Já descrevi o meu acidente no forum RioNet por isso deixo um copy-paste do relato e quem quiser ver o post original pode seguir o link
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Foi na Calçada - Penafiel que um irresponsável ou inconsciente, para não chamar nada pior, me abalroou pondo em risco a minha integridade física ou mesmo a minha vida. Não fosse o meu abençoado capacete e neste momento tinha metade do crânio espalhado pelo cimento do muro da valeta junto ao local assinalado na foto.
Foi às 17h15 deste Sábado (16-07-05) que ia eu na "bordinha" na direcção Oldrões -» Penafiel, antes do cruzamento para Rans, quando um camião com reboque decide ultrapassar-me numa zona proibida e ainda por cima numa situação em que a ultrapassagem era simplesmente impossivel para o veículo em questão. Ia eu a cerca de meio metro da berma, que era formada por um declive superior a 60º e um muro em cimento bruto, quando um camião decide ultrapassar-me tendo trânsito contínuo no sentido contrário. Quando me apercebi que estava a ser ultrapassado cheguei-me o mais que pude para a berma que tinha cerca de 50 cms de fundo em cimento, a cabine do camião passou-me a razar e foi aí que percebi o perigo e comecei a travar e constatei que se tratava de um camião. Para minha infelicidade o camião tinha reboque e um condutor inconsciente a segurar no volante, pois assim que o "tractor" passa por mim começa a encostar tudo à direita e endireita a direcção fazendo com que o reboque com mais de 6 metros deslize para a berma onde perecia eu indefeso e sem escapatória possivel. O resultado foi simples e obvio, levei com o reboque no braço esquerdo e fui projectado por cima da valeta conta o muro que a ladeava. Nos instantes em que tive noção que não tinha escape imaginei o pior dos cenários enquanto travava com a esperança de que o reboque passasse por mim sem me bater, mas tal não aconteceu nem podia porque era fisicamente impossivel dada a manobra que o condutor impôs! Antes de ser projectado só pensava para mim: "Queres ver? Não! Não! Não! Não! ", depois da projecção bati com o volante no muro de cimento, segui-se a minha cabeça (abençoado capacete) a raspar no muro, e depois foi o efeito "pinball" e bati com o corpo desamparado no outro lado da berma que era formado por cimento e alcatrão irregular e fui tabelando assim sucessivamente até a cinética terminar comigo todo esfarrapado, dorido, atordoado e enraivecido por presenciar tal falta de respeito pela vida alheia por parte do condutor dum veículo de grande dimensões cuja legalidade para andar na estrada ao fim-de-semana ainda hade ser averiguada.
Assim que a queda terminou, levantei a cabeça e olhei em frente para ver o monstro que me tinha desfeito o corpo, o equipamento e a bicicleta, e a minha primeira reacção não foi "AI" mas "GRANDA FILHO DA p***!!!!!". Levantei-me combalido e ensanguentado sem tirar os olhos do assassino que me derrubou, foi aì que o vi abrandar e pensei que fosse parar para me socorrer, mas não... engrenou e pôs-se em fuga!! Mas felizmente um dos veiculos que vinha em sentido contrário parou e veio em meu socorro, e eu só dizia impotente: "Grande filho da p***! Grande c*****! Como é que é possivel fazer uma m**** destas!" a raiva que senti deve ter ajudado a superar as dores que no momento em que escrevo estas palavras vos asseguro ser terriveis, garantia de que não vou dormir!. O senhor da automovel que me socorreu (Golf vermelho) perguntou-me se estava bem e o que se tinha passado mas nessa altura já eu estava a perder a visão e a sentir-me tonto devido à pancada na cabeça, mas ainda lhe disse "Foi aquele FDP daquele camião que ali vai que me aultrapassou e mandou-me com o reboque pondo-me neste estado!!", e aì o senhor (que eu nunca vira antes) deu a volta no seu carro deixando a familia a tomar conta de mim e foi em perseguição daquele assassino. No espaço de um minuto tinha uma dezena de pessoas na minha volta (incluindo um enfermeiro a quem agradeço o apoio a mim prestado), mas foi aí que comecei a ter tonturas e a perder lucidez ficando sem ver nada durante cerca de 1 minuto, voltando ao normal gradualmente com o passar do tempo, foram momentos de pânico para mim pois nunca tinha ficado assim sem ver nada que fosse, e só com o amparo das amaveis pessoas que me socorreram é que não me estatelei desamparado no chão. Entretanto chegou a ambulância (+/- 10 minutos após o embate), e nessa altura já estava lucido e fui buscar a carteira e o telemovel à bolsa que tinha debaixo do selim da bicicleta que jazia trocidada no rêgo da berma. Antes de entrar na ambulância vi dois rostos conhecidos que me reconfortaram e de que maneira e a quem agradeço do fundo do coração, era a mãe e a irmã do Serginho (A.K.A. Robocop) e que ficaram com alguns dos meus haveres, tendo uma moradora ali vizinha dito que me guardava a bicicleta até ao meu regresso, o meu muito obrigado a ela também.
Na ambulância fui limpo pelo enfermeiro e não queiram conhecer as dores de passar um pano com água oxigenada na pela e carne exposta para limpar as areias que se entranharam durante a queda! Foi horrivel! Mas nada comparado com o pavor que senti quando vi que o reboque me ia abalroar ou quando perdi a visão. No hospital Padre Américo fui tratado e entretanto o telemovel tocou, era o amigo Moisés que me ligava e que se protificou a vir-me buscar ao hospital. Enquanto aguardava a chegada do Moisés na saída do hospital em troco nú todo ensanguentado tive ainda o reconforto da Vania que me fez companhia por uns instantes, nada de mais mas naquel momento sentia-me SÓ! Mesmo Só! O Moises chegou e levou-me ao local do acidente, e foi aí que que o pessoal do Stand de automoveis que presenciou tudo me notificou que a GNR já lá tinha estado e que o Senhor (do Golf vermelho) tinha interceptado o camião já em Paços de Sousa depois duma perseguição em que, segundo ele, o camionista até passou semafóros vermalhos para escapar, mas esse senhor conseguiu atravessar-lhe o carro na frente do camião e perguntou ao camionista se ele não viu aquilo que fez, ao que o condutor do camião respondeu feito alonço "Eu de facto apercebi-me de batar no rapaz, mas não sabia se ele se tinha aleijado" Como é que pode um camião bater em firme com um reboque num ciclista, mandá-lo contra um muro em cimento e haver duvidas se se tinha magoado??!!?!? E se o FDP viu o que fez porque não parou????? Eu sei!! Tentou esquivar-se, mas teve o azar de haver alguém que o persegui e ficou com a matrícula do camião!!!
Enquanto a GNR tomava conta da ocorrência no local do acidente e aanotava o relato do Senho do GOLF vermelho, eu estava no Hospital, mas assim que soube do que se tinha passado segui para Penafiel e dirigi-me ao posto da GNR para participar o ocorrido. Já no posto o agente que me atendeu entrou em contacto com os colegas que foram ao local e confirmou a identificação do camião que me abalroou. Agora estou em casa a teclar com trumatismo no joelho esquerdo, traumatismo no braço esquerdo, tronco arranhado à esquerda direita e nas costas, perna direita toda negra na zona interior do joelho que mal dobro, ambos os cotovelos bem arranhados, canela esquerda com lanho, coxa esquerda com um arranhão tipo derrapagem de pneu que vai até ao meio do tronco, peito e abdomen pisados e com a cabeça intacta graças a um capacete outrara azul que agora está branco por ter-me salvo a vida!
Eu devo dormir muito mal hoje, mas quem me fez isto se tiver o minimo de consciencia daquilo que fez não hade pregar olho durante muito tempo. E depois de eu ter feito a participação na GNR e graças ao apoio do Senhor que auxiliou a GNR no local do acidente, espero ver alguma justiça neste caso, ao menos para pagar as despesas médicas, o equipamento de ciclismo (que é carissimo) e a reparação da bicicleta que ainda nem sequer tive coragem de analisar os danos, já que o pavor que senti e aflição que os meus pais tiveram já ninguém pode pagar!
O cumulo disto tudo é que nunca ando na estrada Termas - Penafiel e hoje só fui por lá porque ia a Paredes substituir um cabo da bicicleta e por era é mais rápido. Grande reparação não haja dúvida!
Agora vou tentar dormir, mas dúvido muito que tenha sucesso...
Obrigado a todas as pessoas que me apoiaram hoje (à Mãe e à irmã do Serginho, ao enfermeiro, ao Moisés e Salete, ao senhor do Golf vermelho, ao pessoal do Stand, à senhora que me guardou a bicicleta e a todas as outras pessoas que me apoiaram) OBRIGADO MESMO!!
Bom fim de semana a todos
José Luis Moreira (A.K.A. Kiev - O Gerente abalroado e dorido)
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Foi na Calçada - Penafiel que um irresponsável ou inconsciente, para não chamar nada pior, me abalroou pondo em risco a minha integridade física ou mesmo a minha vida. Não fosse o meu abençoado capacete e neste momento tinha metade do crânio espalhado pelo cimento do muro da valeta junto ao local assinalado na foto.
Foi às 17h15 deste Sábado (16-07-05) que ia eu na "bordinha" na direcção Oldrões -» Penafiel, antes do cruzamento para Rans, quando um camião com reboque decide ultrapassar-me numa zona proibida e ainda por cima numa situação em que a ultrapassagem era simplesmente impossivel para o veículo em questão. Ia eu a cerca de meio metro da berma, que era formada por um declive superior a 60º e um muro em cimento bruto, quando um camião decide ultrapassar-me tendo trânsito contínuo no sentido contrário. Quando me apercebi que estava a ser ultrapassado cheguei-me o mais que pude para a berma que tinha cerca de 50 cms de fundo em cimento, a cabine do camião passou-me a razar e foi aí que percebi o perigo e comecei a travar e constatei que se tratava de um camião. Para minha infelicidade o camião tinha reboque e um condutor inconsciente a segurar no volante, pois assim que o "tractor" passa por mim começa a encostar tudo à direita e endireita a direcção fazendo com que o reboque com mais de 6 metros deslize para a berma onde perecia eu indefeso e sem escapatória possivel. O resultado foi simples e obvio, levei com o reboque no braço esquerdo e fui projectado por cima da valeta conta o muro que a ladeava. Nos instantes em que tive noção que não tinha escape imaginei o pior dos cenários enquanto travava com a esperança de que o reboque passasse por mim sem me bater, mas tal não aconteceu nem podia porque era fisicamente impossivel dada a manobra que o condutor impôs! Antes de ser projectado só pensava para mim: "Queres ver? Não! Não! Não! Não! ", depois da projecção bati com o volante no muro de cimento, segui-se a minha cabeça (abençoado capacete) a raspar no muro, e depois foi o efeito "pinball" e bati com o corpo desamparado no outro lado da berma que era formado por cimento e alcatrão irregular e fui tabelando assim sucessivamente até a cinética terminar comigo todo esfarrapado, dorido, atordoado e enraivecido por presenciar tal falta de respeito pela vida alheia por parte do condutor dum veículo de grande dimensões cuja legalidade para andar na estrada ao fim-de-semana ainda hade ser averiguada.
Assim que a queda terminou, levantei a cabeça e olhei em frente para ver o monstro que me tinha desfeito o corpo, o equipamento e a bicicleta, e a minha primeira reacção não foi "AI" mas "GRANDA FILHO DA p***!!!!!". Levantei-me combalido e ensanguentado sem tirar os olhos do assassino que me derrubou, foi aì que o vi abrandar e pensei que fosse parar para me socorrer, mas não... engrenou e pôs-se em fuga!! Mas felizmente um dos veiculos que vinha em sentido contrário parou e veio em meu socorro, e eu só dizia impotente: "Grande filho da p***! Grande c*****! Como é que é possivel fazer uma m**** destas!" a raiva que senti deve ter ajudado a superar as dores que no momento em que escrevo estas palavras vos asseguro ser terriveis, garantia de que não vou dormir!. O senhor da automovel que me socorreu (Golf vermelho) perguntou-me se estava bem e o que se tinha passado mas nessa altura já eu estava a perder a visão e a sentir-me tonto devido à pancada na cabeça, mas ainda lhe disse "Foi aquele FDP daquele camião que ali vai que me aultrapassou e mandou-me com o reboque pondo-me neste estado!!", e aì o senhor (que eu nunca vira antes) deu a volta no seu carro deixando a familia a tomar conta de mim e foi em perseguição daquele assassino. No espaço de um minuto tinha uma dezena de pessoas na minha volta (incluindo um enfermeiro a quem agradeço o apoio a mim prestado), mas foi aí que comecei a ter tonturas e a perder lucidez ficando sem ver nada durante cerca de 1 minuto, voltando ao normal gradualmente com o passar do tempo, foram momentos de pânico para mim pois nunca tinha ficado assim sem ver nada que fosse, e só com o amparo das amaveis pessoas que me socorreram é que não me estatelei desamparado no chão. Entretanto chegou a ambulância (+/- 10 minutos após o embate), e nessa altura já estava lucido e fui buscar a carteira e o telemovel à bolsa que tinha debaixo do selim da bicicleta que jazia trocidada no rêgo da berma. Antes de entrar na ambulância vi dois rostos conhecidos que me reconfortaram e de que maneira e a quem agradeço do fundo do coração, era a mãe e a irmã do Serginho (A.K.A. Robocop) e que ficaram com alguns dos meus haveres, tendo uma moradora ali vizinha dito que me guardava a bicicleta até ao meu regresso, o meu muito obrigado a ela também.
Na ambulância fui limpo pelo enfermeiro e não queiram conhecer as dores de passar um pano com água oxigenada na pela e carne exposta para limpar as areias que se entranharam durante a queda! Foi horrivel! Mas nada comparado com o pavor que senti quando vi que o reboque me ia abalroar ou quando perdi a visão. No hospital Padre Américo fui tratado e entretanto o telemovel tocou, era o amigo Moisés que me ligava e que se protificou a vir-me buscar ao hospital. Enquanto aguardava a chegada do Moisés na saída do hospital em troco nú todo ensanguentado tive ainda o reconforto da Vania que me fez companhia por uns instantes, nada de mais mas naquel momento sentia-me SÓ! Mesmo Só! O Moises chegou e levou-me ao local do acidente, e foi aí que que o pessoal do Stand de automoveis que presenciou tudo me notificou que a GNR já lá tinha estado e que o Senhor (do Golf vermelho) tinha interceptado o camião já em Paços de Sousa depois duma perseguição em que, segundo ele, o camionista até passou semafóros vermalhos para escapar, mas esse senhor conseguiu atravessar-lhe o carro na frente do camião e perguntou ao camionista se ele não viu aquilo que fez, ao que o condutor do camião respondeu feito alonço "Eu de facto apercebi-me de batar no rapaz, mas não sabia se ele se tinha aleijado" Como é que pode um camião bater em firme com um reboque num ciclista, mandá-lo contra um muro em cimento e haver duvidas se se tinha magoado??!!?!? E se o FDP viu o que fez porque não parou????? Eu sei!! Tentou esquivar-se, mas teve o azar de haver alguém que o persegui e ficou com a matrícula do camião!!!
Enquanto a GNR tomava conta da ocorrência no local do acidente e aanotava o relato do Senho do GOLF vermelho, eu estava no Hospital, mas assim que soube do que se tinha passado segui para Penafiel e dirigi-me ao posto da GNR para participar o ocorrido. Já no posto o agente que me atendeu entrou em contacto com os colegas que foram ao local e confirmou a identificação do camião que me abalroou. Agora estou em casa a teclar com trumatismo no joelho esquerdo, traumatismo no braço esquerdo, tronco arranhado à esquerda direita e nas costas, perna direita toda negra na zona interior do joelho que mal dobro, ambos os cotovelos bem arranhados, canela esquerda com lanho, coxa esquerda com um arranhão tipo derrapagem de pneu que vai até ao meio do tronco, peito e abdomen pisados e com a cabeça intacta graças a um capacete outrara azul que agora está branco por ter-me salvo a vida!
Eu devo dormir muito mal hoje, mas quem me fez isto se tiver o minimo de consciencia daquilo que fez não hade pregar olho durante muito tempo. E depois de eu ter feito a participação na GNR e graças ao apoio do Senhor que auxiliou a GNR no local do acidente, espero ver alguma justiça neste caso, ao menos para pagar as despesas médicas, o equipamento de ciclismo (que é carissimo) e a reparação da bicicleta que ainda nem sequer tive coragem de analisar os danos, já que o pavor que senti e aflição que os meus pais tiveram já ninguém pode pagar!
O cumulo disto tudo é que nunca ando na estrada Termas - Penafiel e hoje só fui por lá porque ia a Paredes substituir um cabo da bicicleta e por era é mais rápido. Grande reparação não haja dúvida!
Agora vou tentar dormir, mas dúvido muito que tenha sucesso...
Obrigado a todas as pessoas que me apoiaram hoje (à Mãe e à irmã do Serginho, ao enfermeiro, ao Moisés e Salete, ao senhor do Golf vermelho, ao pessoal do Stand, à senhora que me guardou a bicicleta e a todas as outras pessoas que me apoiaram) OBRIGADO MESMO!!
Bom fim de semana a todos
José Luis Moreira (A.K.A. Kiev - O Gerente abalroado e dorido)
