SPINNERS X SMASHERS

ruimatias

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Compare o estilo de
Lance Armstrong e Jan Ullrich
O que é melhor? Girar bastante o pedal em uma marcha mais levezinha ou girar menos e fazer mais força com uma marcha mais pesada? A resposta vai variar um pouco.

Varia de estilo para estilo e de ciclista para ciclista, mesmo assim, vai ser difícil apontar quem tem razão. Ambas maneiras de pedalar funcionam, comprovadamente.

Ciclistas que adotam o primeiro estilo (alto giro, marcha leve, menos força) são chamados em língua inglesa de "spinners", (do verbo inglês to spin = girar). Já ciclistas do segundo tipo (menos giro, marcha pesada, mais força) são conhecidos como smashers (to smash = quebrar, esmagar). Aliás, nada como bons termos em inglês para explicar em uma só palavra uma definição que levaria um parágrafo inteiro em português para explicar.

No Tour de France 2001, durante uma das etapas decisivas de montanha, o norte-americano Lance Armstrong (spinner) vinha sendo marcado de perto pelo alemão Jan Ullrich (smasher), na foto ao lado.

A diferença de rotação de pernas era visível. Armstrong, em geral, pedala com rotações acima dos 100-110 rpm, enquanto que seu rival alemão faz mais força girando o pedal entre 75-85 rpm.

Em uma longa subida, fazer mais força que o adversário pode ser a diferença entre a glória e a derrota. O norte-americano parecia tranqüilo com o alto ritmo das pedaladas.

O alemão bufava com o esforço. A cena ficou famosa no mundo todo quando Armstrong deu uma olhadinha para trás e arrancou forte em direção ao topo da montanha. Aquela olhadinha parece ter matado de vez a moral e as chances de Ullrich. O norte-americano continuou a girar seu pedal bem rápido até o alto da montanha.

LESÕES

Muito se fala desse estilo de pedalada de Lance Armstrong. Não foi ele quem o inventou, naturalmente, mas nos dias de hoje, é tema de estudo e discussões nos meios acadêmicos. Em 2000 Ullrich teve sérios problemas com seu joelho e, por conta disso, teve uma temporada medíocre. Tudo leva a crer que a maneira smasher de pedalada causou as lesões.

Após a recuperação, o alemão mudou de estilo. E adivinhem. Adotou o estilo Lance Armstrong de pedalada. O jornal espanhol Marca divulgou que Ullrich tem treinado até cinco horas por dia com um ritmo de pedalada de 110-120 rpm. Se vai funcionar ou não, aí é outra coisa. A verdade é que cada vez mais os smashers vão parar em salas de cirurgias e spinners vão para o alto do pódio.

Outro ciclista que adotou pedaladas mais rápidas em marchas leves, é o britânico Bradley McGee, medalha de ouro nos Jogos da Comunidade Britânica das Nações, disputado em Manchester de 2000. Mc Gee, que pedala para a equipe FDJeux.com, deve usar a técnica de altos giros no Tour de France desse ano.

TREINAMENTO

Se você se interessou pelo estilo de pedaladas rápidas de Lance Armstrong, há alguns exercícios que podem ser feitos para melhorar sua agilidade, e conseqüentemente, sua eficiência na pedalada.

No livro "The Lance Armstrong Performance Program" de Lance Armstrong e seu treinador Chris Carmichael, os autores dão algumas dicas para aumentar o ritmo do pedal:

Uma ou duas vezes por semana, um ciclista pode fazer um exercício que consiste em pedalar durante 20-30 segundos, com a rotação dos pedais entre
130-150 rpm.

Alongue-se, aqueça-se bem e então encontre um rua tranquila, bem plana ou levemente em descida. Coloque na coroa do meio de sua bike de speed* (coroa do meio das mountain bikes) e em uma marcha leve atrás. Gradualmente comece a pedalar rapidamente e vá aumentando até cerca de 120 rpm. Depois aumente até a faixa dos 120-150 rpm, gradualmente. Fique nessa faixa de rotação apenas 20 ou 30 segundos, para evitar lesões.

*Bikes de speed se adaptam melhor para este exercício

Procure manter os pés, as mãos e braços relaxados. Concentre-se na pedalada, fazendo todo o ciclo do pedal, sem deixar falhas. Mantenha-se bem sentado sobre a bike e não deixe os quadris se moverem de um lado para outro durante o exercício.

Um ciclocomputador que marque as rotações (cadência) do pedal é muito importante. Caso você não tenha um, faça o seguinte: conte por dez segundos cada passada de seu pé esquerdo no ponto morto inferior e multiplique o resultado por seis para saber o número de rotações por minuto de sua pedalada.

Para um ciclista iniciante um total de 20 ou 30 minutos por semana desse exercício já é o bastante. Ciclistas de nível avançado ou profissionais podem fazer até 60 minutos dese treino por semana, em especial, no início da temporada.

Eu cada vez mais tenho fazer mais uma pedalada de SPINNER porque parece que me sinto mais aliviado
O problema e que a pulsaçao sobe muito :s
 

LuisMarques

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Sim senhor rui, encontras-te algo muito importante, eu faço parte dos spinner's e o Hugo Carvalho é um smasher "aquele gajo tem cá uma força :shock:" mas a diferença de resultados não se faz sentir, vamos ver com o tempo quem é que se queixa mais dos joelhos :s :s

Penso que o estilo spinner seja mais eficaz, o Prof. Cabrita também o utiliza, mas por sua vez temos o José Henriques que é um smasher :shock: por isso penso que depende de cada um...

Vai também da resistência de cada um, penso que o estilo spinner seja mais dificil de atingir, é preciso bons pulmões :mrgreen:

Força nas canetas pessoal,
Luis Marques...
 

GTMiguel

Member
Na minha opinião usar mais a rotação ou a força tem a ver com a estatura fisica. Acho que o pessoal mais forte/pesado usa mais a força enquanto que o pessoal mais leve usa mais a rotação. Isto pelo menos é o que vejo no pessoal que costuma andar comigo. Ou será apenas coincidênca?


ruimatias a data de 21 de Maio para o Alvalade-Porto Covo já é certa?
 

ruimatias

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ruimatias a data de 21 de Maio para o Alvalade-Porto Covo já é certa?

Meu amigo
Claro que vai ser dia 21 de Maio de 2006
Deves ter folheado a revista BIKEMAGAZINE que por lapso se enganarão na data
 

Honda

Member
Eu sempre preferi pedalar em força... mas tenho notado melhoras ao pedalar em rotação, e os joelhos têm agradecido, mas uma coisa é certa é preciso ter uma boa capacidade toraxica.
 

ruimatias

New Member
Enviado por: LuisMarques
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Sim senhor rui, encontras-te algo muito importante, eu faço parte dos spinner's e o Hugo Carvalho é um smasher "aquele gajo tem cá uma força " mas a diferença de resultados não se faz sentir, vamos ver com o tempo quem é que se queixa mais dos joelhos

Penso que o estilo spinner seja mais eficaz, o Prof. Cabrita também o utiliza, mas por sua vez temos o José Henriques que é um smasher por isso penso que depende de cada um...

Vai também da resistência de cada um, penso que o estilo spinner seja mais dificil de atingir, é preciso bons pulmões

Força nas canetas pessoal,
Luis Marques...

Tu um spinner :rotfl:
Eu bem vi na arrabida na chamada subida do fim do mundo ou como se chama

Ias com o prato 32 e um 24 na cassete :|
E eu com prato 22 e um 34 na cassete :roll:
Isto reparei eu no pouco que te consegui acompanhar
 

LuisMarques

New Member
ruimatias said:
Tu um spinner :rotfl:
Eu bem vi na arrabida na chamada subida do fim do mundo ou como se chama

Ias com o prato 32 e um 24 na cassete :|
E eu com prato 22 e um 34 na cassete :roll:
Isto reparei eu no pouco que te consegui acompanhar

:shock: :shock: :| :| :s :s :shock: :shock: :shock:

Bem rui se calhar tens razão, mas devias ver o Hugo, eu devo ser 1 pequeno smasher :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

1 abraço e até breve

Força nas canetas pessoal,
Luis Marques...
 

balek

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Boas

Expliquem me uma coisa, acompanhei a ultima volta a França e por varias vezes vi nas subidas o Lance Armstrong a subir em pé (como se nada fosse) e os adversários a subir sentados (com a língua de fora). Para subir em pé não se vai com uma mudança mais pesada? Ou será que o Lance Armstrong é mesmo do outro mundo, é spinner e smasher quando quer?
 

manso

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Na minha opinião um "spinner" é sempre um isso, ou seja, mesmo quando vai em pé terá uma rotação mais elevada que os "smashers" em pé.

A questão essencial que o artigo levanta é: tenham cuidado com as articulações e não abusem da força.

Há pessoas que se dão bem com o spin alto (spinners), que geralmente são mais pequeninas (escaladores), enquanto que outras só andam bem com spin mais lento (roladores), geralmente tipos altos e possantes.

Mas é claro que a excepção confirma a regra e felizmente nem todos cabemos nestes 2 sacos.

Mas quanto a ir à vontade ou não, isso já vem mais da forma fisica que da velocidade de rotação...
 

LuisMarques

New Member
balek said:
Boas

Expliquem me uma coisa, acompanhei a ultima volta a França e por varias vezes vi nas subidas o Lance Armstrong a subir em pé (como se nada fosse) e os adversários a subir sentados (com a língua de fora). Para subir em pé não se vai com uma mudança mais pesada? Ou será que o Lance Armstrong é mesmo do outro mundo, é spinner e smasher quando quer?

:mrgreen:Como grande fan do Lance sei bem como ele é :mrgreen: ele no fundo no fundo é um smashers, quando fazem aquelas medições em Waths, potência de pedalada, ele é sempre o melhor :twisted:

Há uns anos atrás ele era dos poucos a ter mais de 400waths de potência de pedalada, mas na última volta à França salvo erro, já haviam 23 ciclistas que passavam dos 400 :shock:

Mas ele em provas não utiliza essa sua força descomunal, usa a sua grande capacidade pulmonar, ele começa a produzir ácido láctico muito depois dos outros, utilizando cadências muito elevadas com grandes desmultiplicações, o que o torna um spinner :mrgreen: :mrgreen:

Força nas canetas pessoal,
Luis Marques...
 

Pupas

Member
Eu sigue o modelo spinners porque se rola mais facilmente e é mais rapido e seguro para se adequirir a forma e os joelhos agradecem, se bem que o modelo smashers por vezes faz muita falta mas é muito mais perigoso, Patani tambem usava este modelo mas neste modelo não se pode falhar ao puxar o pedal para cima e não só empurrar para baixo.


Fotos em movimentos
 

TheTraveler

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March 10, 2006

fitness question
chris carmichael health and fitness
(Artville)
For the best workout when cycling, is it best to pedal at a higher rpm in a low gear or a lower rpm in a high gear? What are the advantages of each?

— Somebody in...
Chicago, IL



fitness answer

Ah… the cadence question. Whether 'tis nobler in the legs to pedal hard and slow or to take strokes lightly, and by pedaling fast, save energy? All right, the strained Shakespeare reference aside, the question of whether it's better to pedal slow or fast depends on your training goals.

Exercise leads to fatigue, and the cadence you use during cycling can affect how fatigue impacts your riding. When you pedal slowly, you're pushing against more resistance with each pedal stroke, which means you have to recruit a lot of muscle fibers in your legs to generate enough power to keep going. The trouble is, many of those fibers fatigue quickly, no matter how fit you are. Pedaling faster reduces the resistance you're pushing against with each stroke, which shifts a good portion of the stress of pedaling from your leg muscles to your heart and lungs. Since your heart and lungs don't fatigue the same way skeletal muscles do, this shift allows you to keep riding longer before your legs get tired.


Now, if you are looking to increase leg strength and your ability to accelerate fast and sprint, then low-cadence, high-resistance intervals are important for your training. By demanding more power against a big resistance, these intervals are similar to weight lifting on the bike and lead to neuromuscular adaptations that lead to increased recruitment of fast-twitch muscle fibers. In the end, you'll develop the ability to accelerate and sprint faster.

Sample Workout: Muscle Tension
Find a gradual climb (5 to 8 percent), shift into a big gear that you can only push at a cadence of 50 to 55 rpm. Stay seated and relax your upper body, and focus on pulling your feet back through the bottom of the pedal stroke and pushing forward over the top of the stroke. Continue grinding your way uphill for five to eight minutes, rest ten minutes, and repeat for a total of two or three intervals.

High-cadence cycling received a lot of attention during Lance Armstrong's first Tour de France victory in 1999 because his pedal speed in the mountains and time trials was notably faster than his rivals'. During his comeback from cancer we discovered that he could produce more power, go faster, and maintain that speed longer by pedaling faster instead of harder. Cancer peeled 17 pounds of muscle from his frame, and mashing big gears with that remaning muscle led to fatigue very quickly. As a result, it made sense for him to purposely shift as much work as possible from his leg muscles to his aerobic engine.

Pedaling faster puts more stress on your aerobic system, but with training, your aerobic system will adapt and you'll be able to sustain a high pace on flat ground and hills for longer periods of time.

Sample Workout: Fast Pedal
On a relatively flat road, shift into an easy gear and bring your cadence up to 15 to 16 pedal revolutions per ten-second count. This equates to a cadence of 90 to 96 rpm. Stay seated with your upper body relaxed, and try to pedal even faster while keeping your hips from bouncing. If your hips start to bounce on the saddle, you're pedaling faster than you can control, and you should back off until you can pedal smoothly again. Intervals should be five minutes of continuous pedaling, separated by five to ten minutes of normal cruising cadence riding.

IN: http://outside.away.com/outside/bodywork/carmichael-20060310.html
 

Rui Meireles

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Vim pescar este tópico, enterrado há quase ano e meio, uma vez que andava à procura de esclarecimentos neste aspecto. Posso dizer que fiquei bastante esclarecido com o que se disse.

Toda a minha vida fui um Smasher. Praticamente nunca usava o carreto menor à frente, e nas subidas em estrada fazia tudo por tudo para não ter que descer do maior para o intermédio. Achava que desta forma ficaria com pernas mais fortes, e podia gabar-me de ser, achava eu, melhor ciclista. :roll: Se via alguém a pedalar a alta rotação pensava: "Fraquinho... :twisted:"
Em subidas muito íngremes ficava com rotações MESMO muito lentas. Como resultado, em voltas longas chegava a ficar com início de câimbras, e até com medo de não conseguir voltar para casa (isto faz-me lembrar a subida para Dem...)

Aliás, eu de vez em quando costumo correr (10Km, + ou -), e sempre gostei de ter um ritmo constante, respiração 2/3 (inspirar 2 passadas, expirar 3 passadas - faço mais ou menos o mesmo de bicicleta), com passadas grandes, que vou alargando/encurtando nas descidas/subidas, de modo a que a respiração se mantenha constante. O meu pai e muitas outras pessoas, ao contrário de mim, usam uma passada bastante mais curta e muito mais rápida. Ou seja, uso passada lenta, como na bicicleta.

Fiquei uns anos praticamente sem pegar na bicicleta. Agora, no meu regresso, já mais maduro e sem necessidade de provar o que seja a ninguém :choneh:, pensei: "E se experimentasse usar uma pedalada de maior rotação?"
Resultado: Embora sinta que assim não tenho a mesma aceleração, nem completo as subidas tão depressa, sinto que termino um passeio de 30/40 km com energia para fazer outros tantos! Nunca mais tive câimbras, e as subidas ficaram mais lentas mas muito mais fáceis. Mas a grande diferença que noto é que chego ao fim dos passeios a dizer sempre o mesmo: "Não estou nada cansado!!!" :shock: No entanto, notei um aumento nas pulsações. Só espero que, poupando as pernas, não esteja a dar demasiado esforço ao meu sistema cardio-vascular.

Para já vou tentar manter os meus treinos com alta rotação e talvez no futuro tente ter um estilo misto, adaptando-me ao terreno, isto é, se vejo que uma subida é curta torno-me Smasher (para a fazer mais rapidamente), se vejo que é longa torno-me Spinner (para ter a certeza que a completo :mrgreen:). Além disso, agora que descobrei que Smashing pode originar lesões nos joelhos, mais razão tenho para adoptar estilo Spinner!
 
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