Não deve ser mais caro que os estacionamentos dos carros. E esses não há câmara municipal que não se orgulhe de construir meia dúzia pelo menos.
Tem de ser visto pelo poder local como investimento a longo prazo. Mais facilidades para bikes = mais bikes = menos carros = menos transito = menos poluição = menos custos com ambiente, limpeza, ordenação de transito etc.....
Por outro lado, do que vi do vídeo, o espaço ocupado por uma unidade é relativamente pequeno. Aparentemente o mesmo espaço ocupado por um estacionamento subterrâneo em dois pisos para quatro carros, dá para estacionar 92 bicicletas. Se começar por, em cada estacionamento auto que já existe instalar um destes sistemas e, ou explorar á semelhança dos parquímetros ou conceder a empresas privadas ( que suportariam os custos do equipamento ) a exploração do sistema, os custos para as câmaras seriam em termos comparativos, ridiculamente baixos.
Tem de se começar com locais públicos, parques estacionamento, centros culturais, desportivos, administrativos, etc. Incentivar as grandes superfícies, shoppings , hipermercados, etc.. e esperar que os privados se comecem a interessar, pelo menos como um negócio potencialmente lucrativo.
Mas se as bicicletas não chegarem aos estacionamentos, para que é que servem?? Nada..
Tem de haver condições de segurança para que as bicicletas lá cheguem. E isso sim, é caro, e pior, é uma questão de mentalidade.
Aqui é que o poder tem papel fundamental e os verdadeiros custos. É preciso criar infraestruturais, vias, sinalização, etc.. e acima de tudo, educar a população.
Á semelhança do que foi feito com o ambiente/reciclagem nos últimos anos, inserir nos currículos escolares actividades de sensibilização e captação para as bicicletas. Um condutor que é ciclista tem imediatamente um comportamento na estrada completamente diferente.
Nas escolas de condução, tornar obrigatório algum tempo dedicado aos cuidados a ter com as viaturas de duas rodas. Não me recordo de quando tirei a carta me terem sequer alertado sobre as bicicletas. Foram tratadas como qualquer outro obstáculo na via.
È preciso sensibilizar os média para a cobertura á actividade. Mais algum destaque aos infelizes acidentes que se repetem amiúde.
Fazer campanhas publicitárias a incentivar o civismo e respeito na via, especialmente para com os velocípedes.
Enfim, muita coisa que tem de ser feita e sim, dispendiosa, para que os parqueamentos para bicicletas possam, esperemos nós, vir a ser um problema e uma prioridade nos orçamentos camarários devido ao excesso de velocípedes nas cidades.
Acho que vou para a cama outra vez.. estou para aqui a dormir em pé, a sonhar.. :roll: