Vou contar o que me sucedeu e que não desejo, a não ser aos palhaços que não respeitam o riders.
Tenho muito o hábito de andar de bike por Lisboa, até vou de bike para o trabalho, são só 3km.
Um dia de calor fui ver a minha sobrinha. Passei pelo jardim da estrela, no sentindo assembeleia da república.
Vou pela rua dos poços negros que têm um só sentido, a descer e é empredada.
Vinha eu nas calmas, 10kmh, sempre com um olho no burro e outro no cigano. Há vários cruzamentos, e na sua maioria com pouca visibilidade.
Como passo nesta rua várias vezes, sei os locais que são mais problemáticos. Nomeadamente o cruzamento onde levei 'porrada`.
Eu vinha na referida rua e estava a chegar ao cruzamento com a travessa do largo de jesus. O cruzamento têm um espelho de esquina, para que se possa ver se lá vêm algo ou alguêm.
Olho para o chão, para a frente e para o sinal, para ver se não vinha lá ninguém. Não vi nada, muito menos a carrinha de caixa fechada, que até não era pequena.
Veio da minha esquerda, numa velocidade bem superior aos meus 10 kmh. Apanhei com a carrinha, desde a porta do pendura até meio da caixa fechado. Travei, e muito. Bati com a cabeça e fui arrastado para debaixo do chassis.
Foi o dia da minha vida que mais gritei, nem nos concertos dos Linkin Park, gritei tanto. Só o não tivesse feito, o condutor teria passado por cima das minhas pernas.
Felizmente, não morri, pois esta historia só seria tornada pública por outra pessoa. O tipo lá travou e muitas pessoas vieram socorrer.
A bike saltou e voou para longe. Ela sobreviveu e teve poucos danos. Selim punhos e guiador, novos.
Eu, tive direito a gelo, uma ambulância. Foi tudo do melhor. Estava quente da porrada, só queria atirar a cara do condutor o capacete. Uso-o sempre.
O tipo, novo, de uma empresa de transportes, pedia muita desculpa, mas que não me tinha visto.
Estava lá o espelho, eu vinha pela direita, ele têm o sinal de proibido voltar a direita, de onde eu venho, e ainda têm o sinal de aproximação de estrada com perioridade. Estava tudo do meu lado, só a pouca sorte de eu naquele momento ter levado com a carrinha.
Escoriações e traumatismos nos joelhos. Pé direito que ficou um verdadeiro trambolho. Isto era só o que vi e sentia, for outras partes do corpo, que após ter arrefecido descobri como estavam.
O tipo, não sabia da carta verde, tinha cópia, mas algures na carrinha. Começou mal e vai a pior.
Um senhor dono de uma empresa de produtos para hotelaria, veio com gelo e banco para me sentar. Chateou o tipo, queria contacto e tirou cópia da carta de condução. Das novas que têm a morada. Anotou a matricula e deu-me. A bike ficou a sua guarda e disse que a podia a entregar onde fosse preciso. Veio ambulâcia, a Psp, nada.
Hopital com ele. Sempre abrir a condutora por as ruas de lisboa. A socorrista era só gelo e a dizer que tive sorte.
No hospital, como era vitima de acidente foi rápido. Veio a Psp, que tinha ido ao local de acidente, tomar conta de toda a informação possivel.
Após isto, liguei o tipo. Veio com a desculpa. A carrinha é do patrão, vai falar com ele. Mais tarde, antes de sair do hospital, liguei novamente.
Veio com a conversa de que eu era culpado. Tinha falado com ocunhado que era da pólicia e que lhe tinha dito que mesmo eu vindo pela direita, como estava de bike, perdia a perioridade.
Azar o dele, até no auto da pólicia, eu tinha a razão. Numca mais lhe disse nada. Pela matricúla, descobri a seguradora e apólice. No hostipal, no final temos que ir ao atendimento, e a funcionária, foi ao site do ISP, e descobriu os dados.
Fui para casa e fiz quase um mês de gelo. Quatro a cinco dias, após o acidente fui a seguradora do tipo com cópia do auto de pólicia e apresentei queixa do segurado deles.
Recebi pelos dias que não trabelhei, despesas médicas e transportes. Fui a consultas médicas, por parte da companhia.
Até hoje só o meu joelho direito é que ainda dá sinais, espero o resultado de uma ecografia.
Mas fora isso, ando, corro e tenho feito muitos kms com a bike.
O capacete foi uma protecção, sem dúvida. O facto de naquele dia não ter levado sapatos com spd, foi importante, uma vez que andar em Lisboa, de dia, com o movimento de carros, para-arranca, não justifica. Fiquei muito contente com a resistência da linha Lapierre a porrada.
Último promenor da história. As bikes têm sempre perioridade nas rotundas e em vias com sinalização que o assim indicam. Fora isto, nada feito. É o que diz o CE.