Quando soube que a Câmara Municipal de Caminha tinha gasto 241.803,18€ a construir uma ciclovia entre V. P. Âncora e Moledo, numa estrada que é habitualmente usada por ciclistas como alternativa à EN13, por ser mais plana, ter menos trânsito e ser à beira-mar, estranhei porque, conhecendo bem a referida estrada sempre achei que, havendo lá espaço suficiente para alargá-la, bastaria para facilitar a vida aos ciclistas, quando muito, criar ciclofaixas para haver espaço de segurança entre os automóveis e as bicicletas. Seja como fôr, nessa estrada havia uma tal massa crítica de ciclistas que os automóveis já se tinham habituado, aí, a respeitá-los e considerá-los parte do tráfego "normal".
No entanto, com este investimento, imaginei-me logo a pedalar numa ciclovia bem sinalizada, com boas ligações a outras vias, cruzamentos, etc. Foi isto que encontrei:
À entrada a gincana habitual entre peões e bicicletas. Neste sítio fiquei na dúvida se se tratava de uma ciclovia ou de um passeio vermelho.
Logo adiante percebi que não era nem uma coisa nem outra, era uma faixa vermelha para colocar sinalização e ...
... painéis informativo-publicitários e caixotes de lixo. Continuei à beira mar em direcção a Moledo, algo aliviado por ter acabado a ciclovia e poder ir normalmente na estrada. Mas tinha de haver mais, afinal gastaram quase 250.000€.
200 metros adiante uma ciclofaixa, de sentido único é certo, mas pelo menos é normal e não custou muito dinheiro,
só não serve é para nada porque com carros estacionados do outro lado, ao cruzarem-se, os automóveis têm de ir por cima da ciclofaixa.
Aqui começam a justificar os gastos. Mas, e agora? Eu venho do outro lado da estrada, aquele sinal obriga-me a ir por ali, a manobra é um pouco perigosa mas como o traço contínuo está apagado, sinalizei com o braço e virei á esquerda. Pior seria se viesse um ciclista em sentido contrário, ou vinha para cima de mim ou se não tivesse uma BTT com uma boa suspensão arriscava-se a empenar uma roda ou até uma queda quando tivesse de passar sobre o lancil do passeio e aterrasse naquela grelha que, muito embora não seja muito visível na foto é bem funda e está bem escondida.
Claro que os peões como ficaram de repente sem passeio não têm outro remédio a não ser arriscar uma colisão com um ciclista.
E esta passadeira (uma de várias iguais) incentiva-os a esse desporto da finta à bicicleta, porque, na ciclovia não há passadeira, mas também não ha passeio, apesar de várias escadas de acesso à praia.
Epá, a estrada para Moledo é para a direita por cima da linha do comboio e a ciclovia segue para a esquerda?!? De certeza que deve ter uma travessia da linha e continuação até Moledo mais adiante, é melhor continuar na ciclovia. Até porque aqui tem traço contínuo, fico fora de mão, posso empenar a roda e nunca se sabe onde poderá estar uma sarjeta assassina.
Logo após a curva, lixei-me!!! E esta estrada não vai dar a lado nenhum. tenho de dar 1/2 volta.
???, obrigatório por onde???, vou mas é seguir à esquerda e continuar pela estrada que já chega de ciclovia. Mas não era até Moledo?
Mais, 500 metros depois!!! Lá venho eu outra vez do outro lado, e agora, tenho de desmontar e ir pela passadeira? Não há outra entrada e o sinal está voltado para cá, portanto, não é de sentido único. É melhor ir bem atento e ter cuidado com os cruzamentos com outros ciclistas que isto de ir de frente para os carros com um lancil destes à beira, capaz de resvalar uma roda para a estrada numa recta destas, é bem capaz de provocar uma colisão a 120 Km/h, 100 do carro e 20 meus, de frente.
Enfim o fim. Ainda por cima estava vento que me empurrava para o lancil, o que valeu foi o vento dos carros a cento e tal a razar para equilibrar, agora estão libertos das bicicletas e se alguma vier para a estrada, mata que é coelho. Mas, estou outra vez do outro lado da estrada, começo a pensar que a culpa é minha, que não tinha nada de ir de Sul para Norte, aqui também tem traço contínuo e logo na berma. Vou parar um pouco.
Olha, que bonito, afinal não é uma ciclovia, é uma Ecovia, deve ser por isso esta confusão toda, para obrigar a parar e apreciar a estrada ecológica ao lado com carros agora bem mais velozes desdes que se libertaram das bicicletas.
Para terminar, devo dizer aqueles que acham que isto é melhor que nada, estão enganados, tenho saudades de pedalar aqui pela estrada e era bem menos perigoso. Não tenho nada contra ciclovias ou ciclo faixas e até acho que nesta estrada era possível fazê-las, como deve ser.
Agora isto é deitar dinheiro fora e pôr a nossa segurança em causa. Uma via para bicicletas não é um parque de diversões, é uma VIA, com as mesmas necessidades de sinalização, cruzamentos, segurança, etc., de qualquer outra via.
A cereja em cima do bolo, é o video de promoção da Câmara de Caminha com o discurso ignorante da Sr.ª Presidente:
http://www.youtube.com/watch?v=6sXh1iRb5e0
No entanto, com este investimento, imaginei-me logo a pedalar numa ciclovia bem sinalizada, com boas ligações a outras vias, cruzamentos, etc. Foi isto que encontrei:
À entrada a gincana habitual entre peões e bicicletas. Neste sítio fiquei na dúvida se se tratava de uma ciclovia ou de um passeio vermelho.
Logo adiante percebi que não era nem uma coisa nem outra, era uma faixa vermelha para colocar sinalização e ...
... painéis informativo-publicitários e caixotes de lixo. Continuei à beira mar em direcção a Moledo, algo aliviado por ter acabado a ciclovia e poder ir normalmente na estrada. Mas tinha de haver mais, afinal gastaram quase 250.000€.
200 metros adiante uma ciclofaixa, de sentido único é certo, mas pelo menos é normal e não custou muito dinheiro,
só não serve é para nada porque com carros estacionados do outro lado, ao cruzarem-se, os automóveis têm de ir por cima da ciclofaixa.
Aqui começam a justificar os gastos. Mas, e agora? Eu venho do outro lado da estrada, aquele sinal obriga-me a ir por ali, a manobra é um pouco perigosa mas como o traço contínuo está apagado, sinalizei com o braço e virei á esquerda. Pior seria se viesse um ciclista em sentido contrário, ou vinha para cima de mim ou se não tivesse uma BTT com uma boa suspensão arriscava-se a empenar uma roda ou até uma queda quando tivesse de passar sobre o lancil do passeio e aterrasse naquela grelha que, muito embora não seja muito visível na foto é bem funda e está bem escondida.
Claro que os peões como ficaram de repente sem passeio não têm outro remédio a não ser arriscar uma colisão com um ciclista.
E esta passadeira (uma de várias iguais) incentiva-os a esse desporto da finta à bicicleta, porque, na ciclovia não há passadeira, mas também não ha passeio, apesar de várias escadas de acesso à praia.
Epá, a estrada para Moledo é para a direita por cima da linha do comboio e a ciclovia segue para a esquerda?!? De certeza que deve ter uma travessia da linha e continuação até Moledo mais adiante, é melhor continuar na ciclovia. Até porque aqui tem traço contínuo, fico fora de mão, posso empenar a roda e nunca se sabe onde poderá estar uma sarjeta assassina.
Logo após a curva, lixei-me!!! E esta estrada não vai dar a lado nenhum. tenho de dar 1/2 volta.
???, obrigatório por onde???, vou mas é seguir à esquerda e continuar pela estrada que já chega de ciclovia. Mas não era até Moledo?
Mais, 500 metros depois!!! Lá venho eu outra vez do outro lado, e agora, tenho de desmontar e ir pela passadeira? Não há outra entrada e o sinal está voltado para cá, portanto, não é de sentido único. É melhor ir bem atento e ter cuidado com os cruzamentos com outros ciclistas que isto de ir de frente para os carros com um lancil destes à beira, capaz de resvalar uma roda para a estrada numa recta destas, é bem capaz de provocar uma colisão a 120 Km/h, 100 do carro e 20 meus, de frente.
Enfim o fim. Ainda por cima estava vento que me empurrava para o lancil, o que valeu foi o vento dos carros a cento e tal a razar para equilibrar, agora estão libertos das bicicletas e se alguma vier para a estrada, mata que é coelho. Mas, estou outra vez do outro lado da estrada, começo a pensar que a culpa é minha, que não tinha nada de ir de Sul para Norte, aqui também tem traço contínuo e logo na berma. Vou parar um pouco.
Olha, que bonito, afinal não é uma ciclovia, é uma Ecovia, deve ser por isso esta confusão toda, para obrigar a parar e apreciar a estrada ecológica ao lado com carros agora bem mais velozes desdes que se libertaram das bicicletas.
Para terminar, devo dizer aqueles que acham que isto é melhor que nada, estão enganados, tenho saudades de pedalar aqui pela estrada e era bem menos perigoso. Não tenho nada contra ciclovias ou ciclo faixas e até acho que nesta estrada era possível fazê-las, como deve ser.
Agora isto é deitar dinheiro fora e pôr a nossa segurança em causa. Uma via para bicicletas não é um parque de diversões, é uma VIA, com as mesmas necessidades de sinalização, cruzamentos, segurança, etc., de qualquer outra via.
A cereja em cima do bolo, é o video de promoção da Câmara de Caminha com o discurso ignorante da Sr.ª Presidente:
http://www.youtube.com/watch?v=6sXh1iRb5e0