Notícias BTT/Ciclismo - Ontem às 9:24
RUBEN ALMEIDA RESUME PROVA DA TAÇA, DESTE FIM DE SEMANA
Nem sei bem o que escrever ou como escrever,
apenas gostava que as pessoas parassem um pouco e pensassem que se houve um grupo de cerca de 7 atletas pelo menos que chegam ao final de uma prova da Taça ( atletas dos quais dois lideres da taça, dois campeões nacionais (isto sem tirar credibilidade aos outros)) e pararam no risco de meta sem avançarem em forma de protesto, com consciência do que estavam a fazer e com a decisão tomada em conjunto, alguma coisa de bastante grave se deveria ter passado e, não como algumas pessoas disseram, apenas simples enganos e marcações erradas ou falta delas pois isso pode acontecer a qualquer organização por muito que se esforce e por vezes por questões alheias. Acrescento ainda que não sabia que estariam 4 atletas a nossa frente e a intenção não seria tirar-lhes o mérito da chegada, nem impedir quem não quisesse parar de o fazer.
Estou a dar a cara como praticante de BTT, como atleta e como campeão nacional pois custou a todos nos não acabar esta prova, mas a mim este ano já é a terceira! Custa-me ainda mais porque esta época, para além de atleta, sou director desportivo e presidente duma associação e sei quanto se gasta para ir para uma prova, sei o quão complicado é arranjar patrocínios e explicar ou tentar explicar uma situação destas ás pessoas que tiram dinheiro das suas empresas para apoiar uma modalidade que está em crescimento vive com muitas dificuldades! Custa-me muito como atleta pois como todos nos, que abdicamos de família para treinar, abdicamos de amigos abdicamos de tanta coisa e de nos próprios para durante aquelas quatro horas dar o litro e tentar sempre chegar mais longe!
Vou falar por mim, pois foi o que fiz no final. Depois de passar a meta, a primeira coisa que fiz foi falar com o responsável da organização da maratona (ou quem se assumiu como tal, o Sr. Vereador da CM.) e explicar o porque desta paragem e protesto, o que tinha corrido mal e o que podia ter corrido ainda pior. Para além disso falei também, e tentei explicar o Sr. Comissário da federação que estava presente.
O motivo principal não foi a verdade desportiva dos resultados pelos enganos pois isso pode acontecer e acontece facilmente muitas vezes por bem que esteja marcada a prova, ou seja por culpa dos atletas que por desatenção que não reparam nas mesmas, foram sim as consequências bem graves que podiam ter sido originadas por falhas como as que houveram.
Algumas das situações de grande negligência que condeno e apontei foram foram:
O facto de ter sido entalado entre um carro e uma carrinha com o condutor da Mota presente, no meio de uma localidade
Quase ter sido abalroado por um condutor que saia de casa
As equipas de assistência tinham de fazer parte do percurso da maratona em sentido contrario no meio de uma localidade (no primeiro abastecimento se não estou em erro) ou seja, com atletas a vir de frente numa estrada que quase não passam dois carros um pelo outro.
Pessoas nos cruzamentos (escuteiros ou outros) que não sabiam para onde nos encaminhar algumas vezes e até nos induziam em erro (compreendo e sei com é complicado estar num cruzamento durante algumas horas pois já o fiz, mas é de alguma responsabilidade e as pessoas deviam ser sensibilizadas para este facto. Esta responsabilidade não tem só a ver com os resultados de prova mas sim por possíveis acidentes que dai possam ocorrer) como me disse o Sr. Vereador não fizeram por exemplo nenhuma reunião geral com as pessoas a explicar isto mesmo.
Em relação aos enganos pelas marcações insuficiente ou inexistentes em sítios importante a classificação mais lugar menos lugar ia ser quase a mesma na minha opinião...
Acrescento ainda que o próprio motociclista se perdeu mais do que uma vez (que é a pessoa que deve acompanhar o grupo da frente e ir verificando o percurso, no meu entender) e quase nos coloca ao chão quando passa por nos num singletrack a meio da prova.
Estas situações foram para mim algumas das mais graves, também se passaram outras com mais atletas mas penso que eles as manifestem se acharem por bem e com quem de direito.
Espero que todo este dinheiro, suor e tempo gastos não tenham sido em vão, que as organizações coloquem a mão na consciência e que tenham um pouco mais de respeito e consideração pelos atletas.
Apenas quero voltar a dizer o que disse na altura ao responsável da organização, não é para crucificar ninguém, não é para queimar ninguém, mas as responsabilidades tem de ser atribuídas e para mim estas são principalmente da organização e a federação não tem (na minha opinião) nada a ver com isto.
A intenção não foi anular a prova nem a classificação mas sim protestar mostrando que para nos seria irrelevante o lugar em que passaríamos a meta em prol dos nosso direitos.
Ruben Almeida