11/MARÇO/2012-" por cabeços e vales de pedra"- II
Do estacionamento do Intermarché em Porto de Mós, olhamos para a Serra da Pevide (ou da Mina) e sabendo que o nosso primeiro destino passava por ali, ficamos logo com a ideia de “descolagem “!?!?! Aquela sensação que se experimenta quando viajamos de avião e o aparelho, para se alcandorar às alturas, puxa pelos motores ao máximo por forma a vencer a gravidade.
Foi assim que me senti à medida que, paulatinamente, ia subindo pela
Corredoura, por uma estradão em gravilha e, concomitantemente, ia negociando o melhor caminho, entre os regos espalhados pelo mesmo. Ao chegar ao miradouro onde se inicia a
ciclovia da corredoura, o meu motor entrara em “red line” e o calor que, àquela hora matinal, já se adivinhava vir a ser de Verão (!?!?!),não ajudava, em nada, à refrigeração do “motor”. :doente:
Valeu aqui ,poder escolher seguir pela ciclovia plana e atapedada de bom piso, para estabilizar as pulsações e não comprometer o resto da viagem. Seguimos assim, durante cerca de 6 quilómetros pelo caminho onde antes era
Caminho de Ferro Mineiro do Lena
Pouco depois de
Vale Figueirinhas, entrámos no alcatrão e durante aproximadamente 3 quilómetros fomos percorrendo neste piso a
Bezerra , Vale da Portela e
Portela de Vale de Espinho de onde divergimos ao encontro do
single track do Vale de Espinho onde, depois de quilómetro e meio de diversão, :yeah: desembocámos no estradão que nos leva a
Alqueidão do Arrimal .
Na
Lagoa grande do Arrimal, fizemos a primeira paragem do dia, apreciando a lagoa e enchendo os “reservatórios” de energia.
Mais uma vez, seguimos com um mistura de alcatrão e estradão até
Bemposta e depois
Mendiga. Nesta localidade, mostrava-se altaneiro à nossa frente o
Cabeço da Giesteira e, como o que tem que ser tem muita força – ou alguma- lá fomos subindo pelo estradão em gravilha solta até nos
“aplanarmos” no alcatrão até que o deixámos antes do
Cabeço das Pombas.
Começava aqui , no
planalto da Serra de São Bento ,o primeiro contacto com os campos de Lapiás - formações típicas de relevos cársicos- e entrámos em caminhos agrícolas e terrenos pastorícios que indiciam a principal atividade agrícola desta zona.
Foi assim que, vagueando pelos habituais muros e muretes e por um outro single track, emparedado entre aqueles labirínticos caminhos, chegámos ao
Covão do Sabugueiro e depois de um rápido estradão em gravilha chegávamos ao
alto do Patelo e ao inicio do lado Sudeste da
Costa de Alvados.
Desta vez, fizemos este trajeto no sentido Sudeste-Nordeste o que, embora crie uma maior dificuldade em fazer a parte entre-muros, por ser ligeiramente a subir e com "degraus" em pedra e laje, esta pequena contrariedade é largamente compensada, quando a seguir se nos apresenta a parte
“despida” da costa onde também se inicia a ligeira descensão que nos permite, sem quase pedalar, usufruir do "paisagístico" e vertiginoso
single track sobre a ribanceira.
Depois dos mais de 4 quilómetros pela
Costa de Alvados, chegámos ao momento técnico do percurso; a
“diagonal”, assim epitetada por se assemelhar a um perfeito traço desenhado a diagonal pela Costa de Alvados, feito por um qualquer projetista radical.
O piso é feito de pedra solta e protuberante, de
drops pouco ou muito acentuados, que nos dão uma incessante trepidação durante cerca de um quilómetro e que nos deixa, no final, uma sensação de ardor nas mãos e formigueiro nos pulsos e os discos de travão ao rubro.:yeah::yeah::yeah::cl::cl::cl::hehe::hehe:
Estávamos agora na
Lagoa de Alvados e percorremos o estradão até
Zambujal de Alcaria e depois abandonando o alcatrão até ao vale do
Castanhal e de aí sempre a subir por estradão até sairmos deste para nos dirigirmos ao divertidíssimo
single track de
Covão de Olés....
Aqui, percorremos quilómetro e meio de maravilha
Singletrackiana seguido de um estradão rápido enclaustrado entre o vale de
Casais dos Vales.:yeah:
Da melhor maneira se estava quase a acabar este percurso e logo entrámos no alcatrão que nos levou a passar de raspão por
São João Baptista, depois
Eiras de Lagoa e de aí a nada em Porto de Mòs, local de início.
48 km com quase 1.000 de acumulado de subidas, foi o menu apresentado e avidamente consumido. Venha mais.
Aqui fica o track GPS do percurso:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=ctekzwjovhwlznby