Re: Capacete, sempre ? ou só quando é obrigatório ?
Boas,
Eu como sou fã de informação pura e dura, fui dar uma vista de olhos a esse site que indicas.
Sinceramente não me agradou nada do que vi. Pareceu-me um caso clássico de "data cherry-picking", no qual se pega em vários dados e se dá enfâse aos que provam o ponto do escritor. Basicamente quem fez esse site partiu já com a ideia de provar que os capacetes são inúteis. A internet está cheia destes sites e é preciso exercer juízo crítico para interpretar resultados.
Muitas frases mostram que o autor está deliberadamente a reunir todos os argumentos que pode para defender a sua causa.
"The movement of a helmet or the irritation to the head that many people experience might also affect balance or concentration at a crucial moment."
Traduzindo "O movimento de um capacete ou a irritação que provoca na cabeça, experimentado por muitas pessoas, pode afectar o equilibro ou concentração num momento crucial"
A minha resposta a isto é simples. Para usar um capacete mal ajustado mais vale a pena usar nada. O utilizador é responsável por assegurar-se que o capacete é adequado ao seu tamanho e que assenta correctamente. Isto não prova a ineficácia dos capacetes.
"Powerful evidence for helmet effectiveness comes from the experiences of helmeted cyclists who have hit their heads in a crash and believe that their helmet has saved them from injury. However, there is no evidence that helmets save lives or prevent serious injury at all across cyclists as a whole. "
Traduzindo "Uma grande prova da efectividade dos capacetes, vêm dos ciclistas que bateram com a cabeça num acidente e acreditam que o capacete os salvou de ferimentos. No entanto, não existem provas que os capacetes salves vidas ou previnam ferimentos graves nos ciclistas como um todo."
Só nesta frase existe uma série de incongruências racionais. Primeiro, se o capacete bateu no chão, não bateu a cara, logo salvou de ferimentos. No entanto o autor prefere mencionar que não existem provas de que o capacete salva os ciclistas de ferimentos graves. Será muito complicado admitir que a função do capacete não é simplesmente evitar a morte? Será que evitar arranhões na cara, cortes e hematomas não é importante? Falo por mim, mas prefiro mil vezes comprar um capacete novo do que ficar 2 semanas com a cara arranhada.
Depois existe uma fixação na ineficácia na redução das fatalidades que continua ao longo do site. Há no entanto que lembrar que o uso da bicicleta têm evoluído profundamente ao longo da última década. Não só em número de utilizadores, mas também no tipo de utilização. Mais gente usa a bicicleta de forma mais perigosa, mais gente pratica Downhill, Freeride e XC de competição, desportos que provocam bastantes ferimentos quando comparados com o tradicional passeio pela marginal e podem ser responsáveis por esta subida de lesões que o autor tanto apregoa.
No fundo estamos perante uma aplicação errónea das estatísticas. O autor, recorrendo a dados científicos, vê que mesmo com um aumento dos utilizadores de capacete o número de lesões grave aumenta. Daí concluí que o capacete é ineficaz para todos os ciclistas, como se fossemos uma massa uniforme a fazer exactamente o mesmo.
A realidade é esta: -Cada um de nós não deve aplicar estatísticas à tomada de decisões. Para nós que fazemos BTT é impensável imaginar alguma situação em que usar um capacete vai aumentar o risco de ter um acidente. Mas se tivermos um acidente e o capacete estiver lá temos sempre uma hipótese der vir a ser útil. Nem que seja a evitar que a cara fique com um minúsculo arranhão.
fbruno69 said:Podes ver várias coisas sobre o assunto aqui!
Boas,
Eu como sou fã de informação pura e dura, fui dar uma vista de olhos a esse site que indicas.
Sinceramente não me agradou nada do que vi. Pareceu-me um caso clássico de "data cherry-picking", no qual se pega em vários dados e se dá enfâse aos que provam o ponto do escritor. Basicamente quem fez esse site partiu já com a ideia de provar que os capacetes são inúteis. A internet está cheia destes sites e é preciso exercer juízo crítico para interpretar resultados.
Muitas frases mostram que o autor está deliberadamente a reunir todos os argumentos que pode para defender a sua causa.
"The movement of a helmet or the irritation to the head that many people experience might also affect balance or concentration at a crucial moment."
Traduzindo "O movimento de um capacete ou a irritação que provoca na cabeça, experimentado por muitas pessoas, pode afectar o equilibro ou concentração num momento crucial"
A minha resposta a isto é simples. Para usar um capacete mal ajustado mais vale a pena usar nada. O utilizador é responsável por assegurar-se que o capacete é adequado ao seu tamanho e que assenta correctamente. Isto não prova a ineficácia dos capacetes.
"Powerful evidence for helmet effectiveness comes from the experiences of helmeted cyclists who have hit their heads in a crash and believe that their helmet has saved them from injury. However, there is no evidence that helmets save lives or prevent serious injury at all across cyclists as a whole. "
Traduzindo "Uma grande prova da efectividade dos capacetes, vêm dos ciclistas que bateram com a cabeça num acidente e acreditam que o capacete os salvou de ferimentos. No entanto, não existem provas que os capacetes salves vidas ou previnam ferimentos graves nos ciclistas como um todo."
Só nesta frase existe uma série de incongruências racionais. Primeiro, se o capacete bateu no chão, não bateu a cara, logo salvou de ferimentos. No entanto o autor prefere mencionar que não existem provas de que o capacete salva os ciclistas de ferimentos graves. Será muito complicado admitir que a função do capacete não é simplesmente evitar a morte? Será que evitar arranhões na cara, cortes e hematomas não é importante? Falo por mim, mas prefiro mil vezes comprar um capacete novo do que ficar 2 semanas com a cara arranhada.
Depois existe uma fixação na ineficácia na redução das fatalidades que continua ao longo do site. Há no entanto que lembrar que o uso da bicicleta têm evoluído profundamente ao longo da última década. Não só em número de utilizadores, mas também no tipo de utilização. Mais gente usa a bicicleta de forma mais perigosa, mais gente pratica Downhill, Freeride e XC de competição, desportos que provocam bastantes ferimentos quando comparados com o tradicional passeio pela marginal e podem ser responsáveis por esta subida de lesões que o autor tanto apregoa.
No fundo estamos perante uma aplicação errónea das estatísticas. O autor, recorrendo a dados científicos, vê que mesmo com um aumento dos utilizadores de capacete o número de lesões grave aumenta. Daí concluí que o capacete é ineficaz para todos os ciclistas, como se fossemos uma massa uniforme a fazer exactamente o mesmo.
A realidade é esta: -Cada um de nós não deve aplicar estatísticas à tomada de decisões. Para nós que fazemos BTT é impensável imaginar alguma situação em que usar um capacete vai aumentar o risco de ter um acidente. Mas se tivermos um acidente e o capacete estiver lá temos sempre uma hipótese der vir a ser útil. Nem que seja a evitar que a cara fique com um minúsculo arranhão.