Deixo aqui as minhas impressões da 2ª meia-maratona do BTTSor (60km).
A nível de indicações para quem chegava a Ponte de Sôr, só vi as do local do banho. Juntamente com o dorsal foi fornecido um pequeno mapa com as localizações relevantes, mas mesmo assim era necessário encontrar antes o Secretariado. Porém o mais difícil de encontrar foi mesmo o local do almoço, que não tinha qualquer sinalização.
Agradecemos o reparo e pedimos as nossas desculpas pelo sucedido. Para o ano a localização do secretariado será, certamente, colocada, atempadamente, no nosso site. A restante informação será colocada ao dispor dos atletas naquele local e em mapa a colocar junto dos brindes.
O percurso da meia-maratona foi muito variado. Além das zonas rolantes, havia travessias de cursos de água, carreiros de pé posto, subidas e descidas íngremes e suaves, algumas com piso muito solto, e zonas não cicláveis. Para um participante médio, foi necessário desmontar com frequência.
A mãe Natureza tem destas coisas e, para apreciarmos a plenitude da sua beleza, temos, por vezes, de sentir aquele calor que só pode vir do esforço de nos superarmos. Grandes aventuras do BTT, como a TransRockies, o Cape Epic, a Ruta de los Conquistadores, etc, são conhecidas pela sua dureza. São provas onde se fazem maratonas a pé. Portalegre tem muito maiores extensões em que se exige o máximo dos atletas e muitos só conseguem superar os obstáculos a pé. Por vezes andar a pé é fazer BTT e é sabido que andar a pé faz bem. Não vejo porque não podemos ter uma centena ou duas de metros em que alguns atletas têm de desmontar, nem porque razão isso é criticável.
O único factor prevalecente em todo o percurso foi a areia que, surgindo frequentemente, obrigava a cuidados redobrados.
Na minha opinião seria útil alertar com antecedência os potenciais participantes para o tipo de percurso escolhido pela organização, porque nem toda a gente tem os mesmos gostos e preferências.
Isso é verdade, nem todos temos os mesmos gostos mas, isso implica que quando há lama se diga que há lama, pedra quando há pedra, água quando há água... Penso que o tipo de terreno não deve ser desculpa para a falta de pernas.
As marcações foram razoáveis, estando assinalados quase todos os locais potencialmente perigosos, ou permanecendo junto aos mesmos um elemento da organização. É de realçar o bom acompanhamento da prova pela organização.
Tantos elogios e ficamos pelo "razoáveis"!
Os abastecimentos foram muito bons. Bolinhos deliciosos e pessoal simpático, inclusive à partida, bebidas à chegada.
Com "mines" e sandes de carne assada!
O local dos banhos (não me recordo se havia mais que um) era algo acanhado e a temperatura da água não regulável.
Nós gostaríamos de poder oferecer mais mas, infelizmente, nas nossas cidades do interior, por vezes, não temos mais para dar. Lembro-me de já ter tomado um duchinho bem fresquinho, num local onde só cabíamos dois de cada vez e se batia com as mãos no tecto. Foi um espectáculo!
O almoço, que incluía bons aperitivos regionais, uma excelente sopa de peixe, três variedades de carnes grelhadas, fruta, arroz doce e bebida à discrição foi, desafortunadamente, servido em pratos de plástico. Até os talheres eram de plástico, o que tornava a tarefa de cortar os grelhados bem interessante. Os comensais sentavam-se em bancos corridos de metal.
É aqui o factor preço tem que ser tido em conta. Actualmente, 25€ ainda é um preço acima da média para uma maratona, por isso quem está presente legitimamente esperará uma experiência acima da média. Neste sentido, banhos assim-assim, almoço com pratos e talheres de plástico e bancos de ferro não são admissíveis quando outras organizações já demonstraram que se consegue fazer melhor a um preço menor.
E os amigos, a companhia, as fresquinhas, a carninha? Estavam boas? Nós também gostávamos que tudo fosse perfeito para toda a gente mas, nesse caso, com o tipo de apoios que se conseguem, os vinte e cinco euros (habituais em muitas maratonas nos dias que correm e já desde há uns anos) não chegavam para vos oferecer o que vos foi proporcionado nesta maratona.
Corrigidos estes (relativamente pequenos mas significativos) pormenores, a maratona do BTTSor poderá tornar-se um evento de referência no BTT nacional.
P.S. Duas questões específicas:
- A classificação da meia-maratona em
www.bttsor.com contém alguns lapsos: há dois concorrentes classificados em 61º lugar, não há 109º nem 110º classificados(as);
- Tenho algumas dúvidas relativamente aos tempos publicados. Tanto eu como um amigo, chegados com 20 minutos de diferença, notámos um tempo final com cerca de 15 minutos a mais relativamente ao marcado pelo (habitualmente muito fiável) ciclómetro. Alguém mais notou o problema?
Penso que estes dois pontos já foram respondidos.