Vivam,
Parabéns a toda a organização por uma, na minha opinião, grande prova e parabéns a todos os concorrentes por se aventurarem nesta maratona, em especial aos riders da versão extreme – muitos parabéns ao grande José Silva!
- Percurso com planos e descidas rolantes para ajudar a descansar das 4 ou 5 grandes subidas (não muito longas mas bem inclinadas - a última “parede” pareceu-me difícilmente ciclável), mas sem esquecer alguns single-tracks, incluindo o, super-single, da levada do Ocreza. Os trilhos à beira dos rios e das ribeiras são refrescantes e de uma grande beleza.
- Excelente sinalização, excepto à chegada, numa rotunda da Zona Industrial (que fiz por 2 vezes) e na viragem para o C.C.Allegro – nem o percurso gravado no Garmin me livrou de fazer mais 5 Kms...
- ZAs com abastecimentos suficientes e uma oferta rara: água fresca!
- Elementos da organização simpáticos e prestáveis – muito obrigado ao “mestre” da moto4 que me foi buscar a uma rotunda, quando já só conseguia pedalar a descer...
- Balneários impecáveis.
- O almoço estava saboroso (mesmo às 6 da tarde) e as imperiais valeram-me por todas as sobremesas...
Talvez se possa melhorar num ou noutro aspecto – sobretudo para os menos bem preparados, como eu:
- O último terço do percurso, apesar da travessia de duas ribeiras, pareceu-me demasiado exposto ao sol, com raras passagens por pinhal fechado (ou por qualquer sombra); mesmo com o risco de perder pistas rolantes (de que tanto gosto) tenho que concordar com o F.Caçador (cumprimentos) e pedir mais trilhos ou caminhos no meio dos inúmeros pinhais. Assim quebra-se alguma monotonia dos estradões e, sobretudo, ganha-se mais alguma sombra – nem quero pensar no que seria se estivessem mais 3 ou 4 graus...
- o ST da levada do Ocreza é, para mim, impressionante e quase no limite do “trilho ciclável sem sujar o calção”; ajudava muito se as 4 ou 5 mini-derrocadas que o atravessam, próximo do seu final, fossem bem reparadas – montar e apear de um quadro XL, calçado com uns 45, não é a melhor das manobras num trilho daqueles...
- A lavagem das bikes, para alguns um preciosismo, pode poupar 20 min. (a lavá-la numa estação de serviço) que valem ouro, a um domingo depois de 400 ou 500Kms de carro (+90 de bina)...
- A rever a questão das marcações (fitas) desaparecidas; o ano passado aconteceu-vos a meio do percurso e este ano aconteceu mesmo no final. Não consigo descrever a desilusão / quebra de moral / tristeza quando me vi às voltas na Z.Industrial, com a noção de estar tão perto da meta e sem nenhuma sinalização (nem ninguém a parar para me dar uma indicação). Mesmo em último, ninguém gosta de andar às voltas a 2/3 Kms da meta!!
- Se não conseguirem que o São Pedro mantenha a temperatura máxima ao nível desta edição, tentem adiantar a prova 2 ou 3 semanas. Prefiro morrer afogado, levado pela corrente mais rápida do Ocreza, do que morrer de insolação a 200 Kms da praia...
Para quem gosta de cenários e trilhos isolados, pistas e caminhos com bom piso e 98% cicláveis é só escolher um dos 3 níveis de dureza. Abaixo dos 35º (não levem um Jersey preto, como alguns que p’ra’í andam...) terão um dia de btt inesquecível.
Rui Graça