Sendo importador do MagikSeal (concorrente da Slime), não posso fazer afirmações acerca dos resultados
laboratóriais e ensaios do Slime, mas sendo tambem uma marca Americana em que o mercado é bastante
mais exigente antes de permitir que um produto seja comercializado, e tendo em conta que o Slime está
no mercado há mais de uma decada, não me parece que seja incompatibilidade com o Slime. O Slime modificou
a sua fórmula há poucos anos atrás e apesar de continuar muito mais espesso que o MagikSeal e utilizar
tiras de borracha em vez de fibras mais leves, tem como componente principal liquido, o propileno Glicol (antigamente
tinha etileno glicol que era tóxico) que não reage quimicamente com a borracha (se tivesses colocado um produto autovedante ou anti furos a base de latex, podias ter alguma razão em pensar que poderia ter havido reacção química adversa, mas não é o caso).
Não basta veres telas fora da borracha para assumir reacção química. É comum as telas sairem da borracha
em pneus de automóvel ou camiões que andam com pressões demasiada reduzidas em asfalto por exemplo.
(a parede lateral sofre tanta deformação constante com pressões demasiada baixas, que somado ao
calor do asfalto podem levar as telas a romper a parede especialmente no verão. Nunca repararam na
quantidade de pneus rebentados a beira das estradas e autoestrada a caminho do Algarve no verão ?).
O propileno glicol e etileno glicol ajudam a estabilizar a temperatura interior do pneu de modo que até
ajudam a evitar sobre aquecimento e rebentamento das telas.
Os fabricantes de pneus nem sempre mantem os mesmos padrões de fabrico, de modo que podem
apareçer pneus com defeitos numa determinada serie. Quem estiver mais dentro do mercado automóvel
de certeza que irá se lembrar da bronca que houve há uns anos atrás entre a Ford e a Bridgestone por
causa de pneus de jipe que andavam a rebentar numa serie de jipes lançados nos EUA. Foi uma guerra
judicial incrivel em que a Bridgestone culpava a Ford, a Ford culpava a Bridgestone, e os muitos acidentados
(este jipe em particular tinha tendencia para andar as cambalhotas quando rebentavam esses pneus
no calor das estradas nos EUA em alguns estados), queriam era indeminizações. Finalmente se descobriu
que os pneus em causa estavam a ser fabricados numa subsidiaria num pais da America Latina que não
estava a comprir com os requisitos rigorosos da Bridgestone.
Em pneus Todo Terreno é sempre mais complicado provar seja o que for devido aos impactos que
se podem esperar (impactos laterais podem danificar tela), mas cabe ao consumidor final escolher a
marca de pneus que melhor aguenta o tipo de BTT que se pratica.
Abraços,
Navid "Fura-KungFu"