Carecovzki
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Bem finalmente chegou o dia pelo qual esperei longas semanas... tudo começou quando testei uma Cannondale FS-i Carbon 2 e disse na loja que tinha curiosidade em depois experimentar uma 29er FS para ver a diferença de comportamento entre 29er rígida e uma de suspensão total. Parece que a Spark estava ali escondida atrás de mim a ouvir a conversa... depois de uma breve olhada para a bike reparei logo no espigão telescópico e algo me disse que aquilo queria ripar a sério já que fazia assim tanta questão que lhe baixasse o selim em andamento. É um pormenor que leva as coisas a outro nível na minha opinião.
Fui paciente e eis que recebi notícia de uma acabadinha de chegar para testes e fui o segundo a andar nela após a volta inaugural do proprietário da loja. Preparámo-la com um setup apropriado ao meu peso com 25% de sag na frente e 30% atrás e aproximadamente 2bar nos pneus já convertidos em tubeless. (Mais tarde apercebi-me que o Maxxis Forecaster atrás talvez precisasse de ligeiramente mais pressão pois bati numa pedra a rolar e o impacto contra o aro ofendeu o pneu de lado impossibilitando que vedasse. Tive de recorrer a câmara de ar para me safar embora o furo fosse lento.)
Pessoalmente gosto do setup da transmissão com prato único tal como uso na minha bike de enduro e isso tornou a experiência nesta bike bem familiar. No cockpit torna-se tudo mais simples e se tivermos em conta que a Spark vem equipada com twin-lock para controlar remotamente e em simultâneo o amortecedor e suspensão creio o facto de possuir prato único favorece a gestão de comandos no guiador. (Imagino a trabalheira que seja para um rider gerir 2 shifters + twinlock + dropper post!!! Para não falar da dor de cabeça que deve ser a manutenção de tantos cabos...)
A plataforma ciclística é muito boa tal como me foi mostrado na loja com o funcionamento do amortecedor em andamento. O twin-lock é uma grande mais-valia da marca e algo que sempre gostei bastante que permite ajustes precisos on-the-fly sem qualquer dificuldade. Apesar de se poder usufruir deste comando para trancar total ou parcialmente o amortecimento da bike acho que mesmo na posição aberta a bike permite uma pedalada bastante eficaz sem existir a sensação do dissipar da energia com o efeito do "pedal-bob" que é mínimo mantendo sempre uma ciclística muito reactiva.
Depois do uso que dei à bike com o sag que mencionei antes posso dizer que nunca fiz bottom-out aos 120mm de curso da suspensão e amortecedor. Sente-se a rigidez característica de um quadro específico para XC nos impactos mas com o rebound bem ajustado (mais lento atrás e intermédio/rápido na frente) a bike reage sempre de forma muito controlada após o ciclo de compressão. Nunca senti a bike nervosa ao ponto de me sacudir descontroladamente depois dos impactos o que me agradou e confesso que me deixou surpreendido.
Dá-me sensação que a base é um pouco comprida entre eixos mas digo-o sem grande experiência pessoal em 29ers especialmente de suspensão total. Talvez ainda não esteja bem familiarizado com o tamanho das rodas e por outro lado também creio que o ângulo de direcção contribua para esse efeito que senti. Quando a isto não posso dar uma opinião demasiado fiável... talvez seja uma questão de habituação.
No entanto não senti perda de agilidade a manobrar a bike e até posso dizer que o peso (não) se faz sentir no que toca a puxar a bike de um lado para outro no ar pois isto faz-se com uma facilidade tremenda e dei por mim a encaixá-la com extrema facilidade onde na minha bike de enduro que é mais pesada e ainda 26er me parece dar mais trabalho ou precisar de mais velocidade. Em curvas houve só um caso em particular que me deixou frustrado por não conseguir encaixar lá a bike mas prefiro atribuir as culpas ao estado do piso que estava escorregadio depois de uma manhã de chuva e era uma zona demasiado técnica do que culpar o tamanho das rodas. Talvez com um pneu à frente ligeiramente mais agressivo nas laterais ajudasse a ganhar uns pontos extra nesta situação em particular.
Em relação a tracção quando vamos a vergar os cranks a pedalar à bruta, a subir e até mesmo de pé tenho de dizer que esperava sentir a bike a derrapar e para minha surpresa ela continuava a morder bem o piso e a subir sem hesitação. Isto pode não se aplicar em todas as condições mas onde o fiz esperava um resultado menos favorável e enganei-me.
Resta-me deixar o video que editei com filmagens desta tarde aos comandos da Spark para tirarem as vossas próprias conclusões.
[video=youtube_share;Mc6ZfQ7q158]https://youtu.be/Mc6ZfQ7q158?list=PL_fgiw3Ih19YnO7Nvk73whVuqlfJ9_QT H[/video]
Se não conseguirem o video em dispositivos móveis devido aos conflitos de áudio (parvoíce) do youtube deixo este link alternativo para a minha página do Facebook:
https://www.facebook.com/carecovzki2011/videos/1329659010427686/
No final esperava ver a bike com o "berço" inferior do amortecedor cheio de lama e afinal de contas praticamente nada é projectado para o seu interior além de ligeiros salpicos como se vê nas imagens abaixo.
Fui paciente e eis que recebi notícia de uma acabadinha de chegar para testes e fui o segundo a andar nela após a volta inaugural do proprietário da loja. Preparámo-la com um setup apropriado ao meu peso com 25% de sag na frente e 30% atrás e aproximadamente 2bar nos pneus já convertidos em tubeless. (Mais tarde apercebi-me que o Maxxis Forecaster atrás talvez precisasse de ligeiramente mais pressão pois bati numa pedra a rolar e o impacto contra o aro ofendeu o pneu de lado impossibilitando que vedasse. Tive de recorrer a câmara de ar para me safar embora o furo fosse lento.)
Pessoalmente gosto do setup da transmissão com prato único tal como uso na minha bike de enduro e isso tornou a experiência nesta bike bem familiar. No cockpit torna-se tudo mais simples e se tivermos em conta que a Spark vem equipada com twin-lock para controlar remotamente e em simultâneo o amortecedor e suspensão creio o facto de possuir prato único favorece a gestão de comandos no guiador. (Imagino a trabalheira que seja para um rider gerir 2 shifters + twinlock + dropper post!!! Para não falar da dor de cabeça que deve ser a manutenção de tantos cabos...)
A plataforma ciclística é muito boa tal como me foi mostrado na loja com o funcionamento do amortecedor em andamento. O twin-lock é uma grande mais-valia da marca e algo que sempre gostei bastante que permite ajustes precisos on-the-fly sem qualquer dificuldade. Apesar de se poder usufruir deste comando para trancar total ou parcialmente o amortecimento da bike acho que mesmo na posição aberta a bike permite uma pedalada bastante eficaz sem existir a sensação do dissipar da energia com o efeito do "pedal-bob" que é mínimo mantendo sempre uma ciclística muito reactiva.
Depois do uso que dei à bike com o sag que mencionei antes posso dizer que nunca fiz bottom-out aos 120mm de curso da suspensão e amortecedor. Sente-se a rigidez característica de um quadro específico para XC nos impactos mas com o rebound bem ajustado (mais lento atrás e intermédio/rápido na frente) a bike reage sempre de forma muito controlada após o ciclo de compressão. Nunca senti a bike nervosa ao ponto de me sacudir descontroladamente depois dos impactos o que me agradou e confesso que me deixou surpreendido.
Dá-me sensação que a base é um pouco comprida entre eixos mas digo-o sem grande experiência pessoal em 29ers especialmente de suspensão total. Talvez ainda não esteja bem familiarizado com o tamanho das rodas e por outro lado também creio que o ângulo de direcção contribua para esse efeito que senti. Quando a isto não posso dar uma opinião demasiado fiável... talvez seja uma questão de habituação.
No entanto não senti perda de agilidade a manobrar a bike e até posso dizer que o peso (não) se faz sentir no que toca a puxar a bike de um lado para outro no ar pois isto faz-se com uma facilidade tremenda e dei por mim a encaixá-la com extrema facilidade onde na minha bike de enduro que é mais pesada e ainda 26er me parece dar mais trabalho ou precisar de mais velocidade. Em curvas houve só um caso em particular que me deixou frustrado por não conseguir encaixar lá a bike mas prefiro atribuir as culpas ao estado do piso que estava escorregadio depois de uma manhã de chuva e era uma zona demasiado técnica do que culpar o tamanho das rodas. Talvez com um pneu à frente ligeiramente mais agressivo nas laterais ajudasse a ganhar uns pontos extra nesta situação em particular.
Em relação a tracção quando vamos a vergar os cranks a pedalar à bruta, a subir e até mesmo de pé tenho de dizer que esperava sentir a bike a derrapar e para minha surpresa ela continuava a morder bem o piso e a subir sem hesitação. Isto pode não se aplicar em todas as condições mas onde o fiz esperava um resultado menos favorável e enganei-me.
Resta-me deixar o video que editei com filmagens desta tarde aos comandos da Spark para tirarem as vossas próprias conclusões.
[video=youtube_share;Mc6ZfQ7q158]https://youtu.be/Mc6ZfQ7q158?list=PL_fgiw3Ih19YnO7Nvk73whVuqlfJ9_QT H[/video]
Se não conseguirem o video em dispositivos móveis devido aos conflitos de áudio (parvoíce) do youtube deixo este link alternativo para a minha página do Facebook:
https://www.facebook.com/carecovzki2011/videos/1329659010427686/
No final esperava ver a bike com o "berço" inferior do amortecedor cheio de lama e afinal de contas praticamente nada é projectado para o seu interior além de ligeiros salpicos como se vê nas imagens abaixo.
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