Jorge Gomes isso não é inteiramente verdade. Os dois travoes ao mesmo tempo são usados apenas para reduzir/controlar a velocidade da bicicleta. Por exemplo se entras numa curva num angulo não tão apertado como o do apoio, tens que travar um bocado com o de trás, para a roda deslizar e encaixar, se travares com os dois vais perder tração nas duas rodas e pode dar tombo.
O controlo da bike vem da experiência, auto confiança e um pouco dos conhecimentos. Tal como diz o Jorge Gomes, os tomates, hehehe, contam muito, mas vêm com as experiências, por exemplo, como se veem muitos: Ah e tal até curtia saber descer como eles mas não tenho tomates e pegam e vão com a bike a mão. LOOOL Se desistirmos logo mal vimos os obstaculos e 100% garantido que nunca os vá passar. Temos que tentar, sempre com um palmo de testa e não nos aventuramos no que sabemos que dá tombo certo e que não temos capacidades para tal, mas ir puxando cada vez mais os limites do que consigamos fazer.
A posição na bicicleta conta muito. A posição ideal é situar o tronco a meio na bicicleta, para ter o centro de gravidade no meio, com o tronco não muito alto, para baixar o centro de gravidade e dar mais establidade, braços abertos para os lados (visto do nosso lado, rider), portanto a fazer uma linha recta se virmos o rider de lado e pernas ligeiramente flectidas para absorvermos os impactos mais facilmente. Depois consoante os obstaculos, com o tempo iras aprender a compensar o movimento da bicicleta com o teu corpo.
Por exemplo numa descida inclinada puxares o corpo para tras e baixares o tronco, para recuares o centro de gravidade para a roda de trás para ela não levantar.
Por incrivel que pareca isto com a experiencia vai se tornar uma coisa natural, e portanto o essencial é sempre tentar.
Depois também vai variar muito do tipo de terreno em que andas, por exemplo, terra solta e "mole" puxares um bocado o peso para trás para não pores muito peso sobre a frente da bike e assim descontrolares-te; pedras soltas ir mais rápido um bocado pois se fores devagar tens muito amis probabilidade de te descontrolares visto que as pedras não estão dispostas uniformemente e portanto a bicicleta vai andar de um aldo apra o outro a contar todas as pedras e a deslizar de um lado para o outro, etc.
O problema das descidas a fundo sem conhecer o caminho advem tambem da confiança nas nossas capacidades que vem com a experiencia e que por último vai nos dar cada vez mais rapidez a analisar os caminhos e escolher as melhores trajectórias no caminho e, consequentemente, podemos ir cada vez mais rápido sem arriscarmos ir ao chão.
PS: Pode ir tentando aprender a fazer bunny hup's, manuais, etc, pois são manobras que o vão realmente ajudar e em algumas situações evitar tombos. Quantas vezes não aparecem buracos ou regos ou até paus atravessados sem nós contarmos.
[video=youtube;QiIunH47qew]http://www.youtube.com/watch?v=QiIunH47qew[/video]
De qualquer forma aconselho-te a veres este video tutorial do actual campeao do mundo de downhill, greg minaar, para teres uma noção mais prática disto:
[video]http://www.videojug.com/film/how-to-descend-on-a-mountain-bike[/video]
Espero ter ajudado,
Cumps,
jOrGe.mRNh
EDIT: danielsilva, os tombos é sinal que estamos a atravessar os limites do que temos capacidade para fazer. Há quem ande sempre de rastos e talvez evolua mais rápido, mas o tombo não é um bem necessário à evolução de um rider na minha opinião. Eu não sou grande rider, mas também não ando amarrado aos travões, e não sou gajo de cair muitas vezes. Talvez porque sou uma pessoa cuidadosa e gosto de calcular os riscos. Talvez por isso ao contrário de muitos colegas nunca andei de braços ao peito, ou de moletas, ou etc.