Olá viva
Antes de mais, o meu pedido de desculpas ao PJFA e ao Varadero. O outro elemento com T-shirt dos “À Borliu” era eu. Foram uns escassos milésimos de segundo que trocamos palavras. E isto sucede porque fui para Portalegre com uns amigos que fizeram a meia maratona e que regressaram depois do passeio. Eu só voltava no domingo depois do downhill urbano. Portanto, regressei noutro carro. Por conseguinte, na manhã da prova foi um corropio a mudar as tralhas de um carro para outro, com a agravante de um estar estacionado perto do pavilhão desportivo e o outro no estacionamento oposto, perto do pavilhão onde jantamos.
Relativamente à 6ª edição da maratona de Portalegre. Eu gostei muito. E foi duro. Contudo fiquei contente comigo mesmo porque fiz 9h34m. Se bem me recordo, pelos 15 Km já tinha gasto 2 horas e tal pelos monumentais engarrafamentos. Cheguei às antenas já passava das 12h30. Julgo que uma das formas de ultrapassar esta situação, consiste em frontais diferenciados para a maratona e para a meia maratona e os participantes nos 100 km partirem 60 minutos mais cedo. É apenas uma sugestão porque nem sei se é possível esta opção de duas partidas.
Outra situação de que não gostei, foi a distância entre o 1º e o 2º posto de abastecimento. Não me alongo mais porque concordo com o Ludos.
Quanto aos banhos! Mais uma banhoca gelada. De facto, também não sei como é que se aquece água para milhares de pessoas. Outra sugestão. Há parques de campismo que nos limitam o tempo de duche com água quente, através de umas fichas. É possível uma adaptação deste sistema às provas de BTT? Sinceramente não sei...
Por último uma critica pertinente e que tem que ser revista. Um amigo meu caiu numa das descidas e embrulhou-se com calhaus, com a bicicleta, com terra e o que mais houvesse por lá. Eu só vi a nuvem de pó. Depois de estarmos uns largos minutos sentados para ele recuperar, continuamos. Chegados cá abaixo, dirigimo-nos para aos bombeiros e uma vez que ele estava com dores no ombro e braço, pedimos o spray milagroso, ou uma pomada ou gel. Sabem qual foi a resposta? Não tinham. Esta é uma situação que tem que ser obrigatoriamente revista. A única consequência, é que à noite no bar junto ao jardim, ele não conseguia brindar... mas conseguia beber. E que bem que sabia a imperial nessa noite. As rápidas melhoras para todos os que cairam.
Tudo o resto que ocorreu foi bastante positivo. A amabilidade e simpatia dos povos, os abastecimentos, a assistência mecânica, sinalização do percurso e dos locais de perigo, a vigilância nos cruzamentos com as estradas, a zona de planície, os montados, os trilhos, os ribeiros, o jantar... portanto os meus parabéns à organização.
Para terminar. Desde 2005 que amigos meus me empurram para esta maratona. Eu sempre recusei. Um dos motivos é o número de participantes. Este ano participei. Só tenho que agradecer-lhes a insistência para que eu fosse. Á uma imagem que dificilmente se apagará da minha memória. É o mar de gente, o arco íris das camisolas nos caminhos rurais. Este é um quadro que tentarei nos próximos anos, rever.
Até Idanha-a-Nova. Estamos juntos.
Vemo-nos nos trilhos...forte abraço