De volta à "autonomia" e respeito pela natureza no BTT.

fox

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Nesses locais costumam haver uns impressos para reclamações/sugestões. Já foste falar com alguém sobre isso?
Já falaste com o gerente alguma vez?
Aposto que não.

Não faças muitas apostas, que podes perder algumas. Não me conheces portanto... Eu usei esse exemplo, como poderia usar o de qualquer estrada onde vai um senhor que luta muito na vida, portanto casou e vai no carro com a mulher e os filhos. Vão de janela aberta a atirar todo o tipo de lixo para a estrada, sem respeito pela natureza nem por quem vai atrás. Geralmente ainda dou sinais de luzes. Mas doravante irei falar com o Ministro das Obras Públicas para lhe chamar a atenção. Ou com o Presidente das Estradas de Portugal. Ou páro num posto de atendimento da brisa para preencher uma sugestão reclamação. Vou pensar nisso!!

Ou então agarro na minha aspirina, que é um taco meio alumínio, meio madeira... Geralmente usado nalguns países para jogar um desporto que cá não é muito popular e começo a dar-lhe uso nos ditos porcos. Pode ser que mudem de ideias mais depressa do que eu ir preencher folhas de sugestões ou reclamar com gerentes de um negócio que o mais que poderiam fazer era pôr os funcionários a pedir às pessoas que não vão pôr o lixo no chão...

Ter opiniões contrárias é bom, muito saudável. Mas ser do contra, porque... Porque sim... Hmmm...

A responsabilidade do lixo é da organização do evento. São eles que têm de deixar os trilhos tal como estavam antes do passeio/maratona/raid.

Para isso a Autarquia devia pedir uma caução (por Ex 500euros) para limpeza dos trilhos depois do evento. Caso os trilhos tivessem limpos o dinheiro é devolvido, se houvesse lixo o dinheiro ficava para pagar a limpeza.

rodda: BELA IDEIA! :)
 

Mach 4

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fox,

Opiniões contrárias a quê ou a quêm?
Se és contra o lixo então estamos no mesmo barco amigo.

Dizes que a idéia do rodda é muito boa...mas se tu ou ele nada fizerem por isso...ela simplesmente morre.
Claro que isso cabe ás Câmaras decidir, mas muitas não estarão "feitas" com as organizações?

- E a quem caberia a função de confirmar se os trilhos ficavam realmente limpos após as maratonas?

- E essas pessoas eram pagas por quêm? - Pelas Câmaras?
- Ou seriam voluntários das organizações?

- E teriam de ser as organizações a suportar esses custos também?


Pode ser que mudem de ideias mais depressa [...]

Mas é que não tenhas a minima dúvida sobre isso :D:p:):(...
Aliás até me estás a repetir. Lê o meu post#35 atrás :

Aqui só mesmo á lei da paulada, como a policia de choque.

Exemplos de quem faz lixo há muitos, mas esquece esses da estrada e concentra-te no exemplo que deste do McDonald's :

[...] do que eu ir preencher folhas de sugestões ou reclamar com gerentes de um negócio que o mais que poderiam fazer era pôr os funcionários a pedir às pessoas que não vão pôr o lixo no chão...

E então? - Achas que era pouco?

Avisos e baldes do lixo eles já lá os tem, mas se calhar não chega. Perder clientes por causa dessas chamadas de atenção também não acredito. O que eu acho é que existem muitas maneiras para falar ou pedir a esse tipo de pessoas para terem mais cuidado com o que estão a fazer. Não é assim tão dificil como isso.
Lembram-se da campanha dos Ecopontos onde, no inicio, usaram um chimpazé?
Muita gente deve ter achado aquilo uma afronta e até uma provocação, por isso o resultado ainda foi pior que o esperado.

Depois mudaram completamente a estratégia e colocaram um grupo de crianças a pedir encarecidamente ao público que fizessem a reciclagem...e foi um êxito.

Por isso em 100 pessoas que fazem esse lixo nesse McDonald's que estás a falar, 20 ou 30 ficassem sensibilizados já era muito bom resultado. Existem muitas formas de levar uma idéia avante, por vezes o que falta mesmo é vontade de falar e de pedir.

Agora o que eu já vi no Mc'Drive da Maia algumas vezes foi o facto de já não existir espaço nos caixotes de lixo por estes estarem completamente cheios até ao topo, de tal modo que o lixo começava a cair para o chão.
Para tal alertei a menina que me atendeu que aquilo não estava a dar uma boa imagem do local e de seguida também lhe perguntei se eles estavam com falta de sacos plásticos.
Antes de arrancar recebi uma chamada no meu telemóvel e quando acabei a chamada já estavam 2 colaboradores a sair com um saco grande para recolher todo o lixo que ali estava acumulado.

As coisas resultam SE quiserem, SE forem "chatos" e acima de tudo SE tiverem razão.
SE tiverem dúvidas quanto a isso é porque não te tem esforçado o suficiente.
 
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Fourmag

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Vou contar vos uma situação por mim presenciada na Alemanha, nas Jornadas Mundiais da Juventude em 2005.

Ia com um grupo de amigos todos tugas e um deles ia a fumar. Como o costume da grande maioria dos fumadores, atirou a beata para o chão. Vinha um senhor alemão de frente para nós aparentando uns 60 e alguns anos. Esse senhor com ar zangado disse alguma coisa em alemão e como ninguém falava a língua ficamos a olhar para o homem a tentar entender o que ele queria dizer. Nisto, sem dizer mais nada, apaga e apanha a beata, abana a cabeça como quem diz (porco) dirige se ao caixote do lixo e coloca lá a beata. o colega que tinha atirado a beata levou uma bofetada de luva branca e até eu me senti envergonhado. De louvar a atitude do homem.
Não é um exemplo propriamente dito para o btt mas um exemplo de como são diferentes alguns países/culturas. Uma coisa é certa, visitei várias cidades alemãs nesse evento e toas isentas de lixo. Muito mais civismo que a maioria dos tugas. Apesar de ter achado um povo mais frio e sombrio são bastante mais cuidadosos nesse aspecto.

Paulo Vides
 

JNR

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Pois, os alemães...são os mesmmo que a ver um tuga ao telefone com o carro ligado, foram educadamente (???) (em alemão...) dizer para desligar o carro...e não estavam na alemanha...(e não, o tuga de carro não era eu ;))
 

Mach 4

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O colega que tinha atirado a beata levou uma bofetada de luva branca e até eu me senti envergonhado.

As vezes que eu já senti isso...
Mas esses exemplos por parte dos estrangeiros só demonstra aquilo que eu digo sempre - o português já está tão acostumado a esses hábitos que acha perfeitamente normal atirar o que quer que seja para o chão. É certo também existem estrangeiros porcos, mas no geral o que conta são os exemplos e a maturidade com que a maior parte deles encara este tipo de situações.

Basta ir a um pic-nic á bom portuga - seja em bouça, á beira rio ou num parque qualquer - e tirar uma foto antes e outra depois da almoçarada, e ver o resultado.

Mas para verem como isto vai essencialmente das pessoas :

Em 1992 eu fui destacado para Castelo Branco como monitor de instrução (2º Furriel) e fui um dos que recepcionou os novos recrutas. Já lá estavam á cerca de uma semana, e num certo fim de tarde ia eu jantar á messe dos sargentos quando passa por mim um recruta a fumar e, mesmo á minha frente, atira a sua barona para o chão.
Dou 2 passos atrás olho-o de frente e pergunto-lhe :

- Você viu o que fez?
- Quem eu??
Respondeu ele com aquele "ar de burro".

- Está a ver aqui mais alguém?
- Acho que não.
- Eu acho é que tem de aprender boas maneiras.
- Porquê? - O que é que eu fiz de mal?
- Fez isto!!
E apontei para a barona ainda fumegante.

- O meu amigo vê mal?
- Acho que não. Porquê?
- Porque gostava que lesse o que diz ali.

Apontei para um daqueles enormes bidons de chapa de 100litros, com areia até meio, e que servia tanto para colocar o lixo como para apagar os cigarros (quem andou na tropa sabe do que estou a falar). O bidon estava a uns 15 metros do local onde estavamos a falar, e tinha escrito em letras bem grandes "LIXO" com tinta branca.

- Hhhããã...não tinha reparado.
- Ai não...então a partir de agora vai memorizá-lo. Tem 1 minuto para apanhar 10 baronas e vir aqui mostrar-me.
Ficou com cara de parvo a olhar para mim, mas como viu que eu nesse momento só olhava fixamente para o meu relógio deu corda ás botas e pôs-se a mexer.

- Tão aqui!!
Abriu as mãos e mostrou-me as 10 baronas que apanhou num raio de 20 metros.

- Muito bem. Agora tem 30 segundos para ir a correr até ali (apontei para o bidon), depositar lá essas baronas, e vir ter novamente aqui comigo.
Lá foi, e regressou com cara de fod****.

- Para a próxima vez que eu o vir a fazer o mesmo não vão ser 10 baronas num minuto...vão ser 20 baronas em 30segundos.

Isto aconteceu realmente, e sei que, apesar do exemplo (castigo) que lhe infligi na altura, se calhar esse homem continua a atirar as periscas para o chão. Mas não é isso o mais importante.
O que importa realmente é que NA DEVIDA ALTURA se alerte, avise ou se faça alguma coisa...como aquele sénior fez no episódio que o Paulo relatou em cima.
Exemplos desses nunca são demais.
 
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