Freq. Cardíaca Máxima baixa

crx16v

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Caríssimos companheiros do vício:

Há uns meses reparei num facto que me deixou de certa forma a matutar e que se tem vindo a tornar uma "obsessão": durante os treinos, tanto em estática/rolos como na "coisa verdadeira" tenho dificuldade em passar dos 180 bpm, tendo sido de 186 o máximo atingido recentemente.
Okay, podereis dizer "normalíssimo, varia de pessoa para pessoa", mas que me intriga é o facto de há coisa de 4/5 anos não me ser dificil fazer 210 bpm repetidamente...
Certo é que consigo, de momento, andar na casa dos 180 batimentos/minuto por períodos de 3 a 4 minutos, o que considero não muito mau mas falta capacidade cardíaca de "explosão", que tão necessária é por vezes.
A questão é: algum dos senhores aconselha um tipo de treino específico, se é que o há, para "corrigir" a dita situação?
Note-se que sempre fiz desporto, muitos anos de competição de natação e alguns de BTT, tenho 23 anos e pratico sempre que posso (no mínimo 4xs/semana), não estou propriamente parado!

Um abraço e boas pedaladas!
 

Marreiros

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Como atleta que és ,segundo disseste já praticaste desporto de competição, devias saber que com o aumento da idade a frequência cardiaca máxima diminui.

Assim sendo á cinco anos atrás tinhas 18 anos e uma frequência cardiaca máxima "prevista"(teoricamente) de 195 pulsações por minuto. Isto utilizando a formula: 208-0,7 x idade (mais precisa que a esta formula: 220-idade)

Agora fazendo as contas para a tua idade actual dá um resultado de 191,9. Por isso não andas muito longe desse valor.

Falando em matéria de treino deves alternar os treinos de alta intensidade com os de baixa intensidade para permitir a correcta supercompensação e restabelecimento de todas as capacidades metabolicas.
Trocando por miudos:não deves andar sempre a fundo...
 

LCTriguinho

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Pois deve ser isso mesmo, muito treino no RedLine...

Em certas situações o melhor treino é um ligeiro passeio... Para depois voltar ás cargas, aproveita esses treinos ligeiros para coisas mais tecnicas, corrigir pedalada, etc, etc...
 

crx16v

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Marreiros said:
Como atleta que és ,segundo disseste já praticaste desporto de competição, devias saber que com o aumento da idade a frequência cardiaca máxima diminui.

Pois devia e sei :) Só considero que uma quebra de 25 batimentos/minuto é algo mais do que seria de esperar. E que as pulsações-extra me davam um jeitaço do carais! lol
Mais uma fórmula para decorar. Há muito que já não faço uso da antiga "220-idade", preferindo "210 - metade da idade - (0.11 x peso) + 4" (para senhoras, esquecer a parcela do "4"), o que dá 194,3.

Contudo, as fórmulas têm o valor que têm, não entram em conta com inúmeros factores, muitos deles dificilmente quantificáveis, verdade seja dita. Segundo qualquer uma das fórmulas, 210 eram em demasia, mas sentia-me perfeitamente quando as atingia; e queria retomar a velha forma. Com o tempo, quiçá. E sim, sem apanhar malhas todos os dias! Está na altura de ganhar juízo! :)

Um abraço a ambos e obrigado pela atenção
 

amarelo

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quando "apertas" com o coração e as pulsações n sobem poderá querer dizer uma coisa, nao andarás cansado e a abusar nos treinos ?
eu aqui há um anito atras andei durante uns 2-3 meses a treinar para uma prova do regional, foi a primeira promoção que fiz, tinha planos de treino passados por uma pessoa amiga que é atleta de elite, e notava que ao fim de um treino de 2h-2,5h e mesmo que puxasse pelo corpo as pulsações teimam em não subir ;) é a defesa que o corpo tem para se evitarem males piores ;)
e é como a malta diz, n abuses, faz um treino regular que isso é o que mais interessa, a regularidade ;)
 

frezite

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Vou contar-vos a experiência que me aconteceu neste ano de 2005

sempre tive uma frequencia cardíaca max aprox de 200/202 e tenho neste momento 25 anos

por altura do mês de julho com as voltinhas quase diárias em sintra.. tva com um ritmo muito bom... mesmo muito bom... quando cheguei á maratona de mafra aconteceu-me uma coisa que foi não conseguir passar dos 185 bpm...

mesmo que esforçasse muito nas subidas... as pernas pareciam-me pesadas e não conseguia aquela pulsação alta em que oc corpo parece rolar nas subidas por elastecidade, de alta rotação... mais á frente dei uma queda por ter ficado com "caimbras" numa descida de regos e para não me aleijar "muito" atirei-me para cima das silvas!!! obrigado ao amigo que me puxou de lá!!!eheheh estive praticamente 1 mês a andar assim sem passar dos 185 bpm em subidas e só esticando muito mas a esticar para ver se conseguia chegar masi alto no valor das pulsações chegava aos 189 bpm... parei um pouco... talvez demais e agora já chego normalmente aos tais 200/2002 em subidas... no entanto... tenho mais uns kilos e menos ritmo que estou agora a tentar recuperar... mas não vai ser fácil... com emprego novo é complicado!!!

se alguém tiver uma ideia do que me aconteceu, souber explicar-me para não voltar a contecer-me agradeço

um abraço

Rui
 

Rush

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Muito provavelmente o que aconteceu foi excesso de treino. Dizes que treinavas praticamente todos os dias.
O corpo precisa de descansar e não lhe deste tempo suficiente entre as tuas voltas de bike. O chamado "overtraining".

Ao contrário do que possa parecer, treinar de mais, acontece muito frequentemente.

Um dos métodos para verificar se o corpo já esta restablecido, é verificar a pulsação em descanso. Se esta variar "muito" então o corpo não descansou o suficiente.

Uma das partes mas importantes, também a mais dificil, num plano de treinos é saber quando descansar e quando treinar.
 

sniper_pt

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Os exames de rotina são sempre aconselhados... Um electrocardiograma e um ecocardiograma são o ideal.

Além disso não se esqueçam que o corpo não é uma máquina e não tem de funcionar sempre da mesma maneira. O dormir pouco, a doença, estímulos hormonais (não me refiro às catecolaminas - epinefrina e noradrenalina), situações de stress, podem alterar a frequência cardíaca.

Além disso o coração tem limites e por vezes também se pode cansar, como qualquer outro músculo. Lembrem-se que para a frequência cardíaca poder aumentar o coração não se contrai mais vezes, ou seja, não se contrai mais rapidamente, apenas diminui o período de diástole, isto é, de relaxamento.

Outra coisa ainda que pode acontecer, em casos de uma hipertrofia cardíaca exagerada, do tipo concêntrico, a maior força de contracção do músculo conduz a uma hipoperfusão dos vasos cardíacos e como tal a uma diminuição da circulação coronária e consequente diminuição do aporte de oxigénio a esse tecido. Aproveito ainda para dizer que é durante o atrás referido período de diástole que a circulação coronária progride, ou seja, em que há hipótese de o sangue circular nos próprios vasos cardíacos. Se este período está diminuído, a circulação fica comprometida. Mas não se alarmem pois existem outras maneiras de compensar este défice. Contudo, a compensação tem limites.

Bom, e tudo isto para concluir que existem demasiadas variáveis em jogo para se poder concluir alguma coisa sobre uma subita diminuição da FC máxima.
Os exames serão o 1º ponto.
 

Pupas

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O excesso de treino sempre na mesma zona (nível cardíaco) faz com que o coração se habito a esse nível, criado desde logo a ilusão que já estamos no limite. Deve-se fazer vários tipos de treino aeróbio e anaeróbico, para que o nosso corpo fique com a impressão que não somos malandres e que fazemos, verdadeiramente um treino correcto.

E o nosso progresso é visto com a frequência cardíaca mínima (quanto mais baixa for melhor a nossa condição) que deve ser retirada sempre ao acordar.
 

PedroSilva

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boas.. resolvi "reviver" este topico porque tenho uma questao que de algum modo pode ser enquadrado aqui...:|

neste fim de semana fui fazer os 190 km da etapa de ciclismo da volta a Portugal que acaba no monte da Graça... a questao era.. quando cheguei ao monte da Graçao pra subilo... começei a ficar com medo.. e isto porque?! tava a subir o monte a uma media de 12 a 18 km/h variando conforme a inclinaçao... mas as pulsaçoes nunca mas nunca passaram das 120/140 Bpm :|:| o que é muito estranho porque normalmente elas andam-me sempre altas..(tipo 160/180!!):|:| e mesmo tentando subir o ritmo.. nao conseguia porque nao havia pernas para tal.:|:| alguem sabe ao que se deve?!? e se o esforço foi em estupidez de estragar o organismo?!??:|:|

obrigado e bons passeios..
 

BioticoTT

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PedroSilva said:
boas.. resolvi "reviver" este topico porque tenho uma questao que de algum modo pode ser enquadrado aqui...:|

neste fim de semana fui fazer os 190 km da etapa de ciclismo da volta a Portugal que acaba no monte da Graça... a questao era.. quando cheguei ao monte da Graçao pra subilo... começei a ficar com medo.. e isto porque?! tava a subir o monte a uma media de 12 a 18 km/h variando conforme a inclinaçao... mas as pulsaçoes nunca mas nunca passaram das 120/140 Bpm :|:| o que é muito estranho porque normalmente elas andam-me sempre altas..(tipo 160/180!!):|:| e mesmo tentando subir o ritmo.. nao conseguia porque nao havia pernas para tal.:|:| alguem sabe ao que se deve?!? e se o esforço foi em estupidez de estragar o organismo?!??:|:|

Pela descriçãp que fazes e dado que já tinhas muitos kms nas pernas, o desgaste no teu organismo concerteza que já seria também bastante acentuado e como tal um dos sinais de fadiga acumulada (a.k.a empeno) é exactamente esse, uma Fc Max. baixa.

Posso dar um exemplo:

O ano passado participei na Maratona Raia 90 sendo que nos primeiros 2 terços da prova a minha Fc média era de 165 e facilmente subia às 180/190. Apartir dessa altura comecei a notar que a minha Fc máxima ia baixando a cada km tendo chegado a um ponto onde nas subidas mais ingremes não passava das 150 BPM. O resultado foi o maior empeno da minha vida resultante de uma má alimentação durante o evento.

Agora se notas que esses valores continuam baixos mesmo em treinos mais curtos, isso pode indicar que estás a treinar em excesso (info: http://www.brianmac.demon.co.uk/overtrn.htm) pelo que deves parar com toda a actividade desportiva durante o minimo de 3 dias para possibilitar a recuperação do organismo. Se mesmo assim a Fc continuar baixa e sentires que te faltam as forças, aconselho-te a consultares um cardiologista, pois pode ser um sinal de uma insuficiencia cardiaca.

Espero ter ajudado :wink:

Abraços
 

karnes

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Boas,
Por vezes o melhor treino é o descanso. Como todos percebem, por vezes o corpo atinge determinados picos de forma, ou melhor de desgaste que necessita de recompor as forças. É como se precisasse de substituir umas peças, as quais não são substituíveis com a alimentação diária ou mesmo o descanso do dia dia. Necessita de mais tempo para fazer essa alteração de peças.
Depois de um treino intenso deve sempre existir um mais relaxante, ou então descanso mais elvado entre treinos intensos.
Um conselho, arranjem alguns aerios e uma consulta de medicina desportiva virá ajudar bastante. Depois solicitem o esquema de um treino adequado a voçês feito por quem sabe, com acessos a exames e outras análises e logo terão melhores resultados.
Boa continuação.
Asta...
 

match

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POizé
Pelo visto esse lance da FC não aumentar é mais ou menos comum e por sinal tb já me ocorreu. Ontem mesmo, antes de pedalar já percebi que não estava bem descançado e daí a pulsação não subia como deveria no mesmo nível de esforço, ou seja, sentia cansaço para o coração nem chegava no Limiar. E numa Maratona me ocrreu exatamente como descrito pelo colega acima: Depois de 2/3 da prova o coração não subia mais. O lance mesmo e sempre ver a FCRepouso pra comparar um dia pelo outro.
Mas gostaria de saber a explicação ocientifica, qual o segredo para o coração não subir mesmo sentindo cansaço, pois se está bem, voce força, cansa mais, e o coração sobe, acompanha, e vai até a FCMax se eu forçar
 
match said:
POizé
Pelo visto esse lance da FC não aumentar é mais ou menos comum e por sinal tb já me ocorreu. Ontem mesmo, antes de pedalar já percebi que não estava bem descançado e daí a pulsação não subia como deveria no mesmo nível de esforço, ou seja, sentia cansaço para o coração nem chegava no Limiar. E numa Maratona me ocrreu exatamente como descrito pelo colega acima: Depois de 2/3 da prova o coração não subia mais. O lance mesmo e sempre ver a FCRepouso pra comparar um dia pelo outro.
Mas gostaria de saber a explicação ocientifica, qual o segredo para o coração não subir mesmo sentindo cansaço, pois se está bem, voce força, cansa mais, e o coração sobe, acompanha, e vai até a FCMax se eu forçar

Já algum tempo que não tenho passado por aqui, mas na "diagonal" reparei neste tópico. Não sou nenhum "expert" na matéria, mas a minha opinão, sujeita a comentário claro é a seguinte:

O nosso corpo é uma espécie de nave que trabalha a quatro motores e que utilizam quatro tipos de mistura de combustível cada um, e a bomba (coração) que leva esse combustível bombeia (ou bate por minuto) conforme a rotação (força-velocidade) desses motores. Os quatro combustíveis estão armazenados em diversos depósitos na nave e quando se gastam a nave automáticamente recorre a outros motores conforme o combustível existente.

Assim passo a descrever os seguintes motores e consequentemente o tempo de combustível aproximado que levam a gastar:

O primeiro motor é de um tractor e gasta gasóleo (gordura + Oxigénio) trabalha a rotações reduzidas (frrequência cardiaca muito baixa) e o seu combustível é ilimitado.

O segundo motor é de um carro e gasta gasolina (Glucose + Oxigénio) continua a ser um motor atmosférico e as suas rotações já são mais altas (a frequência cardíaca já pode ultrapassar a média da sua capacidade de potência da nave (o nosso corpo)) e o depósito do seu combustível já só dá para um máximo de utilização de 90 minutos.

O terceiro motor é de um jacto e gasta querosene (Glucose pura) já começa a não ser um motor atmosférico e as suas rotações vão ao limite máximo possivel da bomba e o deposito desse combustível só dá para 10 minutos no máximo.

Por ultimo o quarto motor é um foguete que utiliza nitro como combustível (ATP = ADP+PC fosfatos de creatina, ATP é uma molécula química que fraccionada produz energia e calor) a bomba aqui já não é precisa neste esforço só se limita a trabalhar para manter as outras necessidades da nave, e neste esforço a nave só aguenta 5 a 15 segundos no máximo.

Pronto espero ter esclarecido o porquê de o nosso coração baixar de ritmo depois de algum tempo, simplesmente porque a nossa nave já esgotou todo o outro combustível que exigia mais trabalho à bomba e agora está a trabalhar num motor de menos rotação mas que ainda tem combustível para ser utilizado. :wink:

Um abraço.
 

plopes

New Member
:bompost:
:clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
Muitos parabéns pela alegoria.
É isso mesmo, nota-se que percebes de "metabolismo celular"

Um abraço
Paulo Lopes
 

match

New Member
Ok
Depois de bom tempo, restou-me apenas o primeiro motor, que tem combustivel ilimitado (gordura), mas vai bem devagar.
O lance era estocar mais glicogenio antecipadamente, e daí ao menos rodar com o Motor 2, que vai a uma boa velocidade.
 
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