Giant Trance x1 29er 2013 - 1ªs impressões

ggx2

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Olá

Depois de um sábado solarengo para embelezar o dia em que entrou um novo membro na família de residentes na garagem, Domingo mostrou-se mais sombrio, quiçá envergonhado com um novo "kid on the block".
Ops isto é noutra fita! :rolleyes:

O novo kid em imagens oficiais, dado que as do acontecimento ainda estão no laboratório :hmmm::
www.giant-bicycles.com/es-es/bikes/model/trance.x.29er.1/12671/59243/

A decisão de avançar para uma 29er bem como para este modelo, depois de ponderar várias opções, foi um pouco no escuro, pelos que as dúvidas ainda me pertubaram um pouco o sono.
A opção foi por um tamanho S (1,68m de altura. A minha não a da bike :eek: . Outros dados biométricos em privado :rolleyes:).

A primeira impressão foi equivalente a quem está acostumado a montar uma pileca "derreada" e depois lhe põem um puro sangue ao lado. No entanto, sentado no selim esta impressão começa a desvanecer-se e começando a pedalar rápidamente me esqueci que as rodas eram maiores.
De salientar que para utilizadores/utilizadoras de estatura mais modesta :sorry:a questão da escolha de uma 29er deverá ser analisada com bastante cautela e julgo que, a altura de 1,65/1,70 m estará nos limites para a generalidade dos modelos atualmente disponiveis.
A Giant disponibiliza ainda, nalgumas zonas, o tamanho XS, no entanto a altura do tubo superior (stand over) , de acordo com os dados tecnicos é de apenas menos 5mm.

A impressão geral é de qualidade e bom aspeto visual. Soldaduras e pintura com bom acabamento, condução de cabos pelo interior do quadro, com exeção do cabo para o travão traseiro (a verificar qual a razão de este ter sido montado no exterior, dado que verifiquei que existe uma saída para cabo(s) na escora junto à pinça. Talvez por questões de segurança numa melhor condução deste cabo).

Temos uma transmissão 2x10 da Sram entre componentes X7, desviador X9 , Crank S 1000 24x38 (julgo que OEM, sendo algo entre o X5 e o X7) e rodas (P XC 2) e alguns outros componentes da marca (poderão ver detalhes no link do modelo). A minha preferência é por transmissões Shimano, mas optei por não fazer qualquer alterações. O estilo de funcionamento mais presente e marcado contrasta com um estilo de maior fluidez e descrição da marca concorrente, no entanto funcionou sem qualquer problema nesta estreia e bastante eficiência nas mudanças.
Os travões são uns Avid Elixir 3, que, não sendo uns astros da companhia, também mostraram bom desempenho e bem acima dos Juicy e a que estava acostumado. A transição foi rápida. Continuam com uma boa "doseabilidade", no entanto sem mostrar rápidamente fadiga quando solicitados com maior frequência (o que não acontece com os Juicy).
Continua no entanto a ser um modelo que gosta de se fazer notar e, no contato das pastilhas com os discos, cantam que nem grilos em noite de verão. Para além de acordarem os coelhos nas tocas, substituem a campaínha para avisar algum peão mais distraído ( que o digam uns turistas que atravessaram uma estrada sem olhar:fpalm:).

De referir ainda amortecedor e suspenção Fox Float CTD (Climb, Trail e Descend), sendo os cursos anunciados respetivamente de 127mm e 120 mm (depois da 1ª volta parece-me que 130 na frente não seria grande problema, ainda que pudesse prejudicar um pouco nas subidas. Caso seja possivel alterar, dado que julgo ser apenas uma questão de um casquilho interno, é uma situação a ponderar num revisão).
As jantes de origem não são tubless ready, ao contrário dos pneus :cl:, pelo que foi aplicado um kit de conversão.
Entre o avanço e a caixa de direção formam incluidos vários espaçadores, dado que o tubo da suspenção possivelmente e bem não sofreu qualquer corte na montagem. Passei para uma posição intermédia, a qual ainda fica com algum espaço (a possibilitar eventual corte do tubo o qual reduz sempre algum peso ).

Os 1ºs quilómetros foram de adaptação ao funcionamento da nova transmissão e rápidamente se chegou a S. Pedro/Sintra . Foi na subida em direção ao Castelo e até à saída pela porta rotativa, o primeiro grande teste e onde as coisas começaram a doer. Diga-se de passagem que me doi sempre e vou sempre a desejar que algum dia ponham ali um teleférico :mrgreen:
Para quem faz estas subidas em regra na "avózinha de 22 dentes" :oops: e no maior nº de dentes da cassete existente, a grande questão é se as pernas puxam uma 29er. Devo dizer que senti que a combinação 24 na pedaleira com 36 na cassete em roda 29 é mais pesada, não tendo aqui nesta subida, maioritáriamente em calçada, grande destaque as vantagens de uma roda maior. De todo o modo, considerando a posição elevada do guiador, achei que Trance se deixa conduzir nas zonas mais inclinadas sem colocar grandes problemas para manter a roda da frente no chão, (talvez a vantagem de quem sobe devagarinho :nsei:). O sistema "Maestro" terá também aqui uma contribuição importante, dado que há uma boa tracção da roda traseira e aproveitamento da pedalada (assim haja força nas canetas )
Toda a volta foi feita com amortecedor e suspenção na posição Trail , pelo que há aqui muitas horas de divertimento e experimentação a aplicar :yeah: , embora me parece que todas estas opções e elevado nº de botões/seletores em voga são pouco práticas de utilizar em andamento :fpalm:.
O rebound em qualquer deles foi regulado em 4 cliks a partir da posição de "mais rápido" (a do coelho estão a ver? :cool:) e parece-me que a regulação definitiva não ficará muito longe desta opção.

Estes terrenos não são claramente a praia desta máquina, nem os meus, pelo que chegados a trilhos mais interessantes é que efetivamente a diversão começou :hehe:.
Dado que são terrenos conhecidos foi possivel comparar sensações. A 1ª situação que ficou clara foi o fato de não ter sentido diminuição de velocidade de reação e agilidade em curva (o qual é apontado como uma desvantagem das 29er) . Diria que até pelo contrário. Com efeito, logo que se absorve a maior facilidade de ultrapassar obstáculos que o maior diametro das rodas permite, a confiança para enfrentar zonas mais sinuosas é maior.
Também a subir em zonas mais irregulares, logo que se ganha "momentum" a passagem está mais facilitada. Encontrei-me a utilizar a pedalada em pé com maior frequência do que com a 26er. No entanto ,não só pela razão de ajudar a ganhar este necessário "balanço", mas também porque curiosamente começou a "sair" com alguma naturalidade e sem grande esforço (possivelmente a posição de condução terá algum contributo neste aspeto). Por outro lado não senti situações de roda traseira a escorregar/derrapar, embora este aspeto pode depender de várias variáveis (tipo de pneu, piso, etc).
Inevitávelmente estamos nesta fase sempre a comparar com as situações a que estávamos acostumados. Efetivamente é necessário um maior dispendio de energia inicial nos arranques e em caso de necessidade de acelaração, sendo preferivel, em minha opinião manter-se um andamento mais constante e pedalada redonda, em contrapartida com um andamento mais aos irregular em função da leitura do terreno. Após se ter alcançado alguma força cinética a sensação de capacidade de ultrapassar a distância e os obstáculos no terreno é maior.

Não tirei partido do espigão de selim regulável dado que claramente não estou acostumado (é um equipamento de série que é de salientar nesta gama de valores). Fiz algumas tentativas, mas sem ter algo para encostar o "fundo das costas" fez-me sentir como marinheiro em terra.
Nas próximas voltas, em alternativa a baixar a totalidade do curso de 100mm , vou experimentar baixar em menores incrementos. Caso apure que não necessito deste apetrecho serão umas boas centenas de gramas a retirar ao acumulado (seguramente umas 500g).
Os pneus de origem (Nobby Nick 2,25), em meu entender e nível de utilizador, apresentaram em bom desempenho e tração. Não facilitam a subir, comparativamente com outras opções mais estreitas e roladoras, mas aumentam a confiança em zonas mais complicadas. Eventualmente virei a optar, pelo menos na roda traseira, por outro modelo.
O guiador é largo, pelo que permite adaptação para quem o prefira com outra dimensão. talvez o venha a encurtar um pouco.

Para terminar, no regresso á garagem dei comigo a perguntar aos meus botões. 26er ou 29er? Qual será a companheira na próxima volta? Pois parece-me bem que a 26er vai ter possibilidade de descançar mais durante os próximos tempos, dado que a 29er vai estar de serviço.

Para já e para acabar esta 1ª impressão de referir que o peso, que é sempre uma informação muito solicitada, após conversão das rodas para tubless é de 13,2Kg

Comentários, questões e o que quiserem mandem braza :xau:
 

pau7o

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Boa noite,
eu também com 1,68m estava a tentar encontrar uma bike FS de 26" ou 29" com uma altura que desse algum espaço entre os meus meninos e o topo da bike. Pelo que percebi essa bike no tamanho S tem 64 cm de SO, confirmas esta informação?

Obrigado e boas voltas.
 

ggx2

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Boas,

julgo q essa medida será junto ao tubo do selim.

O tubo faz depois uma curva para cima.

Até ao momento não tive problemas.
 

pau7o

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Boa noite,
pensei que as medidas apresentadas se referiam sempre ao meio do quadro.

Quando dizes que não tiveste problemas, tens folga do tubo superior até á virilha, qual a tua altura de entre perna?

Obrigado.
 
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