela conduta ao fundo da foto. Meus amigos, isto é apenas um acepipe, o prato principal vem já a seguir…
Como já muita gente referiu: “No Gerês, quando sobe, sobe e quando desce, desce, ou seja não há meio-termo”
Um dos poucos momentos em que rolamos na horizontal, neste caso um “berdadeiro” oásis.
Para chegar aquela encosta é necessário atravessar um vale o que pressupõe descer para depois voltar a subir (um autêntico carrossel). Imagino a cara de alguns, eheheh…
A volta Nº07 dos Bravos do Pelotão, passa por ali.
O Santuário de São Bento da Porta Aberta. Iremos passar junto aquela floresta no topo da foto.
A primeira subida emblemática. Na foto talvez não se note, mas todo o trajeto até aquela casa (assinalada a vermelho) está pejado de betetistas em fila indiana (um autêntico carreiro de formigas).
Aqui uma descida rápida. Por pouco perdia-me dos meus companheiros, mas estes souberam refrear os instintos, eheheh…
Do outro lado do vale, isto é, na tal subida das formiguinhas. Daqui é visível a vermelho o local de onde iniciamos a nossa descida e lá ao fundo a azul está assinalado o miradouro da Pedra Bela, local onde iremos passar (muito perto). Acredito que aqui, muita boa gente atou as mãos à cabeça. O calor aqui não dava tréguas.
Força companheiros, foi pela vossa companhia e amizade que para aqui vim.
Ao longe uma das pontes que teremos de atravessar com vista a aceder à última parte do track (a famosa subida à Pedra Bela).
Alguém se lembra. Nos anos 80, a Yazz cantava “The Only Way is Up” (MCMLXXXVIII)
Do outro lado desta montanha também existem excelentes tracks.
Pois é, viemos d’além (a descer todos os santos ajudam).
A subida aos Zig-Zags lá prosseguia. O companheiro Jandrade a abrir caminho e o Pereira a fechar.
“São Bento da Porta Aberta” visto de um outro ângulo e a ponte a piscar-nos o olho como que a gozar connosco (nem sabeis o que vos espera, eheheh…)
Em outras voltas já percorri queles trilhos.
Aldeia de Freitas. Em tempos que já lá vão, eu e o Pereira fomos perseguidos por uns amigos de 4 patas, pastores de profissão que juraram provar os nossos presuntos (Queriam, não queriam, eheheh…)
Pouco antes de atingir o primeiro reforço. Zona muito bonita.
Após o primeiro reforço, início de uma longa descida. Aliás, as descidas à exceção do single após a Pedra Bela, estavam ao alcance de qualquer participante.
Mais uma zona com muita sombra, aproveitada por muitos para retemperar energias e ânimo.
Ao fundo temos o miradouro de São Mamède (Póvoa de Lanhoso). Em tempo limpo como hoje conseguimos daqui ver o santuário do Sameiro (+/- 25 kms em linha reta)
A esta altura do campeonato o que a malta queria era descer, não importava se eram singles ou estradões, desde que fosse a descer e acreditem que descemos, descemos, desc…
Adoro este azul. Pena os incêndios nos últimos 30 anos terem delapidado as frondosas florestas do Gerês.
As famosas pontes do Rio Caldo. A da direita conduz-nos a Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, etc… A da esquerda conduz-nos à vila do Gerês e ao nosso último suplício. Antes da ponte encontrava-se o segundo abastecimento. Ao fundo da foto é visível a barragem de Salamonde com os seus 75 mts.
Para os amantes de singles houve de tudo um pouco, se bem que neste tipo de eventos não se consegue agradar a “gregos e troianos”.
Dizer que há umas horas atrás estávamos lá em cima.
A vila do Gerês fica mesmo lá ao fundo (isto para quem não sabe) e do lado direito (aquelas pedrinhas em cima da mancha verde) a famosa Pedra Bela.
Pedra Bela me aguarde estou chegando, né!!!
Os primeiros kms após a ponte feitos junto à água.
Viemos d’além e desde a ponte até à Pedra Bela, será sempre a subir.
Esta foto foi tirada junto ao único tanque de água a caminho da Pedra Bela.
Lembram-se do depósito de água (visível no canto esquerdo superior da foto).
Tanto sofrimento para chegar à Pedra Bela e afinal passamos mesmo ao lado, neste caso 80 mts abaixo desse ex-libris do Gerês.
JAndrade, para um “gajo” (não leves a mal, mas no Norte, esta palavra só se usa para os amigos, sem qualquer sentido pejorativo, aliás ofendias-me se assim não me tratasses e optasses por tipo, eheheh…), quase a fazer 59 “primaberas” estás numa forma do cara…. Meus amigos rolei ao lado ou sempre atrás deste senhor e acreditem que o homem nunca desmontou.
Considero isto um feito e tenho de o enaltecer aqui isto porque por cima do seu avatar diz o seguinte “Se pedalares como falas…” (nem de propósito), pois este senhor não pedala, ele simplesmente voa e mostrou a muita malta nova como se faz. Continua assim, nunca mudes e obrigado pela companhia e simpatia.
Ao amigo Pereira, quero agradecer a paciência demonstrada sempre que parava para fixar um momento (vida de repórter é assim mesmo), por vezes nos piores locais, subidas ou descidas íngremes.
Bem sei que chegamos quase nos últimos, isto é 4h35 depois do 1º classificado (2h19), mas este é o BTT em que me revejo. Duro, puro e sem hora de chegada.
Esta prova fez-me recordar tempos que já lá vão em que participei com o amigo Pereira por 2 anos consecutivos no EXTREME XURÉS que se realizava do outro lado da fronteira, mas que por ser uma prova demasiado exigente, acabou por morrer naturalmente (falta de inscrições).
Tratando-se de uma crónica que narra os factos tal como os vivenciei, não emitirei aqui qualquer juízo de valor sobre o evento, uma vez que para isso existe o tópico (Rescaldos), para além de que sempre que recorro a um prestador de serviços, utilizo sempre o velho critério (se gostei, repito, se não gostei, mudo; tão simples quanto isso).
Para quem não pode participar e ficou cheio de vontade para o próximo ano, eis o link que melhor retrata os momentos vividos, by Mr. C.de.Scott dos Rocket Riders em http://player.vimeo.com/video/51005002 .
Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…
Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
Quem vier pedalar para o Gerês e pensar o contrário, está perfeitamente equivocado, e o melhor que tem a fazer é regressar à Terra Madre evitando desta forma muitos dissabores.
Tal como prometido nas anteriores crónicas, desloquei-me ao Gerês (moro mesmo ao lado, ehehehe…) com vista a participar na 2ª Maratona, neste caso ½ maratona +/- 40 kms.
Ainda antes do regresso a Portugal já tinha combinado com dois queridos amigos, um que conheço há mais de 40 anos (Pereira de nome) e outro (JAndrade ou se preferirem Salgado52), que conheci desde que me deslocalizei por intermédio das Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas.
Confesso que troquei várias PMs no Fórum BTT com o JAndrade e tinha um certo feeling quando à pessoa, eheheh… Acreditem que a encomenda saiu melhor do que o desejado, pois este revelou-se um autêntico Gentleman do BTT, sempre bem-disposto, com aquele olhar de quem sabe muito bem o que quer, sempre pronto a ajudar, sempre a indicar o caminho, qual timoneiro e sobretudo com uma humildade que muito aprecio.
Quanto ao Pereira e porque a nossa relação já é de longa data, por mais que rebusque, nunca encontrarei epítetos à altura. Homens como ele já não se fabricam, são os últimos de uma geração cujos valores foram forjados à custa de experiências de vida.
Como já devem ter depreendido quando inicio uma volta, o fator tempo é algo a que não ligo a mínima, isto é, tiro o dia para realizar o percurso, sem stress, sem tempo, sem pressão de classificação, etc…, aproveitando todos os momentos para saborear a plenitude dos locais por onde vou passando.
Sorte a minha pois os meus dois companheiros, acreditam e defendem o mesmo credo.
Andar no Gerês não é novidade para os Bravos do Pelotão, aliás, temos na nossa página cerca de 11 voltas catalogadas (tracks, fotos e altimetrias online), das quais destacava as voltas nº07, 14 e 46, uma vez que passam em algumas zonas desta 2ª Maratona do Gerês.
Sendo um dos meus terrenos de eleição sempre que rolo em Portugal, sabia de antemão o que me aguardava, pelo que acumulados de +/- 1.800 mts em 40 kms não me faziam “mossa”; aliás e só para aguçar o apetite, posso-vos adiantar que uma das próximas crónicas a postar, relatará uma aventura em que em apenas 22 kms realizei perto de 1.900 mts de acumulado de subida (como sempre, vale o que vale).
Claro que como trepador tenho uma apetência maior pela subida (adoro a sensação de sofrimento), mas como digo, isso sou eu…
Quando analisei o “roadbook” e vi o sentido de deslocação das 2 provas, percebi logo que a subida desde a ponte do Rio Caldo até à estrada que dá acesso ao caminho (+/- 6 kms) que nos conduziria à Pedra Bela iria ser mortal, uma vez que nas voltas que efetuo nessa zona (volta 14 e 46), costumo efetuar esse trilho a descer, mas é como em tudo na vida, “estamos sempre a aprender” e sendo um ávido de saber, deixei-me conduzir “with no more worries”.
Ao longo das diferentes subidas fui vendo muita gente a maldizer tudo e todos, mas aqui, nesta zona e porque o calor não perdoava, a grande maioria dos betetistas ia ao lado da bicla. Mal sabiam eles o que os aguardava (Pedra Bela rules). Nesta zona a única escapatória era a estrada que nos conduzia ao Gerês. Acredito que muita boa gente “à bout de forces et de nerfs” acabou por desistir aqui e não chegou a provar a “cherry on top of the cake”, ou seja a subida para a Pedra Bela, eheheh…
Desta estrada até à outra que dá acesso ao miradouro da Pedra Bela, temos de percorrer cerca de 3 kms para um desnível de 350 mts. Como veem é coisa pouca, mas no final de uma prova, isto foi a gota de água para muitos.
Para os amantes de downhill e se porventura aguentaram este desafio, logo após a chegada à Pedra Bela, era-lhes oferecido um super single, digno de algumas provas (mesmo para marados, eheheh…).
Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº032).
“Os três da Vigairada”. Pereira (595), JAndrade (501) e o “Je” (596).
Uma das primeiras descidas (longa Q.B) e no final como não podia deixar de ser, uma bela de uma subida. Dizer que a partida ficou além na vila do Gerês e que no final, teríamos de subir até à Pedra Bela (Topo das montanhas do lado direito da foto).
Deste miradouro é possível ver outros trilhos possíveis a altitudes menores. O dia estava um espetáculo e sabíamos que o calor não ia dar tréguas, aliás iria ser o nosso pior inimigo em parceria com a desidratação.
Algumas das voltas do cardápio dos Bravos do Pelotão (volta Nº07 e Nº46), passam exatamente nestes trilhos aqui documentados.
Aqui uma pequena amostra do que nos aguardava. Acreditem que o pior estava para vir, nada a que não esteja habituado, eheheh…
Já perdi a conta às vezes em que fui feliz naquela conduta ao fundo da foto. Meus amigos, isto é apenas um acepipe, o prato principal vem já a seguir…
Como já muita gente referiu: “No Gerês, quando sobe, sobe e quando desce, desce, ou seja não há meio-termo”
Um dos poucos momentos em que rolamos na horizontal, neste caso um “berdadeiro” oásis.
Para chegar aquela encosta é necessário atravessar um vale o que pressupõe descer para depois voltar a subir (um autêntico carrossel). Imagino a cara de alguns, eheheh…
A volta Nº07 dos Bravos do Pelotão, passa por ali.
O Santuário de São Bento da Porta Aberta. Iremos passar junto aquela floresta no topo da foto.
A primeira subida emblemática. Na foto talvez não se note, mas todo o trajeto até aquela casa (assinalada a vermelho) está pejado de betetistas em fila indiana (um autêntico carreiro de formigas).
Aqui uma descida rápida. Por pouco perdia-me dos meus companheiros, mas estes souberam refrear os instintos, eheheh…
Do outro lado do vale, isto é, na tal subida das formiguinhas. Daqui é visível a vermelho o local de onde iniciamos a nossa descida e lá ao fundo a azul está assinalado o miradouro da Pedra Bela, local onde iremos passar (muito perto). Acredito que aqui, muita boa gente atou as mãos à cabeça. O calor aqui não dava tréguas.
Força companheiros, foi pela vossa companhia e amizade que para aqui vim.
Ao longe uma das pontes que teremos de atravessar com vista a aceder à última parte do track (a famosa subida à Pedra Bela).
Alguém se lembra. Nos anos 80, a Yazz cantava “The Only Way is Up” (MCMLXXXVIII)
Do outro lado desta montanha também existem excelentes tracks.
Pois é, viemos d’além (a descer todos os santos ajudam).
A subida aos Zig-Zags lá prosseguia. O companheiro Jandrade a abrir caminho e o Pereira a fechar.
“São Bento da Porta Aberta” visto de um outro ângulo e a ponte a piscar-nos o olho como que a gozar connosco (nem sabeis o que vos espera, eheheh…)
Em outras voltas já percorri queles trilhos.
Aldeia de Freitas. Em tempos que já lá vão, eu e o Pereira fomos perseguidos por uns amigos de 4 patas, pastores de profissão que juraram provar os nossos presuntos (Queriam, não queriam, eheheh…)
Pouco antes de atingir o primeiro reforço. Zona muito bonita.
Após o primeiro reforço, início de uma longa descida. Aliás, as descidas à exceção do single após a Pedra Bela, estavam ao alcance de qualquer participante.
Mais uma zona com muita sombra, aproveitada por muitos para retemperar energias e ânimo.
Ao fundo temos o miradouro de São Mamède (Póvoa de Lanhoso). Em tempo limpo como hoje conseguimos daqui ver o santuário do Sameiro (+/- 25 kms em linha reta)
A esta altura do campeonato o que a malta queria era descer, não importava se eram singles ou estradões, desde que fosse a descer e acreditem que descemos, descemos, desc…
Adoro este azul. Pena os incêndios nos últimos 30 anos terem delapidado as frondosas florestas do Gerês.
As famosas pontes do Rio Caldo. A da direita conduz-nos a Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, etc… A da esquerda conduz-nos à vila do Gerês e ao nosso último suplício. Antes da ponte encontrava-se o segundo abastecimento. Ao fundo da foto é visível a barragem de Salamonde com os seus 75 mts.
Para os amantes de singles houve de tudo um pouco, se bem que neste tipo de eventos não se consegue agradar a “gregos e troianos”.
Dizer que há umas horas atrás estávamos lá em cima.
A vila do Gerês fica mesmo lá ao fundo (isto para quem não sabe) e do lado direito (aquelas pedrinhas em cima da mancha verde) a famosa Pedra Bela.
Pedra Bela me aguarde estou chegando, né!!!
Os primeiros kms após a ponte feitos junto à água.
Viemos d’além e desde a ponte até à Pedra Bela, será sempre a subir.
Esta foto foi tirada junto ao único tanque de água a caminho da Pedra Bela.
Lembram-se do depósito de água (visível no canto esquerdo superior da foto).
Tanto sofrimento para chegar à Pedra Bela e afinal passamos mesmo ao lado, neste caso 80 mts abaixo desse ex-libris do Gerês.
JAndrade, para um “gajo” (não leves a mal, mas no Norte, esta palavra só se usa para os amigos, sem qualquer sentido pejorativo, aliás ofendias-me se assim não me tratasses e optasses por tipo, eheheh…), quase a fazer 59 “primaberas” estás numa forma do cara…. Meus amigos rolei ao lado ou sempre atrás deste senhor e acreditem que o homem nunca desmontou.
Considero isto um feito e tenho de o enaltecer aqui isto porque por cima do seu avatar diz o seguinte “Se pedalares como falas…” (nem de propósito), pois este senhor não pedala, ele simplesmente voa e mostrou a muita malta nova como se faz. Continua assim, nunca mudes e obrigado pela companhia e simpatia.
Ao amigo Pereira, quero agradecer a paciência demonstrada sempre que parava para fixar um momento (vida de repórter é assim mesmo), por vezes nos piores locais, subidas ou descidas íngremes.
Bem sei que chegamos quase nos últimos, isto é 4h35 depois do 1º classificado (2h19), mas este é o BTT em que me revejo. Duro, puro e sem hora de chegada.
Esta prova fez-me recordar tempos que já lá vão em que participei com o amigo Pereira por 2 anos consecutivos no EXTREME XURÉS que se realizava do outro lado da fronteira, mas que por ser uma prova demasiado exigente, acabou por morrer naturalmente (falta de inscrições).
Tratando-se de uma crónica que narra os factos tal como os vivenciei, não emitirei aqui qualquer juízo de valor sobre o evento, uma vez que para isso existe o tópico (Rescaldos), para além de que sempre que recorro a um prestador de serviços, utilizo sempre o velho critério (se gostei, repito, se não gostei, mudo; tão simples quanto isso).
Para quem não pode participar e ficou cheio de vontade para o próximo ano, eis o link que melhor retrata os momentos vividos, by Mr. C.de.Scott dos Rocket Riders em http://player.vimeo.com/video/51005002 .
Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…
Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…