Boas
Como já devem ter reparado, a minha Swift recebeu uma novidade de peso, uns dropbars. Se inicialmente a minha atenção se deveu a pura curiosidade, com alguma pesquisa tomei conhecimento de todo um mundo de vantagens que estes guiadores têm para oferecer.
Com este tópico pretendo criar uma base de informação para todos os que querem entrar no tema, e, quem sabe, algum dia experimentarem este conceito.
Dropbars, o que são?
São um tipo de guiador que possui curvas descendentes nas extremidades, com uma secção plana no centro. Existem dropbars para estrada, ciclocross e btt. No entanto são mais vulgarmente usados no mundo da roda fina, dai serem normalmente chamados de "guiadores de estrada".
Um típico dropbar de estrada:
Nomenclatura dos dropbars
Tops - Secção plana no centro do guiador, antes de se iniciarem as curvas.
Hooks - Zona de agarre no interior da curva do guiador.
Drops - Parte mais baixa do guiador.
Hoods - Parte superior das manetes, geralmente em borracha, que serve de área alternativa para por as mãos.
Drop - Medida que se refere a diferença de altura entre o topo do guiador e a sua parte mais baixa.
Reach - O "alcance" do guiador, mede a distancia da secção de aperto do avanço, ate à parte posterior dos hooks.
Flare - Ângulo que as curvas do guiador descrevem para o exterior, "abrindo-o".
As vantagens
Alguma vez se interrogaram porque é que em dois séculos de historia de ciclismo, só com o recente boom do btt é que os guiadores planos ganharam popularidade? Pois é, simplesmente porque guiadores com algum tipo de ângulo põem o corpo numa posição anatomicamente mais correcta.
Experimentem uma coisa, de pé, deixem cair os braços ao longo do corpo. Agora levantem apenas os antebraços. Reparem na posição em que as mãos ficam, não na horizontal mas sim quase na vertical. Esta posição é a mais natural, com os músculos e ligamentos relaxados, e os ossos alinhados da maneira mais correcta.
Com tudo isso na posição certa, os braços absorvem melhor vibrações e impactos, alem de irem mais confortáveis e produzirem mais força (importante numa SS). Ainda derivado desse alinhamento, da-se um fenómeno interessante. Devido a posição que os peitorais assumem, temos os movimentos respiratórios facilitados.
Alguma vez sentiram que se tivessem o guiador mais baixo teriam um comportamento melhor, mas não o põem com medo da fadiga da posição? Pois é, um guiador tradicional é uma solução de compromisso, um meio termo entre varias posições. Num dropbar temos tudo isso reunido. Uma posição agressiva e aerodinâmica nos drops, uma de relax nos tops, etc. Esta variedade de posições permite uma menor fadiga, alem de uma adaptação superior as diversas situações.
Fiquem com um GIF ilustrativo das diversas posições:
Note-se sempre que a posição dominante é nos drops (cerca de 75/80% do tempo), e tudo deve ser configurado para permitir isso.
É essa posição que vai permitir outra grande vantagem destes guiadores, o controlo sobre a bike. Num setup bem configurado, a sensação é de que vamos dentro da bike, ao invés de em cima dela como é vulgar. Isto permite um encaixe único, que nos da um controlo fenomenal da frente em todos os tipos de descidas.
Porque a má fama?
O principal contacto que temos com dropbars é nas bicicletas de estrada. Ao passo que há uns anos estas eram configuradas para pessoas normais, com necessidades normais, hoje em dia as coisas já não são bem assim. Desde há umas poucas décadas para cá, as marcas descobriram que dar a oportunidade ao ciclista casual de se mascarar de Lance Armstrong vendia bem. Alem disto, mesmo nos círculos da competição, a tendência foi de descer mais e mais os guiadores, ao ponto da posição principal, os drops, se tornarem apenas num refugio aero nas zonas mais rápidas.
Qualquer tipo normal que experimente uma bike dessas vai achar o guiador desconfortável, precisamente porque este se encontra demasiado baixo.
Como escolher um dropbar para btt?
O fundamental vai ser a largura, quanto maior melhor. Um bom guiador de ciclocross, com cerca de 46cm de largura, ja se apresenta como uma opção viavel.
No entanto, este tipo de guiadores ainda não oferece algo que os verdadeiros dropbars de btt têm, o flare. Isto designa a abertura do guiador, que permite uma posição ainda mais natural, adicionando ainda alguma largura ao conjunto.
Alem disso, os dropbars de btt têm geralmente um reach e um drop menores, facilitando a sua adaptação a um quadro normal.
Fiquem com umas imagens que demonstram bem a diferença entre os três primeiros dropbars de btt (por ordem: WTB Dirtdrop Original, On One Midge e Origin8 Gary Bar) e um de ciclocross, neste caso um Salsa Bell Lap:
De um modo geral, o primeiro modelo a considerar vai ser o On One Midge. É largo (580mm), é muito resistente (há quem o use para freeride), não é pesado (300 e poucas gramas) e tem um reach e um drop de 65 e 112mm respectivamente (quando a media dos dropbars de estrada se situa nos 100 e nos 140mm respectivamente). O seu grande flare, de 113º, permite a posição mais natural possível, transmitindo um controlo e conforto enormes mesmo nos trilhos mais técnicos.
Como configurar um dropbar?
Vamos começar por estabelecer que a posição principal é nos drops. Vamos passar la cerca de 75% do tempo, e só assim é que tiramos todo o sumo destas peças.
A primeira coisa a considerar vai ser a altura do mesmo. O topo do guiador deve ir à mesma altura do selim, ou um pouco mais alto. Só assim serão úteis todas a posições em btt. Como se põe o guiador a essa altura, vai depender da preferência do utilizador. Uns espaçadores de direcção e/ou um avanço com boa elevação costumam fazer o trabalho. Desde que o gato chegue ao fim do dia esfolado, ficamos todos contentes :mrgreen:
O passo seguinte vai ser o reach. Se no caso de um guiador convencional as nossas mãos vão ao lado do avanço, nos dropbars, pela sua geometria, elas vão projectadas mais para a frente. Assim temos de compensar o comprimento do setup com um avanço mais curto. Um avanço com menos 30 ou 40mm do que num guiador normal costuma resultar bem.
Num mundo idílico, o quadro a receber dropbars teria uma serie de adaptações de geometria para receber o mesmo.
Vejam um exemplo de um quadro feito por medida(29er) , propositadamente para esses guiadores:
Reparem como o tubo horizontal é curto para compensar o reach, e na longa testa do quadro, de modo a por o guiador bem alto.
Os passos seguintes referem-se ao On One Midge, modelo com o qual tenho experiência.
Vamos ver agora o ângulo do guiador. Esta é uma regulação critica, que vai definir o nosso conforto e segurança na bike. Ao passo que num dropbar de estrada as secções inferiores dos drops vão estar quase na horizontal, nos de btt estas irão estar a apontar ligeiramente para baixo. Um bom truque é seguirmo-nos +- pelo slooping do tubo horizontal, tentando acompanhar esse ângulo.
Exemplo de um guiador com o ângulo errado:
Exemplo de um guiador com o ângulo correcto:
No que toca às manetes há que ter primeiro em atenção o travão a usar. A menos que usemos cantilevers ou os BB7 Road, temos de escolher umas especificas para v-brake ou disco mecânico. Eu recomendo as Tektro RL520, bastante ergonómicas, robustas e acessíveis.
As manetes normais ou as STI não puxam cabo suficiente, tornando a travagem estranha.
Ainda neste tema, vem o ângulo das manetes no guiador. Com a experiência descobri que elas devem ir bem encima, tal como podemos ver nas fotografias que coloquei anteriormente. Assim, quando vamos em zonas técnicas bem encaixados nos hooks, podemos travar com apenas um dedo, tocando bem na extremidade da manete.
Quanto à fita de guiador não há muito a dizer. Quando enrolada de forma tradicional, tal como nas bikes de estrada, faz perfeitamente o seu trabalho. Uma das vantagens dos dropbars é que podemos inventar à vontade neste campo, pondo mais ou menos acolchoamento onde quisermos, com uma ampla variedade de materiais à escolha.
E se eu quiser usar mudanças?
A menos que usemos travões cantilevers ou BB7 Road, e possivelmente cassetes de 10v, não podemos usar aquelas manetes STI todas catitas.
No caso de uma transmissão normal de 3x9, e uns travões v-brake ou discos mecânicos, temos 2 opções:
Shifters Dura Ace nos terminais - São uns manípulos que se encaixam nos terminais do guiador. São extremamente robustos e fiáveis, muito mais do que os típicos shifters de btt. O da esquerda funciona permanentemente em fricção, ou seja, não tem aqueles clics ao escolhermos a mudança. O da direita vem indexado para 9v, mas em caso de avaria ou de utilização com cassetes de 7, 8, 10v, etc também pode funcionar em fricção.
Paul Comp Road Thumbies - São basicamente uns adaptadores para os shifters Dura Ace, que permitem usa-los ao centro do guiador, como os antigos thumbies de btt.
Vantagens e desvantagens dos dropbars em BTT
+
- Os pulsos, cotovelos, ombros e todos os músculos e ligamentos inerentes vão alinhados correctamente, permitindo maior conforto e capacidade de absorção de impactos;
- Permitem que os braços produzam muito mais força, tornando a pedalada efectivamente mais poderosa;
- As mãos vão numa posição em que os impactos encaixam o guiador na mesma, indo assim mais relaxadas e sem necessidade de agarres fortes;
- As manetes utilizadas tem um efeito alavanca enorme, potenciando incrivelmente o poder dos travões;
- Permitem-nos ter uma posição agressiva sem ter medo do cansaço, já que não temos de criar posições de compromisso;
- Sentimo-nos "dentro" da bike, em vez de "em cima" dela. Isto permite muito mais estabilidade, agressividade e agilidade;
- São mais estreitos do que os guiadores vulgares, permitindo passar melhor em lugares apertados;
- Permitem muita personalização a nível das fitas de guiador, com geis, inserções de silicone, etc. Podemos criar o revestimento de guiador mais confortável para cada caso;
- Têm cerca de 7 posições diferentes. Isto permite uma redução enorme da fadiga em percursos longos, e uma adaptação as condições.
-
- Exigem alguns conhecimentos no que toca à instalação, a começar nas medições do cockpit e a acabar na instalação da fita de guiador;
- Cerca de 100g mais pesado do que um guiador convencional equivalente (who cares IMHO);
- Limita a escolha de travões e shifters.
Espero que este tópico permita a muito entrarem no mundo alternativo destes guiadores.
As vantagens são mais que muitas, eu experimentei e estou viciado!
:wink:
Como já devem ter reparado, a minha Swift recebeu uma novidade de peso, uns dropbars. Se inicialmente a minha atenção se deveu a pura curiosidade, com alguma pesquisa tomei conhecimento de todo um mundo de vantagens que estes guiadores têm para oferecer.
Com este tópico pretendo criar uma base de informação para todos os que querem entrar no tema, e, quem sabe, algum dia experimentarem este conceito.
Dropbars, o que são?
São um tipo de guiador que possui curvas descendentes nas extremidades, com uma secção plana no centro. Existem dropbars para estrada, ciclocross e btt. No entanto são mais vulgarmente usados no mundo da roda fina, dai serem normalmente chamados de "guiadores de estrada".
Um típico dropbar de estrada:
Nomenclatura dos dropbars
Tops - Secção plana no centro do guiador, antes de se iniciarem as curvas.
Hooks - Zona de agarre no interior da curva do guiador.
Drops - Parte mais baixa do guiador.
Hoods - Parte superior das manetes, geralmente em borracha, que serve de área alternativa para por as mãos.
Drop - Medida que se refere a diferença de altura entre o topo do guiador e a sua parte mais baixa.
Reach - O "alcance" do guiador, mede a distancia da secção de aperto do avanço, ate à parte posterior dos hooks.
Flare - Ângulo que as curvas do guiador descrevem para o exterior, "abrindo-o".
As vantagens
Alguma vez se interrogaram porque é que em dois séculos de historia de ciclismo, só com o recente boom do btt é que os guiadores planos ganharam popularidade? Pois é, simplesmente porque guiadores com algum tipo de ângulo põem o corpo numa posição anatomicamente mais correcta.
Experimentem uma coisa, de pé, deixem cair os braços ao longo do corpo. Agora levantem apenas os antebraços. Reparem na posição em que as mãos ficam, não na horizontal mas sim quase na vertical. Esta posição é a mais natural, com os músculos e ligamentos relaxados, e os ossos alinhados da maneira mais correcta.
Com tudo isso na posição certa, os braços absorvem melhor vibrações e impactos, alem de irem mais confortáveis e produzirem mais força (importante numa SS). Ainda derivado desse alinhamento, da-se um fenómeno interessante. Devido a posição que os peitorais assumem, temos os movimentos respiratórios facilitados.
Alguma vez sentiram que se tivessem o guiador mais baixo teriam um comportamento melhor, mas não o põem com medo da fadiga da posição? Pois é, um guiador tradicional é uma solução de compromisso, um meio termo entre varias posições. Num dropbar temos tudo isso reunido. Uma posição agressiva e aerodinâmica nos drops, uma de relax nos tops, etc. Esta variedade de posições permite uma menor fadiga, alem de uma adaptação superior as diversas situações.
Fiquem com um GIF ilustrativo das diversas posições:
Note-se sempre que a posição dominante é nos drops (cerca de 75/80% do tempo), e tudo deve ser configurado para permitir isso.
É essa posição que vai permitir outra grande vantagem destes guiadores, o controlo sobre a bike. Num setup bem configurado, a sensação é de que vamos dentro da bike, ao invés de em cima dela como é vulgar. Isto permite um encaixe único, que nos da um controlo fenomenal da frente em todos os tipos de descidas.
Porque a má fama?
O principal contacto que temos com dropbars é nas bicicletas de estrada. Ao passo que há uns anos estas eram configuradas para pessoas normais, com necessidades normais, hoje em dia as coisas já não são bem assim. Desde há umas poucas décadas para cá, as marcas descobriram que dar a oportunidade ao ciclista casual de se mascarar de Lance Armstrong vendia bem. Alem disto, mesmo nos círculos da competição, a tendência foi de descer mais e mais os guiadores, ao ponto da posição principal, os drops, se tornarem apenas num refugio aero nas zonas mais rápidas.
Qualquer tipo normal que experimente uma bike dessas vai achar o guiador desconfortável, precisamente porque este se encontra demasiado baixo.
Como escolher um dropbar para btt?
O fundamental vai ser a largura, quanto maior melhor. Um bom guiador de ciclocross, com cerca de 46cm de largura, ja se apresenta como uma opção viavel.
No entanto, este tipo de guiadores ainda não oferece algo que os verdadeiros dropbars de btt têm, o flare. Isto designa a abertura do guiador, que permite uma posição ainda mais natural, adicionando ainda alguma largura ao conjunto.
Alem disso, os dropbars de btt têm geralmente um reach e um drop menores, facilitando a sua adaptação a um quadro normal.
Fiquem com umas imagens que demonstram bem a diferença entre os três primeiros dropbars de btt (por ordem: WTB Dirtdrop Original, On One Midge e Origin8 Gary Bar) e um de ciclocross, neste caso um Salsa Bell Lap:
De um modo geral, o primeiro modelo a considerar vai ser o On One Midge. É largo (580mm), é muito resistente (há quem o use para freeride), não é pesado (300 e poucas gramas) e tem um reach e um drop de 65 e 112mm respectivamente (quando a media dos dropbars de estrada se situa nos 100 e nos 140mm respectivamente). O seu grande flare, de 113º, permite a posição mais natural possível, transmitindo um controlo e conforto enormes mesmo nos trilhos mais técnicos.
Como configurar um dropbar?
Vamos começar por estabelecer que a posição principal é nos drops. Vamos passar la cerca de 75% do tempo, e só assim é que tiramos todo o sumo destas peças.
A primeira coisa a considerar vai ser a altura do mesmo. O topo do guiador deve ir à mesma altura do selim, ou um pouco mais alto. Só assim serão úteis todas a posições em btt. Como se põe o guiador a essa altura, vai depender da preferência do utilizador. Uns espaçadores de direcção e/ou um avanço com boa elevação costumam fazer o trabalho. Desde que o gato chegue ao fim do dia esfolado, ficamos todos contentes :mrgreen:
O passo seguinte vai ser o reach. Se no caso de um guiador convencional as nossas mãos vão ao lado do avanço, nos dropbars, pela sua geometria, elas vão projectadas mais para a frente. Assim temos de compensar o comprimento do setup com um avanço mais curto. Um avanço com menos 30 ou 40mm do que num guiador normal costuma resultar bem.
Num mundo idílico, o quadro a receber dropbars teria uma serie de adaptações de geometria para receber o mesmo.
Vejam um exemplo de um quadro feito por medida(29er) , propositadamente para esses guiadores:
Reparem como o tubo horizontal é curto para compensar o reach, e na longa testa do quadro, de modo a por o guiador bem alto.
Os passos seguintes referem-se ao On One Midge, modelo com o qual tenho experiência.
Vamos ver agora o ângulo do guiador. Esta é uma regulação critica, que vai definir o nosso conforto e segurança na bike. Ao passo que num dropbar de estrada as secções inferiores dos drops vão estar quase na horizontal, nos de btt estas irão estar a apontar ligeiramente para baixo. Um bom truque é seguirmo-nos +- pelo slooping do tubo horizontal, tentando acompanhar esse ângulo.
Exemplo de um guiador com o ângulo errado:
Exemplo de um guiador com o ângulo correcto:
No que toca às manetes há que ter primeiro em atenção o travão a usar. A menos que usemos cantilevers ou os BB7 Road, temos de escolher umas especificas para v-brake ou disco mecânico. Eu recomendo as Tektro RL520, bastante ergonómicas, robustas e acessíveis.
As manetes normais ou as STI não puxam cabo suficiente, tornando a travagem estranha.
Ainda neste tema, vem o ângulo das manetes no guiador. Com a experiência descobri que elas devem ir bem encima, tal como podemos ver nas fotografias que coloquei anteriormente. Assim, quando vamos em zonas técnicas bem encaixados nos hooks, podemos travar com apenas um dedo, tocando bem na extremidade da manete.
Quanto à fita de guiador não há muito a dizer. Quando enrolada de forma tradicional, tal como nas bikes de estrada, faz perfeitamente o seu trabalho. Uma das vantagens dos dropbars é que podemos inventar à vontade neste campo, pondo mais ou menos acolchoamento onde quisermos, com uma ampla variedade de materiais à escolha.
E se eu quiser usar mudanças?
A menos que usemos travões cantilevers ou BB7 Road, e possivelmente cassetes de 10v, não podemos usar aquelas manetes STI todas catitas.
No caso de uma transmissão normal de 3x9, e uns travões v-brake ou discos mecânicos, temos 2 opções:
Shifters Dura Ace nos terminais - São uns manípulos que se encaixam nos terminais do guiador. São extremamente robustos e fiáveis, muito mais do que os típicos shifters de btt. O da esquerda funciona permanentemente em fricção, ou seja, não tem aqueles clics ao escolhermos a mudança. O da direita vem indexado para 9v, mas em caso de avaria ou de utilização com cassetes de 7, 8, 10v, etc também pode funcionar em fricção.
Paul Comp Road Thumbies - São basicamente uns adaptadores para os shifters Dura Ace, que permitem usa-los ao centro do guiador, como os antigos thumbies de btt.
Vantagens e desvantagens dos dropbars em BTT
+
- Os pulsos, cotovelos, ombros e todos os músculos e ligamentos inerentes vão alinhados correctamente, permitindo maior conforto e capacidade de absorção de impactos;
- Permitem que os braços produzam muito mais força, tornando a pedalada efectivamente mais poderosa;
- As mãos vão numa posição em que os impactos encaixam o guiador na mesma, indo assim mais relaxadas e sem necessidade de agarres fortes;
- As manetes utilizadas tem um efeito alavanca enorme, potenciando incrivelmente o poder dos travões;
- Permitem-nos ter uma posição agressiva sem ter medo do cansaço, já que não temos de criar posições de compromisso;
- Sentimo-nos "dentro" da bike, em vez de "em cima" dela. Isto permite muito mais estabilidade, agressividade e agilidade;
- São mais estreitos do que os guiadores vulgares, permitindo passar melhor em lugares apertados;
- Permitem muita personalização a nível das fitas de guiador, com geis, inserções de silicone, etc. Podemos criar o revestimento de guiador mais confortável para cada caso;
- Têm cerca de 7 posições diferentes. Isto permite uma redução enorme da fadiga em percursos longos, e uma adaptação as condições.
-
- Exigem alguns conhecimentos no que toca à instalação, a começar nas medições do cockpit e a acabar na instalação da fita de guiador;
- Cerca de 100g mais pesado do que um guiador convencional equivalente (who cares IMHO);
- Limita a escolha de travões e shifters.
Espero que este tópico permita a muito entrarem no mundo alternativo destes guiadores.
As vantagens são mais que muitas, eu experimentei e estou viciado!
:wink: